12 de set. de 2011

O LIVRO DO APOCALIPSE

 

Um Estudo Bíblico de Jack Kelley

Apocalipse 1


REVELAÇÃO de Jesus Cristo, a qual Deus lhe deu, para mostrar aos seus servos as coisas que brevemente devem acontecer; e pelo seu anjo as enviou, e as notificou a João seu servo; O qual testificou da palavra de Deus, e do testemunho de Jesus Cristo, e de tudo o que tem visto. Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo. (Apo 1.1-3)
Era o ano 95 AD, mais de 60 anos desde que Jesus andou entre Seu povo. Jerusalém estava destruída, o Templo queimado, deixando os judeus derrotados. Paulo estava morto, decapitado em Roma cerca de 30 anos antes, Pedro havia sido crucificado lá por volta da mesma época. De todos os discípulos, somente João ainda estava vivo. Ele havia escrito seu evangelho 25 anos antes, suas três cartas 15 anos depois disso, e havia servido por um tempo como o Bispo da igreja em Éfeso, tendo se mudado para lá com Maria, a mãe do Senhor, por volta de 70 AD.
Não é que os romanos e os judeus houvessem deixado João em paz. A tradição diz que várias vezes eles tentaram matá-lo, até mesmo atirando-o vivo em caldeirão de óleo fervente, mas o Senhor não permitiu, cumprindo Sua promessa de João 21.22(Respondendo à pergunta de Pedro sobre o que seria de João, Jesus disse: “Se eu quero que ele fique até que eu venha, que te importa a ti?”). Finalmente os romanos o haviam exilado em Patmos, uma colônia prisional fora da costa da moderna Turquia, pensando que o haviam ouvido pela última vez.
Mas o Senhor tinha outros planos, e apareceu pessoalmente a João, ordenando-lhe que escrevesse uma última carta e a enviasse a sete igrejas da Ásia Menor. Sendo um homem velho, no final de sua vida, João estava para assumir um de seus maiores desafios. Após escrever o Apocalipse, ele morreu de causas naturais por volta do ano 100 AD.
Por falar nisso, nossos amigos Preteristas tiveram que dar ao livro uma data anterior para dar credibilidade ao verso um, pois eles afirmam que ele se cumpriu no ano 70 AD, mas eles não precisavam se preocupar. Em primeiro lugar a data mais tardia está muito bem estabelecida, mas a palavra traduzida como logo ou brevemente na verdade significa rapidamente e denota a velocidade com a qual os eventos se desenrolarão assim que começarem, não a sua proximidade cronológica com os dias de João.
Chegando às Sete Igrejas
João, às sete igrejas que estão na Ásia:
Graça e paz seja convosco da parte daquele que é, e que era, e que há de vir, e da dos sete espíritos que estão diante do seu trono; e da parte de Jesus Cristo, que é a fiel testemunha, o primogênito dentre os mortos e o príncipe dos reis da terra.
Àquele que nos amou, e em seu sangue nos lavou dos nossos pecados, e nos fez reis e sacerdotes para Deus e seu Pai; a ele glória e poder para todo o sempre. Amém. Eis que vem com as nuvens, e todo o olho o verá, até os mesmos que o traspassaram; e todas as tribos da terra se lamentarão sobre ele. Sim. Amém.
“Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim”, diz o Senhor, “que é, e que era, e que há de vir, o Todo-Poderoso”. (Apo 1.4-8)
Dos 404 versos no Livro do Apocalipse, 278 foram tirados do Antigo Testamento. De fato, Ester é o único livro do Antigo Testamento que não foi diretamente citado. Então, não é surpresa encontrar essas construções veterotestamentárias como “que é, e que era, e que há de vir” e “os sete espíritos que estão diante de seu trono”. A primeira é uma tradução aproximada do nome de Deus e a segunda é um nome para o Espírito Santo, literalmente o hepta-facetado Espírito de Deus. Veremos muito disso por todo o livro, e no capítulo 9 veremos a palavra hebraica não traduzida Hallelujah (significa louve ao Senhor) usada quatro vezes. É o único lugar em que ela aparece no Novo Testamento. De fato, o Apocalipse tem tantas nuances do Antigo Testamento que alguns crêem que João estava na verdade traduzindo do hebraico para o grego enquanto escrevia.
A frase Alfa e Ômega vem da primeira e da última letras do alfabeto grego e se refere a Deus o Pai e relembra seu clamor a Israel: “Vós sois as minhas testemunhas”, diz o Senhor, “e meu servo, a quem escolhi; para que o saibais, e me creiais, e entendais que eu sou o mesmo, e que antes de mim deus nenhum se formou, e depois de mim nenhum haverá. Eu, eu sou o Senhor, e fora de mim não há Salvador” (Isa 43.10-11). Jesus mais tarde aplicará a frase a Si mesmo.
Visão do Filho do Homem
Eu, João, que também sou vosso irmão, e companheiro na aflição, e no reino, e paciência de Jesus Cristo, estava na ilha chamada Patmos, por causa da palavra de Deus, e pelo testemunho de Jesus Cristo. Eu fui arrebatado no Espírito no dia do Senhor, e ouvi detrás de mim uma grande voz, como de trombeta, que dizia: “Eu sou o Alfa e o Ômega, o primeiro e o derradeiro; e o que vês, escreve-o num livro, e envia-o às sete igrejas que estão na Ásia: a Éfeso, e a Esmirna, e a Pérgamo, e a Tiatira, e a Sardes, e a Filadélfia, e a Laodicéia” (Apo 1.9-11).
Por esta ordem está claro que João irá na verdade testemunhar alguns eventos que o Senhor quer que ele documente e então distribua às sete igrejas que Ele mencionou. Alguns argumentam que João viu tudo isso numa visão num dia de sábado, enquanto outros dizem que ele foi, na verdade, transportado através do tempo até o Dia do Senhor. Eu me inclino para o último.
E virei-me para ver quem falava comigo. E, virando-me, vi sete castiçais de ouro; e no meio dos sete castiçais um semelhante ao Filho do homem, vestido até aos pés de uma roupa comprida, e cingido pelos peitos com um cinto de ouro. E a sua cabeça e cabelos eram brancos como lã branca, como a neve, e os seus olhos como chama de fogo; e os seus pés, semelhantes a latão reluzente, como se tivessem sido refinados numa fornalha, e a sua voz como a voz de muitas águas. E ele tinha na sua destra sete estrelas; e da sua boca saía uma aguda espada de dois fios; e o seu rosto era como o sol, quando na sua força resplandece (Apo 1.12-16).
Apesar de o homem falando com João estar vestido de luz e ter uma aparência de outro mundo, João O reconheceu. Ele O havia visto parecendo-Se com isto uma vez antes, no Monte da Transfiguração. E transfigurou-se diante deles; e o seu rosto resplandeceu como o sol, e as suas vestes se tornaram brancas como a luz (Mat 17.2). Era o Senhor!
E eu, quando vi, caí a seus pés como morto; e ele pôs sobre mim a sua destra, dizendo-me: “Não temas; Eu sou o primeiro e o último; e o que vivo e fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre. Amém. E tenho as chaves da morte e do inferno. Escreve as coisas que tens visto, e as que são, e as que depois destas hão de acontecer; o mistério das sete estrelas, que viste na minha destra, e dos sete castiçais de ouro. As sete estrelas são os anjos das sete igrejas, e os sete castiçais, que viste, são as sete igrejas” (Apo 1.17-20).
Desta forma, o Senhor divide o Livro que João escreverá em três seções. As coisas que João viu, contidas no capítulo 1, aquelas que são, as quais preencherão os capítulos 2 e 3, e aquelas que acontecerão depois disso, capítulos 4 até 22.
O fato de que o Senhor é visto de pé no meio de sete castiçais indica Seu direto envolvimento com a igreja, e Ele segurar sete estrelas em Sua mão direta fala do relacionamento íntimo que Ele tem com seus líderes. Quer você os veja como os pastores ou como supervisores angelicais, Ele os tem na palma de Sua mão. O número 7 figura proeminentemente no Livro do Apocalipse. De fato, antes de terminarmos nós o veremos 52 vezes. E é interessante que 5 mais 2 seja igual a que? Sete!
O uso que o Senhor faz de primeiro e último aqui denota os dois passos mais importantes no processo de manufatura. A palavra grega traduzida como primeiro é protos, da qual nós temos protótipo. É o original ao qual todas as cópias subseqüentes serão comparadas para precisão. Porque os que dantes conheceu também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos (Rom 8.29).
E a palavra para ultimo é eschatos, o superlativo, o exemplo perfeito, o mais alto e o melhor que pode ser alcançado. Apesar de sermos destinados a parecer com Ele e agir como Ele, nós jamais poderemos ser Ele.

Apocalipse 2 e 3 – Sete Cartas Para Sete Igrejas – Parte 1

De acordo com Apocalipse 1.1, o livro foi escrito para sete congregações na Ásia, atual Turquia. Por 2.000 anos os estudiosos têm imaginado porque uma mensagem tão importante seria enviada a essas sete igrejas, já que elas não eram as mais importantes nem mesmo em seus dias, quanto mais agora. É verdade, Éfeso era uma cidade líder de seu tempo, mas a igreja de lá era pequena e assim eram as outras. Por que o livro não foi escrito para a Igreja de Roma, por exemplo? Certamente o Senhor sabia que Roma seria a capital do Cristianismo por uma grande parte da história da igreja, o endereço perfeito para uma mensagem atemporal. Ou que tal Jerusalém, onde a Igreja nasceu.
A resposta está na descoberta de que as cartas dos capítulos 2 e 3 têm um propósito representativo, bem como específico. Elas podem na verdade ser lidas com quatro níveis de aplicação.
Quatro Níveis de Aplicação
O primeiro nível é histórico. As sete igrejas realmente existiram e cada uma tinha experiência com o problema em particular a que o Senhor quando ditou as cartas a João. Segundo, já que todas as igrejas deveriam ler todas as cartas, elas eram também admoestações para todas elas. Terceiro, como tanto o desafio quanto a promessa com que cada carta termina são pessoais e não corporativos, as cartas eram para indivíduos assim como para congregações. E quarto, lidas na ordem em que aparecem elas delineiam a história da igreja, então são proféticas. Elas cronicam o espaço entre a 69ª e a 70ª semana de profecia das 70 semanas de Daniel (Daniel 9.24-27).
O Senhor começa cada carta com um dos 24 títulos diferentes que são usados para descrevê-Lo no livro, e o título que Ele escolhe dá uma pista para o tema da carta. O nome de cada Igreja também contém uma pista. Cada carta pode ser dividida em sete partes, o título do Senhor sendo a primeira. Então vem uma menção honrosa, uma crítica, uma admoestação, um chamado, um desafio e uma promessa. Duas das sete cartas, Sardes e Laodicéia, não contêm menção honrosa, e em duas outras, Esmirna e Filadélfia, nenhuma crítica é feita. Pérgamo não recebe admoestação, mas tem duas críticas. Nas últimas quatro cartas o desafio e a promessa estão invertidos.
Eu dissecarei cada carta em suas partes componentes enquanto seguimos. E como eu já visitei os locais de cada uma das sete igrejas alguns anos atrás, incluirei uma nota pessoal ou duas também. A propósito, cada carta também carrega uma interessante semelhança com uma das sete Parábolas do Reino de Mateus 13, e com uma das 7 cartas que Paulo escreveu para igrejas. (Paulo, na verdade, escreveu 13 cartas, não incluindo Hebreus, mas quatro eram para indivíduos e duas eram segundas cartas para igrejas para as quais ele escrevera anteriormente). Com isso, vamos começar.
Para a Igreja de Éfeso (Apo 2.1-7)
“ESCREVE ao anjo da igreja que está em Éfeso:” Éfeso significa querida, ou amada, companheira escolhida. Éfeso representa a igreja do 1º século.
(Título) “Isto diz aquele que tem na sua destra as sete estrelas, que anda no meio dos sete castiçais de ouro:” Usando este título o Senhor Se identifica como Aquele que veio visitar João, Aquele com autoridade sobre a Igreja, e Aquele a quem a Igreja deve afeição bem como lealdade.
(Menção honrosa) “Conheço as tuas obras, e o teu trabalho, e a tua paciência, e que não podes sofrer os maus; e puseste à prova os que dizem ser apóstolos, e o não são, e tu os achaste mentirosos. E sofreste, e tens paciência; e trabalhaste pelo meu nome, e não te cansaste.” A igreja em Éfeso trabalhou incansavelmente para permanecer verdadeira em relação ao Seu Evangelho.
(Crítica) “Tenho, porém, contra ti que deixaste o teu primeiro amor.” A igreja já se tornara tão ocupada em seu serviço ao Rei que esqueceu do próprio Rei! A relação que Ele buscava estava se transformando em outra religião.
(Admoestação) “Lembra-te, pois, de onde caíste!” Quantas vezes ouvimos amigos comentarem sobre os “bons velhos tempos” quando eram recém convertidos?
(Chamado) “Arrepende-te, e pratica as primeiras obras; quando não, brevemente a ti virei, e tirarei do seu lugar o teu castiçal, se não te arrependeres. Tens, porém, isto: que odeias as obras dos nicolaítas, as quais eu também odeio.” Aqui está o remédio. Volte a fazer o que fazia antes. Lembre-se de quando não conseguia se fartar da Bíblia? Quando aparecia na igreja meia hora antes, só porque amava estar lá, e não queria sair quando o serviço terminava? Como mantinha uma conversa com o Senhor que começava quando você acordou de manhã e não terminava até que adormecesse à noite?
Os Nicolaítas eram uma seita herege que advogava uma mistura de costumes pagãos, como comer alimento sacrificado a ídolos e imoralidade sexual, com a adoração cristã. Há somente Um digno de receber adoração, e adorá-lo é o propósito principal da Igreja.
O castiçal é identificado em Apo 1.20 como a igreja, então, removê-lo significa remover a igreja de Éfeso. Apesar de as ruínas de Éfeso serem extensas e impressionantes, necessitando a maior parte do dia para serem vistas, quando estivemos lá há alguns anos atrás, encontramos somente escassos traços da igreja de Éfeso do 1º século.
(Desafio) “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas:” Procure nos dois lados da sua cabeça. Você tem orelhas aí? Então esta carta foi escrita para você. Apesar de a carta a Éfeso descrever a era apostólica, a igreja luta com os mesmos problemas hoje. A igreja como um todo está muito distraída com programas e planos, sua congregação está muito ocupada implementando-os, e você está muito ocupado ajudando. Somos seres humanos, não feitos humanos, e uma vez salvos, estar com o Senhor em companheirismo é o propósito de nossa vida.
(Promessa) “Ao que vencer, dar-lhe-ei a comer da árvore da vida, que está no meio do paraíso de Deus.” Por causa da ênfase nas boas obras e programas na igreja hoje, muitos que se chamam cristãos, e corretamente se consideram membros ativos de suas congregações, nunca encontraram tempo para ter um encontro com o Rei que eles alegam servir e receber o perdão que Ele comprou para eles com Sua vida. Quão chocados eles ficarão ao ouvi-Lo dizer: “Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade” (Mat 7.23)
A primeira das Parábolas do Reino, o Semeador, se aplica aqui. Ela ensina que enquanto a semente foi plantada em todo o mundo, ela somente encontrou solo fértil em uma pequena parte. E é claro que a carta de Paulo aos Efésios é a mais clara descrição de como nós somos imediatamente recebidos por Deus, tendo sido salvos pela graça, não pelas obras para que ninguém se gabe.
Para a Igreja de Esmirna (Apo 2.8-11)
“E ao anjo da igreja que está em Esmirna, escreve:” Esmirna significa esmagada. Vem da mesma raiz que mirra, uma erva balsâmica que libera seu aroma ao ser esmagada. Esmirna representa a igreja do 2º e 3º séculos que sofreu intensa perseguição.
(Título) “Isto diz o primeiro e o último, que foi morto, e reviveu:” A ênfase no título é óbvia, superar a morte.
(Menção honrosa) “Conheço as tuas obras, e tribulação, e pobreza (mas tu és rico), e a blasfêmia dos que se dizem judeus, e não o são, mas são a sinagoga de Satanás.” Os primeiros a perseguir a igreja foram os judeus. Policarpo, o mais famoso dos primeiros mártires, era o bispo de Esmirna e lá ele foi queimado na estaca com a idade de 86 anos.
(Admoestação) “Nada temas das coisas que hás de padecer. Eis que o diabo lançará alguns de vós na prisão, para que sejais tentados; e tereis uma tribulação de dez dias.”Os dez dias referem-se aos reinos de 10 Césares Romanos, cobrindo um período de 250 anos.
(Chamado) “Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida.” Não há promessa de livramento, somente de recompensa no céu. As estórias de da graça dos crentes em face da morte enquanto métodos engenhosos e diabólicos eram empregados para exterminá-los como uma forma de entretenimento público alcançaram status lendário.
(Desafio) “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas:” Muitos de nós no Ocidente nunca enfrentamos sérias ameaças por causa de nossa fé, mas em todo o mundo o número de mártires cristãos tem chegado à média de 1 milhão por ano pelos últimos 10 anos. Seu número somente crescerá à medida que o Fim se aproxima.
(Promessa) “O que vencer não receberá o dano da segunda morte.” Um antigo adágio diz: Nasça uma vez e morra duas. Nasça duas vezes e morra uma. É a segunda morte que você deve evitar. Ela é permanente.
Hoje uma próspera cidade chamada Izmir, a terceira maior da Turquia, está onde a antiga Esmirna uma vez esteve. Um incidente que claramente mostrou o senso de humor do Senhor conquanto enfatizasse o ponto de vista da carta, aconteceu enquanto dirigíamos através da cidade. Vimos sinais destacados em uma saída da estrada perto de Izmir apontando para Esmirna e, pensando que havíamos encontrado a antiga cidade, saímos rapidamente. Mas no final da pequena rampa de saída havia uma interseção sem qualquer indicação de que direção nós deveríamos tomar. E não havia mais sinais indicando o caminho para Esmirna. Após uma hora dirigindo para trás e para diante procurando em ambas as direções, eu desisti e segui em frente. Eu não entendi até mais tarde após descrever o evento ao nosso agente de viagens turco. Ele me disse que os sinais apontam para onde Esmirna estava. Não há mais nenhum traço de Esmirna hoje. A igreja de Esmirna está no céu.
A parábola do Joio e do Trigo traz idéias semelhantes sobre esta carta, assim como a carta de Paulo aos Filipenses, cujo tema é alegria no sofrimento.
Para a Igreja de Pérgamo (Apo 2.12-17)
“E ao anjo da igreja que está em Pérgamo escreve:” Pérgamo significa casamento com mistura e representa a mistura de práticas pagãs e cristãs no 4° século, quando o Cristianismo se tornou a religião oficial do Império Romano.
(Título) “Isto diz aquele que tem a espada aguda de dois fios:” Em Hebreus 4.12 a espada de dois gumes é usada para descrever a Palavra de Deus, a fonte da Verdade.
(Menção Honrosa) “Conheço as tuas obras, e onde habitas, que é onde está o trono de Satanás; e reténs o meu nome, e não negaste a minha fé, ainda nos dias de Antipas, minha fiel testemunha, o qual foi morto entre vós, onde Satanás habita.” Com o estabelecimento de Bagdá como o principal centro de distribuição entre o Golfo Pérsico e o Mar Mediterrâneo, em seguida à morte de Alexandre, Babilônia entrou em declínio e a religião do culto da mãe/filho mudou seu quartel general para Pérgamo. (Ela eventualmente se estabeleceu em Roma). A referência à habitação de Satanás mostra a verdadeira fonte dessa falsa religião.
(Crítica 1) “Mas algumas poucas coisas tenho contra ti, porque tens lá os que seguem a doutrina de Balaão, o qual ensinava Balaque a lançar tropeços diante dos filhos de Israel, para que comessem dos sacrifícios da idolatria, e se prostituíssem.” (Crítica 2) “Assim tens também os que seguem a doutrina dos nicolaítas, o que eu odeio.” Essas práticas pagãs rastejou para dentro da igreja em Pérgamo, exatamente como em Éfeso.
(Chamado) “Arrepende-te, pois, quando não em breve virei a ti, e contra eles batalharei com a espada da minha boca.” A verdade do Evangelho sempre foi a melhor defesa contra os cultos.
(Desafio) “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas:” Ainda há muita idolatria na igreja. Talvez você tenha estacionado a sua no estacionamento, ou tenha barbeado sua face esta manhã, ou a mantenha em um banco no centro.
(Promessa) “Ao que vencer darei eu a comer do maná escondido, e dar-lhe-ei uma pedra branca, e na pedra um novo nome escrito, o qual ninguém conhece senão aquele que o recebe.” Assim como a bola preta era um voto contra alguém, uma pedra branca era sinal de confiança. Quando um importante homem de negócios tinha que terminar uma transação em uma cidade distante, ele não viajava para lá. Era perigoso demais. Invés disso, ele enviava um servo de confiança, capacitado a agir em seu favor. O servo carregava uma forma de identificação parecida como uma moeda feita de argila branca cozida. O selo do homem de negócios sendo representada ira impresso na argila, assim como um nome secreto, conhecido somente pela outra parte da transação. Com a apresentação da pedra branca, o servo se autenticava como merecedor de todos os direitos e privilégios de seu mestre. À Sua maneira, nosso Senhor Jesus nos identificará como merecedores dos direitos e privilégios devidos a Ele, quando entrarmos na Presença do nosso Pai do Céu.
Nosso Senhor instruiu os discípulos a irem por todo o mundo (Mat 18.19-20), mas em Pérgamo o mundo veio para a igreja. No 4° século o Edito de Milão tornou o cristianismo legal e finalmente a religião oficial do Império. Quando isso aconteceu, os festivais pagãos se tornaram feriados cristãos. As festas de Saturnalia e Ishtar se tornaram o Natal e a Páscoa. Isso explica o porquê de símbolos pagãos como a acha de Yule (um pedaço de lenha tradicionalmente queimado no natal em países europeus e na América do Norte) e a árvore sempre verde, que simbolizam o sol morrendo e nascendo novamente no solstício de inverno, serem associados com o Natal, enquanto símbolos da fertilidade como o coelho e os ovos estão conectados com a Páscoa. Ishtar era a deusa babilônica da fertilidade.
As impressionantes ruínas sobre um monte 300 metros acima dos vales perto da moderna Bergama são marcadamente pagãs, com os restos de grandes templos aos deuses e imperadores romanos, mas somente pequenos traços da igreja que existia lá.
A parábola da Semente de Mostarda nos fala de uma pequena semente que cresce como algo que ela jamais deveria ser e é uma profecia do que pode acontecer quando o mundo e a igreja são misturados. E a carta de Paulo aos Coríntios, a igreja mundana, é um paralelo óbvio.
Filhos de Um Casamento Misturado
É minha crença que as igrejas em Éfeso, Esmirna e Pérgamo todas desapareceram, simbolicamente e na realidade. Mas o casamento entre as crenças pagãs e a cristã em Pérgamo produziu 4 frutos que sobrevivem até os dias de hoje e são representados pelas quatro cartas restantes.

