“João, às sete igrejas que se encontram na Ásia, graça e paz a vós outros, da parte daquele que é que era e que há de vir, da parte dos sete Espíritos que se acham diante do trono, e da parte de Jesus Cristo, a Fiel Testemunha, o Primogênito dos mortos e o Soberano dos reis da terra” (Apocalipse 1: 4,5).
Voltamos agora nossa atenção às sete Igrejas da Ásia Menor, a quem João foi incumbido de escrever. Havia sete comunidades locais daquela época que necessitavam de ensinamentos os quais estão contidos nestas cartas (Capítulos 2 – 3). Existiam muitas outras igrejas na Ásia, mas somente sete delas foram selecionadas. As mensagens às Igrejas contém uma espécie de panorama da situação espiritual da comunidade aos olhos do Senhor e Juiz. O conteúdo de cada uma delas tem uma aplicação pessoal e direta, pois cada carta é concluída com palavras dirigidas a cada indivíduo na comunidade: “aquele que tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às Igrejas: Ao vencedor, dar-lhe-ei que se alimente da árvore da vida que se encontra no paraíso de Deus”, expressando assim o caráter individual da mensagem de Jesus Cristo (Apocalipse 2: 7). As cartas às sete igrejas tem um alcance em três tempos: Primeiramente, as cartas foram dirigidas para comunidades locais, igrejas existentes na antiga Ásia Menor e, que receberam o desafio da mensagem divina. Cada comunidade indiscutivelmente viveu a situação que foi descrita em cada carta em particular. As cartas também são proféticas, pois apresentam uma mensagem divina para todas as fases em todos os tempos do cristianismo, isto é, cada igreja identifica uma fase da história eclesiástica. E por fim, as cartas são para os nossos dias, pois o conteúdo de cada uma delas se aplica às diversas situações vividas pelas igrejas locais e denominações cristãs dos dias atuais.
As sete igrejas simbolizam o número bíblico da totalidade. O próprio Cristo revela que as sete Igrejas são representadas por sete candeeiros. O termo hebraico מנורות (Menorot) no Velho Testamento para Candeeiro, está associado à luz, e neste contexto no Novo Testamento tem a ver com iluminação da revelação Bíblica que trazem a palavra da luz e das verdades absolutas de Deus. Esta símile é verdadeira no que diz respeito a cada seguidor de Jesus Cristo. O cristão deve ser a luz do mundo, um referencial de vida para todas as nações da terra (Mt. 5: 14). Cristo é visto no meio dos candeeiros, que são portadores de luz, como Senhor e Juiz do destino humano. Esta foi e ainda é sua relação com toda a igreja universal (Grego eklhsia implica em “chamados”), que é o verdadeiro corpo universal de Cristo; aqueles que são chamados de todos os lugares e de todas as gerações durante o período de tempo histórico designado como “dispensação da graça”. Ele ainda está edificando, chamando, salvando e aperfeiçoando a igreja, corpo eleito e destinado para a vida eterna.
A maioria dos expositores do Apocalipse concorda que não pode ser mera coincidência o fato de que as cartas às sete igrejas tenham características marcantes da igreja ao longo do curso da história eclesiástica. Desde os dias inflamados do derramamento do Espírito Santo, o dia de Pentecostes, até a indiferença apática predita para “os últimos dias” antes que a verdadeira Igreja seja arrebatada da cena terrena. Verificamos nas cartas uma profunda identificação com todas as fases da história da Igreja. Um panorama das condições, recomendações, condenações, exortações e segurança estão nos capítulos 2 e 3 de Apocalipse, com um panorama das fases sucessivas da história da igreja de Éfeso à de Laodicéia, do primeiro padrão espiritual da igreja até seu estado de apostasia “nos últimos dias”, dos quais o Senhor e Juiz declara a Igreja apóstata em seu estado final - “Estou a ponto de vomitar-te da minha boca” (Ap. 3: 16; 2ª Timóteo 3: 15 ; 1ª Timóteo 4:1). O diagnóstico que Jesus faz dos vários setores da Igreja descomprometida com as verdades absolutas do cristianismo em sua fase final, deixa claro que a Igreja nos últimos dias viveria momentos de apostasia e abandono das verdades cristãs. Precisamos reconhecer esta situação, levando em consideração as recomendações de Jesus Cristo a fim de que possamos adquirir dele as verdadeiras riquezas espirituais da experiência cristã (Apocalipse 3: 18). Não podemos perder de vista que o principal desafio da mensagem cristã para os dias de hoje é que sejamos encontrados fiéis a exemplo da igreja de Fiilafélfia, uma referência para a igreja que será arrebatada a fim de participar das bodas do Cordeiro de Deus na glória celestial.
