Mostrando postagens com marcador JULGAMENTOS. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador JULGAMENTOS. Mostrar todas as postagens

1 de set. de 2014

O Julgamento Diante do Trono Branco



(Apocalipse 20:11-15)

Os últimos versículos do capítulo 20 descrevem uma cena de julgamento de destruição dos mortos. A santidade de Deus não aceita a impureza daqueles cujos nomes não foram achados no Livro da Vida. Esta cena deve ser interpretada primeiro no seu contexto do castigo dos inimigos dos santos nos tempos próximos à data da composição do Apocalipse, mas tem valor, também, para a nossa instrução sobre o julgamento de Deus.
20:11 – Vi um grande trono branco e aquele que nele se assenta, de cuja presença fugiram a terra e o céu, e não se achou lugar para eles.
Vi um grande trono branco e aquele que nele se assenta: O trono branco aparece somente aqui, mas a ideia do julgamento divino aparece em diversos textos no Antigo e Novo Testamentos. O trono mostra o domínio, e branco representa a santidade. Muitas vezes, encontramos declarações de justiça divina contra indivíduos ou povos aqui na terra. Outras vezes, a imagem é do julgamento final. Muitos interpretam este trecho como o julgamento final, e certamente algumas das ideias apresentadas aqui poderão ser aplicadas ao julgamento final. Mas, como temos feito desde o início do nosso estudo deste livro, devemos procurar primeiro a aplicação no contexto antes de fazer outras aplicações dos princípios aqui ensinados.

Mais uma vez, a cena de Daniel 7 ajuda. O Ancião de Dias preside o tribunal que abre os livros e condena o insolente chifre do quarto animal (Daniel 7:8-11). Na interpretação da visão, os santos possuem o reino, o quarto animal (Roma) os persegue, mas “se assentará o tribunal para lhe tirar o domínio, para o destruir e o consumir até ao fim” (Daniel 7:26). Com esta base, devemos aplicar o julgamento do Apocalipse 20 primeiro aos servos da besta que perseguiam os santos.

De cuja presença fugiram a terra e o céu, e não se achou lugar para eles: Mais uma maneira de frisar a santidade de Deus. A criação não pode ficar diante da perfeição do Santo Deus. As criaturas corruptas, incluindo os mais poderosos dos governantes, não teriam condições de ficar em pé diante do Senhor. Numa segunda aplicação, a vinda do Dia de Deus no final dos tempos causará que a criação seja desfeita (2 Pedro 3:11-13).
20:12 – Vi também os mortos, os grandes e os pequenos, postos em pé diante do trono. Então, se abriram livros. Ainda outro livro, o Livro da Vida, foi aberto. E os mortos foram julgados, segundo as suas obras, conforme o que se achava escrito nos livros.
Vi também os mortos, os grandes e os pequenos, postos em pé diante do trono: A tendência de muitos comentaristas é ver aqui a ressurreição no último dia e o julgamento final. A Bíblia claramente ensina que haverá uma ressurreição de todos e um julgamento “perante o tribunal de Cristo” (2 Coríntios 5:10; João 5:27-29). Neste trecho, podemos ver alguns princípios que aplicam-se ao julgamento final, mas parece-me mais coerente fazer a aplicação inicial no contexto da derrota do diabo e seus aliados perseguidores. O paralelo com Daniel 7 continua a nos orientar, sugerindo que o contexto do governo romano, o quarto animal, ainda determina a aplicação principal.

Os mortos, neste caso, seriam aqueles que se dedicavam à besta. Não há menção aqui de galardão para os fiéis, somente de condenação dos ímpios. Na “primeira ressurreição” (20:5), os adoradores do Cordeiro foram exaltados para reinar com ele. Aqui, podemos ver uma segunda ressurreição – dos adoradores da besta, os grandes e os pequenos (cf. 13:16), que serão condenados com ela.

Então, se abriram livros. Ainda outro livro, o Livro da Vida, foi aberto. E os mortos foram julgados, segundo as suas obras, conforme o que se achava escrito nos livros.: Há uma distinção aqui entre os livros e o Livro da Vida. Os livros, evidentemente, representam o registro dos atos deles e mostram a justiça do julgamento de Deus (cf. Daniel 7:10), enquanto o Livro da Vida representa uma lista dos salvos (cf. Daniel 12:1; Filipenses 4:3; Apocalipse 3:5; 13:8; 17:8; 21:27).

20:13 – Deu o mar os mortos que nele estavam. A morte e o além entregaram os mortos que neles havia. E foram julgados, um por um, segundo as suas obras.
Deu o mar os mortos que nele estavam. A morte e o além entregaram os mortos que neles havia: Nenhum morto foi isento deste julgamento. Até os ímpios entregues à Morte e ao Inferno (6:7-8) são apresentados para o julgamento. Deus tem domínio, e ninguém consegue proteger os mortos do julgamento dele.

E foram julgados, um por um, segundo as suas obras: Os servos da besta são julgados da mesma maneira que todos serão julgados no último dia (2 Coríntios 5:10). Deus é justo, e dará a cada um segundo as suas obras.
20:14 – Então, a morte e o inferno foram lançados para dentro do lago de fogo. Esta é a segunda morte, o lago de fogo.
Então, a morte e o inferno foram lançados para dentro do lago de fogo: A Morte e o Inferno são inimigos de Deus, mas são dominados, utilizados e vencidos pelo Senhor. Existem vários sentidos ou contextos em que Jesus vence a morte e o inferno (a palavra grega aqui é hades – região dos mortos). No passado, ele a venceu na sua ressurreição (Atos 2:24-31; Romanos 6:9; 2 Timóteo 1:10). No presente, os servos fiéis participam da vitória sobre a morte (Romanos 8:2,38-39; Hebreus 2:15; 1 João 3:14). No futuro, a morte é o último inimigo a ser vencido (1 Coríntios 15:26). Aqui, em relação à guerra do dragão e suas bestas contra os santos, a morte e o inferno são derrotados e lançados no lago de fogo.
Esta é a segunda morte, o lago de fogo: O vencedor é isento desta morte (2:11; 20:6). Ele participa da vida que há em Cristo Jesus. O lago de fogo já foi representado como lugar de castigo perpétuo (20:10).

20:15 – E, se alguém não foi achado inscrito no Livro da Vida, esse foi lançado para dentro do lago de fogo.
E, se alguém não foi achado inscrito no Livro da Vida, esse foi lançado para dentro do lago de fogo: Não há menção de nenhum justo diante do trono nesta cena. Tudo indica que este julgamento é limitado aos servos da besta. Nenhum deles será achado no Livro da Vida, onde estão escritos os nomes dos adoradores do Senhor. Os ímpios, aqueles que se submetiam à besta, são lançados no lago de fogo. Participam da segunda morte. Ainda existe o Livro da Vida. Há esperança, ou melhor, há segurança para os servos fiéis que não se prostraram diante da besta. Esta cena de julgamento diante do grande trono branco complementa a figura dos santos vitoriosos no início do capítulo. Se os adoradores da besta gozavam de alguma vantagem durante um período curto nesta vida, os adoradores do Senhor têm a garantia da vantagem final e eterna. Que consolação!

Conclusão

As almas debaixo do altar pediram a vingança divina. Deus prometeu que julgaria os perseguidores, mas na hora por ele determinada. Nos capítulos 18, 19 e 20, ele mostrou a sua fidelidade por meio de visões de julgamento e castigo. A meretriz Babilônia, a besta do mar, a besta da terra (o falso profeta), o dragão e todos os seus colaboradores foram julgados. No final dessa história, somente os servos fiéis ao Cordeiro podem ficar. E para esses fiéis – aqueles que têm os nomes escritos no Livro da Vida – ainda resta a promessa da glória eterna na presença do Senhor. Vitória absoluta e total!


FONTE:
http://www.estudosdabiblia.net/b09_33.htm

26 de jun. de 2013

Os Setes Livros do Juízo Final




"11. E vi um grande trono branco e o que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiram a terra e o céu; e não foi achado lugar para eles. 12. E vi os mortos, grandes e pequenos, em pé diante do trono; e abriram-se uns livros; e abriu-se outro livro, que é o da vida; e os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras." AP 20:11, 12

Este relato presenciado pelo apóstolo João, quando preso na ilha de Patmos, é extremamente espantosa a grandesa de suas revelações, pois ele está relatando o Grande Dia Do Juízo Final, quando o Senhor dos Exércitos, aquele que justo e poderoso trará todos ao juízo, pois o texto é bem claro quando diz: os mortos, os grandes e pequenos estavam diante do Senhor. Imagine se João tivesse levado uma filmadora e uma máquina fotográfica digital, talvez seria maior o número de pessoas convertidas, mas a bíblia diz que o justo viverá pela fé (GL-03:11). É isto que nos faz sermos cristãos e evangélicos.

Amados vou lhe contar uma história:
“Havia em uma cidade um grande e competente advogado renomado que jamais perdeu uma causa, e na mesma cidade morava um homem que constantemente estava envolvido com a criminalidade, porém sempre tinha dinheiro para contratar o grande advogado, sendo então sempre liberto de suas prisões. Mas certo dia aquele criminoso foi embora para longe, vivendo fora por cerca de cinco anos, e então retornou, mas sua vida de criminalidade não havia mudado, no que logo se envolveu em um novo crime, sendo preso e logo levado a presença do juiz, juntamente com seu novo advogado, pois não tinha localizado seu antigo advogado. Então logo que entrou na sala observou que o juiz era seu antigo advogado, no que ficou feliz, dizendo que já estava livre e pediu ao seu atual advogado que gostaria de falar com o juiz a sós. O justo juiz permitiu, porém aquele criminoso ao se aproximar perguntou ao juiz, se este se lembrava dele, tendo como resposta um afirmativo, e acrescentou: Então o Sr. Vai me libertar, e o juiz lhe disse: Não. Vou mandar prendê-lo por muito tempo, pois antes eu sempre te defendia e você nunca mudou, agora eu sou o juiz e vou te condenar.”

A Bíblia nos diz em I JO-2:1, “que temos um advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo”. Mas agora no livro do Apocalipse João o vê como o grande Juiz (Ap-19:11). Sim, Ele virá e julgará a todos. Não importa se você é um médico, um empresário, um ateu, um idólatra, uma lésbica, todos estarão diante do Grande Juiz.

Mas o que chamou minha atenção no texto do Apocalipse 20:11e12, foi o fato de que foram abertos uns livros e depois outro livro, o Livro da Vida. Então indaguei ao Senhor para saber que livros são estes, que estariam diante do Justo Juiz no dia do juízo final e o Senhor falou comigo, me revelando uma mensagem, o que eu irei e com muita fidelidade relatar aos amados leitores, OS SETE LIVROS DO JUÍZO FINAL.

1º - LIVRO

O LIVRO DA REDENÇÃO – Ap-05:01

Este será o primeiro livro que será aberto por se tratar do Livro da Redenção da Humanidade. João descreve este livro no cap.5 do livro de Apocalipse, vendo Jeová em seu trono e em sua mão o livro selado com sete selos, e nimguém podia abrir o livro, nem mesmo olhar para ele, porém no momento que João chorava, o que nos leva a crer que se ele chorava é que sua vida dependia da abertura do livro, mas foi procuarado um para abrir o livro e romper os seus selos entre os céus e a terra, entre vivos e mortos, e ninguém podia abrir o livro, então um dos anciãos vai até João e diz a ele, “João, não chores! Eis que esta aqui o Leão da tribo de Judá, a Raiz de Davi, que venceu para abrir o livro e romper os seus sete selos”, era Jesus, que toma das mãos de Deus o livro e diz: ” Pai, eu posso abrir este livro!, Eu vou redimir a humanidade “. No dia do juízo final saberemos realmente o significado de cada selo, cada página daquele livro, para então se começar o julgamento. Por isso o livro da Redenção estará na mesa do justo Juiz. Então se abrirá o segundo livro, O LIVRO DA NATUREZA.

2º - LIVRO

O LIVRO DA NATUREZA – Rm-01:25e27

O apóstolo Paulo relata o final daqueles que mudaram a natureza driada por Deus, entregues a imundícias de seus corpos desonrados, mulheres tendo relações sexuais com mulheres e homens com homens, trocaram a verdade por mentira, mudaram a natureza, tornaram-se abomináveis aos olhos de Deus, leia Lv.20:13, estando todos já condenados, pois no v.32 ele diz “Os quais conhecendo o decreto de Deus, que declara dignos de morte os que praticam tais coisas”. É triste de imaginar o homossexualismo, o lebianismo, o adultério, a fornicação, até mesmo o pedofelismo, tudo isso esta até mesmo dentro das igrejas. Crentes falsos que vão encarar o Juiz. Este será o livro da natureza, que o homem deturpou, segundo as impuresas da carne. Por isso creio que o livro da natureza será aberto para mostrar para os homens que até mesmo se deitaram com animais que Jeová abomina o pecado. Já está decretado, homens abomináveis, impuros, imoraris, serão condenados pelo decreto do Livro Da Natureza. Por isso o livro da Natureza estará na mesa do justo Juiz. Então se abrirá o terceiro livro, O LIVRO DA CONSCIÊNCIA.