Apocalipse 2 e 3 – Sete Cartas Para Sete Igrejas – Parte 2

Enquanto o Império Romano crescia em proeminência, Roma logo se transformou no centro do mundo para as práticas e tradições da religião pagã Babilônica. Pérgamo desapareceu lentamente de cena, mas o casamento misturado do Cristianismo e do Paganismo que começou lá produziu quatro filhas: os Católicos Romanos (Tiatira), os Protestantes da linha tradicional (Sardes), os Evangélicos incluindo os Pentecostais e Carismáticos (Filadélfia) e a Igreja Apóstata (Laodicéia). Todos estão vivos na terra hoje.
Para a Igreja de Tiatira
“E ao anjo da igreja de Tiatira escreve:” Tiatira significa sacrifício contínuo. (Na Igreja Católica, o Senhor ainda está na cruz, e eles acreditam que a hóstia da comunhão se transforma em Seu corpo e sangue reais quando tomada.) É a primeira carta com um futuro em vista, o que me levou à conclusão que as três igrejas anteriores se foram. É também a primeira cujos membros são divididos em duas categorias, os salvos e os não salvos.
(Título) “Isto diz o Filho de Deus, que tem seus olhos como chama de fogo, e os pés semelhantes ao latão reluzente:”Não poderia estar mais claro. Uma vez nascido da Virgem, Aquele que fala a eles com fogo em Seus olhos deve ser tratado como o Filho de Deus, não de Maria.
(Menção Honrosa) “Eu conheço as tuas obras, e o teu amor, e o teu serviço, e a tua fé, e a tua paciência, e que as tuas últimas obras são mais do que as primeiras.” A Igreja Católica é conhecida por seus esforços em trazer misericórdia e compaixão, assim como o Evangelho, às crianças de Deus.
(Crítica) “Mas tenho contra ti que toleras Jezabel, mulher que se diz profetisa, ensinar e enganar os meus servos, para que se prostituam e comam dos sacrifícios da idolatria. E dei-lhe tempo para que se arrependesse da sua prostituição; e não se arrependeu.” O título de “Rainha do Céu” pelo qual muitos Católicos se referem a Maria, foi usado primeiramente para Semíramis, a esposa de Nimrode o fundador de Babilônia, e mãe de Tammuz. Semíramis declarou-se uma deusa, alegou que Tammuz nascera de uma concepção sobrenatural envolvendo o deus Sol, e começou a primeira religião falsa, um culto da mãe-filho.
De acordo com a lenda, um dia, enquanto caçava, Tammuz foi morto por um animal selvagem. Semíramis lamentou por 40 dias, no final dos quais Tammuz foi levantado dos mortos. Um sacerdócio celibatário foi formado e o sacerdote principal foi declarado infalível. O lamento de 40 dias (agora chamado ladainha), a acha de Yule, a árvore sempre verde, o  visco e os paezinhos quentes com cruz eram usados nos rituais que comemoravam o evento, e o culto da mãe-filho começava.
Mais tarde os Romanos adaptaram essas coisas à morte e ao renascimento do sol no solstício de inverno, mas no 4° século as tradições que cercam Semíramis e Tammuz foram atribuídas a Maria e a Jesus e vieram quase inalteradas para o Catolicismo, onde permanecem até hoje.
Semíramis é chamada simbolicamente de Jezabel na carta, levando as pessoas para longe da verdade e para a idolatria. Mas a Jezabel real também está em vista aqui. Ela era filha do rei da Fenícia, uma princesa pagã melhor conhecida por seu conselho ao seu esposo israelita, Rei Acabe, de como obter uma vinha que ele desejava. Ela impôs encargos fraudulentos sobre o proprietário da vinha, contratou testemunhas para dar falso testemunho, e conseguiu sua condenação e execução. Então ela confiscou a vinha em nome do Rei. Séculos mais tarde a Igreja Católica obteria muitas de suas riquezas da mesma maneira. Fortunas além da conta foram conseguidas durante estas inquisições.
Jezabel era também a patronesse dos 400 sacerdotes de Baal que Elias matou no Monte Carmelo. O Senhor vê a idolatria como infidelidade e Jezabel havia incentivado a adoração de Baal, conduzindo as pessoas ao adultério espiritual. Muitos santos, a quem alguns Católicos rezam, e os trabalhos sacramentais que devem executar para alcançar e manter sua salvação não são escriturais e negam a suficiência da cruz. Por estas razões a Igreja Católica é frequentemente chamada de a “religião mais”. Jesus mais Maria. Graça mais obras. Escrituras mais tradição. Dar a glória pelas obras de Deus a qualquer outro é adultério espiritual, e está sujeito a punição severa.
(Admoestação) “Eis que a porei numa cama, e sobre os que adulteram com ela virá grande tribulação, se não se arrependerem das suas obras. E ferirei de morte a seus filhos, e todas as igrejas saberão que eu sou aquele que sonda os rins e os corações. E darei a cada um de vós segundo as vossas obras.” Aqueles que insistem em ser julgados por suas obras terão seu desejo atendido. Infelizmente a ênfase nessas obras religiosas turvou a verdadeira mensagem do evangelho até ao ponto em que alguns Católicos pela vida toda nunca vieram a conhecer o Senhor em uma base pessoal. O Senhor os julgará de acordo com os motivos de seus corações. Suas boas obras são feitas pela gratidão pelo dom gratuito da salvação que Ele oferece, ou são feitas em um esforço fútil de ganhá-la por si mesmos?
(Chamado) “Mas eu vos digo a vós, e aos restantes que estão em Tiatira, a todos quantos não têm esta doutrina, e não conheceram, como dizem, as profundezas de Satanás, que outra carga vos não porei. Mas o que tendes, retende-o até que eu venha.”Outros terão visto através das camadas de tradições e trabalhos e santos e rituais e terão encontrado a face do Senhor olhando de volta para elas. Aqueles que o fizerem e se agarrarem tenazmente a Ele terão sua recompensa.
(Promessa) “E ao que vencer, e guardar até ao fim as minhas obras, eu lhe darei poder sobre as nações, E com vara de ferro as regerá; e serão quebradas como vasos de oleiro; como também recebi de meu Pai. E dar-lhe-ei a estrela da manhã.” Eles se juntarão a Ele em seu trono como co-regentes do Universo, a Noiva de Cristo, Sua amada igreja.
Nós não estamos na igreja por causa do banco que ocupamos, ou do nome sobre a porta, ou das boas obras que praticamos. Estamos na igreja porque cremos pela fé que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado, e que ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras. (1 Cor 15.3-4).
(Desafio) “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas.” Mesmo depois de sermos salvos pela Graça, todos nós temos nossas listas de fazer e não fazer. Nós derivamos nossa auto-imagem como crentes de nossa lealdade a essa lista, julgando os outros por quão bem eles mantêm nossos mandamentos. Quando falhamos, nos voltamos para a graça de Deus, mas não nos sentimos realmente bem a nosso respeito até que obedeçamos à nossa lista outra vez e sempre insistirmos sobre justiça para todos os que falham. Esquecemos-nos de que a graça mais as obras é igual a obras. Os dois são como o óleo e água, não se misturam. Mas, àquele que não pratica, mas crê naquele que justifica o ímpio, a sua fé lhe é imputada como justiça (Rom 4.5).
A única experiência negativa que tivemos em toda a nossa visita aos locais das sete igrejas na Turquia ocorreu em Tiatira, chamada Akhisar hoje. Depois que um guarda amigável e útil abriu o local onde a igreja esteve um dia para nós e nos deu o material que explicava o que estávamos olhando, nós saímos para encontrar algo para comer pensando em quão agradável havia sido nosso tempo lá. Rua abaixo, nós avistamos uma loja ao ar livre onde um vendedor vendia sanduíches de galinha assada tão populares na Turquia, e que também havíamos vindo apreciar.
Esperando nossos sanduíches, fomos aproximados por um homem que parecia ter alguma posição da autoridade. Sua maneira era a mais hostil, e suas perguntas aparentavam um ar da suspeita. Nós saímos de lá rapidamente querendo saber se ele era um policial, um agente do governo, ou um oficial de uma religião hostil aos cristãos. Dirigindo para longe, descobrimos também que nosso alimento não era comestível. A galinha era ruim, como se as entranhas não tivessem sido removidas antes de cozinhar. Relendo a carta a Tiatira fomos atingidos pelos contrastes entre bom e mal, na carta e em nossa visita.
O Parábola do Reino que se assemelha à carta a Tiatira é o Parábola do Fermento, onde uma mulher misturou por engano o fermento em três medidas de trigo. O fermento, simboliza sempre o pecado e tradicionalmente três medidas de trigo são a oferta de amizade. (Pecado na amizade. Entende?) A carta de Paulo aos Gálatas se encaixa também e pode ser resumida nos primeiros três versos do capítulo 3: “Ó INSENSATOS gálatas! quem vos fascinou para não obedecerdes à verdade, a vós, perante os olhos de quem Jesus Cristo foi evidenciado, crucificado, entre vós? Só quisera saber isto de vós: recebestes o Espírito pelas obras da lei ou pela pregação da fé? Sois vós tão insensatos que, tendo começado pelo Espírito, acabeis agora pela carne?”
Para a Igreja de Sardes
“E AO anjo da igreja que está em Sardes escreve:” Sardes significa o remanescente. Como fez na carta a Tiatira, o Senhor distingue entre os perdidos e os salvos (o remanescente) em Sardes. A igreja em Sardes representa a Reforma Protestante. Quando Lutero e outros guiaram no caminho para fora do Catolicismo, foi em busca da verdade. Os Católicos tinham distorcido a palavra de Deus em algo que ela nunca pretendeu ser, adicionando às Escrituras e impondo pesadas cargas espirituais sobre seus seguidores.
O lema da Reforma era “Sola fides (somente pela fé), sola gratia (somente pela graça) solus Christus (somente com Cristo) et Sola Scriptura (somente Sua Palavra)”.
(Título) “Isto diz o que tem os sete espíritos de Deus, e as sete estrelas:” O Senhor relembra à Igreja em Sardes exatamente quem está escrevendo para eles. Ele é o Doador do Espírito Santo, e o Guardião do anjo que os pastoreia.
(Crítica) “Conheço as tuas obras, que tens nome de que vives, e estás morto.” Jesus disse à mulher no poço: “Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade” (João 4.24). Em sua busca pela verdade, os Protestantes negligenciaram as coisas do Espírito e por várias centenas de anos quase nunca ouviram os sussurros de Ruach Elohim (Espírito de Deus) em seu meio. Quando o Grande Despertamento do final do século 19 e início do século 20 trouxe os Dons do Espírito à luz novamente, eles rejeitaram a idéia, dando origem primeiramente ao movimento Pentecostal e depois ao movimento Carismático.
(Admoestação) “Sê vigilante, e confirma os restantes, que estavam para morrer; porque não achei as tuas obras perfeitas diante de Deus.” Quando a Escola Alemã da Mais Alta Crítica invadiu seus seminários com suas teorias sobre a “verdadeira” autoria da Bíblia e o Racionalismo Moderno que eles propunham explicou seus milagres, não havia discernimento espiritual para resistir-lhes. E assim, tendo antes rejeitado o Espírito, eles perderam a Verdade também.
(Chamado) “Lembra-te, pois, do que tens recebido e ouvido, e guarda-o, e arrepende-te. E, se não vigiares, virei sobre ti como um ladrão, e não saberás a que hora sobre ti virei. Mas também tens em Sardes algumas pessoas que não contaminaram suas vestes, e comigo andarão de branco; porquanto são dignas disso.” Como no caso de Tiatira, permanece somente um remanescente que é salvo. O restante, tendo trabalhado tão duro para fazer Deus pequeno o bastante para caber em suas mentes, agora O descobre pequeno demais para saciar suas necessidades. Eles estarão entre os mais surpreendidos em serem deixados para trás quando os eventos do Tempo do Fim se desenrolarem. (Note, o Senhor não promete vir por eles, mas para eles.)
(Promessa) “O que vencer será vestido de vestes brancas, e de maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida; e confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos.” Mas para o remanescente crente Ele trará as vestes brancas da justiça que vem pela fé, e terá prazer em apresentá-los a Seu Pai como membros da Eterna Família de Deus.
(Desafio) “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas.” Há dois extremos no cristianismo. A ortodoxia morta do Protestantismo tradicional e o “zelo sem entendimento” do Carismatismo. Um foco grande demais em qualquer dos dois causará a perda tanto do espírito quanto da verdade.
O local o mais significativo em Sardes hoje é a grande sinagoga abandonada e o ginásio (escola). Quando estive lá me lembrei como as igrejas protestantes abandonaram suas raízes judaicas e ignoraram o Antigo Testamento, até mesmo duvidando de sua veracidade. Tendo aprendido o que o Senhor fez através de Seu Novo Testamento mas não compreendendo porque Ele o fez, porque nunca leram o Antigo, perderam o último significado que uma vez validou sua teologia. Tornaram-se forma sem substância.
A Parábola do Tesouro no Campo descreve a igreja de Sardes. Ao descobrir tesouro enterrado em um campo vazio, o Senhor comprou o campo inteiro apenas para conseguir o tesouro. Porque Deus amou tanto o mundo (inteiro) que deu Seu único filho, para que todo aquele que nEle crer… O perdão comprado com Seu sangue está disponível a todos em Sardes, mas somente um remanescente o aceitará. A carta de Paulo aos Romanos, o “Evangelho segundo Paulo”, é sua contribuição ao nosso entendimento.
Essas duas filhas definiram o cristianismo até o século 19, quando o Senhor novamente fez uma coisa notável e a Igreja nasceu de novo na terceira filha de Pérgamo. Mais na próxima vez.

Apocalipse 2 e 3 – Sete Cartas Para Sete Igrejas – Parte 3 – Conclusão

Para a Igreja de Filadélfia
“E ao anjo da igreja que está em Filadélfia escreve:” Filadélfia significa Cidade do Amor Fraternal.
Na crônica da história da igreja, Filadélfia representa a igreja evangélica nascida no século 19 durante o 2° Grande Despertamento. (O primeiro ocorreu cerca de 100 anos antes principalmente nas colônias do norte.)
Por séculos os eruditos haviam ensinado uma interpretação alegórica das Escrituras, especialmente da profecia, mas em meados do século 19 a maioria leiga foi energizada por um retorno à interpretação literal. O arrebatamento pré-tribulação e o reino de 1000 anos do Senhor na terra, visões que prevaleciam durante o 1° século mas foram abandonadas com a interpretação alegórica, eram novamente populares. A igreja renascera.
(Título) “Isto diz o que é santo, o que é verdadeiro, o que tem a chave de Davi; o que abre, e ninguém fecha; e fecha, e ninguém abre:” Jesus é o Messias que segura as chaves do Reino Davídico. Ele somente tem a autoridade de permitir ou negar entrada.
(Menção Honrosa) “Conheço as tuas obras; eis que diante de ti pus uma porta aberta, e ninguém a pode fechar; tendo pouca força, guardaste a minha palavra, e não negaste o meu nome. Eis que eu farei aos da sinagoga de Satanás, aos que se dizem judeus, e não são, mas mentem: eis que eu farei que venham, e adorem prostrados a teus pés, e saibam que eu te amo.” A porta aberta é aquela pela qual João entrará no céu no capítulo 4 para ficar diante do Trono de Deus, um tipo do Arrebatamento. A Igreja de Filadélfia, não recebendo crítica, também recebe admissão. Isso é simbólico do fato de que para aqueles salvos pela graça através da fé, é como se nenhum pecado jamais tivesse sido cometido.
No 1° século, Filadélfia, assim como outras igrejas gentílicas daquele tempo, era atacada por “judaizantes”. Eles insistiam que antes de um gentio por se tornar um cristão, ele tinha que se tornar um judeu e guardar a Lei. Eles serão forçados a admitir que o caminho para o cristianismo não passava pelo judaísmo, mas ia direto para os pés da cruz.
Nos últimos dias, os advogados da Teologia da Substituição (aqueles que crêem que a Igreja substituiu Israel) e outros grupos declaram que a herança de Israel como favorita de Deus, também terá que se curvar diante da igreja e admitir o erro dos seus caminhos.
(Admoestação) “Como guardaste a palavra da minha paciência, também eu te guardarei da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na terra.” A promessa de um arrebatamento pré-tribulação. A palavra grega traduzida como “ da ” na passagem significa literalmente “totalmente fora” e nos exclui do tempo, lugar e causa dos julgamentos dos tempos do fim. Somente uma “hora da tentação” é profetizada como sendo mundial, e somente uma é designada para os habitantes da terra. É a Grande Tribulação. Através do balanço do Apocalipse a Igreja é referenciada como aqueles que habitam no céu.
(Chamado) “Eis que venho sem demora; guarda o que tens, para que ninguém tome a tua coroa.” Eis aqui um daqueles lugares que distinguem o dom gratuito da salvação das coroas que receberemos como prêmio por nosso trabalho feito no nome do Senhor a partir de gratidão por Sua dádiva. Uma daquelas coroas está reservada para aqueles que anseiam por Seu aparecimento (2 Tim 4.8) e isso descreve perfeitamente a atitude da Igreja de Filadélfia.
A palavra grega traduzida como “sem demora” na verdade significa rapidamente. Quando Ele vier, virá repentinamente, sem aviso. Não deixe ninguém lhe convencer contra a promessa de Sua vinda. Não perca a esperança!
(Desafio) “A quem vencer, eu o farei coluna no templo do meu Deus, e dele nunca sairá; e escreverei sobre ele o nome do meu Deus, e o nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém, que desce do céu, do meu Deus, e também o meu novo nome.” Quem é esse que vence o mundo? Pergunta João. Somente aqueles que crêem que Jesus é o Filho de Deus (1 João 5.5). A Nova Jerusalém é o lar da igreja. Nada impuro poderá jamais entrar nela, somente aqueles cujos nomes estão escritos no Livro da Vida do Cordeiro (Apo 21.27). Com toda essa identificação, não haverá dúvidas quanto a quem estará autorizado a viver lá.
(Promessa) “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas.” Uma vez mais somos admoestados a manter as bases do Evangelho. Apegue-se à Sua Palavra. Não negue Seu nome. Firme-se em suas convicções. Mantenha o olhar para o alto.
Era um dia claro e lindo quando chegamos em Filadélfia, atual Alashehir, logo após o almoço. Hora perfeita, eu pensei, já que locais históricos na Turquia fecham às 3:00 da tarde. Nós vimos placas apontando o caminho para o local da igreja e chegamos sem dificuldade por volta de 1:30. Era uma vizinhança tranqüila e o local propriamente dito era como um parque, verde e limpo.
A placa sobre o portão nos informou que havíamos chegado durante o horário de visitas e, como nos outros locais que visitamos, havia um pequeno escritório para coletar as taxas e distribuir literaturas. Mas diferentemente de todos os outros lugares, apesar de termos ficado por mais de uma hora, não vimos sequer um visitante ou empregado. Era como se todos houvessem desaparecido, exatamente como o Senhor prometeu.
A Parábola do Reino que descreve a Igreja de Filadélfia é a da Pérola de Grande Valor. As pérolas são unicamente gentias, já que as ostras não são kosher (Lev 11.9-12). Uma pérola é a única gema que se forma de um organismo vivo. Ela cresce em resposta a uma irritação enquanto escondida no mar. No tempo da colheita, ela é removida de seu habitat natural para ser separada como um objeto de adorno. Parece-se com a Igreja. E é claro que a Carta de Paulo aos Tessalonicenses, que introduziu o Arrebatamento na terra, se encaixa maravilhosamente também.
Para a Igreja de Laodicéia
“E ao anjo da igreja que está em Laodicéia escreve:” Laodicéia significa “o povo reina”. A igreja laodiceana representa a igreja apóstata no final dos tempos. Muitos nos movimentos da Nova Era e da Igreja Emergente são parte dessa igreja.
(Título) “Isto diz o Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus:”Ele está fazendo com que saibam que não governam a igreja, Ele sim.
(Crítica) “Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente; quem dera foras frio ou quente! Assim, porque és morno, e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca. Como dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta; e não sabes que és um desgraçado, e miserável, e pobre, e cego, e nu;” Laodicéia não recebe mençao honrosa, somente esta crítica, rica em sarcasmo simbólico. Laodicéia recebia sua água da vizinha Heirópolis, uma estação de águas quentes que floresce ainda hoje, agora chamada Pamukkale. A água vinha através de um vale em um aqueduto aberto. Tendo começado sua jornada diretamente das fontes quentes, estava morna na hora que chegava. Muito fria para ser usada em limpeza ou banho e muito quente para ser refrescante, ela era imprópria para o uso até que pudesse ser ou aquecida ou resfriada.
O fogo do Espírito se havia afastado da Igreja de Laodicéia deixando seus membros envolvidos em um ritual de “forma sem substância”. Não que eles se importassem. Eles estavam felizes como mariscos com sua religião de nenhum compromisso, nenhuma responsabilidade. Assim é com muitos da igreja emergente hoje. Eles se parecem com uma igreja e fazem algumas coisas que uma igreja faz, mas você não detectará o poder do Espírito Santo lá e o evangelho da nossa salvação é somente óbvio por sua ausência. Ainda que suas congregações sejam muitas vezes grandes e bem financiadas, sua condição espiritual é a da pobreza.
(Admoestação) “Aconselho-te que de mim compres ouro provado no fogo, para que te enriqueças; e roupas brancas, para que te vistas, e não apareça a vergonha da tua nudez; e que unjas os teus olhos com colírio, para que vejas.”Laodicéia era um próspero centro bancário regional, também famoso por uma rica vestimenta de lã negra que seus residentes produziam, e um colírio suavizante que ajudava a reduzir os efeitos dolorosos do esforço ocular causado pelo astigmatismo. Eles eram ricos no sentido mundano, mas pobres nas coisas do Espírito, se achavam bem vestidos com sua brilhante lã negra, mas carecendo das vestes brancas da justiça estavam verdadeiramente nus, capazes de enxergar todas as oportunidades de ganho mundano, mas necessitando de uma saudável dose do colírio do Senhor para restaurar sua perspectiva eterna. Parece-se com alguém que você conhece? A Igreja de Laodicéia está viva e próspera no Século 21.
(Chamado) “Eu repreendo e castigo a todos quantos amo; sê pois zeloso, e arrepende-te. Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo.” Frequentemente chamado de o grande chamado evangelístico, esta passagem grita um fato extraordinário. O Senhor está do lado de fora! Ele está batendo à porta tentando entrar, esperando (poderia dizer orando?) que alguém, qualquer um, ouça Sua voz e O convide a entrar. Se o fizerem, Ele dirá, “Melhor mudar de idéia quanto à sua necessidade de um Salvador. O tempo está se acabando”.
(Desafio) “Ao que vencer lhe concederei que se assente comigo no meu trono; assim como eu venci, e me assentei com meu Pai no seu trono.” Até o tempo do Arrebatamento, qualquer um na Igreja de Laodicéia pode reconhecer sua necessidade de um Salvador e olhar para o Senhor para ser salvo. E mesmo que isso os torne o último membro do Corpo de Cristo eles receberão totais direitos e privilégios. O número está quase completo. Se você é um laodiceano lendo isto, você bem pode ser aquele que todos estamos esperando.
(Promessa) “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas.” Há um pouco dos laodiceanos em todos nós. Alguma parte da Palavra que somos mornos a respeito, alguma área de nossa vida onde pensamos que somos auto-suficientes, algum pecado para o qual nos tenhamos cegado. Vamos nos consertar quanto a isso enquanto ainda há tempo.
Quando ficamos diante do anfiteatro grego aquela manhã (Laodicéia tem anfiteatros tanto gregos quanto romanos) ficou claro que os laodiceanos não ouviram o Senhor bater em sua porta. O que restou da igreja foi senão uma concha vazia.
A Parábola da Rede descreve como as coisas ficarão para aqueles que ignoram Seu chamado. “Assim será na consumação dos séculos: virão os anjos, e separarão os maus de entre os justos, E lançá-los-ão na fornalha de fogo; ali haverá pranto e ranger de dentes” (Mat 13.49-50). A Carta de Paulo aos Colossenses é apropriada aqui. Colosso estava a apenas poucos quilômetros estrada abaixo de Laodicéia.
Vamos Tornar as Coisas Pessoais
Quando você se assenta em seu banco todo domingo, independentemente da placa na porta da igreja, você é acompanhado por pessoas de Tiatira. Eles são os que somam ao evangelho: Jesus mais alguém ou alguma outra coisa, graça mais obras, Escrituras mais tradição. Há também alguns de Sardes. Eles subtraem do Evangelho. “Você não precisa nascer de novo, apenas se junte à igreja, dê um pouco de tempo e dinheiro , você ficará bem”. E então há o grupo de Laodicéia. “Jesus foi um grande homem e mestre, e viveu uma vida de tanta gentileza e graça que é QUASE como se fosse Deus. Apenas ame a todos como ele fez. A boa vida que você vive é um sinal óbvio do seu favor com Deus, e todos sabem que não há um céu de verdade, quero dizer cai em si”.
Mas se você sabe que é um picador e deu seu coração a Jesus porque Ele deu Sua vida por você, então você é de Filadélfia. Pode haver alguns outros com você lá, mas você realmente jamais saberá com certeza quantos até que vocês todos desapareçam juntos um dia em breve. E não se surpreenda quando você se reunir com alguns que são católicos, alguns protestantes, alguns conservadores, alguns liberais, e até mesmo alguns que não pareciam freqüentar qualquer igreja. A final de contas não é o que você diz ser, mas o que você crê no seu coração que importa.