As sete igrejas simbolizam o número bíblico da totalidade. O próprio Cristo revela que as sete Igrejas são representadas por sete candeeiros. O termo hebraico מנורות (Menorot) no Velho Testamento para Candeeiro, está associado à luz, e neste contexto no Novo Testamento tem a ver com iluminação da revelação Bíblica que trazem a palavra da luz e das verdades absolutas de Deus. Esta símile é verdadeira no que diz respeito a cada seguidor de Jesus Cristo. O cristão deve ser a luz do mundo, um referencial de vida para todas as nações da terra (Mt. 5: 14). Cristo é visto no meio dos candeeiros, que são portadores de luz, como Senhor e Juiz do destino humano. Esta foi e ainda é sua relação com toda a igreja universal (Grego eklhsia implica em “chamados”), que é o verdadeiro corpo universal de Cristo; aqueles que são chamados de todos os lugares e de todas as gerações durante o período de tempo histórico designado como “dispensação da graça”. Ele ainda está edificando, chamando, salvando e aperfeiçoando a igreja, corpo eleito e destinado para a vida eterna.
A maioria dos expositores do Apocalipse concorda que não pode ser mera coincidência o fato de que as cartas às sete igrejas tenham características marcantes da igreja ao longo do curso da história eclesiástica. Desde os dias inflamados do derramamento do Espírito Santo, o dia de Pentecostes, até a indiferença apática predita para “os últimos dias” antes que a verdadeira Igreja seja arrebatada da cena terrena. Verificamos nas cartas uma profunda identificação com todas as fases da história da Igreja. Um panorama das condições, recomendações, condenações, exortações e segurança estão nos capítulos 2 e 3 de Apocalipse, com um panorama das fases sucessivas da história da igreja de Éfeso à de Laodicéia, do primeiro padrão espiritual da igreja até seu estado de apostasia “nos últimos dias”, dos quais o Senhor e Juiz declara a Igreja apóstata em seu estado final - “Estou a ponto de vomitar-te da minha boca” (Ap. 3: 16; 2ª Timóteo 3: 15 ; 1ª Timóteo 4:1). O diagnóstico que Jesus faz dos vários setores da Igreja descomprometida com as verdades absolutas do cristianismo em sua fase final, deixa claro que a Igreja nos últimos dias viveria momentos de apostasia e abandono das verdades cristãs. Precisamos reconhecer esta situação, levando em consideração as recomendações de Jesus Cristo a fim de que possamos adquirir dele as verdadeiras riquezas espirituais da experiência cristã (Apocalipse 3: 18). Não podemos perder de vista que o principal desafio da mensagem cristã para os dias de hoje é que sejamos encontrados fiéis a exemplo da igreja de Fiilafélfia, uma referência para a igreja que será arrebatada a fim de participar das bodas do Cordeiro de Deus na glória celestial.
As cartas às Igrejas:
O fascinante desenvolvimento da história da Igreja em todos os tempos, e a mensagem contida nos Cap. 2 e 3 sugere um panorama profético da igreja nominalmente cristã durante a presente dispensação. Este panorama é sem dúvida a chave para o entendimento desta importante divisão do Apocalipse. Os nomes das Igrejas são significantes em sua ordem sucessiva. Se a ordem dos nomes fosse mudada, não haveria aplicação a cada período particular da história da Igreja. Esta teoria não nega a aplicação local, congregacional e pessoal do conteúdo das cartas, mas nos leva a um retrospecto histórico onde podemos ver que as mensagens não poderiam ter a significância profética se fossem vistas apenas para os dias de João. Esta é a única divisão do apocalipse que tem a ver com o presente, ou seja, com a história da Igreja até os nossos dias.
· A mensagem à Igreja em ÉFESO (Apocalipse 2:1-7):
A Igreja do primeiro amor. Uma figura da Igreja em seus primórdios, quando o Senhor tinha em sua mão direita “As estrelas de cada Igreja” (Seus ministros ou pastores). A mão direita representa a autoridade e o poder de Jesus Cristo, bem como a sua proteção especial aos líderes destas comunidades. Ele estava ali “NO MEIO” para encorajar, admoestar, reprovar, corrigir e guiar. A Igreja de então andava separada do mundo. Esta é a Igreja “desejável“ de Deus. A cidade de Éfeso era o centro da idolatria – A comunidade Cristã era o ponto de referência que brilhava na fortaleza de satanás.