3º - LIVRO

O LIVRO DA CONSCIÊNCIA – Rm-02:15e16

Mais um mistério de Deus nos é revelado, pois Paulo nos fala que alguns mostrarão a obra da lei escrita em seus corações testificando suas consciências e seus pensamentos, no dia em que se julgará o segredo dos homens. Eu vejo aqui aqueles que realmente tiveram suas mentes cauterizadas por este mundo, que somente praticaram o mal, somente fizeram o mal, nunca tendo conciência do que faziam, preferiram dar comidas aos seus animais a alimentarem um andarilho    , tiveram uma falsa vida de moralismo, pessoas que não deram ouvidos as muitas vezes que o Espírito Santo lhes chamavam para virem para o Reino de Deus. Estes dirão, eu reconheco que Deus existe, quando se abrir o livro da Redenção, dirão, eu não fui homossexual, quando se abrir o livro da natureza, mas serão condenados pelo livro da consciência, mentes cheias do pecado. O que dizer dos cristãos, que vivendo dentro das igrejas possuem mentes deturpadas, não conseguem ter consciência do mal em suas vidas. Por isso o livro da Consciência estará na mesa do justo Juiz. Então se abrirá o quarto livro, O LIVRO DO PECADO.

4º - LIVRO

O LIVRO DO PECADO – Rm-08:02

Tremendo homem foi o apóstolo Paulo, pois aqui vejo mais um livro que estará na mesa do Justo Juiz, no dia do juízo final, o Livro do Pecado. Talvez você não saiba, mas a bíblia cita 370 classes de pecado, atitudes praticadas por aqueles que não temem a Deus, uma vez que a bíblia relata que quem é amigo do mundo se faz inimigo de Deus (Tg-04:04). Agora Paulo numa revelação nos informa que a Lei do Espírito, em Cristo, te livra da lei do pecado, agora eu te pergunto, onde se escreve uma lei, se não em um livro! Irmãos, todos sabemos que é o sangue de Jesus que nos purifica de todo pecado (I Jo-01:07), por isso devemos nos guardar do pecado, pois naquele dia chegarão os pecadores e talves dirão ao Senhor Juiz, “Senhor, eu sei que realmente o Senhor é Deus, eu nunca me deitei com outro homem, sempre reconheci minha consciência, e me arrependia”. Mas com certeza não será o suficiente para o livrar da condenação, pois só se tem arrependimento aos pés do Senhor Jesus, não aos pés de Maria, Jorge, Benedito, Fátima, etc... O grande profeta Isaías relata que o nosso pecado faz separação entre nós e Deus (Is-59:02), por isso o Livro do Pecado estará na mesa do Justo Juiz. Então se abrirá o quinto livro, O LIVRO DA LEI DO SENHOR.

5º - LIVRO

O LIVRO DA LEI DO SENHOR – Dt-31:26

Moisés manda que se coloque o livro da Lei junto da Arca do concerto, para que seja por uma testemunha contra aquele povo duro. Irmãos, nós muitas vezes pensamos que a lei do Senhor se limita nos dez mandadmentos e até nos esforçamos em tentar cumpri-los, mas nos esquecemos do livro da lei, pois Deus disse: “contai para vossos filhos, e para os filhos de vossos filhos as maravilhas que tenho feito no meio de vós”. Seus filhos foram para o inferno, claro você não cumpriu a lei do Senhor. Quase me esqueci: “aquele que sabe fazer o bem e não faz, também peca”. O homem sempre tem a audácia de limitar Deus em todas as áreas de sua vida, achando que Deus tem obrigação de levá-lo para o céu. Muitos dirão passei pelo livro da redençaõ, passei pelo livro da natureza, passei pelo livro do pecado, mas será condenado no livro da lei do Senhor, por isso o livro da lei do Senhor estará na mesa do Justo Juiz. Então se abrirá o sexto livro. O LIVRO DA JUSTIÇA.

6º - LIVRO

O LIVRO DA JUSTIÇA – Ap-22:11

O injusto faz injustiça, mas o justo faz justiça. Quantas vezes tratamos os de fora com justiça, respeito, dignidade, e não somos assim com os de casa, quantos pastores só se relacionam com a cúpula e despresam as ovelhas, que estão famintas, homens soberbos, que acham que são mais importantes que Jesus. Quero lhes dizer uma coisa, nimguém tem ministério nenhum, ouviu pastor, eu não tenho ministério, você não tem ministério, Deus confiou a nós um ministério, mas se você falhar Ele toma e dá a outro, o ministério é de Deus, mas alguns pastores chegam a dizer “o meu ministério não apoia, não vou colocar o meu nome nessa obra”, hipócritas, estão sendo condenados pela própria justiça de Deus, no livro de João 17:25, o próprio Jesus chama o Pai de Pai Justo, e completa, o mundo não te conhece. Aqueles que não conhecem o Pai Justo dirão que em todos os livros anteriores não foram condenados, mas Deus os chamará de injustos, por isso o livro da justiça estará lá. Então se abrirá o sétimo livro o Livro da Vida.

7º - LIVRO

O LIVRO DA VIDA – Ap-20:15

E adorarão a besta todos os que não têm os nomes no livro da vida (Ap.13:08). Este será o último livro, pois a bíblia é bem clara quando relata que todos os que não foram achados no livro da vida foram lançados no lago de fogo. Talvez neste momento você esteja fazendo uma reflexão de sua vida, se fosse hoje o grande julgamento você como cristão estaria aprovado em todos os livros? Hoje, quantos cristãos, estão dentro das igrejas, mas ainda não aceitaram o Senhor Jesus como seu único salvador de suas vidas, vivendo sem garantia. Nos dizemos que “morreu, acabou”, errado, a morte é o pricípio de tudo. Analise sua vida, não queira se lançado no lago de fogo, pois este lugar ainda é pior do que o inferno. O meu desejo é que você entregue sua vida para o Senhor Jesus, e o tenha como o ÚNICO E SUFICIENTE SALVADOR DE SUA VIDA.

“Acredite JESUS vai voltar, creio que Ele já está às portas dos céus, não queira encarar o Senhor como Juiz, venha para Jesus agora”.
                                    
 "E vi o céu aberto, e eis um cavalo branco, e o que estava montado nele chama-se Fiel e Verdadeiro; e julga a peleja com JUSTIÇA." Ap 19:11


Autor: Pr. Alexandre Augusto
http://www.estudosgospel.com.br/estudos/escatologia/os-setes-livros-do-juizo-final.html
 

12 de jun. de 2013

OS ESTADOS FINAIS DOS JUSTOS E DOS ÍMPIOS



Neste capítulo preocupar-nos-emos com a locação e a condição tanto dos justos como dos ímpios na eternidade. E tanto quanto a ressurreição e o julgamento de ambas as classes estão envolvidos nos seus estados finais, escolhemos considerar estes assuntos neste capítulo também.

I. A RESSURREIÇÃO DOS MORTOS

1. É PARA HAVER UMA RESSURREIÇÃO TANTO DOS JUSTOS COMO DOS ÍMPIOS

Isto está ensinado em Daniel 12:2 iniludível e inegavelmente.

2. MAS AS DUAS CLASSES NÃO SÃO PARA RESSURGIREM JUNTAS

(1). As Escrituras ensinam que haverá uma ressurreição separada dos justos.

As passagens que ensinam isto calham em duas classes:

A. Passagens que falam de uma ressurreição "dentre" os mortos. Há duas passagens tais: Luc. 20:35; Fil. 3:11.

A primeira passagem reza: "Mas os que forem havidos por dignos de alcançar aquele mundo e A RESSURREIÇÃO DOS MORTOS, nem hão de casar, nem ser dados em casamento". Que este verso se refere a uma ressurreição em que só os justos falecidos participarão mostrado está de dois modos:

(a). A frase "ressurreição dos mortos" é a mesma como aquela que está sempre usada para designar a ressurreição de Cristo (Atos 17:31; Rom. 1:4; 1 Cor. 15:20; 1 Ped. 1:3) e é manifestamente diferente no sentido da frase genérica "ressurreição dos mortos". A primeira frase não é nunca usada quando se alude tanto à ressurreição dos justos como à dos ímpios. Doutro lado da ressurreição de Cristo nunca se diz ser uma "ressurreição dos mortos". Ele foi ressurgido dentre os mortos e assim será com os justos segundo a passagem em foco.

(b). Está este ensino confirmado pelo contexto da passagem. O verso em seguida ao em consideração conta-nos que aqueles que participam desta ressurreição não podem "morrer mais, porque são iguais aos anjos e são os filhos de Deus, sendo os filhos da ressurreição". O autor foi uma vez abordado com estes versos como um argumento contra a ressurreição os ímpios. Sua resposta tomou o jeito do atual tratado. Francamente, se ela crera numa ressurreição geral, totalmente perdido estivera para responder ao argumento.

A segunda passagem acha Paulo dizendo: "Para ver se de alguma maneira posso chegar à RESSURREIÇÃO DOS MORTOS". (Fil. 3:11). A teoria de uma ressurreição geral torna estas palavras sem sentido. Certamente Paulo não teria precisado de se preocupar com participar de uma ressurreição geral, pois ele creu tenazmente na ressurreição tanto dos justos como de ímpios. Vide Atos 24:15. Também a linguagem aqui é muito forte, empregando o ex, tem exanastasin tem ek nekron, significando, quando completamente traduzido, "a ressurreição fora de, que é dentre os mortos". A linguagem não podia transmitir mais fortemente o sentido em que estamos aqui insistindo.

B. Passagens que descrevem a ressurreição dos justos somente. Tais passagens acham-se em 1 Cor. 15:21-23; 1 Tess. 4:14-16.

A primeira passagem aqui trata do assunto da ressurreição como se somente os justos serão ressuscitados (*). Isto é compreensível só sobre um fundamento e esse é que há uma ressurreição em que só os justos participam.

A segunda passagem fala da ressurreição dos justos somente e não deixa logar na ocasião para a ressurreição dos ímpios. Os justos falecidos são para produzirem-se em corpos vivos transladados a encontrarem o Senhor no ar. Não há indicação que Cristo vem a terra nesse tempo, como seria necessário, se os ímpios falecidos fossem para ser levantados e julgados neste ponto.

Apoc. 20:5,6 fala da "primeira" ressurreição, da qual só os justos participam. Nossos oponentes, sem dúvida, como já foi notado, buscam roubar a estes versos o seu sentido manifesto; mas note-se que a nossa interpretação deles ajusta-se exatamente ao sentido simples de outras passagens já citadas, ao passo que nossos oponentes devem tentar explicar cabalmente os versos sem amparo escriturístico específico.

(2). As Escrituras também descrevem a ressurreição em que ninguém senão os ímpios figuram.

A descrição a que se refere é achada em Apoc. 20:11-15. E notai que a afirmação de a "morte e o Hades foram lançados no lago de fogo" não pode significar menos que todos os ocupantes da morte e Hades foram neste tempo lançados no lago de fogo; implicando, distintamente, que os justos não se acharão entre os mortos na ocasião, tendo sido ressurgidos previamente. A presença do livro da vida neste julgamento não dá evidência que seja de qualquer escrito estar lá incluído. Estará lá como prova de que os ímpios não têm seus nomes nele.

(3). As passagens em que se amparam nossos oponentes como ensinando uma ressurreição geral são inconclusivas e cedem às passagens já citadas sem sofrerem violência

As passagens em que se amparam nossos oponentes são: Dan. 12:2; João 5:28,29; Atos 24:15. Nelas observamos:

A. A associação de justos e injustos juntos na ressurreição não prova que eles serão ressurgidos simultaneamente. A Bíblia muitas vezes associa coisas parecidas que estão separadas quanto ao tempo. Como um caso a calhar podemos nos referir outra vez à citação de Cristo de Isa. 61:1, onde Ele se deteve no meio do verso porque a outra parte não tinha que ver com o Seu ministério corrente senão com o Seu segundo advento. Vide Lucas 4:18,19. Assim, num breve verso, temos um intervalo que se estendeu já por mais de mil novecentos anos. Outra vez, podemos citar Mal. 3:1-5 como se referindo a ambos os adventos de Cristo, não obstante sua separação quanto ao tempo. Como João A. Broadus aptamente diz, a purificação mencionada nesses versos não "significa simplesmente que Ele purificaria indivíduos por consumir o que neles estivesse defeituoso, mas Mal. 4:1-3 mostra-o significando que Ele purificaria a nação por consumir os indivíduos ímpios como restolho e então os verdadeiros justos da nação regozijar-se-iam e prosperariam". Assim a passagem não pode ser aplicada totalmente ao primeiro advento de Cristo. E mais ainda, em Mat. 3:11 João Batista associou o batismo "no Espírito Santo e no fogo", onde o verso seguinte mostra que o batismo em fogo não alude às línguas de fogo no Dia de Pentecostes, mas ao fogo do julgamento. Assim, mais uma vez duas coisas separadas por séculos são mencionadas juntas como se ocorressem no mesmo tempo.

B. A tradução de Dan. 12:2 por Tregelles alivia completamente esta passagem de sua suposta alusão a uma ressurreição da geração ? "E muitos dentre os que dormem no pó da terra despertarão, estes que despertam, serão para a vida eterna; mas aqueles ? o resto dos que dormem, que não despertam neste tempo ? serão para vergonha e nojo eternos."