Apocalipse 4


O Trono no Céu
“DEPOIS destas coisas, olhei, e eis que estava uma porta aberta no céu; e a primeira voz, que como de trombeta ouvira falar comigo, disse: Sobe aqui, e mostrar-te-ei as coisas que depois destas devem acontecer” (Apo 4.1). Tendo revisado as coisas que foram (Apo 1) e as coisas que são (Apo 2-3), chegamos agora à parte três do livro, as coisas que serão depois disso. João olhou para cima e viu uma porta aberta, aquela sobre a qual ele ouvira quando escreveu a carta à Igreja de Filadélfia, e, assim como Paulo disse que nos aconteceria (1 Tes 4.16), ouviu um alto comando: “Sobe aqui!”
“E logo fui arrebatado em espírito, e eis que um trono estava posto no céu, e um assentado sobre o trono. E o que estava assentado era, na aparência, semelhante à pedra jaspe e sardônica; e o arco celeste estava ao redor do trono, e parecia semelhante à esmeralda” (Apo 4.2-3).Num piscar de olhos, João foi arremessado à frente no tempo para o dia com que todos sonhamos, o Arrebatamento da Igreja. Como ele estava viajando no tempo, ele teve que experimentar o que chamamos de experiência extra corpórea, pois não lhe foi dado um corpo da ressurreição, como nós receberemos, e voltaria em breve. Ele chamou a isso estar no espírito.
O mesmo acontecera a Paulo cerca de 40 anos antes, quando ele também foi levado ao Trono de Deus (2 Cor 12.1-4). Não foi permitido a Paulo falar sobre isso, mas a lembrança disso deu-lhe mais que suficiente motivação para suportar as mais severas formas de perseguição e sofrimento. Diferente de Paulo, foi ordenado a João registrar tudo o que visse. O Jaspe e Sardônica que ele viu são a primeira e a última pedras no peitoral do Sumo Sacerdote e podem resumir todas elas, e o arco-íris é o símbolo da misericórdia de Deus.
“E ao redor do trono havia vinte e quatro tronos; e vi assentados sobre os tronos vinte e quatro anciãos vestidos de vestes brancas; e tinham sobre suas cabeças coroas de ouro” (Apo 4.4). Esses 24 anciãos confundem algumas pessoas, mas não deveriam. Sua aparência os delata. Eles têm tronos, então são governantes. Estão ao redor do Trono de Deus, então O assistem. Estão assentados, então seu trabalho está feito. Estão vestidos de branco, então são justos. Estão usando coroas “stephanos” gregas, então são vitoriosos. São chamados de Anciãos, um título associado mais com o cristianismo do que com o judaísmo. Até aqui temos uma indicação bastante forte de que eles representam a Igreja. Mas tem mais.
Em toda a Bíblia há um número de profecias “pico a pico”, como Clarence Larkin começou a chamá-las há mais de 100 anos atrás. Elas tomam a primeira e segunda vindas em uma única passagem, às vezes em uma única sentença. Ele as assemelhou a picos de montanhas entre os quais há um vale, oculto da visão do profeta. Uma das mais conhecidas é Isaías 9.6-7.
“Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz. Do aumento deste principado e da paz não haverá fim, sobre o trono de Davi e no seu reino, para o firmar e o fortificar com juízo e com justiça, desde agora e para sempre; o zelo do Senhor dos Exércitos fará isto”.
De toda essa profecia, somente a primeira sentença na verdade se cumpriu. A Criança nasceu e o Filho foi dado. O restante aguarda a 2ª Vinda, deixando um espaço de tempo entre a vinda do Filho e sua tomada do governo do mundo.
A profecia das 70 semanas de Daniel contém uma falha similar entre o verso 26, onde o povo do governante que virá destruirá a cidade e o santuário, e o verso 27, onde o governante propriamente dito confirma um concerto com Israel.
E o mesmo é verdade para Isaías 61.1-3.
“O ESPÍRITO do Senhor Deus está sobre mim; porque o Senhor me ungiu, para pregar boas novas aos mansos; enviou-me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade aos cativos, e a abertura de prisão aos presos; A apregoar o ano aceitável do Senhor e o dia da vingança do nosso Deus; a consolar todos os tristes; A ordenar acerca dos tristes de Sião que se lhes dê glória em vez de cinza, óleo de gozo em vez de tristeza, vestes de louvor em vez de espírito angustiado; a fim de que se chamem árvores de justiça, plantações do Senhor, para que ele seja glorificado”.
Jesus citou esta passagem no começo de Seu ministério em Nazaré, mas parou antes do “e” que vem depois de “o ano aceitável do Senhor” (Luc 4.18-19). O restante da profecia descreve a Grande Tribulação e a era do Reino ainda por vir.
Cada uma dessas profecias contem um período de tempo escondido que vai da 1ª Vinda até a 2ª como um quebra-cabeças, de outra forma completo, faltando uma peça. A Era da Igreja é sempre a peça que falta. Essas três são somente um exemplo das profecias pico a pico de Larkin. Na Bíblia exite um total de 24 delas, cada uma com um buraco onde a igreja se encaixa, o mesmo número de anciãos ao redor do Trono de Deus.
“E do trono saíam relâmpagos, e trovões, e vozes; e diante do trono ardiam sete lâmpadas de fogo, as quais são os sete espíritos de Deus” (Apo 4.5). Literalmente, o hepta-facetado Espírito de Deus, uma gíria do Antigo Testamento para o Espírito Santo. O mar de vidro era caracterizado na terra pelo mar de bronze que ficava do lado de fora do Lugar Santo. Ele simboliza a Palavra de Deus. Na terra nos lavamos em Sua Palavra (Efé 5.26). No Céu nos postamos sobre ele. (Lembra-se do antigo hino “Firmes nas Promessas”?)
“E havia diante do trono um como mar de vidro, semelhante ao cristal. E no meio do trono, e ao redor do trono, quatro animais cheios de olhos, por diante e por detrás. E o primeiro animal era semelhante a um leão, e o segundo animal semelhante a um bezerro, e tinha o terceiro animal o rosto como de homem, e o quarto animal era semelhante a uma águia voando. E os quatro animais tinham, cada um de per si, seis asas, e ao redor, e por dentro, estavam cheios de olhos; e não descansam nem de dia nem de noite, dizendo: Santo, Santo, Santo, é o Senhor Deus, o Todo-Poderoso, que era, e que é, e que há de vir.” (Apo 4.6-8). Esses eram os quatro querubins que guardam o Trono de Deus. No iniciam haviam cinco, mas seu líder traiu a eles e a sua confiança, rebelando-se contra Deus e causando a introdução de uma segunda vontade no universo. Nós o chamamos por sua principal atividade, Satanás (significa acusador em hebraico), mas em Eze 28.14 ele chamado “o querubim ungido”. O hebraico de Isaías 14.12 nos dá seu nome, “Heleyl ben Shachar”, o luminoso, filho da alva. Quando a Bíblia foi traduzida para o latim no 4º século, isso se tornou Lúcifer, que significa portador de luz, e as primeiras traduções para o português mantiveram o nome. Ele não é a Estrela da Manhã, como algumas versões modernas apresentam. Esse é um título que o Senhor Jesus usa somente para Si mesmo.
A visão de Ezequiel do Trono de Deus mostrou cada querubim com quarto faces, Isaías não descreve suas faces e João dá a eles somente uma, mas quer em uma ou em todas as quatro, as faces são as mesmas. Um leão, um touro, um homem e uma águia. Elas podem ser assemelhadas aos quatro acampamentos de Israel.
Os Quatro Acampamentos
Quando os judeus se acampavam no deserto após deixar o Egito, eles foram instruídos a montar quatro acampamentos, um para cada ponto cardeal, com o tabernáculo no centro. O primeiro era chamado o Acampamento de Judá e incluía Issacar e Zebulom. Membros dessas 3 tribos deveriam procurar pelo símbolo de Judá, uma bandeira com um grande leão bordado nela, para localizar o seu local de acampamento. Ele ficava sempre a leste do tabernáculo. O segundo acampamento era chamado de Efraim e incluía Manasses e Benjamim. Posicionava-se do lado oposto, a oeste. A bandeira de Efraim mostrava a figura de um touro. O terceiro acampamento era encabeçado por Rubem e incluía Simeão e Gade. A bandeira de Rubem mostrava a face de um homem. Eles se localizavam ao sul do tabernáculo. O quarto acampamento era o de Dã com Aser e Naftali incluídos, e se localizava ao norte. A bandeira de Dã mostrava uma grande águia.
Olhando de cima para baixo, Deus veria o acampamento de Israel com o tabernáculo no centro e os quatro sub-acampamentos ao redor dele. A grande bandeira tremulando a leste mostrava um leão, e no lado oposto estava o touro. Ao sul estava a face de um homem e do lado oposto estava a águia. Estaria Deus modelando Seu trono no Acampamento de Israel com as quatro bandeiras representando as quatro faces dos Querubins?
Os Quatro Evangelhos
Alguns também vêem os quarto evangelhos simbolizados nas quatro faces, o Leão de Mateus, o Touro, sendo um animal serviçal, para Marcos, o Homem para Lucas e a Águia, um símbolo de realeza, para João.
Mateus foi escrito para os judeus. Seu propósito era demonstrar quem Jesus era; apresentando impressionante evidência de que Jesus era o tão esperado Messias de Israel: O Leão de Judá. A genealogia em Mateus começa com Abrahão e segue através do Rei Davi (Mat 1.1-17). A frase mais frequentemente usada no Evangelho de Mateus é “está consumado”. Há mais referencias a eventos preditos na profecia do Antigo Testamento e cumpridos na Vida de Jesus em Mateus do que no relato de qualquer outro evangelho. Cópias parciais descobertas nas cavernas de Qumram sugerem que Mateus pode ter sido originalmente escrito em hebraico. O primeiro milagre, a cura de um leproso, era altamente simbólico para Israel. A lepra era vista como uma punição pelo pecado, e a cura da lepra significava tirar o pecado da nação. O Evangelho de Mateus termina com a ressurreição significando a promessa de Deus de que o Reino de Davi duraria para sempre.
O evangelho de Marcos é na verdade o relato de Pedro e foi escrito para os Romanos. Seu propósito era retratar Jesus como o obediente servo de Deus. Como ninguém se preocupa com a herança de um servo, não há genealogia em Marcos. A frase usada com maior freqüência no Evangelho de Marcos é “e logo” às vezes traduzida como imediatamente, assim Marcos é chamado de o evangelho sinóptico, dando-nos um retrato após outro de Jesus em ação. O primeiro milagre é a expulsão de um demônio, demonstrando que o Deus a quem Jesus servia era superior a todos os outros deuses, um assunto de grande importância na sociedade politeísta de Roma. O evangelho de Marcos termina com a ascensão, significando que o trabalho do servo estava terminado e ele estava voltando para casa.
O relato de Lucas retrata Jesus como o Filho do Homem, um título que Jesus frequentemente utilizou para Si mesmo, e foi escrito para os gregos. Ele apresenta o lado humano de Jesus e enfatiza Seus ensinos. Os gregos eram famosos por sua oratória em forma de histórias contadas, então a frase mais utilizada em Lucas é “e aconteceu que”. A maioria dos filmes sobre a vida de Jesus se apóia principalmente no evangelho de Lucas por causa de sua forma de narrativa fluída. Lucas traça a genealogia de Jesus até Adão, o primeiro homem (Luc 3.21-38). Como os gregos, como os romanos, eram uma sociedade politeísta, Lucas usou a expulsão de um demônio como o seu primeiro milagre, e terminou o seu evangelho com a promessa o Espírito Santo, unindo o homem com Deus.
João escreveu para a Igreja descrevendo como Jesus se sentia a respeito da reação das pessoas ao Seu ministério. Seu evangelho é o mais ímpar de todos, baseado em 7 milagres, 7 declarações “Eu Sou” e 7 discursos. João dá pequena atenção à cronologia, às vezes colocando os eventos fora de ordem (como a Purificação do Templo no capítulo 2) por seu efeito em apresentar a Jesus como o Filho de Deus. O evangelho de João cobre somente cerca de 21 dias dos 3 anos e meio do ministério do Senhor. 10 capítulos são devotados a uma semana e um terço de todos os versos em João descrevem um único dia. Sua genealogia começa antes do tempo e identifica Jesus como O Eterno Que estava com Deus e Que era Deus (João 1.1-2). A frase mais freqüente em João é “Na verdade, na verdade”. Seu primeiro milagre foi a transformação de água em vinho, um ato de enorme simbolismo pelo qual Ele “manifestou a sua glória; e os seus discípulos creram nele” (João 2.11). O Evangelho de João termina com a promessa da 2ª Vinda.
“E, quando os animais davam glória, e honra, e ações de graças ao que estava assentado sobre o trono, ao que vive para todo o sempre, Os vinte e quatro anciãos prostravam-se diante do que estava assentado sobre o trono, e adoravam o que vive para todo o sempre; e lançavam as suas coroas diante do trono, dizendo: Digno és, Senhor, de receber glória, e honra, e poder; porque tu criaste todas as coisas, e por tua vontade são e foram criadas” (Apo 4.9-11). Outra pista para a identidade dos 24 anciãos. Ler isso sempre trás à mente as palavras o antigo hino que eu cantava quando criança, “Santo, Santo, Santo”, particularmente o verso que diz “lançando suas coroas douradas sobre o mar de vidro”. Seu autor, Reginald Heber, era um clérigo anglicano. Ele estava escrevendo sobre a Igreja.

Apocalipse 5


O Livro e O Cordeiro
“E VI na destra do que estava assentado sobre o trono um livro escrito por dentro e por fora, selado com sete selos. E vi um anjo forte, bradando com grande voz: Quem é digno de abrir o livro e de desatar os seus selos? E ninguém no céu, nem na terra, nem debaixo da terra, podia abrir o livro, nem olhar para ele. E eu chorava muito, porque ninguém fora achado digno de abrir o livro, nem de o ler, nem de olhar para ele” (Apo 5.1-4). Esse livro tem sido chamado de a escritura do planeta terra. Livros (rolos) normalmente têm escrita somente de um lado, mas em poucos casos o Senhor escreve em ambos os lados. Quando Ele o faz, indica que há um julgamento a caminho.
Em Ezequiel 2 um rolo com escrita em ambos os lados significava que Israel estava prestes a ser julgado, e Ezequiel for a escolhido para trazer as notícias a outros cativos em Babilônia de que logo a nação se juntaria a eles por 70 anos. EmZacarias 5, um rolo voador do mesmo tamanho do Lugar Santo do tabernáculo advertia que aqueles que deixaram de guardar a Lei seriam banidos da presença de Deus e suas casas destruídas. Apesar de o rolo mencionar somente o mandamento contra o roubo de um lado e o contra falso testemunho do outro, o fato que um estava no meio da primeira taboa de pedra e o outro no meio da segunda leva os eruditos a crer que representam todos os 10 Mandamentos.
A razão porque João chorou tão amargamente é porque ele sabia o que estava em jogo. Somente alguém que pudesse redimir o planeta terra e devolvê-lo ao seu dono por direito seria capaz de abrir o livro (rolo), e ninguém podia ser encontrado. Nem no céu, nem na terra, nem embaixo da terra. Sem um redentor qualificado a terra estaria perdida por toda a eternidade.
“E disse-me um dos anciãos: Não chores; eis aqui o Leão da tribo de Judá, a raiz de Davi, que venceu, para abrir o livro e desatar os seus sete selos. E olhei, e eis que estava no meio do trono e dos quatro animais viventes e entre os anciãos um Cordeiro, como havendo sido morto, e tinha sete pontas e sete olhos, que são os sete espíritos de Deus enviados a toda a terra” (Apo 5.5-6). Há alguém digno de abrir o livro, afinal! O fato de a palavra Cordeiro estar em maiúsculas aqui significa que este é O Cordeiro de Deus de João 1.29. Ele é também o Leão de Judá de Gêneses 49.9-10 e a Raiz de Davi de Isaías 11.1-3.
Como João O descreve como um Cordeiro aparentando ter sido sacrificado, sabemos que Ele ainda está na forma humana, e ainda traz as cicatrizes de Sua crucificação. Este Cordeiro é o doador do Espírito Santo, confirmando que é o Senhor que triunfou. Ele é capaz de abrir o livro e seus sete selos porque redimiu o planeta ao mesmo tempo em que nos salvava. (Rom 8.19-21)
Eu Não Sabia Que Ela Estava Perdida
Como a terra se perdeu em primeiro lugar? Alguns crêem que, na Eternidade passada, aquele a quem chamamos Satanás recebeu a terra como seu reino. Esse foi um presente por manter-se em sua estatura tanto como o querubim ungido, a cargo daqueles que guardam o próprio Trono de Deus, quanto como o Líder do Louvor nos domínios celestiais. Ele realmente era o portador de luz (Lúcifer significa portador de luz em latim) vestido com todas as pedras preciosas, com a voz como um órgão de tubos. Era o modelo da perfeição, cheio de sabedoria e perfeito em sua beleza, o melhor dos seres criados.
Mas inflado na arrogância do amor próprio e do orgulho, ele se rebelou e foi expulso em desgraça. Sua posição e suas posses lhe foram tiradas, seu reino ficou abandonado (Eze 28.13-17). Ele ficou lá, assentado no meio das ruínas, por sabe-se lá quanto tempo, impotente para fazer qualquer coisa, até que Deus disse, “Haja luz” e todos os anjos bradaram de alegria (Jó 38.7).
Quando Deus criou Adão, cinco dias depois, e lhe deu o domínio sobre a terra, Satanás conspirou para tomá-lo de volta. Possuindo uma serpente, enganou Adão e Eva tirando-os de sua terra e ganhando de volta, através do engano, aquilo que havia perdido através da rebelião. No processo, também despiu Adão e Eva de sua imortalidade, causando sua morte e a de todos os seus filhos. Ele imediatamente se pôs a reconstruir seu reino, tornando-se o príncipe deste mundo (João 12.31) e o deus desta era (2 Cor 4.4).
A Lei de Deus requer que um parente próximo redima aquilo que um membro da família tenha perdido (Levítico 25). De acordo com a lei um filho poderia redimir o que seu pai perdeu, mas na transação Adão se tornou um pecador, desqualificando todos os seus filhos de redimi-lo para sempre. A moeda da redenção era o sangue de um homem sem pecado, e todos os filhos de Adão eram pecadores, tendo nascido à semelhança de seu pai (Gen 5.3). Adão era um filho de Deus (Luc 3.38), então outro filho de Deus seria suficiente.
Como os pecados dos pai são visitados nos filhos (Exo 20.5), uma mulher poderia dar à luz um homem sem pecado, mas somente se ela pudesse fazê-lo sem a ajuda do marido. Então, no jardim Deus anunciou que a semente da mulher redimiria o que Satanás havia roubado (Gen 3.15), uma profecia do nascimento virginal.
No tempo certo, o Filho de Deus, nascido de uma virgem, deu Sua vida para pagar o debito da humanidade pelo pecado e redimir a propriedade roubada de Adão, o planeta terra. Todo Deus (sem pecado) e todo humano (homem), Ele é O único na criação digno de tomar o livro e abrir seus selos.
Como o Redentor Próximo de Adão, Ele pagou a dívida do pecado devida pela prole de Adão e redimiu a propriedade que Adão perdeu também. Agora Ele veio para tomar posse daquilo pelo que pagou. Como o parente próximo é também responsável por vingar a morte de um membro da família, Ele também vem como o Vingador do Sangue de Adão, e essa é uma das razões porque o restante do livro é a história de grandes juízos.
“E veio, e tomou o livro da destra do que estava assentado no trono. E, havendo tomado o livro, os quatro animais e os vinte e quatro anciãos prostraram-se diante do Cordeiro, tendo todos eles harpas e salvas de ouro cheias de incenso, que são as orações dos santos. E cantavam um novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro, e de abrir os seus selos; porque foste morto, e com o teu sangue compraste para Deus homens (nós) de toda a tribo, e língua, e povo, e nação; E para o nosso Deus os (nos) fizeste reis e sacerdotes; e eles (nós) reinarão (reinaremos) sobre a terra”. (Rev 5.7-10)
Coloquei entre parênteses uma tradução mais acurada desta passagem. A palavra grega usada aqui é um pronome de primeira pessoa, o plural de eu. Ela aparece 173 vezes na Bíblia como nós e para nós, nunca como palavras em terceira pessoa como homens ou eles. Também, a língua grega usa a mesma palavra para rei e reino, então você tem que decidir qual usar no contexto. Reis se encaixa melhor do que reino (esta é a palavra que aparece nas principais traduções inglesas modernas – NT). Todas as minhas substituições são consistentes com a tradução do Rei Tiago (King James Version).
Algumas das traduções modernas tomam uma perspective pós-tribulacionista ou a-milenista, ou ambas, e são, portanto, relutantes em mostrar a igreja arrebatada no Céu em Apocalipse 5. Ao invés disso, mudando a passagem para a terceira pessoa, elas fazem os 24 anciãos cantar sobre a igreja como se ainda estivéssemos na terra. Mas isso não funciona. Os 24 anciãos são a igreja. Este é um cântico para os remidos e somente a igreja pode cantá-lo. A versão do Rei Tiago está correta.
“E olhei, e ouvi a voz de muitos anjos ao redor do trono, e dos animais, e dos anciãos; e era o número deles milhões de milhões, e milhares de milhares, Que com grande voz diziam: Digno é o Cordeiro, que foi morto, de receber o poder, e riquezas, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e ações de graças. E ouvi a toda a criatura que está no céu, e na terra, e debaixo da terra, e que está no mar, e a todas as coisas que neles há, dizer: Ao que está assentado sobre o trono, e ao Cordeiro, sejam dadas ações de graças, e honra, e glória, e poder para todo o sempre. E os quatro animais diziam: Amém. E os vinte e quatro anciãos prostraram-se, e adoraram ao que vive para todo o sempre” (Apo 5.11-14). A poderosa obra criada por George Frederic Handel ao colocar estas palavras em seu “O Messias” empalidecerá até à insignificância quando comparada com esse coro angelical. Ninguém sabe quão grande esse coral é. Dez mil era o maior número em uso naqueles dias. Escrevendo hoje João poderia ter usado “milhões e milhões” assim tão facilmente. (O que está traduzido como “milhões de milhões e milhares de milhares” na versão Almeida Corrigida e Revisada Fiel acima, aparece no grego e nas traduções inglesas como “milhares sobre milhares e dez mil vezes dez mil” – NT.)
C. H. Spurgeon escreveu que a palavra grega traduzida como todo (ou todos) tinha sete ou oito usos diferentes, e somente em raros casos qualquer um deles significava literalmente todo e qualquer um. Mais provavelmente João quis dizer que todas as classificações da humanidade estavam representadas, os ricos, os pobres, os livres, os escravos, os judeus, os gentios, etc. A estes se uniram os animais da terra, os pássaros no ar, os peixes no mar, e até mesmo aqueles no submundo, que apesar de se rebelarem e aguardarem o julgamento em correntes, reconhecem a autoridade dO Cristo (Tia 2.19).