A comunidade cristã em Éfeso é recomendada por seu labor, paciência, longanimidade e discernimento espiritual. A recomendação, porém, é seguida de uma forte nota de repreensão: “Tenho algo contra ti, porque abandonaste o teu primeiro amor”. A exortação visava o arrependimento e o retorno às primeiras obras de amor e dedicação. Caso contrário, sem arrependimento, sua lâmpada seria removida – Éfeso se tornaria uma comunidade sem brilho e sem testemunho cristão genuíno.
A promessa “Ao vencedor“, que conclui todas as cartas, apela ao cristão individual, visando sua resposta pessoal à advertência e admoestação, embora a mensagem tenha sido dirigida a uma comunidade, através de seu mensageiro (como implica a palavra “anjo“). A promessa para os vencedores não é endereçada a um grupo especial em cada comunidade que tem sido especialmente vitoriosa, antes, diz respeito à “aquele que tem ouvidos... ouça o que o Espírito diz...” Em 1ª João 5:5, o apóstolo pergunta: “Quem é aquele que vence o mundo?” E ele mesmo responde: “Aquele que crê que Jesus é Filho de Deus”.
· A mensagem à Igreja em Esmirna: (Apocalipse 2: 8-11)
Esmirna significa “MIRRA“ (tem um sabor amargo). Um significado que demonstra o sofrimento da comunidade em face às tribulações. A mirra tem que ser esmagada para que dela seja extraída a fragrância. Uma perseguição ferrenha teve como centro a cidade de Esmirna. A comunidade foi trucidada sob as violentas leis imperiais contra o Cristianismo. Mesmo assim a fragrância de sua devoção triunfou por mais de dois séculos de martírio e perseguições ininterruptas. A perseguição havia iniciado nos dias de João, mas profeticamente apontava para o cruel martírio dos cristãos durante os sucessivos reinados dos imperadores deificados da Roma pagã. A mensagem recomenda-os por sua fidelidade em meio à tribulação e pobreza e relembra-os que a despeito de suas aflições, eles são ricos espiritualmente.
Na exortação “seja fiel até a morte”, eles são confortados pela segurança de que estas palavras foram proferidas por aquele que “esteve morto e agora vive”. Assim, assegurando-os do triunfo de sua ressurreição - “Porque Eu vivo, vocês também viverão” (João 14:19). “Aquele que vencer não será ferido com a segunda morte”. É a promessa para o fiel. Quando o crente deixa o corpo mortal e se reveste de imortalidade, ele engrandece e obtém definitivamente, pelos méritos de Cristo Jesus, a sua real posição de incorruptibilidade.
· A mensagem à Igreja em Pérgamo: (Apocalipse 2: 12-17)
Pérgamo tem dois significados que sugerem compromisso. Estes significados são “Casamento” e “Elevação” – UM CASAMENTO MISTO E O STATUS DE COMPROMISSO tiveram início com a conversão duvidosa do Imperador Romano Constantino, que se declarou cristão, e o cristianismo que uma vez fora considerado ilegal e condenado como heresia contra o estado, agora passa a ser reconhecido como religião oficial do estado pelo édito de Constantino, e por sua demonstração de afeto à fé cristã. Não era mais perigoso ou impopular tornar-se cristão. Com o crescimento de seu poder, ele favoreceu o cristianismo mais abertamente, elevando o clero a posições de honra e autoridade civil e legal. Assim, pela ajuda e favor de Constantino a perseguição cessou e o cristianismo tornou-se a religião do estado. O compromisso da comunidade cristã com o estado foi inevitável, à medida que este relacionamento se estreitou, ficou difícil constatar a distinção entre a Igreja e o mundo. A história relata a crescente corrupção da Igreja estatal que abandonou a verdadeira doutrina bíblica, na tentativa de conciliar adoração cristã e ritos pagãos, estabelecendo assim o cenário para os dias negros, mais tarde referidos na história da Igreja como “A ERA DAS TREVAS”.