C. João 5:28,29, pode ser entendido como se referindo a duas ressurreições tão facilmente como pode ser entendido como se referindo a uma. Estes versos mencionam "a ressurreição para a vida" e "a ressurreição para o julgamento". E o emprego de "honra" no verso 28 não pode ser insistido como provando simultaneamente, desde que a "hora" da ressurreição espiritual, mencionada no verso 25, cobre este tempo inteiro. "Hora", aqui, quer dizer simplesmente tempo ? o tempo está chegando, etc. Alvah Hovey observa muito justamente a respeito destes versos: "Se a ressurreição das duas classes aqui mencionadas terá logar ao mesmo, ou em tempos deferentes, é o que não está feito perfeitamente certo por esta linguagem; mas, se nada há noutros logares mais do Novo Testamento incoerente com a idéia que a ressurreição de ambos será no mesmo tempo, isto é, certamente, a interpretação mais obvia da linguagem aqui usada". Concordamos; mas insistimos, e cremos que temos mostrado, que há isso em o Novo Testamento que é incoerente com uma ressurreição geral.

D. Interpretar Atos 24:15 como ensinando uma ressurreição geral é assentar a Paulo em variação consigo mesmo. Duas vezes ele descreve a ressurreição dos justos sem mencionar os ímpios. E uma vez ele fala do seu fervoroso desejo de "conseguir a ressurreição dos mortos" (Fil. 3:11), usando a linguagem mais forte possível para indicar que ele estava pensando numa ressurreição seletiva.

3. O TEMPO DA RESSURREIÇÃO DOS JUSTOS

Em 1 Tes. 4:15-17 Paulo torna-o claro que os justos serão ressurgidos no tempo da aparição de Cristo no ar ? a primeira fase de Sua vinda; nesse tempo os santos vivos serão transladados e raptados também. Conquanto o mesmo escritor, em 1 Cor. 15:23, liga a ressurreição com a parousia ou segunda fase da vinda de Cristo, que se deve, cremos, ao fato de Paulo, segundo um costume escriturístico já aludido, associar juntas as duas fases da vinda do Salvador, não obstante sua separação no tempo. Á luz de outros exemplos tais associação, nenhum argumento se pode achar aqui contra nossa posição quanto à separação temporal das duas fases do segundo advento. Esta associação torna-se ainda mais natural se, como cremos, a primeira ressurreição for contínua, principiando com a aparência de Cristo no ar e continuando ao passo que os santos morrem por toda a grande tribulação e até ao milênio. Notai no Apoc. 11:11 a ressurreição das duas testemunhas após três dias. Notai também, como já foi apontado, que nenhum dos justos será achado no Hades ao tempo da ressurreição dos ímpios. Apoc. 20:14.

II. O JULGAMENTO DOS VIVOS E DOS MORTOS

Todos os homens comparecerão perante Cristo no julgamento de alguma maneira e nalgum tempo, porém nem todos da mesma maneira e no mesmo tempo. Notai:

1. O JULGAMENTO DOS GENTIOS VIVOS

Mat. 25:31-46. Isto é para ter logar quando Cristo vier para reinar. Marcará o fim desta época ou era e o começo da era milenial. Haverá três classes presentes neste julgamento ? ovelhas, bodes e irmãos, mas somente ovelhas e bodes serão envolvidos no julgamento. Estes serão separados na base de como trataram os irmãos de Cristo, não na base de como se trataram mutuamente. A única idéia sensível é que estes irmãos de Cristo são judeus crentes, que pregarão o Evangelho durante o período da grande tribulação. De baixo da besta ninguém pode favorecer a estes missionários judeus, exceto em risco de morte e ninguém ousará faze-lo exceto crentes. Assim será possível fazer uma separação infalível nesta base; não que o bom tratamento dos judeus é o que salvará os gentios, mas antes o que indicará que estão salvos. As ovelhas aqui são aqueles que deverão ser salvos durante a grande tribulação. Este julgamento é manifestamente de nações como indivíduos e não no agregado. Uma nação como tal, aparte dos indivíduos que a compõem, não pode ser lançada no "fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos" (vs. 41). Para referência do Velho Testamento a este julgamento vide Joel 3:2,11a14.

2. O JULGAMENTO DA NAÇÃO JUDAICA.

Acima apontamos que os "irmãos não são julgados com os gentios. Assim está implicado para eles um julgamento separado. A este julgamento as Escrituras fazem alusão definita. Vide Isa. 1:25,27,28; 4:4; Zac. 13:8,9; Mal. 3:3. Este julgamento terá logar em conexão com a conversão de Israel".

3. O JULGAMENTO DAS OBRAS DOS CRENTES GLORIFICADOS.

Vide 2 Tim. 4:8; Fil. 2:16; 1 Ped. 5:4; Apoc. 22:12. Os pecados dos crentes já foram julgados. O crente não pode nunca entrar em condenação por eles. Mas suas obras serão julgadas. 1 Cor. 3:13-15. Nada há penal sobre este julgamento. O crente ou recebe recompensa ou perdas de acordo com o que ele fez e com a qualidade de sua obra.

4. O JULGAMENTO DOS PERDIDOS FALECIDOS.

Apoc. 20:11-15. Isto terá logar no fim da pequena sasão durante a qual Satanás será solto em seguida ao milênio. Logo antes deste julgamento os ímpios na terra serão mortos. Apoc. 20:9. Então todos os ímpios, incluindo talvez aqueles julgados em Mat. 25:31-46, serão ressurgidos, julgados e lançados no lago de fogo. Tentem como puderem, nossos oponentes não podem indicar um simples indício de que isto é para ser um julgamento geral. Eles tentam identificar este julgamento com o descrito em Mat. 25:31-46, mas notemos:

5. CONTRASTES ENTRE ESTE JULGAMENTO E O JULGAMENTO DOS GENTIOS VIVOS EM MAT. 25.

EM MATEUS 25:31-46 EM APOCALIPSE 20:11-15

1. Ninguém se menciona exceto 1. Ninguém se menciona exceto os vivos os mortos ressuscitados.

2. O juiz está explicitamente ligado com 2. Nenhuma menção é feita da segunda vinda de Cristo em conexão com o julgamento, imediata.

3. Não há indícios do milênio, nem 3. Está definitivamente afirmado

mesmo qualquer logar perceptível que o julgamento vem ao cabo para um milênio de justiça precedendo da "pequena sasão", durante a este julgamento. qual Satanás é solto depois do milênio.

4. Nada se diz do julgamento de Satanás. 4. O julgamento e a perdição de Satanás estão claramente revelados.

5. A base do julgamento é o 5. Nenhuma menção está feita dos tratamento dispensado aos irmãos de Cristo. irmãos de Cristo.

6. Duas classes se distinguem: ovelhas 6. Nenhuma menção está feita de e bodes ? salvos e perdidos. quaisquer, exceto aqueles lançados no lago de fogo.

Cada um destes contrastes ajusta-se belamente ao sistema pré milenial, ao passo que cada um deles está morto contra a idéia de nossos oponentes. Muitos deles eles os ignoraram. Uns poucos deles eles tentam descartar. Agora, que será dito da lógica daqueles que rejeitam uma idéia em que entram estes contrastes e depois adotam uma teoria que está em variação com cada um deles?

Ainda mais, achamos que a besta e o falso profeta já estão no lago de fogo antes deste julgamento começar. Nossos oponentes não têm explicação para este fato, desde que a besta (sendo manifestamente a mesma que o homem do pecado) é para ser destruída na segunda vinda de Cristo. Se este julgamento ocorre na segunda vinda de Cristo, como explicar o fato de a besta e o falso profeta já estarem no lago de fogo?

6. PASSAGENS QUE SÃO TIDAS POR ENSINAREM UM JULGAMENTO GERAL.

As passagens usadas como textos provas pelos advogados de um juízo geral, são: Mat. 7:22; João 5:28,29; Atos 17:31; Rom. 2:5-9; 2:16; 14:10; 2 Cor. 5:10; 2 Tim. 4:1; 4:8; 2 Ped. 3:7; Apoc. 11:18. A respeito destas passagens observamos:

(1). Mat. 7:22; Atos 17:31; Rom. 2:5-9; 2:16; 2 Ped. 3:7 e Apoc. 1:18 todas se referem ao julgamento das nações como descrito em Mat. 25:31-46.

Objeta-se que Rom. 2:9 menciona os judeus, nós respondemos que o julgamento dos judeus (nação) ocorrerá em íntima conexão com este julgamento, provavelmente logo antes ou logo depois. Ambos virão como uma parte do "dia da ira e revelação do juízo justo" de Deus. Se disser que Rom. 2:5 implica que o povo então vivo estaria no julgamento aludido, o que não será o caso segundo nossa idéia, respondemos que isto é na base do fato que a segunda vinda de Cristo é comumente representada como um evento que podia ocorrer durante essa geração. Notai em 1 Tess. 4:17 como Paulo usa "nós" em conexão com o aparecimento de Cristo. As palavras "o tempo dos mortos para que sejam julgados", em Apoc. 11:18 não significam que os ímpios falecidos serão ressurgidos e julgados nesse tempo referido. Este verso encontra sua simples explicação em Apoc. 6:10, onde as almas dos mártires debaixo do altar clamam "Até quando, ó Senhor, santo e verdadeiro, não JULGAS E VINGAS NOSSO SANGUE NOS QUE MORAM NA TERRA?" Os mártires trucidados são para neste tempo serem julgados no sentido de serem vingados na ira de Deus sobre as nações da terra.

(2). Quanto a João 5:28,29, já mostramos que esta passagem não é concludente em ensinar uma ressurreição geral.

O mesmo, portanto, é verdade com referência a um julgamento geral.

(3). Rom. 14:10; 2 Cor. 5:10 e 2 Tim. 4:1, cremos, podem ser adequadamente agrupadas juntas como ensinando que todos ? salvos e perdidos, vivos e mortos devem ser julgados, conforme dissemos em nossa declaração inicial sob a epígrafe de julgamento.

Mas, nem essas passagens, nem outras quaisquer, ensinam que todos devem ser julgados no mesmo tempo e da mesma maneira.

(4). 2 Tim. 4:8 refere-se ao julgamento das obras dos crentes.

Já tratamos deste julgamento. É para vir, segundo esta passagem, no aparecimento de Cristo ? primeira fase de Sua vinda.

III. A PUNIÇÃO FINAL DOS ÍMPIOS

1. SERÁ ETERNA.

Mat. 25:41; Apoc. 14:11. O sentido pleno destas passagens é que a punição dos ímpios será sem fim.

2. CONSISTIRÁ DE SOFRIMENTO CONSCIENTE.

Na última passagem a cima dada é nos dito que os ímpios "não terão descanso de dia nem de noite". Isso envolve sofrimento consciente. Alguns contendem que a punição final dos ímpios consistirá somente de aniquilamento. A passagem precedente nega isto. Não obstante, examinaremos os fundamentos desta contenção. São:

(1). Malaquias 4:1-3

Esta passagem refere-se somente à destruição física dos ímpios logo prévia ao assentamento do reino milenial. Esta passagem, em substância, é paralela a Isa. 24:17-22, 26:20,21; 34:1,2; 66:15,16,24; Zac. 14:12-15; Mat. 25:41-46; 2 Ped. 3:7. Esta destruição terá logar em conexão com a batalha de Armagedon, mas aqui não há aniquilamento. Isto é claro de Isa. 24:22 e 66:24.

(2). A descrição desta punição como a "segunda morte".

A "segunda morte" corresponde à morte da raça de Adão e não a morte física. Por esta morte o homem foi incapacitado para a comunhão de Deus e trazido sob a ira de Deus, mas não foi posto além da esperança ou alcance de Deus. A "segunda morte" traz a execução da ira de Deus pela "continuação da morte espiritual numa outra existência sem tempo". (E. G. Robinson); um banimento completo da presença de Deus. Assim a "segunda morte" não implica inexistência mais do que o presente estado de morte espiritual do pecador. Marcos 9:48 mostra claramente que os ímpios no Geêna retêm existência consciente. "Salgados com fogo" pode significar que o fogo terá com o sal uma qualidade conservadora.

(3). A declaração que os incrédulos devem perecer.

Lucas 13:3; Atos 8:20; 1 Cor. 1:18. Mas, que este perecer não denota aniquilamento, está provado pelo fato que a palavra grega em Atos 8:20 é a mesma palavra usada para descrever a perdição da besta (Apoc. 17:8), e achamos que a besta ainda está no lago de fogo mil anos mais tarde (Apoc. 20:10). Um ser aniquilado não pode nunca estar em logar algum depois. A palavra grega nas outras duas passagens é a mesma palavra usada para "perdidos" em Mat. 10:6; Luc. 15:24; 19:10; 2 Cor. 4:3, onde aniquilação não pode ser o sentido.

(4). A representação da punição final dos ímpios como destruição

Rom. 9:22; 2 Tess. 1:9. A palavra grega em Rom. 9:22 é a mesma como perdição em Apoc. 17:8, que não expressa aniquilamento, como faz pouco apontamos acima. E a palavra grega em 2 Tess. 1:9 é a mesma usada para a destruição da natureza carnal em 1 Cor. 5:5; e sabemos que a natureza carnal não é aniquilada nesta vida.

Finalmente, o fato que há de haver graus de punição, por causa do qual ela será "mais tolerável" para uns do que para outros (Mat. 11:20-24) mostra que a punição final do pecador não é aniquilamento, porque, num caso tal todos os pecadores sofreriam a mesma penalidade e seria tolice falar de aniquilamento como sendo mais tolerável para uns do que para outros.

(5). A representação escriturística de imortalidade como algo a ser buscado pelo homem (Rom. 2:7), revelada pelo Evangelho (2 Tim. 1:10), é só conseguida na ressurreição dos justos (1 Cor. 15:53,54).