Apocalipse 6


“E, HAVENDO o Cordeiro aberto um dos selos, olhei, e ouvi um dos quatro animais, que dizia como em voz de trovão: Vem, e vê. E olhei, e eis um cavalo branco; e o que estava assentado sobre ele tinha um arco; e foi-lhe dada uma coroa, e saiu vitorioso, e para vencer” (Apo 6.1-2).
O primeiro dos sete selos é aberto no início da 70ª semana de Daniel, após a igreja ter desaparecido. Estudiosos liberais frequentemente identificam o cavaleiro do cavalo branco como Jesus, apontando para sua coroa e para o fato de que ele é um conquistador. Eu penso que parte de suas conclusões vem de assistir todos aqueles filmes de bang-bang quando crianças, onde os mocinhos sempre cavalgavam em cavalos brancos. Eu digo isso porque esse cavaleiro definitivamente não é Jesus. Ele é o anticristo.
O Que Faz Você Pensar Assim?
Em primeiro lugar, ele traz um arco. A arma preferida do Senhor é a espada. A razão para ter um arco e que ele não usará a força para fazer seu impacto inicial na terra. Ele vem como um pacificador (Dan 8.25). Como o Livro do Apocalipse é repleto de simbolismos explicados em outras partes da Bíblia, eu procurei pela primeira menção de um homem com um arco, esperando conseguir uma pista adicional para a identidade do cavaleiro. Eu a encontrei emGêneses 21.20, referindo-se a Ismael.
À medida que detalhes da escatologia islâmica se tornam mais amplamente conhecidos, os estudantes da profecia estão descobrindo uma impressionante similaridade entre as descrições de al Mahdi, uma figura messiânica da tradição shiita, e a figura que os cristãos chamam de anticristo. (Não estou dizendo que al Mahdi seja o anticristo muçulmano, chamado de Dajjal, mas que ele se parece com anticristo cristão.) Ambos aparecem em cena durante um tempo de grande agitação na terra, ambos vêm declarando um desejo de restaurar a paz, ambos têm um reino de sete anos, ambos lideram uma religião mundial e um governo mundial, ambos alegam ter origens sobrenaturais, e o reinado de ambos termina em uma batalha entre o bem e o mal que traz o julgamento final da terra.
O número de coincidências entre os dois desafia a coincidência e continua a crescer à medida que o conhecimento de al Mahdi aumenta. Agora com a conexão entre o primeiro arqueiro da Bíblia e o homem com um arco em Apo 6, outra peça do quebra-cabeças pode ter-se encaixado. Maomé era descendente de Kedar, segundo filho de Ismael, e al Mahdi é o 12º Iman descendente de Maomé. Jack Kinsella, em seu comentário intitulado “O Terceiro Pilar do Anticristo” faz uma excelente análise sobre o Islã ser a religião do anticristo (The Omega Letter Inteligence Digest Vol: 53 Issue: 25 – Sábado, 25 de Fevereiro de 2006 – www.omegaletter.com). Quando você ler isso, entenderá que depois que a Igreja se for, aqueles que também se chamam a igreja, mas foram deixados para trás, não terão muito problema em aceitar o Islã. E como Paulo disse, a adição de uns poucos “milagres” na mistura será todo o necessário para enganar o mundo inteiro (2 Tes 2.9).
Existe Algo Mais?
Em Segundo lugar, esse cara está usando o tipo errado de coroa. A palavra grega para uma coroa real é diadem. Mas este usa uma coroa stephanos, ou de vitorioso. Esta era o prêmio dado aos vencedores nas antigas Olimpíadas e outros jogos públicos. Era tipicamente um ramo de erva, e de fato a palavra stephanos vem de uma raiz que significa ramo. Ela identifica seu usuário como conquistador, mas não como a realeza. E em Apocalipse 13, onde a Grande Tribulação começa, nos é dito que lhe foi dado o poder de fazer guerra contra os santos e de conquistá-los. E lhe foi dada autoridade sobre toda tribo, povo, língua e nação (Apo 13.7). Por que Jesus faria guerra com os santos da tribulação para conquistá-los? Como eu disse, conquanto engane as pessoas fazendo-as pensar que é o Cristo, ele é na verdade o anticristo.
“E, havendo aberto o segundo selo, ouvi o segundo animal, dizendo: Vem, e vê. E saiu outro cavalo, vermelho; e ao que estava assentado sobre ele foi dado que tirasse a paz da terra, e que se matassem uns aos outros; e foi-lhe dada uma grande espada” (Apo 6.3-4).
Este é um ponto em que o anticristo se volta para a guerra para estabelecer sua autoridade sobre os governos humanos e mover o mundo em direção à sua religião. As profecias muçulmanas dizem que esta será o Islã, é claro, e o Corão ensina conversão ou morte como as únicas alternativas disponíveis aos descrentes. Estudos recentes especulam que a Europa, bem dentro de sua era pós-cristã, pode já estar à beira de ceder à influência muçulmana, mas outras partes do mundo resistirão, causando muito derramamento de sangue.
Se Você Acha Que Isso é Ruim…
Historicamente, a maior espada era uma longa arma de dois gumes manejada por poderosos guerreiros que recebiam o dobro do salário médio de um soldado. Com força impressionante eles abriam caminho entre as linhas inimigas, deixando um buraco para as tropas normais que os seguiam. Exatamente desta maneira o anticristo usará poder sobrenatural para firmar seu domínio sobre o mundo, forçando sua vontade sobre o povo da terra. E lembre-se, os juízos dos Selos são somente o começo da 70ª semana de Daniel. A última metade, chamada de Grande Tribulação, ainda está por vir e é significativamente mais mortal.
“E, havendo aberto o terceiro selo, ouvi dizer ao terceiro animal: Vem, e vê. E olhei, e eis um cavalo preto e o que sobre ele estava assentado tinha uma balança na mão. E ouvi uma voz no meio dos quatro animais, que dizia: Uma medida de trigo por um dinheiro, e três medidas de cevada por um dinheiro; e não danifiques o azeite e o vinho” (Apo 6.5-6).
Duas coisas resultam quando o mundo está submerso em incerteza e as guerras emergem. Primeiro vem a inflação, fazendo os preços de tudo subir às alturas. Quando João escreveu isso, um denário era o pagamento médio por um dia de trabalho, e isto é o que vai custar para compra uma medida de trigo, comida suficiente para uma pessoa por um dia. Pense nisso. Para muitos, o salário de um dia inteiro mal dará para comprar sua comida para aquele dia. No dia seguinte, começa tudo de novo. Nenhum dinheiro sobrando para nada mais. É claro, os ricos sempre se beneficiam da inflação. Quando eles a virem chegando, serão capazes de converter sua riqueza em coisas que ou são à prova de inflação ou aumentem de valor durante períodos de inflação. O exemplo mais antigo disso vem do livro de Gêneses, quando José, que ganhara o controle sobre o suprimento de trigo do mundo em favor de Faraó, eventualmente conseguiu toda a riqueza do Egito em troca dele. Isso é o que João quis dizer com não causar dano ao azeite e ao vinho, mercadorias que em seus dias eram símbolo de riqueza. A visão que ele teve era de fome em meio à fartura. Tanto o Livro de Daniel quanto as profecias muçulmanas falam sobre o anticristo/al Mahdi despejando esplêndidos presentes sobre seus seguidores enquanto força seus inimigos à submissão (Dan 11.39).
“E, havendo aberto o quarto selo, ouvi a voz do quarto animal, que dizia: Vem, e vê. E olhei, e eis um cavalo amarelo, e o que estava assentado sobre ele tinha por nome Morte; e o inferno o seguia; e foi-lhes dado poder para matar a quarta parte da terra, com espada, e com fome, e com peste, e com as feras da terra” (Apo 6.7-8).
O segundo resultado da guerra é a fome e a pestilência. Plantações e locais de processamento de alimentos são destruídos. Redes de transporte são interrompidas. Corpos mortos são deixados onde caem e os sistemas de saúde pública desmoronam. A fome em massa e as doenças galopantes frequentemente fazem mais vitimas do que as atalhas que as causaram. Os animais ficam desesperados por comida e atacam os humanos. Alguns acham que a frase “a quarta parte da terra” se relaciona com a geografia e outros acham que descreve o número de pessoas envolvidas. De qualquer maneira, muitos sofrerão e morrerão durante esse tempo, enquanto aqueles que não estão no caminho direto da guerra terão um falso senso de paz e prosperidade.
“E, havendo aberto o quinto selo, vi debaixo do altar as almas dos que foram mortos por amor da palavra de Deus e por amor do testemunho que deram. E clamavam com grande voz, dizendo: Até quando, ó verdadeiro e santo Dominador, não julgas e vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra? E foram dadas a cada um compridas vestes brancas e foi-lhes dito que repousassem ainda um pouco de tempo, até que também se completasse o número de seus conservos e seus irmãos, que haviam de ser mortos como eles foram” (Apo 6.9-11).
Assim como a igreja tem um número fixo de membros a alcançar antes que seu tempo na terra se complete (Rom 11.25), assim é também com os crentes que serão martirizados por sua fé em seguida ao desaparecimento da Igreja.
Olho Por Olho
Em hebraico, a palavra traduzida como “parente redentor” também significa “vingador do sangue”. O mesmo parente próximo que era responsável por pagar o débito de seu parente em ralação à serventia ou redimir sua propriedade perdida, era também responsável por vingar ataques físicos contra um parente que resultassem em sua morte. Os mártires da tribulação estão pedindo a aplicação dessa lei.
Nosso Senhor Jesus é nosso Parente Redentor, vem para pagar nossas dívidas e compra de volta aquilo que nosso pai Adão perdeu. Mas Ele também é nosso Vingador do Sangue, responsável por trazer justiça àquele que maliciosamente assassinou nossos primeiros pais e, portanto, a nós. Todos que se colocarem ao lado de Satanás, chamados de aqueles que habitam na terra em Apocalipse, compartilharão a sua punição, assim como nós que nos aliamos ao Senhor, chamados de aqueles que habitam no céu, compartilharemos Sua herança.
“E, havendo aberto o sexto selo, olhei, e eis que houve um grande tremor de terra; e o sol tornou-se negro como saco de cilício, e a lua tornou-se como sangue; E as estrelas do céu caíram sobre a terra, como quando a figueira lança de si os seus figos verdes, abalada por um vento forte. E o céu retirou-se como um livro que se enrola; e todos os montes e ilhas foram removidos dos seus lugares” (Apo 6.12-14).
Como você poderia esperar, desde o Tsunami de 2004 os cientistas têm observado a recente onda de terremotos e erupções vulcânicas no Oriente Longínquo bem de perto. Eles descobriram que durante o período de três anos terminando em 2005 quando o estudo foi conduzido, a incidência de tremores e erupções vulcânicas subaquáticas aumentou em 88% acima da média, enquanto os tremores continentais aumentaram em 62%. Em um único período de quatro meses a terra experimentou os três maiores terremotos dos últimos duzentos anos. A maior parte do aumento na atividade ocorreu no assim chamado Círculo de Fogo do Pacífico, uma cadeia de 160 vulcões ativos que se estende desde a borda oriental da Ásia até a costa ocidental das Américas.
Durante o mesmo período o pólo norte magnético começou a se mover sobre o Canadá e está indo em direção à Sibéria. Também, a força do campo magnético da terra diminuiu notadamente, estando cerca de 10% mais fraco agora do que quando os cientistas começaram a medi-lo em 1845. Baseado nestas descobertas, alguns cientistas estão convencidos de que uma reversão dos pólos magnéticos da terra está em andamento. Eles estão predizendo que em 2012 essa reversão será repentina e dramaticamente completada com o pólo norte assumindo a polaridade do pólo sul e vice versa.
Em 2012 o Sol também experimentará uma reversão polar. Apesar de os pólos magnéticos do sol se reverterem a cada onze anos, a terra nunca experimentou uma na memória do homem. Essa dupla mudança poderia produzir ainda maiores ocorrências de tremores e erupções vulcânicas massivas, de uma magnitude que poderia realmente causar uma significante mudança continental.
O campo magnético da terra ajuda a nos proteger contra raios nocivos do sol, e uma reversão polar poderia causar o colapso desse escudo assim como a cúpula de vapor ao redor da terra desabou no tempo do Dilúvio. Aquele evento trouxe um clima violento e encurtou drasticamente o tempo de vida.
Os efeitos de um colapso do campo magnético seriam ainda mais severos. De acordo com algumas projeções, a energia eletromagnética liberada pelo sol durante uma reversão polar poderia fazer a atmosfera superior da terra “explodir em chamas” se o nosso campo magnético não estiver lá para desviá-la. Estaria João se referindo a isso ao dizer que o céu desapareceu como um livro sendo enrolado? Ninguém sabe. Nós somente podemos imaginar o que uma repentina reversão dos pólos magnéticos faria à vida na terra. As predições variam desde um aumento temporário na freqüência e severidade das erupções vulcânicas e terremotos até um desastre mundial de “proporções Bíblicas”. A convergência de outras linhas proféticas me leva a crer que o juízo do 6º Selo pode muito bem ser a descrição de João dessa futura Dupla Reversão Polar.
Quem os Convidou?
Além disso, em 2005 uma ramificação do judaísmo ortodoxo anunciou que a figura de seu messias (não Jesus) chegaria em 7 anos. Isso é 2012. E 2012 é uma daquelas datas “chave” nas profecias do ocultismo e da nova era. O antigo calendário maia termina em dezembro de 2012, e os pagãos vêem isso como um sinal de que esta era está terminando, e nosso futuro utópico está logo além do horizonte. A internet está repleta de websites sobre o assunto, então seja cuidadoso quando pesquisar essa data crítica. E acima de tudo, lembre-se de que o Arrebatamento da Igreja acontece em Apocalipse 4Apocalipse 6 acontece após termos ido embora.
“E os reis da terra, e os grandes, e os ricos, e os tribunos, e os poderosos, e todo o servo, e todo o livre, se esconderam nas cavernas e nas rochas das montanhas; E diziam aos montes e aos rochedos: Caí sobre nós, e escondei-nos do rosto daquele que está assentado sobre o trono, e da ira do Cordeiro; Porque é vindo o grande dia da sua ira; e quem poderá subsistir?” (Apo 6.15-17)
Não é de admirar que o verso 15 nos lembre Josué 10.16. Dos 404 versos do Apocalipse, 280 são tirados do Antigo Testamento. Enquanto se escondem, os reis da terra inadvertidamente pronunciam uma profecia que todos deveríamos ler cuidadosamente. “Porque é vindo o grande dia da sua ira; e quem poderá subsistir?” Esta passagem sempre foi associada com o começo da ira de Deus. O ponto de vista de que Sua ira começa com o julgamento das taças de Apocalipse 16 é um recém-chegado aos estudos da profecia, e está incorreto. A Ira de Deus começa no capítulo 6, colocando o Arrebatamento Pré-Ira da Igreja no capítulo4, exatamente onde os que crêem no Arrebatamento Pré-Tribulação sempre o viram.
Na próxima vez veremos o primeiro grupo de 144.000 (há dois e não são a mesma coisa), a chegada de um enorme grupo de mártires da Tribulação ao Céu, o término do Julgamento dos Selos e o começo do segundo assalto, o Julgamento das Trombetas.

Apocalipse 7


Entre o 6º e o 7º selos há uma pausa em que dois eventos importantes acontecem, um na terra e outro no Céu. Ambos envolvem a disposição de um grupo do povo de Deus, mas nenhum deles é a Igreja. Não se verá ou se ouvirá deles como grupo até o capítulo 17.
144.000 Selados
“E DEPOIS destas coisas vi quatro anjos que estavam sobre os quatro cantos da terra, retendo os quatro ventos da terra, para que nenhum vento soprasse sobre a terra, nem sobre o mar, nem contra árvore alguma. E vi outro anjo subir do lado do sol nascente, e que tinha o selo do Deus vivo; e clamou com grande voz aos quatro anjos, a quem fora dado o poder de danificar a terra e o mar, Dizendo: Não danifiqueis a terra, nem o mar, nem as árvores, até que hajamos assinalado nas suas testas os servos do nosso Deus. E ouvi o número dos assinalados, e eram cento e quarenta e quatro mil assinalados, de todas as tribos dos filhos de Israel. Da tribo de Judá, havia doze mil assinalados; da tribo de Rúbem, doze mil assinalados; da tribo de Gade, doze mil assinalados; Da tribo de Aser, doze mil assinalados; da tribo de Naftali, doze mil assinalados; da tribo de Manassés, doze mil assinalados; Da tribo de Simeão, doze mil assinalados; da tribo de Levi, doze mil assinalados; da tribo de Issacar, doze mil assinalados; Da tribo de Zebulom, doze mil assinalados; da tribo de José, doze mil assinalados; da tribo de Benjamim, doze mil assinalados” (Apo 7.1-8).
O múltiplo uso do número quarto aqui enfatiza que a Criação está em foco, porque no final do Quarto Dia da Criação a luz havia sido separada das trevas, a atmosfera havia sido formada, a terra havia sido separada da água, a vegetação havia começado a crescer e, com a adição do sol, da lua e das estrelas, o dia havia sido distinguido da noite. Como no Quarto Dia a Criação estava completa e pronta para suportar habitação, assim o número quatro é o número da Criação.
Mas o julgamento sobre a Criação será postergado até que um outro evento aconteça. Este é o comissionamento dos 144.000 judeus que muitos crêem evangelizarão o mundo durante a 70ª semana de Daniel. Carregar o selo de Deus em suas frontes os protege dos julgamentos vindouros. Em Eze 9.4 lemos sobre um caso similar onde antes de a Cidade de Jerusalém foi destruída pelos babilônicos, anjos a percorreram, procurando e selando os fiéis para protegê-los da destruição. Aqui novamente o Senhor adia os julgamentos até que os Seus fiéis sejam selados.
Depois que Jacó adotou os filhos de José, Efraim e Manassés, haviam quatorze nomes para escolher ao nomear as tribos de Israel. Mas a Bíblia nunca lista mais do que 12 ao mesmo tempo. Assim, às vezes a mistura é diferente. Os levitas não receberam terras e nunca foram à guerra, então são frequentemente omitidos. José também foi deixado de fora quando Efraim e Manassés foram incluídos, já que cada um deles recebeu metade da sua tribo por herança. Mas nesta lista Levi e José são incluídos enquanto Dã e Efraim não são.
A maioria dos eruditos crê que Dã foi omitido porque foi através da tribo de Dã que a idolatria foi introduzida na terra depois que Salomão morreu (1 Resi 12.28-30). Jacó prometera em Gen 49.17 que “Dã será serpente junto ao caminho, uma víbora junto à vereda, que morde os calcanhares do cavalo, e faz cair o seu cavaleiro por detrás”, dando a entender que Dã seria responsável pelo retorno de Israel à idolatria. Há uma tradição de que Dã fora um dos cabeças do seqüestro e venda de José à escravidão, e uma outra de que o anticristo virá da tribo de Dã. Por essas e outras razões, ninguém da tribo de Dã será selado. Mas Deus é misericordioso e, no início da Era do Reino, quando a terra for redistribuída, Dã receberá a primeira parte (Eze 48.1).
Apesar de Efraim não ser mencionado pelo nome, seu povo é incluído, já que compõem o grupo aqui chamado de José, a tribo de José foi dividida entre Efraim e Manasses. Ao acrescentar José e Manasses à lista as pessoas de ambas as metades da tribo de José são seladas sem mencionar o nome de Efraim. 1 Reis 12.28-30 também nos diz que um bezerro de ouro foi erigido em Betel, na terra de Efraim, em adição àquele de Dã. O Senhor odeia idolatria.
Os esforços de espiritualizar esta passagem em um grupo simbólico de todos os crente são uma tentativa deploravelmente inadequada dos defensores da teologia da substituição de privar Israel de seu papel dos Tempos do Fim no plano redentor de Deus.
E aqueles que dizem que a lista não pode ser precisa porque as 10 tribos desapareceram em 721 AC quando o Reino do Norte foi espalhado fariam bem em ler 2 Cron 11.16“Depois desses também, de todas as tribos de Israel, os que deram o seu coração a buscarem ao Senhor Deus de Israel, vieram a Jerusalém, para oferecerem sacrifícios ao Senhor Deus de seus pais”. Josefo relatou que isso causou um substancial aumento na população de Jerusalém. Deus sempre manteve um remanescente fiel do Seu povo.
A Grande Multidão em Vestes Brancas
Depois destas coisas olhei, e eis aqui uma multidão, a qual ninguém podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas, que estavam diante do trono, e perante o Cordeiro, trajando vestes brancas e com palmas nas suas mãos; e clamavam com grande voz, dizendo: “Salvação ao nosso Deus, que está assentado no trono, e ao Cordeiro”.
E todos os anjos estavam ao redor do trono, e dos anciãos, e dos quatro animais; e prostraram-se diante do trono sobre seus rostos, e adoraram a Deus, dizendo: “Amém. Louvor, e glória, e sabedoria, e ação de graças, e honra, e poder, e força ao nosso Deus, para todo o sempre. Amém”.
E um dos anciãos me falou, dizendo: “Estes que estão vestidos de vestes brancas, quem são, e de onde vieram”?
E eu disse-lhe: “Senhor, tu sabes”.
E ele disse-me: “Estes são os que vieram da grande tribulação, e lavaram as suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro. Por isso estão diante do trono de Deus, e o servem de dia e de noite no seu templo; e aquele que está assentado sobre o trono os cobrirá com a sua sombra. Nunca mais terão fome, nunca mais terão sede; nem sol nem calma alguma cairá sobre eles. Porque o Cordeiro que está no meio do trono os apascentará, e lhes servirá de guia para as fontes das águas da vida; e Deus limpará de seus olhos toda a lágrima” (Apo 7.9-17).
Há opiniões divergentes sobre quem é essa multidão. Por suas veste brancas e sua declaração sobre o Autor de sua salvação, todos concordam que eles são crentes da terra.
Mas os fatos de que João, o discípulo mais proximamente associado à Igreja, não os ter reconhecido, de que sua chegada ao Céu sucede o arrebatamento em três capítulos, e de que seu destino é o de servos no Templo e não co-regentes do Universo, significam que eles são crentes pós-arrebatamento e não parte da Igreja. Eles foram pegos na destruição sobre a terra durante a primeira metade da 70ª Semana e pagaram o definitivo preço por sua recém descoberta fé. Eles são chamados de mártires ou santos da Tribulação, mas tecnicamente isso também não é preciso, porque a Grande Tribulação ainda não começou. Ainda estamos na primeira metade da 70ª semana.
Como sabemos disso? A palavra grega traduzida como “da” na frase “estes são os que vieram da Grande Tribulação” é a mesma palavra traduzida como “da” em Apo 3.10, onde o Senhor prometeu livramento para a Igreja. “Como guardaste a palavra da minha paciência, também eu te guardarei da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na terra”. De acordo com a Concordância de Strong, esta é uma preposição primária que denota origem. Significa “do lugar, tempo, ou causa” de um evento específico.
Então, como a Igreja, esses santos foram removidos do lugar, do tempo e da causa da Grande Tribulação. Eles não chegaram à fé em tempo para o Arrebatamento, então não compartilharão do destino e bênção únicos da Igreja. Mas muito provavelmente sendo persuadidos à fé pelo desaparecimento da Igreja, eles serão martirizados logo no início da 70ª semana, e assim escaparão do pior. Mais tarde os que estiverem vivos invejarão tanto os mortos que desejarão a morte, mas a morte os enganará (Apo 9.6).
Esses santos terão uma existência privilegiada na eternidade, sempre na presence do Senhor. Eles O servirão de dia e de noite em Seu Templo e jamais terão falta de qualquer coisa. O Senhor lançará Sua sombra sobre eles, significando que Ele será pessoalmente responsável por seu bem estar. Ele jamais sentirão fome ou sede e o Senhor removerá todo lamento de suas mentes, enxugando todas as lágrimas de seus olhos.
Mas eles jamais se assentarão em um trono ao lado de seu Amado, exemplo para todo o universo das incomparáveis riquezas da graça de Deus, expressa em Sua bondade para com a Igreja, Sua obra de arte (Efé 2.6-10). Eles jamais compartilharão de Sua herança nem serão contados entre o mais favorecido grupo em toda a Criação. Quando a necessidade se apresentou eles precisaram de um sinal final inconfundível de era correto crer. Carecendo da fé para aceitar o que não podiam ver, eles exigiram evidência. A evidência lhes veio na forma do Arrebatamento da Igreja, quando aqueles que creram pela fé somente desapareceram diante de seus próprios olhos. Tarde demais, eles finalmente creram.
Como o Senhor disse a Tomé, “Porque me viste, Tomé, creste; bem-aventurados os que não viram e creram” (João 20.29).
Com a chegada do sétimo selo, o julgamento das Trombetas é apresentado. Esse segundo ciclo de juízos completará a primeira metade da 70ª semana de Daniel e preparará o palco para a apresentação do anticristo e da Grande Tribulação.