Pérgamo era o centro do paganismo, o que é evidenciado pelos muitos templos edificados em honra a numerosos deuses. Daí a razão das palavras do Senhor àquela igreja: “Eu conheço onde tu habitas, onde está o trono de satanás”. A despeito das recomendações de fidelidade em tempos de provações, Cristo, “Aquele que tem a espada de dois gumes” (Apocalipse 2: 12), repreende severamente por causa do comprometimento, e em função de alguns dentre eles que abraçavam falsas doutrinas condenadas por Deus. Um prenúncio do grande declínio espiritual e do crescente comprometimento com o mundo, culminando com a inevitável apostasia, foi divinamente predito para os últimos dias. A mensagem foi concluída com um chamado ao arrependimento, uma advertência e uma promessa ao vencedor – “Ao vencedor, dar-lhe-ei do maná escondido, bem como lhe darei uma pedrinha branca, e sobre essa pedrinha branca escrita um nome novo, o qual ninguém conhece, exceto aquele que o recebe” (Apocalipse 2: 17).
· A mensagem à Igreja em Tiatira: (Apocalipse 2: 18-29)
Nosso Senhor se apresenta à comunidade como “O Filho de Deus”. A razão para assim enfatizar a Sua Deidade tem a ver com o seu pré-conhecimento da condição da Igreja em Tiatira. A profecia está relacionada com o longo período negro a ser relatado mais tarde na história - “A ERA DAS TREVAS”. A ascensão do poder papal foi insuficiente para tirar da Bíblia o livro de Apocalipse; ele tornou-se um livro selado. A era de perseguições, torturas, mortes e diabólicas trevas, é agora uma horrível página nos anais da história.
Ao apresentar-se como “O Filho de Deus” Ele teria sucessivas gerações que o reconheceriam como a única autoridade suprema e final. “Aquele que tem os seus olhos como chama de fogo” é mais uma vez destacado para evidenciar o poder examinador e penetrante de sua onisciência. E “seus pés como bronze refinado” para simbolizar o julgamento correta de suas decisões (Apocalipse 2: 18).
A Igreja é recomendada por suas obras, caridade, serviço, fé e paciência (Apocalipse 2: 19). Com estas qualidades recomendáveis haveria ainda espaço para condenação? Os olhos penetrantes como chama de fogo viam muitos motivos para condená-los, mesmo na abundância de boas obras “porque toleraste aquela mulher Jezabel que se intitula profetisa, não somente ensina, mas ainda seduz os meus servos a praticarem a prostituição e a comerem coisas sacrificadas aos ídolos” (Apocalipse 2:20). A comunidade de ÉFESO era faltosa na prática do amor fraternal, mas não tolerava o mal – Tiatira exercitava o amor, mas aceitava o mal – uma característica paradoxal do esforço humano no reino espiritual.
A Igreja de Tiatira é repreendida por tolerar o falso ensino de uma profetisa que se auto-afirmou com o objetivo de divulgar a apostasia. Nos versículos 20 a 23 do capítulo 2, a Igreja é acusada de maldade espiritual. Se o nome da mulher era ou não Jezabel, isto não é importante. O nome está associado à terrível maldade e à grande imoralidade. Seu triste relato pode ser lido em 1º Reis 21. Quanto aos remanescentes piedosos, àqueles que resistem à sua má influência, Cristo dá uma palavra especial de conforto e exorta-os: “tão somente conservai o que tendes, até que eu venha” (Apocalipse 2: 25).
· A mensagem à Igreja em Sardes: (Apocalipse 3: 1-6)
A palavra Sardes, em referência à Igreja, significa “aqueles que escapam”. Embora a Igreja em Sardes fosse considerada uma Igreja espiritual em termos de observações externas, aos olhos Daquele que tem os “Sete Espíritos de Deus”,uma indicação da totalidade e abrangência dos atributos do Espírito Santo – Isaías 11:1, 2 ; e as “Sete Estrelas” ( os anjos ou ministros das sete Igrejas), encontrava-se na verdade espiritualmente morta, e comprometida em seu nome e reputação. Em meio à sua decepção e morte espiritual havia poucos que a si mesmos se guardavam puros dos assédios do mundo. Não há condenação na mensagem a esta Igreja, senão o reconhecimento de pouca dignidade (Apocalipse3: 4).