Destes fatos se argue que os ímpios, não tendo conseguido a imortalidade por meio do Evangelho, cessam de existir na morte ou subseqüentemente. Mas a imortalidade nestas passagens, à luz de Marcos 9:48; Lucas 16:22 e Apoc. 14:11, não pode ser entendida como significando mera existência sem fim ou isenção de aniquilamento; antes quer dizer completa imortalidade, incluindo o corpo bem como a alma. De fato, isto é o único sentido em que o Novo Testamento usa a palavra. Ele nunca faz a imortalidade significar mera existência sem fim da alma. (Contudo a palavra inglesa tem este sentido e a palavra grega foi assim empregada no grego clássico). Logo, não há absolutamente força no argumento que o homem deve conseguir isenção do aniquilamento por meio do Evangelho e da ressurreição.

3. SERÁ DE ACORDO COM O SEU MERECIMENTO.

Mat. 11:21-24; Luc. 12:47-48; Rom. 2:6,12; Apoc. 20:13. Estas passagens ensinam que haverá graus de punição baseada na luz possuída pelo indivíduo e segundo suas ações.

IV. A BEM AVENTURANÇA FINAL DOS JUSTOS.

Isto está descrito em Apoc. 21, onde se vê a Nova Jerusalém do céu para a nova terra. Os salvos formarão esta cidade celestial. Haverá para eles completa satisfação. Todo aborrecimento e causa de tristeza se acabam. À semelhança do seu Salvador os salvos aquentar-se-ão para sempre na luz solar do amor de Deus, adorando-O e servindo-O, regozijando-se na Sua comunhão e na de uns e outros.

Talvez "glória" é aquela palavra que melhor descreve a felicidade dos justos. Vide Rom. 8:18; 2 Cor. 4:17; Col. 1:27; Heb. 2:10; 1 Ped. 5:1. Esta glória consistirá em ser "glorificados juntamente" com Cristo, aquinhoando-se igualmente com Ele de toda a Sua glória adquirida, isto é, a glória que Lhe será conferida por causa de Sua obediência aqui na terra e Sua obra redentora. Somos co-herdeiros com Ele da Sua glória. Vide Rom. 8:17.


Autor: Thomas Paul Simmons, D.Th.
Digitalização: Daniela Cristina Caetano Pereira dos Santos, 2004
Revisão: Luis Antonio dos Santos, 12/05
Fonte: www.PalavraPrudente.com.br

17 de ago. de 2012

O juízo final - O Grande Trono Branco

 

  11 E vi um grande trono branco, e o que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiram a terra e o céu. E não se achou lugar para eles. Apocalipse 20:11

Então eu vi ….   Após o reinado de 1000 anos, a rebelião dos perdidos, e elenco de Satanás estará no lago de fogo, João registra o que vê.

Trono branco grande ….   (Gr. mega …. Grande) Um trono branco é uma imagem de santidade e de justiça. A descrição do trono difere daqueles descritos anteriormente no Apocalipse. (Apocalipse 4 e 5) Não há nenhuma cor, apenas branco, a santidade e a pureza de Deus. João no monte da transfiguração viu o rosto de Jesus, tornar-se como o Sol e as suas vestes se tornaram brancas como a luz. (Mateus 17:2) Aqui ele vê o trono a partir da perspectiva das pessoas reunidas diante dele, não há detalhes íntimos, apenas a santidade branca da presença de Deus. No cântico, alegria ou apenas elogio ao julgamento justo de Deus.

Há três tronos de julgamento mencionados nas escrituras, este é o terceiro e final. O tribunal de Cristo (assento Bema) é anterior ao casamento do Cordeiro; os santos vão receber ou perder recompensas pelas vidas vividas em seus corpos. Quando Cristo voltar com os exércitos do Céu, os sobreviventes da tribulação se reunirão diante do trono de Cristo. Os justos entrarão no Milênio com Cristo e Seus santos governando e reinando. Ao término dos 1000 anos, os rebeldes do milênio e todos os mortos no Hades comparecerão diante do trono de Cristo, o Grande Trono Branco.


Tribunal de Cristo Trono do milênio Grande Trono Branco
Bíblia I Coríntios 3:9-16, Romanos 14:10, 2 Coríntios 5:10-11 Mateus 25:31-46, 19:28 Apocalipse 20:11-15
O Juiz Jesus Cristo
Jesus Cristo Jesus Cristo (João 5:22)
Quem é julgado Crentes, Antigo Testamento, Novo Testamento Os sobreviventes da tribulação Todos, exceto os já Glorificados
Propósito Ganho e perda de recompensas. Para determinar os justos que entrarão no Milênio Para julgar quem entrará no céu baseado em obras.
Tempo de evento Antes do Milênio Início do Milênio Fim do Milênio
Local do evento Nos ares Na Terra Antes do trono de Deus no espaço, nem no céu e nem na terra.
   























O que estava sentado …  A pessoa no trono é Jesus Cristo. A partir do Evangelho de João e epístola de Paulo aos Filipenses, sabemos que Jesus Cristo é o único a se assentar no trono. Todo julgamento foi confiado ao Filho e cada pessoa que já viveu um dia deve estar diante Dele.
22 O Pai a ninguém julga, mas confiou todo o julgamento ao Filho , 23 todos devem honrar o Filho como honram o Pai. Aquele que não honra o Filho não honra o Pai que o enviou. João 5:22-23
10 para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, e das pessoas na terra, e debaixo da terra, 11 e que toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai. . Filipenses 2:10-11
No evangelho de João, quando a soldadesca vem para tomar Jesus, todo o grupo cai ao solo, quando Ele disse: “Eu sou Ele” (João 18:5). Esta e a transfiguração no monte foram apenas uma amostra da natureza gloriosa de Cristo. Aqui sentado em seu trono de glória, Ele se manifesta antes dos da segunda ressurreição.

Terra e céu …   A glória de Cristo é tão avassaladora que a Terra física e o universo se derretem em sua presença.
(Gr.  geo … Terra  - Contratado de uma palavra primária; solo ; por extensão uma região , ou a parte sólida ou a totalidade do terreno mundo (incluindo os ocupantes em cada aplicação)
(Gr. ouranos   (através da ideia de elevação ), o céu ; por extensão o céu (como a morada de Deus);
Jesus o Logos (Palavra) trouxe os céus e a terra físicas à existência (João 1:3, Colossenses 1:16, 17). Sua glória fará com que ele desapareça no julgamento do grande trono branco. O derretimento fora dos elementos que compõem o universo físico é previsto em segunda de Pedro. A destruição desta atual terra e céu vai abrir caminho para novos céus e nova terra. (Isaías 65:17,66:22, Apocalipse 21:1)
10 Mas o dia do Senhor virá como um ladrão na noite, no qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos se desfarão abrasados; também a terra e as obras que nela há, serão R $ queimados. 11 Portanto, uma vez que todas estas coisas vos serão dissolvidas, que de pessoas deveis ser em santo procedimento e piedade, 12 esperando e apressando a vinda do dia de Deus, por causa do qual o céu se dissolverá, em fogo, e os elementos se desfarão abrasados? 13 Mas nós, segundo a sua promessa, esperamos novos céus e nova terra onde habita a justiça. 2 Pedro 3:10-13

Nenhum lugar …   Houve área na qual a atual terra e céu puderam ser localizados. Eles literalmente desaparecerão da existência. Este é o ponto de Pedro, uma vez que este mundo não vai um dia sequer existir, por que devemos colocar a nossa esperança e confiança no que um dia vai deixar de ser? Nosso ponto de vista deve ser um novo céu e nova terra.

A ressurreição dos perdidos
12 E vi os mortos, grandes e pequenos, em pé diante R Deus, e abriram-se os livros. E outro livro foi aberto, que é o Livro da Vida. E os mortos foram julgados segundo as suas obras, pelas coisas que estavam escritas nos livros. 13 O mar entregou os mortos que nele havia e a morte e o Hades entregaram os mortos que neles havia. E foram julgados, cada um segundo as suas obras. Apocalipse 20:12-13

Os mortos … os mortos estão aqui são todos aqueles que morreram desde Adão até o final do Milênio.Todos os que morreram perdidos finalmente terão seu dia perante o juiz do universo. Aqueles que não fazem parte deste grupo são aqueles que fazem parte da primeira ressurreição (Apocalipse 20:5). Além disso, aqueles que são salvos no milênio não fazem parte deste grupo. O método de salvação durante o Milênio será o mesmo que tem sido desde o tempo de Adão. Pela fé, aqueles salvos colocarão sua fé no rei que governa em Jerusalém. A liberação de Satanás só separa os salvos dos perdidos.
De pé diante do trono estarão alguns dos maiores homens que o mundo já conheceu. Generais que conquistaram a terra em seus dias, líderes de negócios que construíram impérios e eram a admiração de todos os que viviam em pé ao lado de escravos e servos, todos eles vão dar conta de suas vidas neste dia.

Diante de Deus … Muitos em pé serão aqueles que zombaram de Jesus, e pensaram que sua vida era de nenhuma conta. Aqui eles vão ver Jesus como Deus e Juiz de sua eternidade. A pessoa neste trono não é outro, senão o próprio Deus, a 2 ª pessoa da trindade, Jesus Cristo.

Livros foram abertos  Que livros são abertos? Existem 07 (sete) mencionados nas escrituras:
1)     Novo Testamento – Jo. 12:47-48
2)     Livro das maldições – (a) Furto >> (b) juramento falso – Zc. 5: 1-4
3)     Livro das lágrimas – Sl. 56:8
4)     Livro das palavras – Ml. 3:16; Jr. 15; Mt. 12:36,37
  • Palavras a serem julgadas:
  • Mentira – Ef. 4:25
  • Palavra torpe – Ef. 4:29
  • Gritaria, tom agressivo alto – Ef. 4: 31
  • Blasfêmias
  • Arrogante – 2 Pe. 2:18
  • Fingidas – 2 Pe. 2:3
  • Contenciosas – 2 tm. 2:14
5)     Livro do corpo humano – Sl. 139:15,16
6)     Livro dos pensamentos – Am. 4:13; Gn. 6:5
7)     Livro das obras – Ap. 20:12

De acordo com as suas obras ….   Cada alma vai ouvir as provas e as evidências para o seu julgamento eterno. Cada palavra falada ociosa, pensamentos secretos e as obras estão diante do juiz do universo. Atos praticados durante a vida de cada pessoa registrada nestes livros. Neste dia, os piores pecadores do mundo já conhecidos poderiam estar ao lado de alguém considerado uma das pessoas mais honestas na cidade.
  •  Pode uma pessoa que nunca ouviu o Evangelho ser julgada de forma justa?
A pessoa não precisa ver uma lei dizendo que roubar é pecado. Se você não gosta que alguém pegue suas “coisas” e você pega as “Coisas” dos outros, então você é uma lei para si mesmo. Sua consciência testemunha o seu conhecimento de que roubar estar errado. O mesmo acontece com todos os tipos de pecado. Aqueles que morrem sem ter a lei são julgados sem a lei. Suas obras e pensamentos vão testemunhar contra eles neste dia.
12 Pois todos os que pecaram sem lei também perecerão sem lei, e quantos pecaram na lei serão julgados pela lei 13 (para os que ouvem a lei é apenas aos olhos de Deus, mas os que praticam da lei será justificado; 14 porque quando os gentios, que não têm a lei, por natureza, fazer as coisas na lei, estes, embora não tendo lei, são lei para si mesmos, 15 , que mostram a obra da lei escrita em seus corações, a consciência também testemunha, e entre si seus pensamentos acusando ou então desculpando-os). Romanos 2:12-15

O mar … Ninguém será capaz de escapar a este dia da ressurreição. Nem mesmo os corpos que se desintegraram no mar ou em terra. O objetivo de mencionar o mar é a corroborar este ponto. Todos os mortos ressuscitados, em pé diante do trono. Todos aqueles habitantes do Hades, serão removidos para o propósito do presente acórdão, em pé diante do trono. O homem rico escrito em Lucas 16:19, vai ser finalmente ressuscitado do Hades e de elegibilidade o seu pecado dará conta.

Eles foram julgados …  As obras testemunham do pecado, incluindo pensamentos e conversa fiada. A única esperança qualquer alma tem é se chegar a Jesus Cristo em sua vida.
36 Mas eu vos digo que, cada palavra inútil que os homens falarem, eles vão dar conta de que no dia do juízo. 37 Porque por tuas palavras serás justificado e, pelas tuas palavras serás condenado. “Mateus 12:36-37

O Lago de Fogo
14 Então a Morte e o Hades foram lançados no lago de fogo. Esta é a segunda  morte. 15 E aquele que não foi achado inscrito no Livro da Vida, foi lançado no lago de fogoApocalipse 20:14-15

Morte e Hades: morte é todos aqueles que já morreram sem redenção. Hades é a morada daqueles que estão aguardando o julgamento. Hades era a cela antes deste dia. Após o julgamento de pé todos os que morreram, e tudo no Hades vai receber a sentença. Lançados no lago de fogo por toda a eternidade, eles vão pagar pelo seu próprio pecado. Assim como aqueles que fazem parte da “primeira ressurreição” terão um corpo para habitar no céu para o resto da eternidade, aqueles que participam da “segunda ressurreição” também terão. Os corpos no lago de fogo vão queimar, mas não consumir.
Ele será atormentado com fogo e enxofre diante dos santos anjos e na presença do Cordeiro. 11 E a fumaça do seu tormento sobe para todo o sempre, e eles não têm dia de descanso ou de noite os que adoram a besta e a sua imagem, e aquele que receber o sinal do seu nome." Apocalipse 14:10-11

Segunda morte … O segundo nascimento é quando “nascemos de novo”, aqueles nesta ressurreição recebem um corpo físico, pela segunda vez em sua vida. Lançados no lago de fogo é uma segunda morte para a ressurreição, nesta ressurreição da condenação.

 http://linomar31.wordpress.com/2012/06/16/

15 de ago. de 2012

Julgamentos BÍBLICOS

Pr. Cleverson de Abreu Faria

INTRODUÇÃO

A Bíblia é clara concernente ao juízo divino. Ela declara que Deus tem estabelecido vários julgamentos, sendo cada qual destinado a sua própria época e finalidade. Encontramos nas páginas tanto do Antigo Testamento como do Novo Testamento de que um dia de julgamento está destinado ou designado para o mundo.