Apocalipse 8 – 9


Apocalipse 8
O primeiro ciclo de juízos está terminando. Os 144.000 foram comissionados e um enorme grupo de mártires chegou ao Céu. Em muitas partes da terra a guerra arrasa descontrolada, com seu vigia fome e pestilência, e ainda em outras partes a paz continua a prevalecer. Aqueles afortunados o bastante para desfrutá-la são levados a pensar que logo o resto do mundo também se acalmará e será tudo como de costume. Como o anticristo ainda não foi revelado como o homem de Satanás para o Planeta Terra, muitos ainda o vêem como um talentoso líder mundial fazendo seu melhor para restaurar a ordem, e apesar das mortes sem precedentes e de todas as pessoas desaparecidas, eles ainda lhe conferem altos índices.
Mas no Céu a história é diferente, pois Deus está para liberar os juízos das 7 Trombetas. Não lhe dá prazer fazê-lo. Mas ruins como foram, os juízos dos 7 Selos, agora em processo de conclusão, simplesmente não foram severos o suficiente para virar o teimoso coração dos homens em direção a Ele. Infelizmente, Ele sabia disso o tempo todo, mas isso não facilita as coisas. Se tão somente Ele não os amasse tanto, poderia simplesmente deixá-los destruir um ao outro. Mas enquanto Sua retidão demanda justiça, Seu amor exige que Ele continue a tentar salvá-los.
O Sétimo Selo e o Incensário de Ouro
“E, HAVENDO aberto o sétimo selo, fez-se silêncio no céu quase por meia hora.
E vi os sete anjos, que estavam diante de Deus, e foram-lhes dadas sete trombetas.
E veio outro anjo, e pôs-se junto ao altar, tendo um incensário de ouro; e foi-lhe dado muito incenso, para o pôr com as orações de todos os santos sobre o altar de ouro, que está diante do trono. E a fumaça do incenso subiu com as orações dos santos desde a mão do anjo até diante de Deus. E o anjo tomou o incensário, e o encheu do fogo do altar, e o lançou sobre a terra; e houve depois vozes, e trovões, e relâmpagos e terremotos” (Apo 8.1-5). A meia hora de silêncio enche o Céu com um senso de antecipação, como se os anjos estivessem prendendo a respiração, aguardando que o Senhor aja. Os crentes pós-arrebatamento na terra também sabem o que está por vir, e suas urgentes orações sobem diante do Trono em uma gigantesca nuvem de incenso.
Mas o tempo da graça terminou com o Arrebatamento. Este é o tempo da justiça e enquanto o anjo atira fogo do altar, Deus anuncia os juízos vindouros em Sua forma tradicional, com trovões, relâmpagos e terremotos.
As Trombetas
“E os sete anjos, que tinham as sete trombetas, prepararam-se para tocá-las.
E o primeiro anjo tocou a sua trombeta, e houve saraiva e fogo misturado com sangue, e foram lançados na terra, que foi queimada na sua terça parte; queimou-se a terça parte das árvores, e toda a erva verde foi queimada” (Apo 8.6-7). Recordando as pragas do Egito, o primeiro juízo é sobre a terra. O fogo se lança sobre um terço da Terra, a fumaça acre do mato e das árvores enchendo os céus acima.
“E o segundo anjo tocou a trombeta; e foi lançada no mar uma coisa como um grande monte ardendo em fogo, e tornou-se em sangue a terça parte do mar. E morreu a terça parte das criaturas que tinham vida no mar; e perdeu-se a terça parte das naus” (Apo 8.8-9). Este juízo parece ser um gigantesco asteróide ou meteoro se chocando contra os oceanos da Terra. Isso aconteceu à Terra centenas de vezes em sua história. A última foi em 9 de junho de 2006, quando um meteoro atingiu o norte da Noruega com uma força de impacto igual à da bomba atômica lançada sobre Hiroshima, no Japão.
Os astrônomos estão atualmente observando 736 potencialmente perigosos objetos Próximos da Terra (NEO). No momento não se espera a colisão de nenhum deles com a Terra, mas esses cientistas nos acautelam de que os NEO’s normalmente aparecem repentinamente e com muito pouco aviso. Quantos de nós sabíamos que um estava para atingir a Noruega?
O choque do meteoro referido nesta passagem causa surpreendente devastação, tornando um terço dos oceanos do mundo numa cor vermelha venenosa, matando um terço da vida marinha e destruindo mais de 43.000 navios (Em 2005 haviam 130.000 navios registrados em 195 países).
“E o terceiro anjo tocou a sua trombeta, e caiu do céu uma grande estrela ardendo como uma tocha, e caiu sobre a terça parte dos rios, e sobre as fontes das águas. E o nome da estrela era Absinto, e a terça parte das águas tornou-se em absinto, e muitos homens morreram das águas, porque se tornaram amargas” (Apo 8.10-11). Agora o juízo recai sobre o suprimento de água doce do mundo. Um terço dele se torna venenoso por causa de algo como uma estrela cadente que caiu do céu. A estrela é chamada de Absinto, da palavra grega absinthos. Por causa disso, alguns comentaristas crêem que o agente que torna as águas venenosas é a contaminação radioativa.
Eles dizem isso porque, apesar de não estar livre de controvérsia, a palavra russa chernobil pode ser traduzida como Artemísia (absinto) e em 25 e 26 de abril de 1986 o pior desastre nuclear do muno ocorreu na cidade ucraniana com aquele nome. Um reator nuclear da usina de Chernobyl explodiu durante testes, liberando quantidades de chuva radioativa na atmosfera 300 vezes maiores do que a bomba atômica que explodiu em Hiroshima. Se você assistiu o filme “Síndrome da China” já sabe que reatores fora de controle podem se “entocar” na terra uma vez que isso aconteça são impossíveis de parar.
Não há notícia oficial quanto a ter isso acontecido ou poder acontecer em Chernobyl. Mas esforços de contenção ainda estão sendo feitos 20 anos depois, e se os aqüíferos europeus ficarem contaminados, é fácil ver como esse ponto de vista de Apo 8.11 pode ser preciso.
“E o quarto anjo tocou a sua trombeta, e foi ferida a terça parte do sol, e a terça parte da lua, e a terça parte das estrelas; para que a terça parte deles se escurecesse, e a terça parte do dia não brilhasse, e semelhantemente a noite” (Apo 8.12). Entre a fumaça do fogo no mato e nas árvores e as partículas atiradas no ar pelo choque do meteoro, a atmosfera se tornou tão densa que um terço da luz dos corpos celestiais é bloqueada. Isso me lembra uma reportagem de TV sobre o fogo que as tropas de Saddam Hussein atearam nos campos de petróleo do Kuwait enquanto se retiravam em direção ao final da Guerra do Golfo. A fumaça era tão densa que como noite durante o dia, o sol como uma escura bola vermelha no enegrecido céu. É quase assim que as coisas ficarão enquanto o mundo aguarda a quinta trombeta.
“E olhei, e ouvi um anjo voar pelo meio do céu, dizendo com grande voz: Ai! ai! ai! dos que habitam sobre a terra! por causa das outras vozes das trombetas dos três anjos que hão de ainda tocar” (Apo 8.13). Esse não é um anjo comum. O texto grego usa a palavra normalmente traduzida como anjo, indicando algum tipo de mensageiro sobrenatural, enviado para preparar o mundo para o que está à frente. Quatro das trombetas soaram, e a Terra está se recuperando desse ataque. Mas agora os juízos se tornam sobrenaturais e são dirigidos ao próprio homem. Está para ficar pessoal.
Apocalipse 9
“E O QUINTO anjo tocou a sua trombeta, e vi uma estrela que do céu caiu na terra; e foi-lhe dada a chave do poço do abismo. E (ele) abriu o poço do abismo, e subiu fumaça do poço, como a fumaça de uma grande fornalha, e com a fumaça do poço escureceu-se o sol e o ar” (Apo 9.1-2). Essa estrela havia caído algum tempo antes da trombeta do 5º anjo, e ao usar um pronome pessoal, João a identifica com um ser vivo. Em Luc 10.18Jesus disse que Ele havia visto Satanás cair do Céu como um relâmpago, então pode-se assumir que a estrela é Satanás e que lhe foi ordenado abrir o poço do Abismo para liberar um enxame de “gafanhotos”.
“E da fumaça vieram gafanhotos sobre a terra; e foi-lhes dado poder, como o poder que têm os escorpiões da terra. E foi-lhes dito que não fizessem dano à erva da terra, nem a verdura alguma, nem a árvore alguma, mas somente aos homens que não têm nas suas testas o sinal de Deus. E foi-lhes permitido, não que os matassem, mas que por cinco meses os atormentassem; e o seu tormento era semelhante ao tormento do escorpião, quando fere o homem. E naqueles dias os homens buscarão a morte, e não a acharão; e desejarão morrer, e a morte fugirá deles.
E o parecer dos gafanhotos era semelhante ao de cavalos aparelhados para a guerra; e sobre as suas cabeças havia umas como coroas semelhantes ao ouro; e os seus rostos eram como rostos de homens. E tinham cabelos como cabelos de mulheres, e os seus dentes eram como de leões. E tinham couraças como couraças de ferro; e o ruído das suas asas era como o ruído de carros, quando muitos cavalos correm ao combate. E tinham caudas semelhantes às dos escorpiões, e aguilhões nas suas caudas; e o seu poder era para danificar os homens por cinco meses. E tinham sobre si rei, o anjo do abismo; em hebreu era o seu nome Abadom, e em grego Apoliom” (Apo 9.3-11). Eles não como nenhum gafanhoto jamais visto na Terra antes. Gafanhotos normais são vegetarianos, mas estes são proibidos de comer a erva, as plantas ou as árvores. Ao invés disso, eles atacam as pessoas, mas somente os descrentes, e quando o fazem eles as picam como um escorpião, causando dor tão intensa que suas vítimas pedirão a morte. E seu líder é o anjo do Abismo, cujo nome significa “Destruidor” em ambas a línguas (em um desses preciosos bocadinhos de sabedoria pelos quais a Palavra de Deus é notória, Provérbios 30.27 nos informa que gafanhotos normais não têm rei, dando crédito à idéia de que esses “gafanhotos” são algo diferente).
João certamente nunca havia visto tal coisa antes, e ao descrevê-los excedeu até mesmo os limites de sua imaginação. Você tem que apreciar a natureza de seu desafio aqui. Ele era um homem do primeiro século chamado a descrever manobras de guerra do século vinte e um. Mas ele teve que fazê-lo de tal forma que todas as gerações no entremeio pudessem interpretá-lo também. Mesmo hoje, não podemos relacionar esses assim chamados gafanhotos a nada no mundo. Claramente eles são manifestações demoníacas de algum tipo.
Então, porque eles somente atacam os descrentes? Boa pergunta. Certamente este é um juízo ordenado por Deus, mas Satanás de boa vontade soltou esses pequenos monstros sobre seu próprio povo? Foi-lhe ordenado fazê-lo ou isso é algum esquema diabólico para inflamar ainda mais o ódio das pessoas da Terra contra Deus? Afinal, Seus seguidores não estão sofrendo. Satanás fez isso deliberadamente para poder culpar a Deus, avançando sua estratégia de transformar as Trevas em Luz e a Mentira em Verdade? Um pouco mais tarde João nos informará que nenhum desses tormentos afastou o povo da Terra de seus caminhos de rebelião.
“Passado é já um ai; eis que depois disso vêm ainda dois ais.
E tocou o sexto anjo a sua trombeta, e ouvi uma voz que vinha das quatro pontas do altar de ouro, que estava diante de Deus, a qual dizia ao sexto anjo, que tinha a trombeta: Solta os quatro anjos, que estão presos junto ao grande rio Eufrates. E foram soltos os quatro anjos, que estavam preparados para a hora, e dia, e mês, e ano, a fim de matarem a terça parte dos homens. E o número dos exércitos dos cavaleiros era de duzentos milhões; e ouvi o número deles.
E assim vi os cavalos nesta visão; e os que sobre eles cavalgavam tinham couraças de fogo, e de jacinto, e de enxofre; e as cabeças dos cavalos eram como cabeças de leões; e de suas bocas saía fogo e fumaça e enxofre. Por estes três foi morta a terça parte dos homens, isto é pelo fogo, pela fumaça, e pelo enxofre, que saíam das suas bocas. Porque o poder dos cavalos está na sua boca e nas suas caudas. Porquanto as suas caudas são semelhantes a serpentes, e têm cabeças, e com elas danificam” (Apo 9.12-19). Tradicionalmente, o Rio Eufrates tem sido a fronteira territorial, cultural e religiosa entre o Leste e o Oeste. Raramente costumes, tradições ou filosofias cruzaram em qualquer direção. Como resultado, o mundo oriental é muito diferente em quase qualquer aspecto de seu homólogo ocidental. Esta passagem ajuda a explicar porque isso é assim. Tem havido uma barreira no mundo espiritual também. Mas com esse comando do próprio trono de Deus, a barreira cai e o efeito é mortal além de qualquer comparação.
Os combatentes liberados pela queda dessa barreira terminam por matar um terço da população restante da Terra. Lembre-se que um quarto da humanidade encontrou seu fim nos juízos dos selos. Com esse terço adicional, isso significa que mais de 3 bilhões de pessoas terão morrido quando isso acabar, e a Grande Tribulação ainda não começou.
A causa dessa destruição é a liberação dos anjos no Rio Eufrates, mas o Rio não foi secado ainda, permitindo que os Reis do Leste atravessem. Isso acontece mais tarde, em Apo 16.12. Eu acho que esta passagem está descrevendo manobras de guerra que acontecem no Oriente Longínquo, onde vive mais de 40% da população mundial (muitos em condições de aglomeração, aumentando o potencial para destruição em massa), onde tensões religiosas e étnicas são tradicionalmente altas, e onde muitos países podem montar enormes exércitos. Eu acho que é a coalizão formada pelos vencedores desta guerra que se lança através do ressecado Rio Eufrates enquanto o anticristo é distraído por outras insurgências (Dan 11.40-44).
“E os outros homens, que não foram mortos por estas pragas, não se arrependeram das obras de suas mãos, para não adorarem os demônios, e os ídolos de ouro, e de prata, e de bronze, e de pedra, e de madeira, que nem podem ver, nem ouvir, nem andar. E não se arrependeram dos seus homicídios, nem das suas feitiçarias, nem da sua prostituição, nem dos seus furtos.” (Apo 9.20-21).
Você pensaria que com aqueles gafanhotos demoníacos atacando somente os não crentes e 3 bilhões de pessoas morrendo por causa de guerras e outros desastres, as pessoas estariam se arrebanhando com o Senhor em busca de conforto e segurança. Mas isso simplesmente não acontece, e eu lhe direi por quê.
Há uma crença por ai de que é tão velha quanto a humanidade, mas nos últimos dias se tornará uma religião que enganará quase todo o mundo. É chamada de Doutrina Luciferiana e entendê-la ajuda a explicar porque o mundo não se voltará para seu Criador neste pior momento da história humana. A Doutrina Luciferiana recebe seu nome, é claro, de Lúcifer, um nome latino que significa “portador de luz”. Ela sustenta que Lúcifer é o mocinho tentando iluminar as pessoas do mundo em preparação para a evolução espiritual necessária para trazer paz para toda a humanidade. De acordo coma Doutrina Luciferiana, nossa evolução física está terminada e tudo o que precisamos fazer e lançar fora as amarras do pensamento Judaico-Cristão para completar nossa evolução espiritual e entrar em nossa tão esperada Era da Utopia.
Mas sendo Lúcifer impedido em tudo isso pelo malvado Adonai (hebraico para Senhor) que, juntamente com Seus seguidores, está trabalhando para malograr o grande plano de Lúcifer, exigindo de todos que adiram à sua religião reacionária, efetivamente evitando nossa evolução espiritual. A fim de a humanidade alcançar a Utopia, aqueles que insistem em se agarrar à sua obsoleta fé Judaico-Cristã têm que ser eliminados. A Grande Tribulação é caracterizada na Doutrina Luciferiana como o último grande esforço do ímpio Adonai de destruir o “portador de luz” da humanidade e evitar nossa ascensão à Utopia, nos mantendo amarrados a Ele.
Em seguida ao desaparecimento da igreja a Verdade se tornará bastante escassa na Terra e todo o mundo será levado a crer na Doutrina Luciferiana, exatamente como Paulo preveniu que iria acontecer (2 Tes 2.9-12). Então, naturalmente, pensando que o Senhor é o bandido, eles se tornam ainda mais intensos em sua adoração a Lúcifer, esperando que ele prevaleça e traga um fim para o seu sofrimento (“Há um caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele são os caminhos da morte” Pro 14.12). Lúcifer, é claro, é também largamente conhecido como Satanás ou O Diabo.

Apocalipse 10 – 11.14


Daremos agora uma pausa nos Juízos das Trombetas para dar ao mundo suas advertências finais antes que a Grande Tribulação comece. Esses são os Sete Trovões e as Duas Testemunhas que Deus enviou a Israel para advertir Seu povo a “se acertarem com Deus” enquanto ainda há tempo.
Lembre-se, no final da Batalha de Ezequiel 38-39, Deus trará todos os judeus vivos a Israel, não deixando nenhum para trás (Eze 39.28). Ainda que muitos sejam martirizados, especialmente entre aqueles que encontraram o Messias, ainda haverá uma enorme população de judeus em Israel com um Templo em pleno funcionamento. Na seqüência dos eventos, a Abominação da Desolação ainda não aconteceu então eles não tiveram que fugir para as montanhas da Jordânia. Os 144.000 e os Santos da Tribulação ajudarão a completar esta “ultima chamada” evangelística mundial.
APOCALIPSE 10
O Anjo e o Livrinho
E VI outro anjo forte, que descia do céu, vestido de uma nuvem; e por cima da sua cabeça estava o arco celeste, e o seu rosto era como o sol, e os seus pés como colunas de fogo; E tinha na sua mão um livrinho aberto. E pôs o seu pé direito sobre o mar, e o esquerdo sobre a terra; e clamou com grande voz, como quando ruge um leão; e, havendo clamado, os sete trovões emitiram as suas vozes. E, quando os sete trovões acabaram de emitir as suas vozes, eu ia escrever; mas ouvi uma voz do céu, que me dizia: “Sela o que os sete trovões emitiram, e não o escrevas” (Apo 10.1-4). Muitas coisas nesta passagem dão pistas da possível identidade desse anjo. Ele está vestido de uma nuvem e suas pernas são como pilares de fogo, o que nos lembra o Anjo do Senhor que protegia Israel no deserto. O arco-íris sobre sua cabeça é símbolo da misericórdia de Deus. Sua voz é como o rugido de um leão. A voz do Senhor é comparada ao trovão sete vezes no Salmo 29. Poderia este ser o Senhor? Sua identidade não é especificada, mas quer ele seja ou não, não tem impacto sobre o nosso entendimento da passagem.
Os Sete Trovões muito provavelmente contêm uma advertência de Deus não revelada entre a 6ª e a 7ª Trombetas. João estava prestes a detalhá-la para nós quando o Senhor mandou que não o fizesse.
No Salmo 29 a voz do Senhor é mencionada sete vezes e é comparada com o som do trovão. O nome do Senhor é dado quatro vezes na introdução de dois versos do Salmo e mais quatro vezes na conclusão de dois versos (quatro é o número da Criação). Ele aparece dez vezes do verso 3 ao verso 9 (dez é um número que denota a totalidade da Ordem Divina) e a frase “Voz do Senhor” é repetida sete vezes (sete é o número da perfeição). O Salmo 29 é frequentemente chamado de “Os Sete Trovões de Deus” também.
Com a chegada da Sétima Trombeta, nos será dito que os Reinos do mundo se tornaram o Reino do nosso Senhor (Apo 11.15) e pela primeira vez a tradução tradicional do nome de Deus como “Aquele que é e que era e que há de vir” é mudada para “Aquele que é e que era” (Apo 11.17) também indicando que seu reino começou (Algumas traduções colocam a parte “e que há de vir” de volta, mas o texto grego não a inclui).
Isso significa que na visão Celestial, a Grande Tribulação terá começado. Após a derrota de Satanás na batalha no Céu e seu confinamento na Terra em Apo 12, o anticristo faz sua aparição oficial na terra como o anfitrião de Satanás no começo de Apo 13 (Ele aparece em cena pela primeira vez em Apo 6 como um mero homem). Isso sinaliza o começo da Grande Tribulação na terra. Os juízos das Sete Taças começam logo a seguir.
Coloque tudo isso junto e você pode fazer um caso circunstancial de que os Sete Trovões anunciarão que a Grande Tribulação com seus Juízos das Taças completarão a Ordem Divina, satisfazendo perfeitamente a justa exigência de Deus de que o povo da terra seja julgado por seus pecados, e deixando a terra em uma condição de prontidão para receber seu Rei.
E o anjo que vi estar sobre o mar e sobre a terra levantou a sua mão ao céu, e jurou por aquele que vive para todo o sempre, o qual criou o céu e o que nele há, e a terra e o que nela há, e o mar e o que nele há, que não haveria mais demora; mas nos dias da voz do sétimo anjo, quando tocar a sua trombeta, se cumprirá o segredo de Deus, como anunciou aos profetas, seus servos.
E a voz que eu do céu tinha ouvido tornou a falar comigo, e disse: “Vai, e toma o livrinho aberto da mão do anjo que está em pé sobre o mar e sobre a terra”.
E fui ao anjo, dizendo-lhe: Dá-me o livrinho. E ele disse-me: “Toma-o, e come-o, e ele fará amargo o teu ventre, mas na tua boca será doce como mel”. E tomei o livrinho da mão do anjo, e comi-o; e na minha boca era doce como mel; e, havendo-o comido, o meu ventre ficou amargo. E ele disse-me: “Importa que profetizes outra vez a muitos povos, e nações, e línguas e reis” (Apo 10.5-11). O Senhor mandou que João tomasse o livrinho e o comesse. A princípio, seu gosto pareceu doce como mel, mas depois que o engoliu, seu estomago ficou amargo. Isso significa que, como seguidores do Senhor, nós aguardamos o cumprimento da profecia dos Tempos do Fim com muita excitação e alegria. Nós nos unimos com as almas dos justos martirizados no lamento, “Até quando, ó verdadeiro e santo Dominador, não julgas e vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra?” (Apo 6.10) Sabemos que Seu julgamento é justo, e que Ele tem sido longânime, paciente quase ao extremo. Mas porque nosso inimigo é tão incansável em sua rebelião contra Deus, o horror e a carnificina da guerra necessária para conseguir sua derrota são suficientes para deixar-nos enjoados.

Apocalipse 11.1-14

As Duas Testemunhas
E FOI-ME dada uma cana semelhante a uma vara; e chegou o anjo, e disse: “Levanta-te, e mede o templo de Deus, e o altar, e os que nele adoram” (Apo 11.1). Eis aqui a evidência, juntamente com Dan 9.27 2 Tes 2.4, de que existirá um Templo antes do começo da Grande Tribulação. Tendo visto a maneira miraculosa pela qual Deus os livrou da derrota certa na batalha de Ezequiel 38-39, o judeus de todo o mundo responderão à Sua oferta de reconciliação e farão a Aliyah(volta a Israel). Tendo seu relacionamento da Antiga Aliança restaurado, eles exigirão um Templo para adorar, e no início da 70ª Semana de Daniel ele será construído. Cerca de 2000 anos de diáspora (dispersão) terão terminado afinal.
E deixa o átrio que está fora do templo, e não o meças; porque foi dado às nações, e pisarão a cidade santa por quarenta e dois meses (Apo 11.2). Este verso tem sido usado para apoiar a idéia de que o Templo será construído ao lado do Domo da Rocha. Mais tarde darei uma alternativa para esse ponto de vista. Mas primeiramente vamos conhecer as Duas Testemunhas.
E darei poder às minhas duas testemunhas, e profetizarão por mil duzentos e sessenta dias, vestidas de saco. Estas são as duas oliveiras e os dois castiçais que estão diante do Deus da terra. E, se alguém lhes quiser fazer mal, fogo sairá da sua boca, e devorará os seus inimigos; e, se alguém lhes quiser fazer mal, importa que assim seja morto. Estes têm poder para fechar o céu, para que não chova, nos dias da sua profecia; e têm poder sobre as águas para convertê-las em sangue, e para ferir a terra com toda a sorte de pragas, todas quantas vezes quiserem (Apo 11.3-6). O ministério de 3 anos e meio das duas testemunhas não é congruente com nenhuma das metades da 70ª Semana de Daniel, mas as sobrepõe, começando depois do começo da 70ª Semana e terminando algum tempo antes da 2ª Vinda. Antes de discutir sua identidade, deveríamos notar que elas dão o total cumprimento a Zacarias 4.11-14, a profecia dos “dois ungidos” parcialmente cumprida por Zorobabel e Josué no tempo da construção do 2º Templo.
Quem São Esses Caras?
Existem três candidatos primários para a sua identidade: Moisés, Elias e Enoque. Elias e Enoque porque são os únicos dois no Antigo Testamento que não morreram, mas foram levados ao Céu vivos. E Moisés e Elias porque os poderes das duas testemunhas são idênticos àqueles exercidos por Moisés nas Pragas do Egito e Elias em sua disputa contra a idolatria em Israel. Lembre-se, o clímax foi a espetacular derrota dos profetas de Baal no Monte Carmelo com fogo caindo do céu e o fim dos três anos e meio de seca (Você tem que ler Tiago 5.17 para saber a duração da seca, pois ela não é dada em 1 Reis 18). Também, Moisés e Elias estiveram no Monte da Transfiguração com Jesus e os discípulos (Mat 17.1-13) e de acordo com uma antiga tradição da igreja eram os dois homens de branco que apareceram aos discípulos em seguida à ascensão do Senhor (Atos 1.10-11). E, finalmente, Moisés e Elias são duais das mais reverenciadas figuras em todo o passado de Israel, mais possíveis que qualquer outro de serem enviados por Deus para entregar Sua mensagem. Moisés foi o Pronunciador da Lei e Elias foi o maior dos Profetas de Israel. Seus dois nomes são exatamente sinônimos do nome judaico para seus escritos, a Lei e os Profetas.
Eu acredito que o desaparecimento de Enoque antes do Grande Dilúvio foi um evento especial desenhado para prefigurar o desaparecimento da Igreja antes da Grande Tribulação. Como foi nos dias de Noé, assim será na Vinda do Filho do Homem (Mat 24.37). Nos dias de Noé o mundo pereceu no Dilúvio. Eles representam aqueles que perecerão na Grande Tribulação. Noé e sua família foram preservados através do Dilúvio e representam Israel, preservado através da Grande Tribulação. Enoque foi toma vivo ao Céu antes do Dilúvio, representando a Igreja que será tomada viva ao Céu antes da Grande Tribulação. Por todas essas razões, eu sustento o ponto de vista de Moisés e Elias.
E, quando acabarem o seu testemunho, a besta que sobe do abismo lhes fará guerra, e os vencerá, e os matará. E jazerão os seus corpos mortos na praça da grande cidade que espiritualmente se chama Sodoma e Egito, onde o seu Senhor também foi crucificado. E homens de vários povos, e tribos, e línguas, e nações verão seus corpos mortos por três dias e meio, e não permitirão que os seus corpos mortos sejam postos em sepulcros. E os que habitam na terra se regozijarão sobre eles, e se alegrarão, e mandarão presentes uns aos outros; porquanto estes dois profetas tinham atormentado os que habitam sobre a terra.
E depois daqueles três dias e meio o espírito de vida, vindo de Deus, entrou neles; e puseram-se sobre seus pés, e caiu grande temor sobre os que os viram. E ouviram uma grande voz do céu, que lhes dizia: “Subi para aqui”. E subiram ao céu em uma nuvem; e os seus inimigos os viram.
E naquela mesma hora houve um grande terremoto, e caiu a décima parte da cidade, e no terremoto foram mortos sete mil homens; e os demais ficaram muito atemorizados, e deram glória ao Deus do céu.
É passado o segundo ai; eis que o terceiro ai cedo virá (Apo 11.7-14).
Não há dúvida de que seus corpos foram deixados onde caíram nas ruas de Jerusalém. Essa é a cidade em que o Senhor foi crucificado. E através da tecnologia das comunicações por satélite seus corpos mortos serão vistos por todo o mundo.
Nas culturas meso-orientais o maior insulto que alguém pode cometer é negar enterro a seu inimigo. Suas mortes apresentam a única expressão de alegria na terra em todo o livro. Mas após três dias e meio, simbólico da extensão da Grande Tribulação, as duas testemunhas ouvirão o mesmo comando que João ouviu em Apo 4.1, “Subi para aqui!” e ascenderão ao Céu à vista de todo o mundo. Assim como a ordem do Senhor no capítulo 4 foi um modelo do Arrebatamento da Igreja, a ordem aqui é um modelo da ressurreição dos Mártires da Tribulação.
Em Salmos nós lemos: Ó DEUS, os gentios vieram à tua herança; contaminaram o teu santo templo; reduziram Jerusalém a montões de pedras. Deram os corpos mortos dos teus servos por comida às aves dos céus, e a carne dos teus santos às feras da terra. Derramaram o sangue deles como a água ao redor de Jerusalém, e não houve quem os enterrasse (Salmo 79.1-3). Esta é uma clara profecia de coisas por vir, e elas começam em Apo 11.
Ao dizer que os sobreviventes do terremoto deram glória a Deus, João não quis dizer que eles O adoraram ou vieram a ter fé Nele. Isso quer dizer que eles corretamente atribuíram esses eventos milagrosos a Ele, como os sacerdotes egípcios o fizeram ao explicar a causa das pragas em Êxo 8.19.
Onde Está o Templo?
Esta parte do capítulo 11 dá pistas sobre algumas inconsistências incomodas no nosso entendimento da localização do futuro Templo. Ela é dada como a Cidade Santa no verso 2, mas no verso 8 Jerusalém é chamada de a Grande Cidade, que espiritualmente se chama Sodoma e Egito. Elas são a mesma? A Cidade Santa será pisada pelos gentios por 42 meses, mas Jesus disse que Jerusalém seria pisada por gentios até que o tempo dos gentios estivesse cumprido, mais de 2000 anos.
Por gerações tem existido uma controvérsia entre judeus e cristãos quanto à exata localização dos Templos de Herodes e Salomão. O Sinédrio Judeu, recentemente formado novamente após 1600 anos, está abordando a questão como uma de suas primeiras prioridades. Chamem-me de tolo, mas eu acho que todos nós temos feito a pergunta errada. Certamente seria ótimo saber a exata colocação desses históricos monumentos a Deus, mas a pergunta real é “onde será o próximo Templo?”
Muitos cristãos acham que o futuro 3º Templo será profanado pela Abominação da Desolação durante a Grande Tribulação e então destruído. Por essa razão eles o chamam de Templo da Tribulação. Então, um outro Templo, de número quatro, será construído no começo do Milênio. Mas o único modelo que temos para tudo isso é a profanação do 2º templo que levou à Revolta dos Macabeus. E isso é algo que Jesus se esforçou por apontar a nós no Sermão do Monte (Mat 24.15).
No modelo, o governante sírio Antíoco Epifânio invadiu o Templo e o converteu em um centro de adoração pagã em 167 AC. Ele degolou um porco no altar e erigiu uma estátua a Zeus (Júpiter) no lugar santo, com sua própria face sobre ela, assim proclamando-se Deus (Epifânio significa Deus manifestado), e exigiu adoração sob pena de morte. Em 1 Macabeus isso foi chamado de Abominação da Desolação, o único evento assim chamado na história. Ele detonou a revolta dos Macabeus, uma batalha de três anos e meio para banir Epifânio da Terra Prometida. Os judeus pensaram que isso havia cumprido Dan 9.27, mas quase 200 anos depois Jesus disse a Israel para procurar por ele no futuro, como um sinal de que a Grande Tribulação teria começado, identificando-o assim como um modelo para a Abominação da Desolação dos Tempos do Fim. E é verdade que a Revolta dos Macabeus contém muitas similaridades com a Grande Tribulação.
Eis o ponto. Os judeus não destruíram o Templo após a Abominação da Desolação em 167 AC. Quando o capturaram, eles destruíram a estátua e recolocaram o Altar. Então eles sujeitaram o Templo à cerimônia de purificação de oito dias exigida pela Lei e começaram a usá-lo de novo. A purificação é lembrada até hoje na Festa do Chanukkah. Se o modelo está completo, então o Templo construído durante a 70ª Semana de Daniel não será destruído tampouco, mas se tornará o Templo do Milênio, descrito em grande detalhe por Ezequiel nos capítulos 40-48 (Os judeus chamam o Templo de Ezequiel de Terceiro Templo). E isso quer dizer que ele não será em Jerusalém.