De nosso ponto de vista, entre a cruz e a coroa há algumas cenas no grande panorama da revelação que ainda são futuras, “as coisas que hão de acontecer”, ou seja, depois que a verdadeira Igreja (não o cristianismo nominalista), tiver encerrado sua peregrinação terrena e for arrebatada ”para estar com o Senhor” (1a Tessalonicenses 4: 17). Ao revermos o panorama da história da Igreja desde os dias de João até os nossos dias, como um panorama profético, o cumprimento é descrito de maneira clara demais para ser visto como uma mera coincidência. Este cumprimento pode ser visto particularmente, por exemplo, no nome da Igreja em Sardes, que significa “os que escapam”, os que se apresentam puros perante o sistema do mundo, os dignos (espiritualmente vivos) no meio de uma Igreja espiritualmente morta. Esta descrição pode ser associada ao período da igreja conhecido como “A GRANDE REFORMA”, que se deu por volta do século XVI, quando alguns teólogos protestaram contra os dogmas Católico-romanos e “saíram” da igreja, iniciando uma nova etapa na história eclesiástica. A igreja, a partir de então estaria dividida em igreja católica apostólica romana e “igreja reformada”. Os protestos visavam um retorno às doutrinas fundamentais da fé cristã em oposição aos dogmas e sacramentos pregados pelo catolicismo romano. A máxima dos reformadores era Sola Gratia, Sola Fide, Sola Scriptura, ou seja, a salvação é somente pela fé na graça de Deus e a única autoridade é a Escritura sagrada.
No desafio da Reforma aparece o remanescente fiel do verdadeiro cristianismo que ousa “sair” para preservar e propagar “a fé que uma vez foi entregue aos santos” (Judas 3). A reforma do século XVI foi, depois da era apostólica, o período de maior consciência teológica e pragmática da história da Igreja, em que se estudou com mais acuracidade e fidelidade hermenêutica as Escrituras do Antigo e Novo Testamento. A exegese bíblica deixou de ser puramente alegórica, tornando-se mais literal, como nos dias apostólicos. “Eles andarão comigo de branco”. É a promessa aos dignos. Branco, na linguagem celestial implica pureza. Eles tinham escapado da contaminação e da morte espiritual para andar com o Senhor na pureza de Sua Santidade.
· A mensagem à Igreja em Filadélfia: (Apocalipse 3: 7-13)
O nome Filadélfia significa “amor de irmão”. No panorama do padrão espiritual das comunidades diante de Deus, é importante encontrar uma igreja que é fiel a Cristo e à Sua Palavra. A mensagem a esta comunidade é de louvor. Para esta Igreja, a comunidade local de Filadélfia, Cristo apresenta uma palavra que abre caminho para um reavivamento espiritual. Filadélfia representa a parte fiel do cristianismo, os renascidos. Aqueles que não se afastam do caminho da verdade porque estão selados para a vida eterna. Estes buscam em Cristo Jesus, “O Santo e Verdadeiro”, a sua principal motivação para viver. E no contexto do Novo Testamento, “Aquele que tem a chave de Davi, que abre, e ninguém fechará, e que fecha, e ninguém abrirá”, tem toda autoridade sobre a Igreja que Ele tanto ama. Somente Ele pode abrir a porta às oportunidades de que precisamos a fim de que tenhamos condições para desenvolver a nossa missão diante dos homens. O dono da chave e dos segredos da vida cristã abre a porta da oportunidade para:
1. Evangelização – A Igreja de Jesus Cristo foi designada para ser agência e organismo de DEUS no testemunho do Evangelho, pregação das boas novas de Salvação, discipulado cristão e treinamento especializado, a fim de que todos os homens e mulheres sejam aperfeiçoados para o desempenho de suas funções cristãs e profissionais à luz da visão de Deus para suas vidas.
2. Triunfo – “Eis farei que alguns dos que são da sinagoga de Satanás, desses que a si mesmos se declaram Judeus e não são, mas mentem, eis que os farei vir e prostrar-se aos teus pés e conhecer que Eu te amei” – triunfo total perante os opositores da fé cristã e dos objetivos divinos.
3. Direito de entrar no Reino de Cristo – Esta é outra garantia para os fiéis filhos de DEUS no corpo de Cristo, a Igreja. Uma porta aberta para o Reino. A igreja reinará com Cristo sobre as nações da terra (REINO MILENAR).
4. Capacidade de Transformar o pouco em muito – “Tens pouca força, entretanto, guardaste a minha palavra e não negaste o Meu Nome”. A igreja de Filadélfia não representava uma super potência e não tinha muita influência social, política e econômica. “Era uma comunidade de pouca força”. Entretanto, podia transformar pela Palavra de DEUS e a fé em Jesus Cristo, as fraquezas em forças, o pouco em muito.
5. Saber guardar a Palavra de Cristo - A preservação da doutrina essencialmente cristã, é fundamental para a sobrevivência do cristianismo. A Igreja em Filadélfia soube guardar a Palavra de Deus no coração, na mente e soube preservar o seu testemunho perante o mundo.
