Papa Francisco e Marcelo Figueroa
“Queremos divulgar o trabalho pastoral universal de
Francisco, de um modo que alcance toda a Argentina,” disse Marcelo Figueroa, um
pastor presbiteriano que é o ex-presidente da Sociedade Bíblica da Argentina.
O líder presbiteriano também disse que a edição
argentina do L’Osservatore incluirá não só proeminentes personalidades
católicas como o arcebispo Víctor Manuel Fernández, reitor da Universidade
Católica da Argentina, mas também membros de outras religiões, frisando os esforços
ecumênicos e inter-religiosos de Francisco.
“Creio que aqueles que querem escutar a voz do papa,
seguindo seu trabalho pastoral, com alguns comentários adicionais, serão
enriquecidos por nossa edição,” Figueroa disse. “Creio que será bom para a alma
de todo argentino seguir cuidadosamente a voz de quem hoje é o líder espiritual
mais relevante do mundo.”
Figueroa é amigo de Francisco. Na primavera de 2015,
quando ele precisou passar por uma operação cirúrgica delicada na Argentina,
Francisco permaneceu próximo dele com cartas e ligações telefônicas contínuas.
Depois que ele se recuperou, em setembro do mesmo ano o papa lhe deu uma longa
entrevista para a FM Milennium 106.7, uma estação de rádio de Buenos Aires. E
um ano mais tarde, ele chegou a promovê-lo não só como diretor da edição
semanal argentina do L’Osservatore Romano, mas até como colunista da edição
diária maior.
Os dois trabalharam num programa ecumênico de
televisão juntos quando o Papa Francisco era arcebispo na Argentina.
O que o papa pretende nomeando um pastor presbiteriano?
Atrair a atenção do presidente americano Donald
Trump, que é presbiteriano? Ambos estão num conflito desde fevereiro
de 2016 quando Francisco
disse que não era cristã a atitude de Trump de cercar os Estados
Unidos com um muro que impedisse a entrada de imigrantes ilegais.
Mas é certo nomear um pastor presbiteriano para um posto
católico?
De acordo com o site noticioso católico LifeSiteNews, “Católicos
e protestantes discordam acerca do que se exige para a salvação, a autoridade
do papa, vários ensinos marianos tais como se Maria era perpetuamente virgem, a
missa e outros importantes aspectos da vida cristã.”
LifeSiteNews está correto. Não é adequado que um
presbiteriano ou outro protestante lidera um grupo católico, e seria igualmente
impróprio que um católico liderasse um grupo protestante. Eles podem ser amigos?
Sem dúvida. Mas amizade ou parceria em causas pró-família e pró-vida jamais
deveria ser equivalente de ecumenismo.
Quando possível, deve haver unidade entre os cristãos para
o bem comum, para combater o aborto, a agenda homossexual, o fanatismo islâmico
e para apoiar Israel.
Mas unidade espiritual é impossível. As doutrinas
católicas exigem que Maria e determinados santos sejam intercessores entre Deus
e os homens enquanto as doutrinas protestantes ensinam que Jesus é plenamente
suficiente para mediação e intercessão.
Francisco e o pastor presbiteriano deveriam separar
sua amizade de suas obrigações religiosas.
Pelo menos, o papa não nomeou um homem pró-aborto e
pró-sodomia. Em contraste, a universidade
presbiteriana mais proeminente do Brasil tem contratado professores marxistas,
pró-aborto e pró-sodomia.
Mesmo assim, os católicos estão muito descontentes com
a nomeação do papa. E por que os evangélicos deveriam ficar contentes?
É correto dizer que Francisco é um grande líder
pró-família. Mas é muito problemático um ex-presidente da Sociedade Bíblica da
Argentina dizer que Francisco é “o líder espiritual mais relevante do mundo.”
Com informações de LifeSiNews, EWTN e Cruxnow.
Versão
em inglês deste artigo: Pope appoints Presbyterian minister to lead Vatican
newspaper in Argentina
Fonte:
www.juliosevero.com
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