Apocalipse 11.15 – 12.17


No final do nosso último trecho do Livro de Apocalipse eu prometi dizer-lhe onde em Israel o próximo Templo será localizado. Então vamos começar com uma pequena revisão.
De acordo com as Profecias em Dan 9.27Mat 24.15 2 Tes 2.4, existirá um Templo em Israel no começo da Grande Tribulação. Isso é confirmado em Apo 11.1 porque João mediu um Templo e contou os adoradores dentro dele pouco antes de a Tribulação começar.
Foi-lhe dito para omitir o pátio externo porque havia sido dado aos gentios. Sua localização é a “Cidade Santa” que será pisada pelos gentios por 42 meses, a duração da Grande Tribulação. O capítulo 11 também introduz as 2 testemunhas que pregam na “Grande Cidade” e lá elas são finalmente mortas, seus corpos deixados na rua. A Grande Cidade é identificada como o lugar onde o Senhor foi crucificado: Jerusalém. Ela tem sido pisada pelos gentios por 2000 anos. São a Cidade Santa e a Grande Cidade a mesma ou são diferentes? Vamos ver.
De acordo com Zac 14:6-9, no dia do retorno do Senhor um terremoto dividirá o Monte das Oliveiras em dois ao longo de uma linha leste-oeste que criará um grande vale através do centro de Jerusalém. Imediatamente um rio encherá o vale criando uma hidrovia do Mediterrâneo até o Mar Morto. Se o Senhor retornar para a mesma área do Monte das Oliveiras da qual Ele saiu, como sugerido por Atos 1.11, o terremoto que criará esse vale de leste a oeste destruirá o atual Monte do Templo e qualquer coisa que esteja sobre ele.
Eze 47.1-12 descreve um grande rio saindo debaixo do lado sul do Templo correndo em direção a oeste para o Mar Morto durante um período de tempo que a maioria dos eruditos acredita não ter ocorrido ainda. Apo 22.1-2 confirma isso. Se, como parece, Ezequiel, Zacarias e o Apocalipse descrevem o mesmo rio, então um cenário interessante emerge.
Esse cenário requer que um Templo esteja presente no dia em que o Senhor retornar, mas como o atual Monte do Templo será destruído pelo terremoto mencionado acima, esse Templo tem que estar em outro lugar. O rio se origina sob o Templo e corre do seu lado sul seguindo naquela direção antes de se direcionar para leste e oeste, então o Templo tem que estar ao norte do recém criado vale.
Onde Estão as 12 Tribos?
Se traçarmos em um mapa de Israel as porções de terra dadas às 12 tribos no capítulo 48 de Ezequiel, isso colocará os limites da Cidade Santa um pouco ao norte da atual Cidade de Jerusalém. Essa nova localização é a antiga Cidade de Siló, onde o Tabernáculo esteve por cerca de 400 anos após os Israelitas conquistarem pela primeira vez a terra. Esta é a Cidade Santa e seu nome é Jehovah Shammah, de acordo com o último verso de Ezequiel. Traduz-se o hebraico como “o SENHOR está aqui”.
Se a minha interpretação está correta, essa localização cumpriria os requisitos para o Templo mencionado nas referências acima. O atual Monte do Templo em Jerusalém não.
De acordo com Ezequiel 44:6-9, esse Templo será profanado de uma forma nunca vista antes na história, portanto em um tempo ainda futuro para nós. Um estrangeiro incircunciso no coração (nem cristão) e na carne (nem judeu) terá sido encarregado do santuário para oferecer sacrifícios. Se nós entendemos a cronologia de Ezequiel, isso acontecerá após a reunião de 1948 profetizada nos capítulos 36-39 e o chamado nacional ao despertamento profetizado nos capítulos 38-39, mas antes de o Reino Milenar começar. O único evento que conhecemos que se encaixa na cronologia é a Grande Tribulação. Isso é confirmado pela profecia de Paulo em 2 Tes 2.4, onde o anticristo se estabelece no Templo proclamando-se deus.
Eis, então, um esboço dos eventos. Em seguida ao retorno de Israel para Deus, após a batalha de Eze 38-39, o povo judeu restabelecerá seu concerto (o Antigo não o Novo) com Ele. Isso exigirá um retorno às práticas levíticas e um Templo será construído. Esse é o Templo mencionado em Daniel e Apocalipse. Seguindo instruções dadas por Ezequiel e precisando evitar os enormes problemas que um Templo em Jerusalém criaria no mundo muçulmano, esse Templo será localizado ao norte de Jerusalém em Siló. Ele será profanado na metade dos últimos sete anos, como delineado em Dan 9.24-27Eze 44.6-9Mat 24.15 2 Tes 2.4, dando início à Grande Tribulação, mas ele não será destruído.
Esse Templo será a fonte da água viva que começará a fluir no dia em que o Senhor retornar (Zac 14.8). Após uma limpeza e rededicação similar à que é lembrada na Festa do Hanukkah, ele será usado durante o Milênio. Seu propósito será o de lembrar a obra do Senhor na cruz e prover a perspectiva para que as crianças nascidas durante a Era do Reino escolham a salvação. Atos 15.14-16 confirma que, após o Senhor escolher um povo para si mesmo dentre os gentios (a igreja), Ele retornará e reconstruirá o Tabernáculo caído de Davi (o Templo). Este é o Terceiro Templo, tão vividamente descrito em Eze 40-48. Agora vamos voltar para o Apocalipse.

Apocalipse 11:15-19

A Sétima Trombeta
E o sétimo anjo tocou a sua trombeta, e houve no céu grandes vozes, que diziam: “Os reinos do mundo vieram a ser de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará para todo o sempre”.
E os vinte e quatro anciãos, que estão assentados em seus tronos diante de Deus, prostraram-se sobre seus rostos e adoraram a Deus, dizendo: “Graças te damos, Senhor Deus Todo-Poderoso, que és, e que eras, e que hás de vir, que tomaste o teu grande poder, e reinaste. E iraram-se as nações, e veio a tua ira, e o tempo dos mortos, para que sejam julgados, e o tempo de dares o galardão aos profetas, teus servos, e aos santos, e aos que temem o teu nome, a pequenos e a grandes, e o tempo de destruíres os que destroem a terra” (Apo 11.15-18). Um dos nomes de Deus é uma expansão da grande declaração “EU SOU” de Exo 3.14. Lembre-se, Moisés queria saber o nome de Deus no caso de os israelitas lhe perguntassem quando fosse ao Egito para libertá-los da escravidão. Deus respondeu, “Assim dirás aos filhos de Israel: eu sou me enviou a vós”. João usou esse nome antes, traduzido como “Aquele que é, e que era, e que há de vir” (Apo 1.4). Note como a parte “que há de vir” foi deixada de fora da passagem. Isso porque com a 7ª trombeta o futuro chegou. O Senhor tomou o Reino que Ele comprou e pelo qual pagou na cruz, e está agora pronto para reclamá-lo. (Algumas traduções colocam a frase “que há de vir” de volta no verso 17, mas ela não está lá no texto original.)
E abriu-se no céu o templo de Deus, e a arca da sua aliança foi vista no seu templo; e houve relâmpagos, e vozes, e trovões, e terremotos e grande saraiva (Apo 11.19). Mais das advertências com a assinatura de Deus sobre o julgamento iminente. No Céu a Grande Tribulação começou, e a primeira ordem de serviço é para tirar o inimigo de lá.

Apocalipse 12

E VIU-SE um grande sinal no céu: uma mulher vestida do sol, tendo a lua debaixo dos seus pés, e uma coroa de doze estrelas sobre a sua cabeça. E estava grávida, e com dores de parto, e gritava com ânsias de dar à luz (Apo 12.1-2). O fato de João identificá-la como sinal significa que a mulher não é real, mas representa outra coisa. E a outra coisa é Israel. Temos pistas disso em Gen 37.9-10 onde José sonha que seus familiares são o sol, a lua e 11 estrelas, sendo ele a 12ª. E como veremos em um instante, essa mulher está para dar à luz o Messias, o que torna impossível que ela seja a igreja, como alguns insistem. Jesus deu à luz a Igreja, não o contrário.
E viu-se outro sinal no céu; e eis que era um grande dragão vermelho, que tinha sete cabeças e dez chifres, e sobre as suas cabeças sete diademas. E a sua cauda levou após si a terça parte das estrelas do céu, e lançou-as sobre a terra; e o dragão parou diante da mulher que havia de dar à luz, para que, dando ela à luz, lhe tragasse o filho. E deu à luz um filho homem que há de reger todas as nações com vara de ferro; e o seu filho foi arrebatado para Deus e para o seu trono. E a mulher fugiu para o deserto, onde já tinha lugar preparado por Deus, para que ali fosse alimentada durante mil duzentos e sessenta dias (Apo 12.3-6). Este sinal em dos fáceis. O dragão é aquele que liderou uma rebelião no Céu que resultou na terça parte da hoste angelical se unindo a ele. Ele tentou destruir o Messias, mas Deus O ressuscitou e o levou para o Céu. Quando eles vêem que o dragão está voltando para destruí-los, Israel dá ouvidos à advertência do Senhor em Mat 24.15 e escapa para o deserto da Jordânia onde o Senhor preparou um esconderijo para eles, enquanto Ele passa três anos e meio preparando a terra para o Seu retorno.
E houve batalha no céu; Miguel e os seus anjos batalhavam contra o dragão, e batalhavam o dragão e os seus anjos; mas não prevaleceram, nem mais o seu lugar se achou nos céus. E foi precipitado o grande dragão, a antiga serpente, chamada o Diabo, e Satanás, que engana todo o mundo; ele foi precipitado na terra, e os seus anjos foram lançados com ele (Apo 13.7-9). Satanás está em fuga agora. Não mais aceito no Céu, ele foi lançado para a terra, como predito em Isa 14.12 Eze 28.17. Alguns ensinam incorretamente que isso aconteceu há muito tempo atrás, no julgamento de Satanás. Mas como Jó 1.6-7 e o verso 10 abaixo explicam claramente, Satanás tinha acesso ao Céu todo o tempo. Ele foi destituído de seus títulos e de sua posição proeminente em seu julgamento, mas até agora lhe é permitido ir e vir. E quando ele o faz, cochicha suas acusações contra você e eu no ouvido de Deus. Sempre que penso nisso, eu me conforto no fato de que nosso Senhor Jesus está cochichando no outro ouvido de Deus, fazendo intercessão por nós (Rom 8.34).
E ouvi uma grande voz no céu, que dizia: “Agora é chegada a salvação, e a força, e o reino do nosso Deus, e o poder do seu Cristo; porque já o acusador de nossos irmãos é derrubado, o qual diante do nosso Deus os acusava de dia e de noite. E eles o venceram pelo sangue do Cordeiro e pela palavra do seu testemunho; e não amaram as suas vidas até à morte.
Por isso alegrai-vos, ó céus, e vós que neles habitais. Ai dos que habitam na terra e no mar; porque o diabo desceu a vós, e tem grande ira, sabendo que já tem pouco tempo”(Apo 13.10-12). Note que como o Senhor havia feito em Apo 3.10 João distingue entre aqueles que habitam no Céu e os habitantes da terra. Isso não é devido somente à nossa localização física diferente, mas é uma indicação do estado dos nossos corações. Para a Igreja no Céu a derrota iminente de Satanás é recebida com regozijo, mas na terra é de grande ai porque a guerra chegou em sua casa. Outra pista do arrebatamento pré-tribulação.
O Reino que Satanás perdeu em sua rebelião e julgamento, e mais tarde roubou de volta do homem a quem havia sido dado (Adão) se tornou o campo de batalha para a mais inacreditável competição da história. Forças espirituais de ambos os lados se alinham invisíveis atrás de seus homólogos humanos. Eles lutarão até à morte pelo controle do Planeta Terra. Irá o usurpador que o colocou à tocha e à espada, jogando no lixo exatamente aquilo pelo que está lutando, finalmente prevalecer? Ou irá o Redentor de Sangue, cujo sangue derramado redimiu legalmente o que Adão havia perdido há tanto tempo atrás, ganhar o dia?
Nós logo veremos, mas primeiro há um último detalhe problemático com que precisamos lidar. Desde o começo, Satanás tem tentado eliminar todo traço do povo de Deus, pois eles têm o poder de chamar o Redentor.
E, quando o dragão viu que fora lançado na terra, perseguiu a mulher que dera à luz o filho homem. E foram dadas à mulher duas asas de grande águia, para que voasse para o deserto, ao seu lugar, onde é sustentada por um tempo, e tempos, e metade de um tempo, fora da vista da serpente. E a serpente lançou da sua boca, atrás da mulher, água como um rio, para que pela corrente a fizesse arrebatar. E a terra ajudou a mulher; e a terra abriu a sua boca, e tragou o rio que o dragão lançara da sua boca. E o dragão irou-se contra a mulher, e foi fazer guerra ao remanescente da sua semente, os que guardam os mandamentos de Deus, e têm o testemunho de Jesus Cristo (Apo 12.13-17). Depois de Sua rejeição e morte, o Senhor voltou para o Céu, de onde havia vindo. Ele jurou ficar lá até que Seu povo reconhecesse seus pecados. Ele sabia que as coisas teriam que ficar bastante difíceis antes que eles se humilhassem o bastante para chamá-lo de volta, mas que eventualmente eles o fariam (Ose 5.15-6.2). Nesse meio tempo, se Satanás puder eliminá-los, não haverá ninguém mais para requisitá-Lo.
E assim tem sido. Usando os muçulmanos, os cristãos, os espanhóis, os russos, os alemães, os italianos, os ingleses, e agora o muçulmanos novamente, Satanás tem estado obcecado em livrar o mundo de seus judeus. Ele sabe que se conseguir alcançar isso antes que eles acordem e chamem o Nome de Jesus, terá vencido.
Quando trouxer Gogue e Magogue em um ataque surpresa ele quase terá sucesso, mas Deus intervirá e os salvará. Espantosamente isso os trará de volta para Ele, mas ainda cegos quanto ao Messias. Aqui Satanás está usando uma torrente de água, como a que Deus usou contra seus guerreiros híbridos 5000 anos antes, mas a terra coopera com seu Criador e engole a água. Os judeus estão a salvo novamente. Furioso, Satanás se volta para os Santos da Tribulação.