6. Não negar o Nome de Jesus – “Guardo no coração as tuas palavras, para não pecar contra Ti”. Não negar o nome de Jesus, é o mesmo que não deixar de falar das verdades absolutas do cristianismo, e por estas convicções, se for necessário, entregar a própria vida ao sacrifício. Um testemunho que honra e glorifica o nome de Jesus Cristo, e que destaca a capacidade do cristão de sofrer por este nome.
7. Ser preservada da Grande Tribulação – “Porque guardaste a palavra da minha perseverança, também Eu te guardarei da hora da tribulação que há de vir sobre o mundo inteiro, para experimentar os que habitam sobre a terra” (Apocalipse 3: 10).
· A mensagem à Igreja em Laodicéia: (Apocalipse 3: 14 – 22)
Laodicéia significa “direito pessoal“ ou “Justiça de todo povo”. A condição espiritual da Igreja de Laodicéia aponta para as fraquezas e as limitações de um cristianismo voltado para interesses de homens egoístas, avarentos e arrogantes que se consideram representantes de Cristo aqui na terra – “Estas coisas diz o Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de DEUS: conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente. Quem dera fosses frio ou quente! Assim, porque és morno e nem és quente nem frio, estou a ponto de vomitar-te da Minha boca” (Apocalipse 3:15-16).
A comunidade em Laodicéia define muito bem, como vive a humanidade nos dias atuais em sua caminhada rumo a eternidade. Um contexto de vida mergulhado no consumismo, miséria e luxo extravagante. A igreja de Laodicéia também representa o orgulho e a auto-suficiência – Um “Evangelho” que não tem a capacidade de separar a verdade do erro; um cristianismo incapaz de compreender o valor das palavras de Jesus quando chamou homens e mulheres para serem seus seguidores.
A compreensão do verdadeiro discipulado passa necessariamente pelo significado da cruz, obediência e vitória espiritual. Aquele que não for capaz de deixar sua vida ser guiada pelos valores de Cristo não pode ser seu discípulo. “Não cuides que vim trazer a paz da terra: Não vim trazer paz, mas espada” (Mt 10:34). Quando o homem toma a decisão de se deixar conduzir pela palavra de Deus deve também permitir que esta palavra trabalhe de maneira a modificar seu caráter. A palavra de Deus é espada que corta de ambos os lados, penetrando nosso interior a fim de reparar as deficiências de nossa espiritualidade. Ela também atua de maneira cirúrgica, eliminando nossas imperfeições para que sejamos perfeitamente habilitados para toda boa obra - “Porque a palavra de DEUS é viva, e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até a ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração” (Hebreus 4:12). A igreja de Laodicéia deixou de viver a essência do cristianismo para amoldar-se aos valores puramente transitórios do homem natural, que não conhece a Deus, nem obedece a Sua palavra.
A igreja de Laodicéia no contexto de hoje destaca a seguinte situação:
1. Comodismo espiritual (Apocalipse 3: 15).
2. Infidelidade Espiritual (Apocalipse 3: 16).
3. Auto-suficiência (Apocalipse 3: 17).
4. Cegueira Espiritual (Apocalipse 3: 18).
1. Comodismo espiritual (Apocalipse 3: 15).
2. Infidelidade Espiritual (Apocalipse 3: 16).
3. Auto-suficiência (Apocalipse 3: 17).
4. Cegueira Espiritual (Apocalipse 3: 18).
ÉFESO
Era apostólica até 100d.C
PÉRGAMO
Era do favor Imperial
316 - 500d.C
SARDES
Era da Reforma
1500-1700d.C
LAODICÉIA
Era da Igreja
Apóstata
1900 -???? D.C.
Era apostólica até 100d.C
PÉRGAMO
Era do favor Imperial
316 - 500d.C
SARDES
Era da Reforma
1500-1700d.C
LAODICÉIA
Era da Igreja
Apóstata
1900 -???? D.C.
FILADÉLFIA
Era das Missões Modernas
1700 - ????d.C
TIATIRA
Era das Trevas
500 -1500 1500d.C
ESMIRNA
Era de perseguição até 316d.C
Era das Missões Modernas
1700 - ????d.C
TIATIRA
Era das Trevas
500 -1500 1500d.C
ESMIRNA
Era de perseguição até 316d.C
Nenhum comentário:
Postar um comentário