O próprio homem tem em sua consciência de que este dia de julgamento ainda está por vir (Rm 2.15,16). Cada ser humano pode viver sua vida da maneira que bem lhe parecer, porém a Bíblia exorta de que um dia prestaremos contas desse modo de viver a vida (Ec 11.9; Hb 12.14).

Os princípios básicos pelo qual o julgamento de Deus será efetuado serão de acordo: 1) com a verdade (Rm 2.2); isto é, um padrão de conduta objetivo; 2) com as obras (Rm 2.16); 3) com a luz recebida (Rm 2.11-15); e 4) com o Evangelho, através do qual os pensamentos secretos e as motivações dos homens serão julgados (Rm 2.16). (Bíblia com Anotações de Scofield, p.1144).

Não existe a tal idéia de um grande julgamento no final dos tempos em que todos irão comparecer diante de Deus. Essa idéia é falsa e absurda. Todos os principais julgamentos na Bíblia diferem entre si principalmente nos seguintes aspectos: tempo, lugar, pessoas e resultado. Analisaremos cada qual mais adiante.

1. Ensino do Velho Testamento

Logo no primeiro Livro da Bíblia já ouvimos do julgamento.
o       Abraão já reconhecia tal fato: “Longe de ti o fazeres tal coisa, matares o justo com o ímpio, como se o justo fosse igual ao ímpio; longe de ti. Não fará justiça o Juiz de toda a terra?” (Gn 18.25).

o       Ana: “Os que contendem com o SENHOR são quebrantados; dos céus troveja contra eles. O SENHOR julga as extremidades da terra, dá força ao seu rei e exalta o poder do seu ungido” (1Sm 2.10).

o       Davi: “Regozijem-se as árvores do bosque na presença do SENHOR, porque vem a julgar a terra” (1Cr 16.33; compare também Sl 96.13; 98.9; 9.7,8). Note que tanto na idéia de julgamento está envolvido o castigo como a recompensa.

o       Profeta Isaías: “Ele julgará entre os povos e corrigirá muitas nações; estas converterão as suas espadas em relhas de arados e suas lanças, em podadeiras; uma nação não levantará a espada contra outra nação, nem aprenderão mais a guerra” (2.4).

o       Profeta Joel: “Levantem-se as nações e sigam para o vale de Josafá; porque ali me assentarei para julgar todas as nações em redor” (3.12).

2. Ensino do Novo Testamento:

Encontramos nas páginas do Novo Testamento de forma ainda mais clara:
o       Jesus Cristo: “Porque o Filho do Homem há de vir na glória de seu Pai, com os seus anjos, e, então, retribuirá a cada um conforme as suas obras” (Mt 16.27).

o       Paulo: “Ora, não levou Deus em conta os tempos da ignorância; agora, porém, notifica aos homens que todos, em toda parte, se arrependam; porquanto estabeleceu um dia em que há de julgar o mundo com justiça, por meio de um varão que destinou e acreditou diante de todos, ressuscitando-o dentre os mortos” (At 17.30,31).
o       Em sua defesa diante de Félix falou do juízo que viria (At 24.25).
o       Aos Romanos: “no dia em que Deus, por meio de Cristo Jesus, julgar os segredos dos homens, de conformidade com o meu evangelho” (2.16).
o       Aos Coríntios: “Porque importa que todos nós compareçamos perante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o bem ou o mal que tiver feito por meio do corpo” (2Co 5.10).
o       Aos Tessalonicenses: “e a vós outros, que sois atribulados, alívio juntamente conosco, quando do céu se manifestar o Senhor Jesus com os anjos do seu poder, em chama de fogo, tomando vingança contra os que não conhecem a Deus e contra os que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus. Estes sofrerão penalidade de eterna destruição, banidos da face do Senhor e da glória do seu poder” (2Ts 1.7-9).

o       O escritor de Hebreus diz: “E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo” (9.27).

3. Jesus Cristo – o Juiz

A Bíblia declara que Deus é o Juiz de todos (Hb 12.23), no entanto, todo e qualquer julgamento foi entregue a Cristo, portanto, Jesus Cristo desempenhará essa tarefa (Jo 5.22,23,27; 2Tm 4.1; 2Co 5.10; Rm 14.10; At 10.42; 17.31).

Alguém disse: “O Homem da Cruz é o Homem do Trono”. Isto Lhe foi concedido mediante a Sua humilhação (Fp 2.9-11), bem como porque é o Único qualificado para esta tarefa. Como homem Ele nos conhece, Ele nos compreende, Ele nos entende; como Deus Ele é divino e onisciente, portanto competente para julgar pois é igual a Deus, possui todo o discernimento para poder julgar justamente, bem como toda e qualquer autoridade. Agora, como Juiz de toda a terá Ele “fará justiça” (Gn 18.25).

Quem Ele julgará? Vejamos:
o       Os vivos e os mortos (At 10.42; 2Tm 4.11).
o       As obras dos crentes no Tribunal de Cristo (2Co 5.10; Rm 14.10; 1Co 3.11-15).
o       A nação de Israel (Ez 20.37,38; Zc 13.8,9; Sl 50.16-22).
o       As nações gentias (Mt 25.31-46; Is 34.1,2; Jl 3.11-16).
o       Babilônia (Ap 17 e 18).
o       O Anticristo, o Falso Profeta e seus exércitos (Ap 19.19-21).
o       Satanás (Ap 20.1-3; Gn 3.15).
o       As nações na terra no tempo do milênio (Is 2.4; 9.7; Ez 37.24,25; Dn 7.13,14).
o       Os anjos caídos (Jd 6; 2Pe 2.4).
o       Os incrédulos, no Grande Trono Branco (Ap 20.11-15).

4. Os Principais Julgamentos nas Escrituras

Na Palavra de Deus encontramos uma série de julgamentos. Vamos classificá-los em passado, presente, e futuro. Cada qual tem a sua importância. Cada qual tem o seu tempo. Cada qual tem o seu lugar. Cada qual tem o seu significado. Cada qual tem suas personagens. Cada qual tem o seu destino.

o Julgamento no Passado:

1.     O Julgamento na Cruz

 

Este julgamento se deu por meio de Deus Pai através de Seu Filho Jesus Cristo.

Nossos pecados foram todos colocados na Pessoa de Jesus Cristo na Cruz do Calvário e por isso quem nEle crê escapará do juízo eterno (Jo 5.24; Rm 8.1).

A ênfase aqui recai sobre a mudança de nosso relacionamento com Deus, pois a morte de Cristo nos trouxe a justificação com Deus (Rm 5.1). Antes de aceitarmos a Cristo éramos inimigos de Deus (Rm 5.10), fomos agora reconciliados por Sua Cruz (2Co 5.18), portanto, nossos pecados já não são mais imputados contra nós (Rm 5.19). O crente ficou livre da culpa e do castigo do pecado, pois Cristo aceitou essa culpa e este castigo por ele.

Aqui o poder de Satanás também foi julgado e todo o seu poder sobre o crente foi desfeito (Gn 3.15).

Para melhor compreensão veja as referências bíblicas: Jo 1.29; At 20.28; Rm 3.23-26; 5.9; 1Co 15.3; 2Co 5.15,21; Gl 1.4; Tt 2.14.


o Julgamentos no Presente:

2.     Julgamento Durante a Vida Cristã

 

Aqui se trata do julgamento contemporâneo dos pecados dos crentes. Diariamente devemos pedir perdão por nossos pecados a Deus Pai.

A ênfase aqui recai sobre a comunhão. Pecados não confessados cortam a nossa comunhão com o Senhor Jesus Cristo (1Jo 1.9; 1Co 11.29-32; Hb 12.5,6; 1Pe 4.14).

Além do auto-exame na vida do crente, somos advertidos a fazer o julgamento na Igreja (1Co 5.5,13; 1Tm 1.20).

Os filhos que são desobedientes são disciplinados pelo Senhor (2Sm 7.14,15; 12.13,14; Hb 12.8-10).

O pecado deve ser continuamente julgado e confessado na vida do crente perante Deus (1Jo 1.5-9). Deve-se salientar que este auto-exame evita o castigo de Deus em nossas vidas.


o Julgamentos no Futuro:

3.     Julgamento do Bema

 

Este julgamento dar-se-á logo após acontecer a ressurreição dos santos da Igreja e o arrebatamento da Igreja de Jesus Cristo, portanto, acontecerá no céu, nos ares.

Também é chamado de Tribunal de Cristo (2Co 5.10; Rm 14.10-12; 1Co 9.24-27; Ef 6.8). O juiz é o Senhor Jesus Cristo.

Não se trata de julgamento de salvação ou perda da salvação. A ênfase aqui recai sobre a nossa fidelidade à Cristo nesta terra.

Todos os crentes deverão prestar contas mediante o modo como usaram os talentos  que lhe foram dados, as minas, e as oportunidades (Mt 25.14-30; Lc 19.11-17; Mt 20.1-16).

Nesta ocasião, o propósito é o julgamento das obras dos crentes e não os seus pecados, pois estes já foram expiados e nunca mais hão de ser lembrados (Hb 10.17).

Também dar-se-á o recebimento ou não de recompensas, o que chamamos de galardões, por causa dessas obras que foram feitas. Caso fizermos obras indignas, ou seja, para nós mesmos, para nossa glória, não receberemos galardões. Estes galardões serão dados apenas àqueles que fizeram obras que glorificaram ao Nome do Senhor Jesus Cristo. Fica claro então que o crente será julgado por causa de suas obras, receberá ou não galardões, todavia este ainda será salvo mesmo tendo suas obras desaprovadas pelo Grande Juiz (1Co 3.11-15).

Cada um será julgado como que pelo fogo: madeira, feno e palha serão consumidas; ao passo que ouro, prata e pedras preciosas serão galardoadas; no entanto, todos serão salvos.

Este julgamento, portanto, não se refere ao destino, mas a um ajuste de contas, para recompensa ou perda da recompensa de acordo com as nossas obras, sendo que isto determinará nossa posição no Milênio.

4.     Julgamento de Israel

 

O juiz? É claro que será o Messias, o Senhor Jesus Cristo.

O grande objetivo deste julgamento é determinar quem dentre os israelitas entrarão no reino milenar do Messias (Sl 50.1-7; Ez 20.33-44; Ml 3.2-5; 4.1,2). Paulo atesta isso ao dizer que: “nem todos os de Israel são, de fato, israelitas” (Rm 9.6).

Primeiro ocorrerá o ajuntamento de Israel (Mt 24.31). Dar-se-á, portanto, na Segunda Vinda do Messias a esta terra e após ter ocorrido o ajuntamento de Israel como uma nação. (Mt 25.1-30; Ez 20.34-38).

O local de tal julgamento naturalmente será na terra após o retorno do Messias (Zc 14.4). Aparentemente tal julgamento se dará nas fronteiras da terra de Israel, para assim, impedir que alguns não entrem nela, da mesma forma como o foi quando estiveram em Cades-Barnéia e aos rebeldes não foram permitidos entrar (Ez 20.34-38).

Todos os israelitas vivos serão então reunidos e após isso deverão ser julgados. Naturalmente o Israel ressuscitado por ocasião da segunda vinda de Cristo também deverá ser julgado para recompensas, no entanto, tal exame não acontece juntamente com este julgamento dos israelitas vivos.

A base para tal o julgamento dos israelitas vivos está em Mt 25.1-30, onde os salvos serão separados dos incrédulos de Israel, para isso, a obra de cada indivíduo será trazido a juízo (Ez 20.37,38; Ml 3.2-5).

O resultado desse julgamento é que todos os incrédulos serão tirados da terra, sendo destruídos e, portanto, não entrarão no reino (Mt 25.30; Ez 20,37) e ainda outro resultado, os salvos herdarão a bênção do reino milenar (Rm 11.26,27).

Torna-se claro então que na Segunda Vinda de Cristo Ele separará os salvos dos incrédulos, sendo que todos os incrédulos serão lançados fora e os sobreviventes da nação de Israel serão salvos e conduzidos para o milênio, onde se dará o cumprimento das alianças de Deus com esta nação. Estes irão constituir o Israel da era vindoura.

5.     O Julgamento das Nações Gentias

 

Novamente o Juiz será o Senhor Jesus Cristo. Este julgamento se dará após a Segunda Vinda de Cristo a terra e ocorre logo em seguida ao ajuntamento e julgamento de Israel (Mt 25.31-46; Jl 3.1,2).

Este julgamento precederá o Milênio, pois aqueles que forem aceitos nesse julgamento serão conduzidos para desfrutar as bem-aventuranças do reino milenar de Cristo nesta terra (Mt 25.34).