Apocalipse 13 – 14


A Grande Tribulação está para começar na terra. O Templo logo será desolado. Quando isso acontecer, os judeus remanescentes darão ouvidos ao chamado do Senhor em Mat 24.16 e fugirão para um lugar de proteção sobrenatural como vimos em Apo 12. Quando eles o fizerem o alvo oportuno será os chamados Santos da Tribulação, aqueles que chegaram à fé no Senhor após o arrebatamento. A primeira ordem de serviço do anticristo após se proclamar Deus e estabelecer sua falsa religião será fechar esse novo mover de Deus. Como eles estarão espalhados por todo lugar, a melhor maneira de fazer isso é congelá-los fora da economia, tornando impossível para eles receber salários ou comprar bens essenciais à vida.
Enquanto analisava Jó, Satanás enganara a Deus, “Ele somente Te adora porque Tu o abençoas e proteges. Tira-lhe tudo isso e ele Te amaldiçoará.” (Jó 1.9-11). Agora ele faz com que seu homem, o anticristo, perseguir os Santos da Tribulação da mesma maneira. Prive-os o bastante e esses novos convertidos ou voltarão ou morrerão. De qualquer forma, ele logo se livrará deles, ou assim ele pensa.
Apocalipse 13
E ELE pôs-se sobre a areia do mar (Apo 13.1). Tendo sido expulso do céu, Satanás se põe à beira do mar, um eufemismo para as nações gentílicas (Dan 7.2) pronto para fazer o pior sobre o Planeta Terra.
A Besta Vinda do Mar
E vi subir do mar uma besta que tinha sete cabeças e dez chifres, e sobre os seus chifres dez diademas, e sobre as suas cabeças um nome de blasfêmia. E a besta que vi era semelhante ao leopardo, e os seus pés como os de urso, e a sua boca como a de leão; e o dragão deu-lhe o seu poder, e o seu trono, e grande poderio. E vi uma das suas cabeças como ferida de morte, e a sua chaga mortal foi curada; e toda a terra se maravilhou após a besta. E adoraram o dragão que deu à besta o seu poder; e adoraram a besta, dizendo: “Quem é semelhante à besta? Quem poderá batalhar contra ela?”(Apo 13.2-4). Como as mesmas bestas em Dan 7 representavam Babilônia (leão), Pérsia (Urso) e Grécia (leopardo), faz sentido vê-las dessa forma aqui. A ordem é inversa porque Daniel estava olhando adiante no tempo enquanto João olhava para trás. Quando Daniel viu Roma, ele não pode compará-la a nenhum animal que já tivesse visto então a chamou de uma grande e terrível besta. João a mostra como sendo um monstro com múltiplas cabeças e chifres.
Mas os pronomes pessoais indicam um rei, mais do que um reino. Isso significa que o carisma de Alexandre, a astúcia de Ciro e a crueldade de Nabucodonosor estão presentes nesse rei. E o principal, ele empunha todo o poder e autoridade de Satanás, até mesmo se assentando no trono de Satanás. Esse monstro disfarçado de homem é o anticristo, finalmente revelando sua natureza. Tendo total poder (10 chifres) sabedoria sobrenatural (7 cabeças) e autoridade oficialmente reconhecida sobre todos (10 coroas), ele está pronto para refazer o mundo à sua imagem, e aqueles cujos corações estão focados nas coisas da terra estão adorando. Aparentemente ele chegou ao poder através de uma tentativa fracassada de assassinato que deixou cego seu olho esquerdo e seu braço direito ressecado (Zac 11.17). O mundo pensou que ele houvesse morrido, mas eis que está vivo. Rumores de sua ressurreição aumentam a sua aura e são encorajados.
E foi-lhe dada uma boca, para proferir grandes coisas e blasfêmias; e deu-se-lhe poder para agir por quarenta e dois meses. E abriu a sua boca em blasfêmias contra Deus, para blasfemar do seu nome, e do seu tabernáculo, e dos que habitam no céu. E foi-lhe permitido fazer guerra aos santos, e vencê-los; e deu-se-lhe poder sobre toda a tribo, e língua, e nação. E adoraram-na todos os que habitam sobre a terra, esses cujos nomes não estão escritos no livro da vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo(Apo 13.5-8). Tendo consolidado seu poder sobre a terra, e se tornando simpático aos judeus ajudando-os a construir um Templo, ele agora marcha para a Cidade Santa para se colocar no Templo e declarar que é Deus em carne e osso, difamando Seu Nome, tornado Sua Casa desolada e montando um ataque total aos crentes remanescentes. Nós vimos a reação celestial a essa declaração. Ela o fez ser expulso para sempre e sinalizou o início da Grande Tribulação. Mas na terra é diferente. Todos cujos nomes não estão escritos no Livro da Vida do Cordeiro o adorarão.
Uma tradução mais literal do verso 8 seria, “e todos os que habitam na terra a adorarão (a besta), todos cujo nome não foi escrito antes da fundação do mundo no livro da vida do Cordeiro que foi morto”. Esta é a versão usada pala New American Standard e pela English Standard, duas das mais literais traduções do grego. Ela fala claramente da validade da doutrina da Segurança Eterna.
Se você foi salvo, Deus sabia disso antes de criar a terra. Antes de dar a Adão seu primeiro fôlego, Ele olhou através do vasto período de tempo e viu o momento em que você tomaria sua decisão individual de servi-Lo (Ele pré-conheceu). E foi então que ele fez uma reserva para você no Seu Reino, jurando nunca riscar seu nome do livro (Ele predestinou). No momento certo Ele falou ao seu coração, sabendo que você responderia (Ele chamou). E quando você o fez, Ele o limpou dos seus pecados, considerando-o daquele momento em diante como se nunca tivesse pecado (Ele justificou). E um dia em breve Ele lhe dará um novo corpo eterno e um lugar perto dEle em Seu Reino (Ele glorificou) (Rom 8.29-30).
No contexto do tempo você fez uso de sua própria livre escolha para aceitar o perdão que Jesus comprou para você. Mas tendo visto o final desde o começo, Ele sempre soube que você o faria. Por toda a sua vida Ele cuidou de você, preparando-o para o seu dia da decisão. E desde então Ele protegeu você, pois prometeu que nunca perderia algum daqueles que Lhe foram dados (João 6.39-40). Ele sabe que é o trabalho do pastor cuidar das ovelhas. E Ele é o Bom Pastor.
Se alguém tem ouvidos, ouça. Se alguém leva em cativeiro, em cativeiro irá; se alguém matar à espada, necessário é que à espada seja morto. Aqui está a paciência e a fé dos santos (Apo 13.9-10). Novamente nos é dito que a Grande Tribulação não será encurtada, mas correrá pelos três anos e meio ordenados para ela desde os tempos antigos. Nem ninguém desse ponto em diante será preservado miraculosamente. Os julgamentos virão e seguirão seu curso. “Nada temas das coisas que hás de padecer. Eis que o diabo lançará alguns de vós na prisão, para que sejais tentados; e tereis uma tribulação de dez dias. Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida” (Apo 2.10). Como foi no começo do cristianismo, assim será no final. O castigo por amar Jesus é a morte. Deixe-me apressar para lembrá-lo que a Era Cristã não termina com a Igreja. Haverá cristãos na terra muito depois de a Igreja desaparecer.
A Besta Vinda da Terra
E vi subir da terra outra besta, e tinha dois chifres semelhantes aos de um cordeiro; e falava como o dragão. E exerce todo o poder da primeira besta na sua presença, e faz que a terra e os que nela habitam adorem a primeira besta, cuja chaga mortal fora curada. E faz grandes sinais, de maneira que até fogo faz descer do céu à terra, à vista dos homens.
E engana os que habitam na terra com sinais que lhe foi permitido que fizesse em presença da besta, dizendo aos que habitam na terra que fizessem uma imagem à besta que recebera a ferida da espada e vivia. E foi-lhe concedido que desse espírito à imagem da besta, para que também a imagem da besta falasse, e fizesse que fossem mortos todos os que não adorassem a imagem da besta. E faz que a todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos, lhes seja posto um sinal na sua mão direita, ou nas suas testas, para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tiver o sinal, ou o nome da besta, ou o número do seu nome (Apo 13.11-17). Chamamos esta de segunda besta, o Falso Profeta. O fato de que ele vem da terra significa que é um homem comum. Seus dois chifres significam que ele tem autoridade de testemunha, testificando o poder de seu parceiro superior, assim como João Batista testificou sobre Jesus. Ele se parece muito com Gentil Jesus das denominações liberais e faz milagres como Elias, mas suas palavras se originam no coração de Satanás.
Ele lidera a religião mundial e se assegura de que ela esteja unida em sua adoração ao anticristo. Construindo a imagem dele, ele usa poder sobrenatural do diabo para dar uma aparência de vida e faz com que todos a adorem sob pena de morte. Como ninguém pode dizer se outra pessoa está realmente adorando ou somente fingindo, ele desenvolve um teste. Se você é leal ao anticristo e realmente o adora, você precisa concordar receber uma marca para prová-lo. Isso não somente demonstrará sua sinceridade, mas lhe permitirá participar totalmente na vida principal sem medo. Recusar significa que você é um daqueles que deram seu coração a Jesus. Se você for pego, o castigo é a morte. E mesmo que não seja pego, você enfrentará um desafio quase impossível em simplesmente ficar vivo.
Aqui há sabedoria. Aquele que tem entendimento, calcule o número da besta; porque é o número de um homem, e o seu número é seiscentos e sessenta e seis (Apo 13.18). Este verso tem sido assunto de muita especulação e interpretação incorreta, porque nos diz muito pouco. Ele diz somente que o número do anticristo é o número de um homem, e que seu número é literalmente 600 e 60 e 6, o que pode ser diferente de 666. Nós não sabemos.
O que sabemos é que ambas as línguas bíblicas (hebraico e grego) dão valores numéricos às letras de seus alfabetos para compensar sua falta de um sistema numérico direto. Os romanos usavam Numerais Romanos, designando valores numéricos a umas poucas letras, e hoje a maior parte usa Numerais Hindu-Arábicos, símbolos específicos de valor originalmente desenvolvidos no 2° século antes de Cristo, mas de uso restrito até vários séculos depois. Se (e este é um grande se) os números seiscentos, sessenta, e seis, supostamente significam um nome, então o valor numérico do nome do anticristo provavelmente seria igual a essa quantia em sua forma grega, sendo o grego a língua do Apocalipse.
Não acho que faça sentido imaginar um equivalente numérico para as letras do alfabeto português para descobrir isso porque, afora certas práticas religiosas pagãs, não há um sistema de valorização aceito para isso. Nós sempre utilizamos Numerais Arábicos e, assim, não designamos equivalentes numéricos para as letras do nosso alfabeto como os Hebreus, Gregos e Romanos fizeram.
Alguns acham que o número deva se aplicar a algo diferente do seu nome, sua data de nascimento, por exemplo, ou um título de algum tipo. Poderia ser um número de registro, como o nosso número de CPF, ou qualquer dos outros números pelos quais somos conhecidos em vários aspectos de nossas vidas.
O grande qualificador para este verso é a frase “aquele que tem entendimento”. Para mim isso desqualifica a maioria de nós para até mesmo imaginar. Parece que uma pessoa teria que ter um entendimento da prática da gematria, o cálculo da equivalência numérica das letras, palavras, ou frases no grego bíblico para aparecer com a resposta.
Daniel 12.4 nos diz que nos últimos dias o conhecimento se multiplicará. Isso significa que muito em breve alguém quebrará esse código. Pessoalmente, eu acredito que seja improvável que isso aconteça antes de a igreja desaparecer.
Apocalipse 14
O Cordeiro e os 144.000
E OLHEI, e eis que estava o Cordeiro sobre o monte Sião, e com ele cento e quarenta e quatro mil, que em suas testas tinham escrito o nome de seu Pai. E ouvi uma voz do céu, como a voz de muitas águas, e como a voz de um grande trovão; e ouvi uma voz de harpistas, que tocavam com as suas harpas. E cantavam um como cântico novo diante do trono, e diante dos quatro animais e dos anciãos; e ninguém podia aprender aquele cântico, senão os cento e quarenta e quatro mil que foram comprados da terra. Estes são os que não estão contaminados com mulheres; porque são virgens. Estes são os que seguem o Cordeiro para onde quer que vá. Estes são os que dentre os homens foram comprados como primícias para Deus e para o Cordeiro. E na sua boca não se achou engano; porque são irrepreensíveis diante do trono de Deus (Apo 14.1-5). Em Apo 7 nós vimos que faz sentido ver os 144.000 lá exatamente como são descritos… Judeus Messiânicos das 12 tribos de Israel, testemunhando ao mundo depois que a igreja se foi.
Então Quem São Esses Caras?
Aqui um grupo com o mesmo tamanho, 144.000, é mostrado diante do Monte Sião e eles têm os nomes do Pai e do Filho escritos em suas frontes. Eles são descritos como tendo sido redimidos da terra e estão diante do Trono de Deus cantando um novo cântico, um cântico que só eles podem cantar.
Hebreus 12.22-24 fornece uma bela descrição desse grupo. “Mas chegastes ao monte Sião, e à cidade do Deus vivo, à Jerusalém celestial, e aos muitos milhares de anjos; à universal assembléia e igreja dos primogênitos, que estão inscritos nos céus, e a Deus, o juiz de todos, e aos espíritos dos justos aperfeiçoados; e a Jesus, o Mediador de uma nova aliança, e ao sangue da aspersão, que fala melhor do que o de Abel”. Isso foi escrito para a Igreja.
A similaridade é inconfundível. Por sua localização (Céu), seu estado espiritual (homens justos tornados perfeitos) e sua dedicação tanto a Deus como a Jesus eles são reminiscentes de um grupo primeiramente visto em Apo 5 e descrito como Reis e Sacerdotes. Eles cantam um novo cântico como aquele grupo, eles seguem o Cordeiro aonde quer que vá, significando que são Seus discípulos, e foram comprados dentre os homens (1 Cor 6.19-20).
Apesar de ser tentador vê-los como os 144.000 originais, martirizados e no Céu, somente um grupo se encaixa perfeitamente naquela descrição… a Igreja. Esses 144.000 são uma amostra dos redimidos, trazidos ao Céu no arrebatamento de Apo 4, e apresentados como os primeiros frutos da colheita das almas, assim como as ofertas alçadas eram os primeiros frutos da colheita de grãos (Lev 23.9-14). A totalidade dos grãos era a colheita, mas somente uma amostra era apresentada.
Quanto à frase “contaminados com mulher”, ela é usada para simbolizar a adoração a ídolos. Como a adoração pagã era sexual em sua natureza, o Senhor às vezes descrevia a adoração de ídolos em termos sexuais (leia Eze 16 e 23 se quiser). Esses 144.000 não haviam feito isso. De fato eles eram totalmente inculpáveis, mais evidências de que eles são os redimidos no Céu. Nenhum humano na terra é inculpável, e não há evidência bíblica que homens que permanecerem celibatários receberão recompensas especiais.
Os Três Anjos
E vi outro anjo voar pelo meio do céu, e tinha o evangelho eterno, para o proclamar aos que habitam sobre a terra, e a toda a nação, e tribo, e língua, e povo, dizendo com grande voz: “Temei a Deus, e dai-lhe glória; porque é vinda a hora do seu juízo. E adorai aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas” (Apo 14.6-7). Note o tremendo contraste entre a visão anterior das coisas no Céu e esta advertência sobre o que está para cair sobre a terra. Esta é a última advertência antes do pavoroso Julgamento das Taças que completa, não inicia, a ira de Deus.
Em Mat 24.14 Jesus prometeu que o Evangelho seria pregado em todas as nações antes do fim dos tempos. As pessoas têm especulado sobre este anjo seria na verdade TV via satélite ou algo dessa natureza, mas não importa. Entre os primeiros 144.000, os crentes da Tribulação e este anjo Sua promessa tem sido cumprida.
E outro anjo seguiu, dizendo: “Caiu, caiu Babilônia, aquela grande cidade, que a todas as nações deu a beber do vinho da ira da sua prostituição” (Apo 14.8). Este verso fala do futuro colapso da igreja mundial. Como veremos em Apo 17, o anticristo terá usado essa “igreja” como meio para um fim. Mas agora é tempo para todo o mundo louvá-lo e somente a ele.
E seguiu-os o terceiro anjo, dizendo com grande voz: “Se alguém adorar a besta, e a sua imagem, e receber o sinal na sua testa, ou na sua mão, também este beberá do vinho da ira de Deus, que se deitou, não misturado, no cálice da sua ira; e será atormentado com fogo e enxofre diante dos santos anjos e diante do Cordeiro. E a fumaça do seu tormento sobe para todo o sempre; e não têm repouso nem de dia nem de noite os que adoram a besta e a sua imagem, e aquele que receber o sinal do seu nome”. Aqui está a paciência dos santos; aqui estão os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus.
E ouvi uma voz do céu, que me dizia: “Escreve: Bem-aventurados os mortos que desde agora morrem no Senhor”.
“Sim”, diz o Espírito, “para que descansem dos seus trabalhos, e as suas obras os seguem” (Apo 14.9-13). Uma clara advertência de terríveis conseqüências por adorar o anticristo e receber sua marca. Que posição absolutamente insuportável de se estar. Adore a Deus e morra agora. Adore o anticristo e morra para sempre. A voz do Céu concorda pronunciando a 2ª de sete bênçãos no Apocalipse. A primeira foi para aqueles que lêem, ouvem e guardam no coração o que está escrito neste livro (Apo 1.3). Esta é para aqueles que são martirizados por sua fé durante a Grande Tribulação.
A Colheita da Terra
E olhei, e eis uma nuvem branca, e assentado sobre a nuvem um “semelhante ao Filho do homem”, que tinha sobre a sua cabeça uma coroa de ouro, e na sua mão uma foice aguda. E outro anjo saiu do templo, clamando com grande voz ao que estava assentado sobre a nuvem: “Lança a tua foice, e sega; a hora de segar te é vinda, porque já a seara da terra está madura”. E aquele que estava assentado sobre a nuvem meteu a sua foice à terra, e a terra foi segada (Apo 14.14-16). Alguns querem ver esse anjo como Jesus, por causa da frase “filho do homem”. Para mim o maior argumento contra isso é o fato de que ele está usando uma stephanos, ou coroa da vitória, como a que a igreja usa. Jesus usa umdiadema, ou coroa de realeza. Mas quer ele seja ou não, não afeta nosso entendimento da passagem. Ele está sendo ordenado a iniciar a fase final do julgamento da terra.
E saiu do templo, que está no céu, outro anjo, o qual também tinha uma foice aguda. E saiu do altar outro anjo, que tinha poder sobre o fogo, e clamou com grande voz ao que tinha a foice aguda, dizendo: “Lança a tua foice aguda, e vindima os cachos da vinha da terra, porque já as suas uvas estão maduras”. E o anjo lançou a sua foice à terra e vindimou as uvas da vinha da terra, e atirou-as no grande lagar da ira de Deus. E o lagar foi pisado fora da cidade, e saiu sangue do lagar até aos freios dos cavalos, pelo espaço de mil e seiscentos estádios (Apo 14.17-20).
Esta passagem, como aquela antes dela, é uma perspectiva, simbólica das coisas por vir. Aqueles sendo segados são descrentes da terra. Sabemos disso porque é feita referência à vinha da terra, não à vinha verdadeira. Também o lagar da ira de Deus que está localizado fora da cidade simboliza o futuro julgamento das taças, culminando na Batalha do Armagedom.
Esse período de tempo está também em vista na Parábola do Reino do Joio e do Trigo, onde antes de o Trigo (filhos do Reino) ser trazido para o milênio, os filhos do Mal são segados e atirados na fornalha ardente (Mat 13.36-45). Filhos do Reino se refere aos crentes vivos na terra durante a Grande Tribulação.
Isso mostra a que extensão Satanás sacrificará a humanidade para manter sua posse do Planeta Terra. Leia em Isa 63uma profecia do Antigo Testamento sobre esse tempo.
As coisas estão acontecendo bastante depressa agora, então João tem que ficar indo e voltando entre as coisas no Céu e as na terra, primeiro apresentando uma perspectiva e então voltando para preencher os detalhes, para assegurar que entendemos tudo. O pensamento principal aqui é transmitir a extensão da carnificina. A altura média dos freios do cavalo é de 1,40 metros acima do solo e 1600 estádios é igual a mais ou menos 280 quilômetros para você ter uma idéia. Se você pudesse dirigir ao longo de seu comprimento a 50 quilômetros por hora, levaria quase 6 horas.

Apocalipse 15 – 16


O tempo dos Juízos das Taças está sobre nós. A fúria total da Ira de Deus, iniciada no capítulo 6, está chegando. Ele tem construído seus estágios para dar a todos que desejarem a oportunidade de buscar e encontrá-lo antes que seja tarde demais. Mas agora o clímax está ao alcance das mãos. Com a conclusão dos Juízos das Taças, as justas exigências de Deus por julgamento sobre aqueles que rejeitaram Seus honestos e incessantes apelos por reconciliação terão sido satisfeitas. Enfim o Planeta Terra estará pronto para receber Seu Rei e desfrutar a paz que somente Ele pode trazer.
Apocalipse 15
E VI outro grande e admirável sinal no céu: sete anjos, que tinham as sete últimas pragas; porque nelas é consumada a ira de Deus. E vi um como mar de vidro misturado com fogo; e também os que saíram vitoriosos da besta, e da sua imagem, e do seu sinal, e do número do seu nome, que estavam junto ao mar de vidro, e tinham as harpas de Deus. E cantavam o cântico de Moisés, servo de Deus, e o cântico do Cordeiro, dizendo:

“Grandes e maravilhosas são as tuas obras, Senhor Deus Todo-Poderoso! Justos e verdadeiros são os teus caminhos, ó Rei dos santos. Quem te não temerá, ó Senhor, e não magnificará o teu nome? Porque só tu és santo; por isso todas as nações virão, e se prostrarão diante de ti, porque os teus juízos são manifestos” (Apo 15.1-4). O que eu disse antes merece ser repetido. A Ira de Deus não começa aqui, ela termina aqui. Ela começou no capítulo 6, nos juízos dos selos, como indicado em Apo 6.17. Se você está procurando pelo arrebatamento pré-ira da Igreja, você terá que olhar no capítulo 4, onde a visão pré-tribulacionista o colocou desde o início.
A conformação da vontade do homem com a de Deus, à tanto resistida, será finalmente alcançada. Seguindo-se à certa e total derrota do anticristo e seus aliados, todo joelho no Céu, na terra e debaixo da terra se dobrará e toda língua confessará que Jesus Cristo é Senhor (Fil 2.10-11).
E depois disto olhei, e eis que o templo do tabernáculo do testemunho se abriu no céu. E os sete anjos que tinham as sete pragas saíram do templo, vestidos de linho puro e resplandecente, e cingidos com cintos de ouro pelos peitos. E um dos quatro animais deu aos sete anjos sete taças de ouro, cheias da ira de Deus, que vive para todo o sempre. E o templo encheu-se com a fumaça da glória de Deus e do seu poder; e ninguém podia entrar no templo, até que se consumassem as sete pragas dos sete anjos (Apo 15.5-8). O fato de que esses anjos estão vestidos de linho puro significa que os juízos são justos. A terra merece cada pedaço do que está por vir e não será uma vista muito bonita. O Rei do universo Se fecha dentro de Seu Templo para lamentar a necessidade de tudo isso, e uma vez mais nos é mostrado que Ele não fará nada para encurtar a duração ou diminuir o impacto desses juízos finais. Eles seguirão seu curso e ninguém poderá mudar isso.
Apocalipse 16
As Sete Taças da Ira de Deus
E OUVI, vinda do templo, uma grande voz, que dizia aos sete anjos: Ide, e derramai sobre a terra as sete taças da ira de Deus. E foi o primeiro, e derramou a sua taça sobre a terra, e fez-se uma chaga má e maligna nos homens que tinham o sinal da besta e que adoravam a sua imagem (Apo 16.1-2). Todos foram advertidos sobre as terríveis conseqüências que viriam de receber a marca (Apo 14.9-12). Mas como de costume no que diz respeito a Deus, muitas pessoas ignoraram a advertência. Eles só podem culpar a si mesmos.
E o segundo anjo derramou a sua taça no mar, que se tornou em sangue como de um morto, e morreu no mar toda a alma vivente (Apo 16.3) Um terço do mar havia sido atingido nos Juízos das Trombetas. Agora o restante está contaminado.
E o terceiro anjo derramou a sua taça nos rios e nas fontes das águas, e se tornaram em sangue. E ouvi o anjo das águas, que dizia: “Justo és tu, ó Senhor, que és, e que eras, e santo és, porque julgaste estas coisas. Visto como derramaram o sangue dos santos e dos profetas, também tu lhes deste o sangue a beber; porque disto são merecedores”.

E ouvi outro do altar, que dizia:

“Na verdade, ó Senhor Deus Todo-Poderoso, verdadeiros e justos são os teus juízos”(Apo 16.4-7). E novamente o suprimento de água doce é atacado. Parcialmente envenenado antes (Apo 8.11), ele agora se transforma em sangue como o mar.
Pela segunda vez, não existe “há de vir” no nome de Deus. Mas agora o Nome também indica a pluralidade da Trindade (Algumas traduções antigas incluem a frase “há de vir” e algumas não). Aqueles que estão sob o altar clamam em apoio a estes juízos. É do seu sangue que o anjo das águas está falando (Apo 6.9-10).
E o quarto anjo derramou a sua taça sobre o sol, e foi-lhe permitido que abrasasse os homens com fogo. E os homens foram abrasados com grandes calores, e blasfemaram o nome de Deus, que tem poder sobre estas pragas; e não se arrependeram para lhe darem glória (Apo 16.8-9). Nos EUA, 2006 foi o ano mais quente já registrado, até então. Incrivelmente, a causa número um do aquecimento global é o crescente aumento da temperatura do sol. A despeito dos esforços patéticos dos homens de legislar por um retorno, essa tendência continuará até o dia em que as pessoas realmente arderão em chamas se ficarem diretamente expostas ao seu calor.
E o quinto anjo derramou a sua taça sobre o trono da besta, e o seu reino se fez tenebroso; e eles mordiam as suas línguas de dor. E por causa das suas dores, e por causa das suas chagas, blasfemaram do Deus do céu; e não se arrependeram das suas obras (Apo 16.10-11). Agora está ficando pessoal. Tendo afundado a terra em escuridão espiritual, o anticristo é levado à escuridão física, adicionando mais desconforto às chagas e queimaduras. Nenhuma lâmpada, nenhum fogo, nem mesmo o sol dará alívio da escuridão tão densa que quase se pode senti-la. O esforço de Satanás de transformar a verdade em mentira foi tão eficiente que os homens amaldiçoam a Deus por seus problemas, endurecendo seus corações ainda mais contra o arrependimento. Crendo que Deus é seu inimigo e que Satanás está tentando salvá-los, eles decidem ficar firmes em sua lealdade ao anticristo.
E o sexto anjo derramou a sua taça sobre o grande rio Eufrates; e a sua água secou-se, para que se preparasse o caminho dos reis do oriente. E da boca do dragão, e da boca da besta, e da boca do falso profeta vi sair três espíritos imundos, semelhantes a rãs. Porque são espíritos de demônios, que fazem prodígios; os quais vão ao encontro dos reis da terra e de todo o mundo, para os congregar para a batalha, naquele grande dia do Deus Todo-Poderoso (Apo 16.12-14). A Grande Fronteira entre o Ocidente e o Oriente é finalmente removida e a colisão de vencedores das Guerras Orientais de Apo 9.13-16, com suas mentes embaralhadas pelos espíritos malignos, vem retumbando em direção ao Oriente Médio para o confronto final.
Antes de prosseguirmos, é hora de uma breve lição de história, cortesia de Dan 11.40-45. Quando Alexandre o Grande morreu em 323 AC, o Império Grego foi dividido entre seus quatro generais. Cassandro tomou os territórios da Europa Oriental em volta do Mar Adriático. Seleuco tomou a Turquia, o Iraque e a Síria. Lisímaco ficou com as províncias Orientais se estendendo do Irã até a Índia. Ptolomeu ficou com o Egito. Cassandro não é mencionado em Daniel 11, e Seleuco mais tarde derrotou seu amigo Lisímaco, adquirindo o Irã e o Império Oriental no processo. A história de Daniel 11 é sobre os Reis do Norte (os Selêucidas) e os Reis do Sul (os Ptolomeus) lutando pelo controle de todo o Império. Esses são os reis dos versos 40-45.
É claro que quando Daniel escreveu o capítulo 11, por volta de 539 AC, esses homens ainda não haviam sequer nascido, e o Reino de Alexandre ainda estava 200 anos à frente. Mas numa maravilhosa demonstração do conhecimento de Deus sobre o futuro, existem 135 profecias historicamente cumpridas nos primeiros 35 versos deDaniel 11, todas escritas de 200 a 400 anos antes dos fatos. Isso dá credibilidade ao que Ele fez Daniel escrever sobre os tempos do fim, começando no verso 36. Mas por enquanto, nos concentraremos nos versos 40-45.
Ao mesmo tempo em que o os Reis do Leste de Apo 16.12 começam sua marcha, outra enorme força do norte começa a se mobilizar. Antes, o Rei do Norte (principalmente Irã, Iraque, Turquia e Síria), havia se unido ao Rei do Sul (Egito) para se opor ao movimento do anticristo para controlar o Oriente Médio, mas ele os superou. Somente a Jordânia, o lugar do esconderijo dos Judeus, permaneceu intacta (Dan 11.40-43). Então esta nova ameaça do norte não pode ser o já derrotado Rei do Norte.
Relatórios do movimento dessa enorme força de combate do Leste e do Norte alarmam grandemente o anticristo. O que eles pretendem? Será esta a aliança Sino-Russa que o mundo tem temido há tanto tempo? Ou será cada homem por si mesmo?
Montando seu quartel general em Jerusalém, o anticristo prepara suas tropas para encontrá-los na última grande batalha pelo Planeta Terra (Dan 11.44-45). Segundo algumas estimativas, cerca de 400 milhões de combatentes estarão envolvidos antes que termine. O sangue de seus mortos forma o rio que corre de Megido, na parte central de Israel, até Petra, na Jordânia, cerca de 280 quilômetros de distância.
“Eis que venho como ladrão. Bem-aventurado aquele que vigia, e guarda as suas roupas, para que não ande nu, e não se vejam as suas vergonhas”.

E os congregaram no lugar que em hebreu se chama Armagedom (Apo 16.15-16). A frase “venho como ladrão” tem sido usada muitas vezes para descrever a vinda do Senhor para Sua igreja, mas aqui eu acredito que significa que esses combatentes humanos estão tão preocupados um com o outro que não notam o exército que realmente deveriam temer, aquele que está saindo do céu.
O nome Armagedom vem da frase hebraica Har Megiddo, ou Monte Megido. Este é um lugar no centro de Israel à entrada ocidental para o Vale de Jezreel. O Rei Salomão tinha enormes estábulos lá e Napoleão chamou esse vale de o mais ideal campo de batalha na terra. Aqui ele é usado como o palco para as tropas reunidas contra o anticristo.
Os crentes sobre a terra são acautelados a ficar alertas e manter sua justiça intacta porque o tempo é muito curto e se não forem cautelosos serão pegos desprevenidos. No livro do Apocalipse não há indicação do Espírito interior garantindo a segurança dos crentes da Tribulação como faz durante a era da Igreja. Como era o caso dos santos do Antigo Testamento, eles têm que ficar acordados e alertas e cuidar da sua posição diante de Deus constantemente.
E o sétimo anjo derramou a sua taça no ar, e saiu grande voz do templo do céu, do trono, dizendo: “Está feito”. E houve vozes, e trovões, e relâmpagos, e um grande terremoto, como nunca tinha havido desde que há homens sobre a terra; tal foi este tão grande terremoto. E a grande cidade fendeu-se em três partes, e as cidades das nações caíram; e da grande Babilônia se lembrou Deus, para lhe dar o cálice do vinho da indignação da sua ira. E toda a ilha fugiu; e os montes não se acharam (Apo 16.17-21). Esta passagem desafia qualquer descrição. Deus deu ao Planeta Terra seu mais severo julgamento. Qualquer coisa mais e o planeta literalmente deixaria de existir.
Terremotos nivelam todas as cidades. Babilônia, antiga inimiga de Deus, é separada para um tratamento especial que discutiremos na próxima vez. Toda a terra está sendo reformada neste ciclo final de juízo, parcialmente para erradicar todo traço das intenções malignas do homem e parcialmente para prepará-la para uma reconstrução total quando vier o Messias.
O castigo bíblico para a blasfêmia é a morte por apedrejamento (Lev 24.10-16). O anticristo e o povo da terra têm blasfemado o Nome de Deus desde o início. Agora vem a fase do castigo. Blocos de gelo de 45 quilos despencam do céu. Deus está apedrejando as pessoas da terra por sua blasfêmia. E ainda assim eles O amaldiçoam.
Na próxima vez, cobriremos a destruição dessas três poderosas forças que formam Babilônia a Grande, e que têm oprimido e escravizado a humanidade através da maior parte da história. Elas são religiosas, comerciais e governamentais em natureza e cada uma é tratada com uma medida especial da Ira de Deus.