Pelo que podemos deduzir dos textos bíblicos, as nações que são mencionadas aqui para este futuro julgamento são as nações que estarão vivas aqui nesta terra. Não é mencionada nenhuma ressurreição no tocante a estas nações. Não é mencionado que nenhuma nação desceu do céu para este julgamento. Nenhum livro é aberto para consulta. Logo, são as nações aqui da terra que serão reunidas por Jesus Cristo para este julgamento. Portanto, torna-se enfático dizer que este acontecimento se dará nesta terra e não em algum lugar da eternidade, ou mesmo depois do milênio.

Os julgamentos nacionais sempre foram derramados somente a nações vivas e existentes e nunca o foram derramados sobre os mortos, por não apresentarem nenhuma organização que seja ligada a idéia de nação ou estado.

Três grupos são mencionados neste julgamento: 1) as ovelhas, que são os gentios salvos; 2) os cabritos, que são os gentios não salvos; e 3) os “irmãos”, que são o povo de Israel.

Estas nações não são a Igreja, porque ela fora transladada muito antes e já fora julgada nos ares. Não é Israel porque Israel nunca pertenceu às nações. As nações são aquelas que tiverem relações com Israel durante o período da Tribulação.

O local será o “Vale de Josafá” (Jl 3.2). Porém é um local de difícil localização. Alguns identificam este lugar como sendo “Vale de Bênção”, onde o rei Josafá derrotou os moabitas, os amonitas e meunitas, sendo que esta vitória deu o novo nome a este lugar (2Cr 20.20-28). No entanto, seu nome e sua distância, jogam em posição contrária para tal aceitação. Não há evidências de que houve um vale nas proximidades de Jerusalém que tenha levado o nome do rei Josafá nos tempos antigos. Já foi dito também que este poderia ser o “Vale do Cedrom”, localizado nos arredores de Jerusalém. Porém o que se sabe é que talvez tenham dado este nome a um dos lugares que possui uma ravina bem profunda, a qual separa a cidade santa do Monte das Oliveiras, por causa desta profecia, pois quando o profeta Joel anunciou sua profecia não há evidência de que assim o fosse chamado. A melhor resposta quanto ao local exato de tal acontecimento poderemos encontrar em Zc 14.4 quando é mencionado que a Vinda do Senhor Jesus Cristo se dará no Monte das Oliveiras, e então um grande vale será ali aberto nesta ocasião. Sua extensão se dará de Jerusalém até a cidade de Jericó. Com isso entendemos que na ocasião da Segunda Vinda de Cristo um grande e imenso vale que ainda não existe será formado. O nome Josafá significa “Jeová julga” e parece ser razoável que este vale recém-aberto receba este nome por causa do grande acontecimento do julgamento de tais nações gentias vivas.

Os julgados serão apenas as nações vivas, os mortos não são de forma alguma mencionados neste acontecimento. Não confundir com o julgamento descrito em Ap 20.11-15 onde é mencionado os mortos, pois este julgamento se dará depois do Milênio e o julgamento que ora estamos mencionando acontece antes do Milênio.

Deve-se ter em mente aqui que as nações enviam seus exércitos para uma batalha contra Cristo, mas estes são diferentes delas. E após Jesus Cristo ter cuidado destes exércitos na Batalha de Armagedom, Ele reúne as nações para este julgamento.

Como podemos afirmar que será um julgamento referente aos gentios vivos na Segunda Vinda de Cristo a esta terra? Respondemos a esta questão da seguinte maneira: na tradução da palavra nação (grego ethnos) encontramos a resposta de tal pergunta. Vejamos: esta palavra é traduzida por “povo” por duas vezes; por “pagãos” em cinco ocasiões; por “nação” em sessenta e quatro vezes e por “gentios” em noventa e três vezes de acordo com a Concordância de Strong. Demonstrando assim uma clara evidência de que são nações gentias.

Qual é a base para tal julgamento? O tratamento que eles deram a um grupo chamado de “meus irmãos” (Mt 25.40,45). Que grupo é esse? É claro que se trata dos judeus (Jl 3.2). A nação judaica está no centro deste julgamento. Portanto o julgamento se dará mediante o tratamento das nações para com Israel. Não é julgamento das obras destas nações para com Israel, pois nas Escrituras as obras nunca salvam a ninguém e a salvação nunca foi mencionada ser por meio de obras, muito pelo contrário, elas nunca salvam e nunca salvarão a ninguém (Ef 2.8,9, Tt 3.5). o julgamento é feito sim mediante a aceitação de uma única obra, a do Senhor Jesus Cristo na cruz do Calvário por nós (Jo 6.28,29). Não é um julgamento baseado nas obras também pelo fato de que eles deveriam ser considerados justos por causa daquilo que fizeram, pois é dito que eles alimentaram, deram de beber, vestiram e visitaram os “irmãos”. Mas isso é totalmente contra ao ensino das Escrituras.

Os judeus por meio dos 144 mil irão anunciar o Evangelho do Reino ao mundo no tempo da Tribulação. Este Evangelho é a pregação da morte de Cristo e do Sangue de Cristo como o Único meio de salvação. Era este o Evangelho que esses “irmãos” estavam anunciando. Portanto, a evidência é que os gentios que serão julgados nesta ocasião serão aceitos ou rejeitados mediante a resposta que deram a esta pregação do Evangelho do Reino feita pelos “irmãos”. Nota-se, portanto, que aqueles gentios que aceitaram a pregação do Evangelho evidentemente aceitaram ao mensageiro, e aqueles que rejeitaram a pregação do Evangelho do Reino, rejeitaram o seu mensageiro. E aqui entra que aqueles que aceitarem tal Evangelho, demonstrarão a sua fé por meio das obras de compaixão e auxílio aos “irmãos”. Eles ao demonstrarem a sua fé, darão de comer aos mensageiros, visitarão a eles nas prisões, irão vesti-los e demonstrarão amor por eles. Portanto, essas nações gentias crerão nos mensageiros e os tratarão com gentileza e amor. E por causa de sua fé serão salvos.não por causa de suas obras. Mas é claro que o julgamento será mediante as obras dos gentios para se saber se aceitaram ou não o Evangelho pregado pelos 144 mil no tempo da tribulação. Para entender bem: na grande Tribulação por causa do anti-semitismo e devido às tentativas de matar a todos aqueles que são judeus, toda e qualquer pessoa que se opuser a isso, fazer amizade com um judeu e for visitar a um judeu na prisão ou num hospital estará declarando com todas as letras a sua fé na Bíblia e reconhecendo que os judeus são o povo escolhido por Deus. Sem uma fé em Cristo, nenhuma pessoa em sã consciência ousaria se tornar um amigo dos judeus.

Tal julgamento se dará a nível nacional ou individual? Respondemos a esta pergunta assim: será individual. Apesar das nações serem julgadas mediante a aceitação ou não do Evangelho do Reino pregado, a resposta a esta pregação deve ser individual. Ora, nações não podem dar uma resposta, indivíduos sim. Nações são compostas por pessoas salvas e não salvas e no milênio não entrará nenhum incrédulo (Jo 3.3; Mt 18.3; Jr 31.33,34; Ez 20.37,38; Zc 13.9; Mt 25.30,46). Portanto, será haver um julgamento individual para se saber quem entrará ou não no Reino Milenar de Jesus Cristo. Nações não podem crer, se fosse um julgamento nacional, as Escrituras estariam abrindo uma outra maneira de salvação, e esta através de obras e já notamos que não encontramos em nenhuma parte das Escrituras que qualquer indivíduo receba salvação mediante suas obras, o julgamento deve ser individual. Nenhum outro julgamento no processo divino fora nacional, portanto, este também não deve ser.

O termo nações também é aplicado para indivíduos em várias passagens bíblicas (Mt 6.31,32; 12.21; 20.19; 28.19; At 11.18; 15.3; 26.20) e, portanto, pode ser aplicado para indivíduos em Mateus 25.31 da mesma forma.

O resultado deste julgamento é que aqueles que forem colocados à direita do Rei é feito o convite de entrar e desfrutar da bem-aventurança no Reino Milenar (Mt 25.34). Os que estiverem à esquerda do Rei, o juízo será pronunciado a eles (Mt 25.41). Portanto, teremos dois grupos aqui: o primeiro será levado ao reino para se tornarem súditos do Rei e o segundo grupo será lançado no inferno. As ovelhas vão para o reino enquanto que os cabritos irão para o castigo eterno.

A presença de gentios vivos no reino está de acordo com as profecias bíblicas que declaram um grande número de gentios sendo colocados sob o governo do Rei, muito embora o reino seja um reino para Israel.

6.     O Julgamento da Babilônia

 

Temos aqui um acontecimento sem igual, onde a Babilônia Religiosa, o sistema político religioso e comercial do mundo no tempo da tribulação atinge seu apogeu, seu declínio e sua destruição total. Trata-se aqui de um sistema eclesiástico federado (Ap 17.1 – 19.5). A ocasião da destruição deste sistema que se levantará sobre a terra se dará, provavelmente no tempo da primeira parte da tribulação, ou seja, antes do término dos primeiros três anos e meio.

No fim dos tempos, a Babilônia terá duas formas: A Babilônia política, representada pelo império confederado da besta, o último dos grandes impérios mundiais gentio; a Babilônia Eclesiástica, representada pelo cristianismo apóstata, ou seja, toda a igreja apóstata, na qual o papado será proeminente, e que ainda deve incluir aqui a todas as religiões do mundo, o ecumenismo satânico.

No começo da Grande Tribulação, os sete anos antes da volta de Jesus Cristo a esta terra, a mulher monta a besta, demonstrando assim que o sistema eclesiástico dominará por algum tempo, na verdade três anos e meio, o sistema político. Na metade dos sete anos, portanto, os dez chifres, que são os dez reis, se levantarão e odiarão a mulher, despojando-a e destruindo completamente.

Talvez, a melhor interpretação que podemos colocar aqui é que o capítulo 17 de Apocalipse trata da destruição da Babilônia Eclesiástica, um sistema religioso que dominará a terra nesse tempo da tribulação e o capítulo 18 trata da destruição da Babilônia Comercial, que aqui pode ser tanto uma metrópole ou uma cidade, bem como um império.

Por Babilônia Eclesiástica os grandes teólogos não querem dizer que se trata da Igreja Verdadeira, refere-se no sentido da perspectiva religiosa, visto que as grandes características dos cultos religiosos babilônicos foram transplantadas para o catolicismo, bem como toda as suas pomposas cerimônias e rituais.

Trata-se aqui da igreja apóstata, aqueles que nunca proferiram uma verdadeira confissão de fé, ou seja, nunca aceitaram a Cristo como seu Senhor e Salvador pessoa, ou seja, uma profissão de fé falsa, pois nunca nasceram de novo. Um grande exemplo dessa verdade encontramos nas palavras do próprio Jesus Cristo (Mt 7.21-23), onde nos diz que “muitos” naquele dia hão de dizer que tinham fé, mas Cristo mesmo lhes dirá que “nunca os conheceu”.

Está se referindo aqui a grande apostasia dos últimos tempo, chamado de fornicação, adultério, prostituição, ou mais exato, de “adultério espiritual” – idolatria, neste trecho.

Note aqui algo interessante: o sistema religiosa está sendo liderado por mulheres, da mesma forma como o foi nos tempos de Ninrode, quando a sua própria esposa, Semíramis, liderou uma rebelião, onde as mulheres participavam do culto imoral a Tamuz (Ez 8.14-15). Sendo que no tempo do cativeiro de Israel, esta religião entrou nos corações do povo de Deus e este se contaminou e participou das mesmas abominações que os pagãos realizavam.

Babilônia tem caráter de rebeldia contra Deus, desde o seu surgimento foi assim, em Gn 11 tentaram construir uma torre em adoração às divindades pagãs encabeçadas pela Babilônia. Deus, então confunde a linguagem usada pelos homens, para que não mais pudesse se entender, surgindo o termo “babel”, que significa “confusão”, se aplicando a toda história subseqüente da babilônia até Ap 18. Babilônia se tornou grande com seu império por meio de Nabucodonosor. A forma básica de sua religião era os ritos secretos, onde certos ídolos eram adorados, por isso deve-se conhecer os seus deuses para poder compreender melhor suas crenças. Assim, a Bíblia retrata a Babilônia como “mistério”. De acordo com as crenças de seus adeptos, Semíramis concebeu de maneira milagrosa, dando à luz um filho, cujo nome foi Tamuz, sendo que este foi considerado o salvador que cumpriria a promessa de libertação que fora feita a Eva. Resultando com isso uma grande e próspera abominação que contagiou a muitas nações. Uma descrição puramente satânica que enganou a muitos. Ela é considerada a fundadora dos mistérios babilônicos e a primeira sumo sacerdotisa da idolatria. Por isso, a Babilônia se tornou a fonte da idolatria e a mãe de todo sistema pagão que existe no mundo. Todos os seus rituais de adoração eram secretos. E apenas os iniciados eram permitidos ter conhecimento desses mistérios. Começou aqui um verdadeiro esforço por parte de Satanás para enganar o homem com uma imitação tão semelhante à verdade bíblica para que os homens não pudessem conhecer a verdadeira Semente da mulher quando Ele viesse no cumprimento dos tempos. Essa religião de mistério se espalhou pelo mundo, e a imagem da mãe e do filho fora difundida por toda parte, apenas mudando os seus nomes, por exemplo: Ísis e Hórus (Egito); Afrodite e Eros (Grécia); Vênus e Cúpido (Itália), etc. Quando da queda da Babilônia como império e cidade, o culto babilônico transferiu-se para Pérgamo, a cidade onde uma das sete igrejas da Ásia era localizada, onde o deus Dagom, o deus-peixe, também conhecido como “guardião da ponte” (elo entre o homem e Satanás), era a adoração principal. Veja de onde surgiu a tendência da adoração de uma mulher e seu filho, do paganismo. É aqui que a Igreja Católica Apostólica Romana tirou a idéia para adorar e glorificar a Maria, a mãe de Jesus. A Bíblia condena claramente esta prática feita e fora veemente denunciada pelos profetas (Ez 8.14-15; Jr 7.18; 44.17-19.25).

Quem serão os participantes deste sistema? Aqui encontramos o tão popular ecumenismo que está sendo infiltrado calmamente no meio cristão e aceito por líderes inescrupulosos e de pouco conhecimento bíblico. Será uma religião mundial, sendo que cristã será apenas o nome, pois em essência, será puramente pagã. O catolicismo romano liderará, junto com ele estarão alguns carismáticos, ocultismo, nova era, os quais liderarão durante a primeira parte da tribulação. Sendo que esta igreja apóstata perseguirá implacavelmente a todos aqueles que demonstrarem ter fé genuína em Cristo. Serão perseguidos e mortos por ela (Ap 17.6). Portanto, quem aceitar a Cristo no tempo da tribulação enfrentará o duplo problema de enfrentar o martírio por meio dos líderes políticos (encabeçado pelo anticristo) e pela igreja apóstata.

Entendemos que o sistema religioso por metade do tempo dominará o sistema político, recebendo deste apoio devido para subjugação do mundo todo à sua autoridade. Por isso é descrito que esta mulher está assentada sobre uma besta escarlate, com sete cabeças e dez chifres. Por que acontece uma aliança entre o sistema religioso e o sistema político? Lembre-se de que ambos pretendem a mesma coisa: o domínio mundial. Estabelecido este domínio, o poder político percebe que não necessita mais do religioso.

Quem é a pessoa descrita como “que era e não é, mas aparecerá” de 17.8? Muitas são as teorias. Dizem ser Judas Iscariotes, usando como base 2Ts 2.3 com Jo 17.2, o “filho da perdição”. Outros dizem ser alguns dos imperadores romanos, como Nero ou alguma figura do século 20 como Mussolini, Hitler ou Stalin. Outros dizem ser algum desconhecido que fora ressuscitado, mas sem nomeá-lo. Talvez a melhor posição seja identificar esta personagem como a revivificação do Império Romano ou considerar que a ferida mortal contra a besta aconteça para mostrar os poderes de Satanás, que fará com que ele seja milagrosamente curado. Agora, ele não morrerá, porque teremos problemas com isso. Quem o ressuscitaria? Apenas Jesus Cristo pode ressuscitar os mortos (Jo 5.28-29; 2Co 1.9).

Tanto a besta como a mulher, poder religioso e político tem por objetivo a oposição total a Deus, bem como àqueles que colocarem a sua confiança no Senhor Jesus Cristo.

No final dos primeiros três anos e meio da tribulação, a Babilônia política destruirá a eclesiástica (Ap 17.15-18). O objetivo disso é que somente  a besta seja objeto de culto neste mundo, o qual exigirá ser adorado como sendo o próprio Deus (2Ts 2.3-4; Ap 13.4,15).

Temos uma boa lição aqui: Deus pode e usa incrédulos para executar a Sua vontade quando bem Lhe apraz. A Babilônia eclesiástica será destruída por uma confederação de 10 nações.

Apocalipse 18, no entanto, terá seu cumprimento apenas no retorno pré Milenar de Cristo. portanto, não segue de imediato à destruição que acontece no capítulo 17, está separada uma destruição da outra por um período de três anos e meio, apesar de 18.1 dar a entender que isso acontece imediatamente após a destruição da Babilônia eclesiástica, o contexto da passagem não deixa isso claro. Podemos explicar isso da seguinte forma: embora o apóstolo João tenha escrito o Livro de Apocalipse na ordem em que recebeu as revelações, a ordem dos eventos que são descritos não é necessariamente cronológica. Apocalipse 17 e 18, são, portanto, dois eventos distintos, separados por um período de três anos e meio.

A crença popular é que Babilônia será literalmente reconstruída (afirmando que Is 13.5-6,10,19-22; 14.1-6,22,25-26 precisam de um cumprimento futuro) e com isso, se tornará no grande centro comercial mundial. Muito embora muitos sejam contra essa teoria, afirmando que Is 13.19-22; Jr 51.24-26,62-64 parece impossibilitar tal afirmação., dizendo que o nome é usado simbolicamente, sendo uma referência a Roma. No entanto, a prosperidade de Babilônia será breve, sendo destruída num único dia pelo Senhor (18.17-19).

7.     O Julgamento do Anticristo, Falso Profeta e seus exércitos

 

A besta relatada em Apocalipse é o indivíduo que será surgirá como cabeça dos poderes gentílicos na federação de dez reinos. É o anticristo. Aquele que exigirá ser adorado como Deus. Receberá todo o poder de Satanás para agir e governar o mundo durante o tempo da tribulação. A sua pessoa e o seu trabalho são apresentados em Ez 28.1-10; Dn 7.7-8,20-26; 8.23-25; 9.26-27; 11.36-45; 2Ts 2.3-10; Ap 13.1-10; 17.8-14.

Provavelmente o anticristo será um gentio, pois ele surge do mar (Ap 13.1) sendo que o mar retrata as nações gentias (Ap 17.15). Ele surge do Império Romano, pois é mencionado ser um governador do povo que destruiu a Jerusalém (Dn 9.27). É um líder político, sendo que as sete cabeças e os dez chifres estão confederados sob a sua própria autoridade (Ap 13.1; 17.12). Tem influência e domínio mundial, conseguido através de alianças com outras nações (Dn 8.24; Ap 17.12) e antes de chegar ao poder elimina a três reis (Dn 7.8,24). Seu surgimento se dará por meio de um plano de paz e pessoalmente será dotado de inteligência e persuasão, bem como sutileza e astúcia, sendo que logo as nações lhe darão todo o poder e autoridade (Dn 8.23,25; 7.8,20; Ez 28.6; Ap 17.13). Ele será energizado por Satanás, recebendo toda a autoridade dele e sendo controlado pelo próprio Satanás (Ez 28.9-12; Ap 13.4; Ez 28.2; Dn 8.25). Fará uma aliança de sete anos com Israel e a quebrará na metade do período e exigirá ser adorado como Deus (Dn 9.27; 11.36-37; 2Ts 2.4; Ap 13.5). Destruirá o sistema eclesiástico (Ap 17.16-17). Irá se tornar o adversário do Príncipe dos príncipes, do Seu Plano e do Seu povo (Dn 8.25; 2Ts 2.4; Ap 17.14; Dn 7.21,25; 8.24; Ap 13.7). Temos aqui a obra-prima satânica.

O Falso profeta será o líder religioso do anticristo (Ap 16.13; 19.20; 20.10), é o seu braço direito e chamado de “a segunda besta” (Ap 13.11-17). Ele é um judeu, pois surge da terra, ou terra seca que no caso aqui é a Palestina (Ap 13.11). Será um homem influente nos negócios religiosos, sendo motivado pelo próprio Satanás como assim o é a primeira besta (Ap 13.11). Recebe uma autoridade do próprio anticristo (Ap 13.12). Seu objetivo é promover adoração a primeira besta, convencendo o povo de que ele é Deus (Ap 13.12). Realizará sinais e milagres que o identificam como o Elias que estava por vir, o que faz com que obtenha sucesso em enganar um mundo incrédulo (Ap 13.13-14). Promove adoração idólatra (Ap 13.14-15). Usa do poder da morte para convencer os homens a adorar a besta (Ap 13.15). Na economia tem o poder e autoridade para controlar todo o comércio (Ap 13.16-17). Estabelecerá uma marca que obrigará que todos a usem (Ap 13.18). Ele, portanto, será o profeta ou o porta-voz do anticristo. Com isso, forma-se a trindade satânica e demoníaca: o dragão (Satanás), a besta (anticristo) e o falso profeta (segunda besta). Compare o intento de satanás aqui nesta trindade: o lugar que é ocupado por Deus é então assumido pelo próprio Satanás, o lugar do Senhor Jesus Cristo, é assumido pelo anticristo e o ministério do Espírito Santo é então desempenhado pelo falso profeta. Nada mais diabólico e abominável!

O fim de ambos será manifestado por meio de um juízo direto de Deus (Ez 28.6; Dn 7.22,26; 8.25; 9.27; 11.45; Ap 191.19-20).

Quando isso acontecerá? Irá ocorrer quando ambos estiverem com todas as suas forças colocadas em uma campanha militar na Palestina, a Campanha de Armagedom (Ez 28.8-9; Ap 16.16; 19.19).

Localização: será no Monte Megido, situado à oeste do rio Jordão no centro-norte da Palestina, em torno de 15km de Nazaré 25km da costa do Mar Mediterrâneo, localizado nas planícies de Esdrelom. No entanto, este local será apenas o lugar de reunião de todas as tropas vindas dos quatro cantos da terra, sendo que de lá, a batalha se espalhará por toda a Palestina. O profeta Joel (3.2,13) identifica o local como sendo o “vale de Josafá”, uma extensa área a leste de Jerusalém. O profeta Ezequiel (39.11) chama esse lugar de “vale dos viajantes”. O profeta Isaías (34 e 63) mostra que Cristo virá com Suas vestimentas manchadas de sangue de “Edom” ou Iduméia, sul da Palestina. Reunindo todas essas informações concluímos que a Batalha de Armagedom se estenderá desde o vale do Megido no norte da Palestina, através do vale de Josafá, perto de Jerusalém, até Edom no extremo sul da Palestina. Assim as palavras do profeta Ezequiel de que os exércitos dessa grande batalha virão “para cobrir a terra” ficam confirmadas. Em Apocalipse somos informados que o sangue correrá dos freios dos cavalos por 1600 estádios e já disseram que 1600 estádios cobrem justamente toda a extensão da Palestina. Sendo que Jerusalém será o centro de interesse dessa batalha.

Participantes da Campanha: os exércitos da besta se ajuntarão para capturar a Jerusalém e os judeus na Palestina (Zc 12.1-9; 13.8-14.2). Quais os participantes destes exércitos? 1) a federação de dez reinos sob a liderança da besta, que constitui a forma final do quarto grande império mundial; 2) a federação do norte, a Rússia e seus aliados; 3) os reis do Leste, povos asiáticos de além do Eufrates; e 4) o rei do Sul, poder ou coligação de poderes do norte da África. 5) Um outro Grande poder que participará nesta campanha será o próprio Senhor Jesus Cristo e Seus exércitos celestiais.

Devemos notar algo de importante nesse momento. As quatro primeiras coligações tratadas anteriormente demonstrarão uma hostilidade entre si mesmas e principalmente contra a nação de Israel (Zc 12.2,3; 14.2). No entanto, o verdadeiro intento da luta dessas nações não é uma contra a outra ou contra Israel, é necessariamente contra o Deus de Israel que elas lutam (Sl 2.2; Is 34.2; Zc 14.3; Zc 16.14; 17.14; 19.11,14,15,19,21).

Como será a destruição ou o fim do anticristo? O fim do anticristo está claramente profetizado em várias passagens bíblicas, sendo as principais: Ez 21.25-27; 28.7-10; Dn 7.11,27; 8.25; 9.27; 2Ts 2.8; Ap 17.11; 19.20; 20.10.

O Evento Final: Vamos notar uma coisa antes. Os exércitos do anticristo destroem o rei do Sul. A federação do norte será destruída pelo Senhor Jesus Cristo nas montanhas de Israel. Portanto, restam apenas duas forças neste momento, sendo elas: os próprios exércitos do anticristo e os exércitos do rei do leste. Aparentemente, a batalha entre ambos irá ser travada, mas eis que no início deste desenrolar surge nos céus o sinal do Senhor Jesus Cristo (Mt 24.30), o qual faz com que este confronto seja interrompido. Com isso, os dois exércitos desistem de competir forças e unem-se contra o Senhor Jesus Cristo (Ap 19.19; compare com Zc 14.3; Ap 16.14; 17.14; 19.11-21). Este será um conflito de forma breve e decisivo. O resultado natural desse confronto é que os exércitos do anticristo e os exércitos do rei do leste serão completamente destruídos pelo Senhor Jesus Cristo (Ap 19.21).

Resumindo os acontecimentos da Campanha de Armagedom:
o       Os exércitos do Sul serão destruídos nessa campanha.
o       Os exércitos da confederação do Norte serão destruídos por Jesus Cristo.
o       Os exércitos do anticristo e do rei do Leste serão destruídos com a espada que procede da boca Cristo em Sua Segunda Vinda (2Ts 1.7-10; Ap 19.21).
o       O anticristo e o falso profeta serão lançados vivos no lago de fogo (Ap 19.20).
o       Todos os incrédulos serão eliminados de Israel (Zc 13.8).
o       Ocorrerá a purificação dos crentes devido a essas invasões (Zc 13.9).
o       Satanás será preso por mil anos (Ap 20.2).

Portanto, a oposição política fica quebrada e todas as forças que impediriam que o Reino Milenar de Jesus Cristo fosse estabelecido são destruídas. Note algo de importante aqui: este é um julgamento que ocorre quando o Senhor Jesus Cristo voltar a esta terra e abrangerá apenas os exércitos com os seus devidos líderes, pois saíram em oposição clara e obstinada contra o senhorio de Jesus Cristo. O desfecho deles será então o lago de fogo e a conseqüente condenação eterna.

8.     O Julgamento de Satanás e seus Anjos

 

O maior inimigo do povo de Deus e do próprio Deus é Satanás. Um ser criado por Deus que se rebelou contra Ele e hoje quer ocupar o lugar que pertence exclusivamente a Deus. No entanto, ele já é um inimigo derrotado. Não há esperanças para ele. Desde Gênesis somos informados sobre o “caminho da serpente” e desde o primeiro Livro da Bíblia conhecemos o destino final de Satanás. Lá encontramos a primeira profecia da destruição de Satanás (Gn 3.15) e em Apocalipse somos informados do seu destino final.

Nos dias de hoje, Satanás, o deus deste século, procura “cegar o entendimento dos incrédulos para que a luz do Evangelho não resplandeça sobre eles” (2Co 4.4). Portanto, ele trabalha ardentemente contra o Plano de Deus e através de seus anjos, os demônios, fazem oposição maligna contra o reino de Deus.

No tempo da tribulação Satanás será lançado a terra (Ap 12.7-9,13-17). Hoje, ele rodeia e passeia por ela (Jó 1.7), mas, não é onipresente e nem onisciente, pois apenas Deus tem esses poderes. Contudo, Satanás conta com a ajuda de seus anjos, os demônios para estabelecer e executar o seu plano sobre o governo mundial.

Na tribulação, todo o seu desejo será realizado por meio do seu agente, a sua obra-prima, o anticristo e seu ajudante, o falso profeta.

Na Segunda Vinda de Jesus Cristo a esta terra, Satanás será aprisionado no abismo por 1000 anos (Ap 20.1-3). Durante este tempo, Jesus Cristo estará nesta terra como Rei.

No fim desse período Satanás será liberto (Ap 20.7). Será solto para um fim específico. Sairá para seduzir as nações, especificamente para liderar a última e final rebelião contra o reino teocrático de Jesus Cristo. Com a libertação de Satanás, no final dos mil anos do reino de Cristo sobre a terra, as Escrituras deixam claro como o coração do homem é pecaminoso e mesmo durante um tempo onde as melhores condições possíveis foram estabelecidas para gozar de harmonia e completa paz, o homem se corrompe, porque o pecado ainda habita em seu coração. O que é demonstrado com isso? É demonstrado o fracasso do homem em seguir a Deus. Sabemos que os homens que entrarem no milênio com seus corpos mortais serão todos salvos, no entanto, seus descendentes não serão salvos e precisarão decidir pessoalmente aceitar a salvação em Jesus Cristo. Estes mesmo sob as melhores condições possíveis, irão rejeitar ao Rei e estes serão aqueles que irão aceitar a rebelião proposta por Satanás para acabar com o reino do Rei.

Qual o objetivo disso? Ora, pense bem, durante o tempo dos mil anos, o Rei estará regendo e governando com “cetro de ferro” e todos deverão se conformar com Sua lei. Mesmo que exteriormente. Note que mesmo eliminando todos os meios de tentação por parte de Satanás no tempo que ficou aprisionado, mesmo oferecendo um conhecimento abundante nunca antes alcançado ao homem, mesmo o Rei oferecendo a maior provisão já vista, não será suficiente para regenerar o coração dos filhos dos homens que viverem no tempo do milênio. Estes, se submeterão ao Rei apenas em forma exterior. E para isso, Satanás é liberto para que o teste seja manifesta a verdadeira situação do coração humano que ainda não foi regenerado. Aprendemos com isso que mil anos presos não mudaram o caráter de Satanás, não ocorreu nenhuma mudança moral em sua natureza, bem como na natureza do homem não regenerado que mesmo sob um governo justo; muitas bênçãos; gozo completo de um mundo redimido da maldição; o seu coração ainda é propenso a rebelião.

Quando Satanás for solto, a Bíblia diz que será por “pouco tempo”, então reunirá uma grande multidão para guerrear contra o acampamento dos santos e contra a cidade querida (Ap 20.7-9). Todavia este esforço final de Satanás para derrubar o Rei resultará na sua última ação. Fogo dos céus descerá sobre eles e os devorará. É claro que isto está se referindo apenas a seus corpos, pois ainda terão que comparecer no julgamento do Grande Trono Branco, o julgamento dos incrédulos de todos os tempos, sendo após isso lançados no lago de fogo. O Senhor Jesus Cristo lançará a Satanás no lago de fogo e enxofre, onde será atormentado pelos séculos dos séculos (Ap 20.10). Vale lembrar aqui, que nesta ocasião quando o diabo será lançado no lago de fogo e enxofre, o anticristo e o falso profeta ainda se encontram lá, demonstrando assim que não foram aniquilados e mesmo depois de mil anos ainda estão vivos e em sofrimento.

O lago de fogo, o “fogo eterno” é um lugar literal que foi preparado para “o diabo e seus anjos” (Mt 25.41).

E quanto aos anjos caídos, os demônios? A Bíblia nos ensina que eles também serão julgados. Eles estão devidamente associados ao julgamento de seu líder, o diabo,  julgamento este que precederá o julgamento do Grande trono Branco (Ap 20.10), sendo portanto, julgados após o fim do milênio, mas antes do julgamento do Grande Trono Branco (Jd 6).

Não sabemos o lugar que se dará este julgamento, pois as Escrituram não revelam isto para nós. Muito embora, acredita-se que o local seja mesmo as esferas celestiais, pois era o lugar onde se localizavam suas atividades. Sendo que o Rei, o Senhor Jesus Cristo será o Juiz desse julgamento, juntamente com a Igreja (1Co 6.3), e o Senhor Jesus Cristo é o Rei da esfera celestial, nada mais justo de que acontecer ali tal julgamento.

Todos os anjos caídos serão incluídos nesse julgamento (2Pe 2.4). A base para tal julgamento é a associação deles na rebelião de Satanás, por seguirem a ele nessa mesma ocasião e decidirem abandonar o seu estado angelical (Is 14.12-17; Ez 28.12-19). O grande dia desse julgamento será o chamado “dia do Senhor” (Is 2.9-22). Alguns estão acorrentados a espera desse dia do julgamento (Jd 6; 2Pe 2.4).

Após este julgamento todos os anjos caídos serão lançados no lago de fogo e enxofre para todo o sempre (Ap 20.10).

9.     O Julgamento do Grande Trono Banco

 

Chegamos ao ponto final dos julgamentos. O julgamento do Grande Trono Branco será o último a ser realizado (Ap 20.11-15). Branco aqui representa e simboliza pureza de julgamento.

Quem está assentado nesse trono? O Senhor Jesus Cristo será o Juiz (Ap 3.21; 20.12; Jo 5.22), tanto como Deus Pai simultaneamente.

Quando acontecerá? Será realizado após o término do reino milenar de Jesus Cristo (Ap 20.5,12-13).

Onde acontecerá? Será em algum lugar, não definido, entre as esferas terrestre e celestial (Ap 20.11).

Quem comparecerá neste julgamento? A Bíblia claramente define-os como “os mortos”. Mas quem são esses mortos? São os mortos espirituais. São aqueles que não passaram pela primeira ressurreição. São os incrédulos. Portanto, aqueles que comparecerão perante esse trono no julgamento serão os incrédulos de todos os tempos, os grandes e os pequenos, os grandes pecadores e os pequenos pecadores, os reis e os súditos, os nobres e os plenos, os letrados e os ignorantes, não importa o estado social da pessoal, todos comparecerão sob igualdade, porque nosso Deus não faz acepção de pessoas.

Qual a base desse julgamento? Ora, este julgamento não tem por objetivo dizer quem será salvo e quem não será salvo. Todos aqueles que comparecem a este julgamento serão perdidos. Não há qualquer possibilidade de salvação para aqueles que aqui comparecerem como réus.

As Escrituras revelam que “livros” serão abertos nesse dia (Ap 20.12; Jo 12.48; Rm 2.16). Quais são estes livros? Com certeza a Bíblia será um desses livros (Jo 12.48; Rm 2.16). Pelo menos outros dois livros serão abertos, o que não interfere que terem mais de dois nesse julgamento, sendo eles: 1) o “Livro da Vida”, evidenciando que aqueles que estão ali presentes não têm o seu nome inscrito nesse Livro, este é provavelmente o livro da graça divina, no qual os nomes dos herdeiros, de todos aqueles que já aceitaram a Jesus Cristo como Senhor e Salvador pessoal estão registrados (Ex 32.32; Dt 25.19; 29.20; Sl 69.28; Lc 10.20; Fp 4.3; Dn 12.1; Ap 3.5; 13.8; 17.8; 20.12,15; 21.27) e 2) o “Livro das Obras” para mostrar as más obras humanas, sendo que nenhuma pessoa poderá se justificar pelo que estiver escrito nesse livro através de suas ações. (Lc 12.47-48; Mt 11.21; Lc 10.13-15; Mt 10.14-15; Mc 6.11). O que ocorrerá então? Ora, feita a apuração de que as obras da pessoa não podem fazê-la merecedora de vida eterna com Deus, uma meticulosa investigação deverá ser feita se o nome de tal pessoa se encontra no Livro da Vida. Então devido ao testemunho escrito nos Livro das Obras e pelo fato de o nome estar ausente do Livro da Vida, tal pessoa é lançada no lago de fogo. Uma ênfase deve ser dada aqui: não há salvação por meio das obras, não existe maneira para que o homem seja salvo através de sua própria perfeição, pois segundo o padrão de Deus, ninguém é perfeito (Ef 2.8-9; Tt 3.5).

Haverá graus de julgamento. Aqueles que tiverem praticado mais obras indignas receberão um julgamento e castigo maior. Essa será a retribuição de Deus para com aqueles que não quiseram nada com Ele (Lc 12.47-48; 10.12; Mt 11.21-24; 10.14-15; Mc 6.11; Rm 2.5-6; Ap 20.12-13). É claro que aqueles que disserem ser ignorantes da vontade de Deus não receberão desculpas, porém serão aliviados no seu castigo. No entanto, o mais ameno que possa ser este sofrimento no inferno, ainda será inferno e, por isso, nenhum ser humano na sua sã consciência iria escolher ir para lá.

Qual o resultado desse julgamento? Será a segunda morte, o lago de fogo, a todos os incrédulos. A eterna separação de Deus (Ap 20.15).

Com segunda morte devemos entender que é o castigo pelo qual aqueles que recusaram aceitar tudo o que o Senhor Jesus Cristo fez pela humanidade. A primeira morte todo homem irá passar. A única exceção será para aqueles que estiverem vivos no tempo do arrebatamento, bem como para os personagens bíblicos que não foi dito nada sobre suas mortes, Enoque e Elias.

Qual a duração deste castigo? Será um tormento eterno, sem fim. Note que mesmo depois de mil anos a besta e o falso profeta ainda estão no lago de fogo, intactos, sendo assim, torna-se óbvio de que todos os ímpios que serão lançados ali permanecerão para todo o sempre (Mt 13.42; 25.41,46). E tal como os justos, os ímpios recebem um corpo indestrutível, mas ao contrário dos justos que recebem um corpo para bênção e presença de Deus, os ímpios recebem um corpo indestrutível adequado apenas para o castigo eterno.

Quem lançará tais homens no lago de fogo? Isto é tarefa dada por Deus a Seus anjos (Mt 13.41-42).


5. Uma Palavra Final

Tantos julgamentos, ou juízos, apresentados na Palavra de Deus tem por finalidade demonstrar que Deus é realmente justo no Seu lidar com Suas criaturas. Em cada caso Deus trata de maneira absolutamente justa, incomparavelmente singular e infinitamente sábia.

Alguns poderiam perguntar: “então para que tantos julgamentos sendo que o resultado de cada um já está determinado?” Uma boa indagação. Vamos responder a isso então. Simplesmente pelo fato de que Deus deseja que sejam manifestos a culpa de cada um e expor diante de todos a Sua própria justiça divina. Para que ninguém, em toda a eternidade, tenha uma dúvida sequer referente ao fato de que Deus tenha sido justo para com todos. E é claro, para que a glória de Deus seja manifestada.


__________________________________________________________


Referências Bibliográficas: 

BÍBLIA. Português. A Bíblia Anotada. Ryrie, Charles Caldwell. Versão Almeida, Revista e Atualizada. São Paulo, SP.: Editora Mundo Cristão, 1991. 

BÍBLIA. Português. Com as Referências e Anotações de Dr. C.I. Scofield. Edição Revista e Atualizada no Brasil. Kissimmee, Flórida: Imprensa Batista Regular do Brasil, 1983.

EVANS, William. CODER, S. Maxwell. Exposição das Grandes Doutrinas da Bíblia. São Paulo: Editora Batista Regular, 2000.
HALLEY, Henry H. Manual Bíblico: um comentário abreviado da Bíblia. 4a ed. São Paulo: Sociedade Religiosa Edições Vida Nova, 1994.
PENTECOST, J. Dwight. Manual de Escatologia: uma análise detalhada dos eventos futuros. São Paulo: Editora Vida, 1999.
THIESSEN, Henry Clarence. Palestras Introdutórias à Teologia Sistemática. São Paulo: Imprensa Batista Regular, 1987.
TURNER, Donald D. A Doutrina das Últimas Coisas. São Paulo: Imprensa Batista Regular, 1988.
TURNER, Donald D. Exposição do Apocalipse. São Paulo: Imprensa Batista Regular, 1991.
WALVOORD, John F. Todas as Profecias da Bíblia. São Paulo: Editora Vida, 2000.

 FONTE: http://www.uniaonet.com/prclevjulgamentos.htm#_Toc72858448