Apocalipse 17 – 18


Com a conclusão dos Juízos das Taças, vimos o final da Grande Tribulação. Agora voltaremos um pouco para detalharmos a Destruição de Babilônia. Lembra-se do verso de Apo 16.19“… e da grande Babilônia se lembrou Deus, para lhe dar o cálice do vinho da indignação da sua ira”. Bem, os capítulos 17-18 nos darão um passo a passo. Quase desde o início dos tempos, a história do homem na terra tem sido o Conto de Duas Cidades. Babilônia á a cidade do homem e Jerusalém a Cidade de Deus. Não é coincidência que os dias finais da Era do Homem terminem com uma batalha envolvendo essas duas cidades.
Apocalipse 17
E VEIO um dos sete anjos que tinham as sete taças, e falou comigo, dizendo-me: “Vem, mostrar-te-ei a condenação da grande prostituta que está assentada sobre muitas águas; com a qual se prostituíram os reis da terra; e os que habitam na terra se embebedaram com o vinho da sua prostituição.”
E levou-me em espírito a um deserto, e vi uma mulher assentada sobre uma besta de cor de escarlata, que estava cheia de nomes de blasfêmia, e tinha sete cabeças e dez chifres. E a mulher estava vestida de púrpura e de escarlata, e adornada com ouro, e pedras preciosas e pérolas; e tinha na sua mão um cálice de ouro cheio das abominações e da imundícia da sua prostituição; e na sua testa estava escrito o nome:
MISTÉRIO,

A GRANDE BABILÔNIA,

A MÃE DAS PROSTITUIÇÕES

E ABOMINAÇÕES DA TERRA.
E vi que a mulher estava embriagada do sangue dos santos, e do sangue das testemunhas de Jesus. E, vendo-a eu, maravilhei-me com grande admiração (Apo 17.1-6). Como eu disse em nosso último segmento, existem três lados do sistema mundial babilônico que têm escravizado os homens através dos tempos, religioso, comercial e governamental. Trataremos do religioso primeiro, caracterizado aqui por uma mulher.
Note que ela está montada na besta. O cavaleiro sempre controla o animal, e a terceira menção às sete cabeças e aos dez chifres indica que esta é a mesma besta que saiu da água em Apo 13, aquela capacitada por Satanás, o dragão deApo 12. Isso nos diz que o anticristo inicialmente derivará seu poder através de sua associação com a religião mundial.
Tendo lutado pela maior parte do século passado para se despir de sua relação com o único Deus verdadeiro, o homem abraçará esse falso deus. Jesus disse, “Eu vim em nome de meu Pai, e não me aceitais; se outro vier em seu próprio nome, a esse aceitareis” (João 5.43).
A Mulher é chamada de mistério Babilônia porque ela não está em Babilônia, com veremos em breve. Mas a religião babilônica é literalmente a mãe de todos os cultos e mitologias que têm sido criados em oposição ao Evangelho.
Rapidamente, voltando ao tempo de Gen 10, quando Nimrode fundou Babilônia, sua esposa Semíramis semeou as primeiras sementes da falsa religião alegando que seu filho Tammuz era a semente sobrenatural do Deus Sol, tomando emprestado da promessa inicialmente dada no Jardim de que a semente da mulher redimiria a humanidade.
De acordo com a tradição, quando Tammuz foi morto em um acidente de caça, ela entrou em uma lamentação de 40 dias. Perto do fim desse tempo ela queimou uma “acha de yule” (yule significa criança na língua babilônica – a acha de yule é um pedaço de tora de madeira, especialmente o cedro) enquanto o sol se punha. Após a mais longa noite do ano, o Solstício de inverno, Tammuz voltou à vida na primeira ressurreição forjada do mundo.
Em exultação, ela decorou uma conífera, um símbolo da vida, e repartiu bolos com a inicial de seu filho em cima para comemorar o evento. Hoje nós chamamos esses bolinhos de paezinhos de cruz (comuns nos países europeus e na América do Norte durante a Páscoa), porque o “T” babilônico se parece com nosso “X”. Como que para validar essa celebração, o sol começou a voltar à vida também.
Ela comemorou os 40 dias de lamento (que hoje chamamos de Quaresma) formando um sacerdócio celibatário para guiar as pessoas na adoração ao seu filho ressuscitado. Ela declarou que o sumo sacerdote era infalível e a si mesma como sendo a Rainha do Céu, e o culto da mãe-filho nasceu.
(NT: sem querer fazer implicações desrespeitosas, note a semelhança com a tradição católica, envolvendo Maria e Jesus, e com as festas da Páscoa e do Natal.)
Toda mitologia daquele tempo em diante tem carregado elementos dessa história. Na versão egípcia, ela era conhecida como Isis, na neo-babilônica como Astarote ou Ishtar, na cananéia como Astarte, na grega como Afrodite e na Romana como Vênus. Ela é geralmente chamada de deusa do amor e da fertilidade. Seu objetivo principal sempre foi o de usurpar o papel de Deus como único Doador e Mantenedor da vida.
E o anjo me disse: “Por que te admiras? Eu te direi o mistério da mulher, e da besta que a traz, a qual tem sete cabeças e dez chifres. A besta que viste foi e já não é, e há de subir do abismo, e irá à perdição; e os que habitam na terra (cujos nomes não estão escritos no livro da vida, desde a fundação do mundo) se admirarão, vendo a besta que era e já não é, mas que virá” (Apo 17.7-8). A besta é novamente identificada como o possuído anticristo, desta vez usando uma corruptela do nome de Deus significando sua suposta morte e ressurreição. E novamente vemos que nossos nomes foram escritos no livro da Vida do Cordeiro desde o princípio. É bom ter uma reserva confirmada para o lugar mais desejado de todo o universo feita pelo próprio Proprietário.
“Aqui o sentido, que tem sabedoria. As sete cabeças são sete montes, sobre os quais a mulher está assentada. E são também sete reis; cinco já caíram, e um existe; outro ainda não é vindo; e, quando vier, convém que dure um pouco de tempo. E a besta que era e já não é, é ela também o oitavo, e é dos sete, e vai à perdição” (Apo 17.9-11). As imagens das sete cabeças e dos dez chifres foram agora expandidas para nos dar maior compreensão. Em todos os relatos históricos a cidade sobre sete montes é Roma, atual trono da Religião Babilônica. Ela havia se mudado para Pérgamo durante o reinado dos Gregos e depois para Roma. Mais tarde, no 4º século AD, ela seria misturada ao cristianismo se tornando primeiramente o Sagrado Império Romano, e depois a Igreja Católica. Mais uma metamorfose (uma mistura com o Islã?) a transformará na mulher sobre a besta.
No tempo do relato de João, a história havia visto a passagem de cinco Impérios Mundiais: Egito, Assíria, Babilônia, Pérsia e Grécia. O Império atual era Roma, cujos componentes (Espanha, Inglaterra, e EUA) têm reinado até o dia de hoje. O que ainda não veio é um renascimento da Antiga Roma, que em breve emergirá da União Européia. O anticristo é um oitavo rei, isto é, ele não está especificamente identificado com qualquer dos sete, mas em seus alvos e ambições pertencerá a todos eles. Isso poderia ser uma pista de que o anticristo não terá previamente ocupado uma posição de liderança na União Européia, mas virá de fora da estrutura política atual daquele grupo.
“E os dez chifres que viste são dez reis, que ainda não receberam o reino, mas receberão poder como reis por uma hora, juntamente com a besta. Estes têm um mesmo intento, e entregarão o seu poder e autoridade à besta. Estes combaterão contra o Cordeiro, e o Cordeiro os vencerá, porque é o Senhor dos senhores e o Rei dos reis; vencerão os que estão com ele, chamados, e eleitos, e fiéis” (Apo 17.12-14). Alguns vêem os dez chifres como os líderes de dez regiões do futuro Governo Mundial. Algumas as vêem como os 10 membros investidos da UE. De qualquer forma eles terão autoridade governamental sobre a terra sob a liderança do anticristo, eventualmente reunindo todos os exércitos do mundo para fazer oposição ao retorno do Senhor com Sua Igreja. As três palavras usadas para descrever seus seguidores são sempre e unicamente usadas para a Igreja, e Ele está vindo conosco, não para nós.
E disse-me: “As águas que viste, onde se assenta a prostituta, são povos, e multidões, e nações, e línguas. E os dez chifres que viste na besta são os que odiarão a prostituta, e a colocarão desolada e nua, e comerão a sua carne, e a queimarão no fogo. Porque Deus tem posto em seus corações, que cumpram o seu intento, e tenham uma mesma idéia, e que dêem à besta o seu reino, até que se cumpram as palavras de Deus. E a mulher que viste é a grande cidade que reina sobre os reis da terra” (Apo 17.15-18). Esta é a destruição total da Babilônia religiosa predita em Apo 14.8. Apesar de o anticristo ter chegado ao poder sob os auspícios da Religião Mundial, esse mesmo sistema religioso se tornará uma barreira para o seu alvo definitivo de ser ele mesmo adorado com o único deus. Assim a Babilônia governamental se volta contra a Babilônia religiosa para destruí-la. Note que é Deus quem os dispõe a isso. Por “uma hora” (o tempo da Grande Tribulação) a Besta e seus 10 reis terão poder sobre a terra para que possam destruir a Mulher que tornou seu governo possível, cumprindo assim o propósito de Deus.

Apocalipse 18


Em algum ponto do caminho, talvez em preparação para a destruição da igreja prostituta, o quartel general do mundo se mudará de Roma para Babilônia. Zac 5.5-11 fala de uma mulher em uma cesta, representando a iniqüidade do mundo, sendo carregada de sua posição atual para um lugar preparado para ela na planície do Sinar, uma referência à localização de Babilônia no Iraque moderno. Mulheres com asas de cegonha, pássaros imundos, erguem a cesta no ar e a levam para lá.
A Babilônia de Nabucodonosor foi conquistada pelos persas cerca de 100 anos antes da profecia de Zacarias. Dentro de mais 200 anos os persas a perderiam para Alexandre, que pretendia dragar o Eufrates e transformar Babilônia em um gigantesco porto fluvial para embarcações do Golfo Pérsico e pontos a Leste. Infelizmente, ele morreu antes de poder começar. Quando um dos sucessores de Alexandre construiu seu sonhado porto em um porto natural no vizinho Rio Tigre e chamou-o de Bagdá, Babilônia diminuiu para uma cidade de 10.000 habitantes, seus muros maciços foram canibalizados como blocos para construção.
As condições atuais no Iraque podem estar nos levando em direção ao cumprimento da profecia bíblica de restaurar Babilônia em uma poderosa cidade, em preparação para sua final e completa destruição. Nenhuma cidade, exceto Jerusalém, recebe tanta menção na Bíblia quanto Babilônia e, nos seis capítulos devotados à sua destruição (Isa 13.14,Jer 50-51 Apo 17-18), ela nunca foi completamente arrasada como essas passagens requerem. De fato, uma das grandes surpresas da Guerra do Golfo foi a visão de Babilônia, tendo passado por uma reconstrução de bilhões de dólares, assentada orgulhosamente às margens do Eufrates.
Por mais tentador que seja ler essas passagens figurativamente e vê-las como representando Nova York ou alguma outra cidade, e tanto quanto possamos todos concordar que tal punição está certamente garantida para elas, simplesmente não há razões bíblicas para fazê-lo. A planície do Sinar é um local geográfico específico no Iraque, e após a religião pagã se mudar para Pérgamo durante o tempo do Império Grego, ela nunca mais voltou para lá como requer a profecia.
Assim, conquanto não haja nenhuma indicação específica nas Escrituras, eu creio que a mulher de Zac 5 seja a mesma mulher de Apo 17, voltando de Roma para seu lar original em Babilônia, em cumprimento da profecia de Zacarias.
E DEPOIS destas coisas vi descer do céu outro anjo, que tinha grande poder, e a terra foi iluminada com a sua glória. E clamou fortemente com grande voz, dizendo: “Caiu, caiu a grande Babilônia, e se tornou morada de demônios, e coito de todo espírito imundo, e coito de toda ave imunda e odiável. Porque todas as nações beberam do vinho da ira da sua prostituição, e os reis da terra se prostituíram com ela; e os mercadores da terra se enriqueceram com a abundância de suas delícias.”
E ouvi outra voz do céu, que dizia: “Sai dela, povo meu, para que não sejas participante dos seus pecados, e para que não incorras nas suas pragas. Porque já os seus pecados se acumularam até ao céu, e Deus se lembrou das iniqüidades dela. Tornai-lhe a dar como ela vos tem dado, e retribuí-lhe em dobro conforme as suas obras; no cálice em que vos deu de beber, dai-lhe a ela em dobro. Quanto ela se glorificou, e em delícias esteve, foi-lhe outro tanto de tormento e pranto; porque diz em seu coração: ‘Estou assentada como rainha, e não sou viúva, e não verei o pranto’. Portanto, num dia virão as suas pragas, a morte, e o pranto, e a fome; e será queimada no fogo; porque é forte o Senhor Deus que a julga. E os reis da terra, que se prostituíram com ela, e viveram em delícias, a chorarão, e sobre ela prantearão, quando virem a fumaça do seu incêndio; estando de longe pelo temor do seu tormento, dizendo: Ai! ai daquela grande Babilônia, aquela forte cidade! pois numa hora veio o seu juízo” (Apo 18.1-10). Mais uma vez vemos a Babilônia religiosa em ruínas, queimada no fogo do justo julgamento, em uma expansão de Apo 17.16. Ela escravizou os filhos de Deus com suas inquisições e ameaças de punição eterna, suas regras humanas, seus trabalhos religiosos opressivos e sua voraz sede por riquezas, e agora ela recebe o dobro como punição. A seguir vem o componente comercial.
“E sobre ela choram e lamentam os mercadores da terra; porque ninguém mais compra as suas mercadorias: Mercadorias de ouro, e de prata, e de pedras preciosas, e de pérolas, e de linho fino, e de púrpura, e de seda, e de escarlata; e toda a madeira odorífera, e todo o vaso de marfim, e todo o vaso de madeira preciosíssima, de bronze e de ferro, e de mármore; e canela, e perfume, e mirra, e incenso, e vinho, e azeite, e flor de farinha, e trigo, e gado, e ovelhas; e cavalos, e carros, e corpos e almas de homens.”
“E o fruto do desejo da tua alma foi-se de ti; e todas as coisas gostosas e excelentes se foram de ti, e não mais as acharás. Os mercadores destas coisas, que com elas se enriqueceram, estarão de longe, pelo temor do seu tormento, chorando e lamentando, e dizendo: ‘Ai, ai daquela grande cidade! que estava vestida de linho fino, de púrpura, de escarlata; e adornada com ouro e pedras preciosas e pérolas! porque numa hora foram assoladas tantas riquezas.’”
“E todo o piloto, e todo o que navega em naus, e todo o marinheiro, e todos os que negociam no mar se puseram de longe; e, vendo a fumaça do seu incêndio, clamaram, dizendo: ‘Que cidade é semelhante a esta grande cidade?’ E lançaram pó sobre as suas cabeças, e clamaram, chorando, e lamentando, e dizendo: ‘Ai, ai daquela grande cidade! na qual todos os que tinham naus no mar se enriqueceram em razão da sua opulência; porque numa hora foi assolada.’ Alegra-te sobre ela, ó céu, e vós, santos apóstolos e profetas; porque já Deus julgou a vossa causa quanto a ela.’”
E um forte anjo levantou uma pedra como uma grande mó, e lançou-a no mar, dizendo: “Com igual ímpeto será lançada Babilônia, aquela grande cidade, e não será jamais achada. E em ti não se ouvirá mais a voz de harpistas, e de músicos, e de flautistas, e de trombeteiros, e nenhum artífice de arte alguma se achará mais em ti; e ruído de mó em ti não se ouvirá mais; e luz de candeia não mais luzirá em ti, e voz de esposo e de esposa não mais em ti se ouvirá; porque os teus mercadores eram os grandes da terra; porque todas as nações foram enganadas pelas tuas feitiçarias. E nela se achou o sangue dos profetas, e dos santos, e de todos os que foram mortos na terra” (Apo 18.11-24).
Poderíamos devotar muito tempo a uma discussão sobre os detalhes da destruição de Babilônia, mas uma rápida revisão de Isa 13-14 e de Jer 50-51 tornará óbvio que nunca na história essa cidade má e tudo o que ela representa foram tão totalmente destruídos. E mesmo que a própria cidade tivesse sido derrubada até o chão e seu entulho lançado no mar, os sistemas criados lá teriam certamente sobrevivido até os nossos dias.
O que eu gostaria de focalizar aqui é a insidiosa natureza do sistema comercial mundial e como ele tem escravizado a humanidade a um ponto que na realidade ultrapassa a opressão religiosa que discutimos, porque por sua natureza ele fecha a porta à verdade de Deus. Considere estas palavras do Senhor em suas Parábolas do Reino: “E o que foi semeado entre espinhos é o que ouve a palavra, mas os cuidados deste mundo, e a sedução das riquezas sufocam a palavra, e fica infrutífera” (Mat 13.22).
De meus estudos, concluí que, com a aparição do anticristo, os sistemas religiosos, políticos e econômicos do mundo serão todos consolidados sob uma só autoridade, e essa autoridade estará aquartelada em Babilônia. Esta será o Vaticano, Meca, a ONU, a bolsa de valores e o mercado de capitais do mundo, todos misturados em uma coisa só.
Hoje muitos de nós não percebemos a extensão à qual nos tornamos escravizados. Somente quando você decide se desligar do sistema é que começa a perceber o poder que ele tinha sobre você. Suas platéias americanas costumavam rugir em gargalhadas quando Charles “Tremendo” Jones, um de meus humoristas favoritos, os acusava de “gastar o dinheiro que não temos, para comprar coisas de que não precisamos, a fim de impressionar pessoas de quem não gostamos”. A acusação é totalmente verdadeira, mas parece que tudo o que podemos fazer a respeito é rir de nós mesmos.
O segredo do sucesso foi uma vez identificado como a habilidade para encontrar uma necessidade e supri-la. Agora a indústria da propaganda promete, “Você cria o produto e nós criamos a necessidade dele”. Custos promocionais somam de 30% a 50% do preço das coisas que compramos e ainda assim estamos desejosos de pagar o prêmio, porque todo mundo está. E então somamos ao custo financeiro as nossas aquisições, porque realmente não temos a receita para suportar o estilo de vida para o qual fomos manipulados. Assim, emprestamos do futuro para pagar pelo presente. Atualmente os americanos gastam 125% de sua receita anual, acumulando trilhões de dólares em dívida de consumo, só para parecerem mais bem sucedidos do que realmente admitiriam ser, porque a indústria da propaganda faz parecer a coisa certa a fazer.
Em 2006, cada dólar que os americanos ganharam de 1 de Janeiro a 3 de julho foi utilizado para pagar as diversas taxas impostas sobre nós pelo nosso governo. Os custos ocultos de promoção e crédito consumiram o restante. Estamos todos a somente duas ocorrências médicas importantes da banca-rota, e a maioria de nós não sobreviveria 60 dias sem receita. E pensamos que somos livres.
Estatísticas similares podem ser citadas para muito do assim chamado mundo desenvolvido, apesar de serem frequentemente obscurecidas pela ridícula promessa de seus governantes de cuidar deles. (Será que não percebem que os governos não produzem riqueza, mas a consomem?) Para o restante, salários contados em centavos mantêm o povo em um estado de pobreza que se pode verdadeiramente sentir, enquanto aqueles que os pagam frequentemente aproveitam vidas de luxo obsceno.
Então, quer pense que é rico ou saiba que é pobre, o ser humano médio está economicamente escravizado para a vida toda. Tanto quanto odeia a falsa religião, Deus odeia a escravização econômica de Seu povo, não menos. E assim, quando chegar o momento de visitar a sua vingança sobre os responsáveis, não há como impedir. Reclamações de força excessiva e imprópria falta de controle cairão em ouvidos surdos dessa vez. A Babilônia comercial e seu sistema mundial de escravização não mais oprimirão a humanidade, e aqueles que foram enriquecidos por ela lamentarão sua perda.

Apocalipse 19 – 20


A Grande Tribulação terminou. Babilônia foi destruída e o Planeta Terra está pronto para receber o Rei. Tudo o que resta é a captura da trindade satânica que causou toda a devastação e a aniquilação de seu exército. Parece ser um grande trabalho, mas com o Senhor dirigindo pessoalmente os eventos, não vai demorar muito.

Apocalipse 19

E, DEPOIS destas coisas ouvi no céu como que uma grande voz de uma grande multidão, que dizia: “Aleluia! Salvação, e glória, e honra, e poder pertencem ao Senhor nosso Deus; porque verdadeiros e justos são os seus juízos, pois julgou a grande prostituta, que havia corrompido a terra com a sua prostituição, e das mãos dela vingou o sangue dos seus servos”.
E outra vez disseram: “Aleluia! E a fumaça dela sobe para todo o sempre”. E os vinte e quatro anciãos, e os quatro animais, prostraram-se e adoraram a Deus, que estava assentado no trono, dizendo: “Amém. Aleluia!” (Apo 19.1-4). Aleluia é formada por duas palavras hebraicas não traduzidas que tomadas juntas significam, “Deus seja louvado”. Suas quatro aparições em Apo 19 são únicas no Novo Testamento. Como “Deus seja louvado” é uma frase utilizada quase que exclusivamente por crentes nascidos de novo, é fascinante para mim que sua versão hebraica apareça 24 vezes no Antigo Testamento, o mesmo número dos anciãos que as ecoam lá. Será esta outra súbita pista de que os 24 anciãos representam a Igreja Arrebatada como sugeri em Apo 4?
E saiu uma voz do trono, que dizia: “Louvai o nosso Deus, vós, todos os seus servos, e vós que o temeis, assim pequenos como grandes”.
E ouvi como que a voz de uma grande multidão, e como que a voz de muitas águas, e como que a voz de grandes trovões, que dizia: Aleluia! pois já o Senhor Deus Todo-Poderoso reina. Regozijemo-nos, e alegremo-nos, e demos-lhe glória; porque vindas são as bodas do Cordeiro, e já a sua esposa se aprontou. E foi-lhe dado que se vestisse de linho fino, puro e resplandecente; porque o linho fino são as justiças dos santos.
E disse-me: Escreve: “Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro”. E disse-me: “Estas são as verdadeiras palavras de Deus”.
E eu lancei-me a seus pés para o adorar; mas ele disse-me: “Olha não faças tal; sou teu conservo, e de teus irmãos, que têm o testemunho de Jesus. Adora a Deus; porque o testemunho de Jesus é o espírito de profecia” (Apo 19.5-10). Pelo uso de verbos no passado para se referir às bodas, a noiva e a vestimenta que lhe foi dada, parece que João está descrevendo um evento que já aconteceu. Note que conquanto a vestimenta represente a justiça da noiva, não pertence a ela. Foi-lhe dada. Não somos justos por causa de nossas obras. Nossa justiça é dada a nós pelo Senhor (2 Cor 5.21). A palavra grega significa literalmente justiça, não atos de justiça.
Isa 61.10 descreve esta cena mais claramente: Regozijar-me-ei muito no Senhor, a minha alma se alegrará no meu Deus; porque me vestiu de roupas de salvação, cobriu-me com o manto de justiça, como um noivo se adorna com turbante sacerdotal, e como a noiva que se enfeita com as suas jóias.
Quando João muda para o tempo presente ao falar dos convidados para a Ceia das Bodas, está se referindo aos crentes Sobreviventes da Tribulação na terra que em breve serão convidados para o Reino, como está descrito na Parábola das 10 Virgens (Mat 25.1-3). A Igreja é a Noiva, e a Noiva não é um bando de convidados, nem mesmo um grupo de damas de companhia. Como a Igreja, ela é um corpo. E ela não precisa de um convite para o seu próprio banquete de casamento, porque é a atração principal. Sem ela não haveria um banquete.
O Cavaleiro sobre o Cavalo Branco
E vi o céu aberto, e eis um cavalo branco; e o que estava assentado sobre ele chama-se Fiel e Verdadeiro; e julga e peleja com justiça. E os seus olhos eram como chama de fogo; e sobre a sua cabeça havia muitos diademas; e tinha um nome escrito, que ninguém sabia senão ele mesmo. E estava vestido de uma veste salpicada de sangue; e o nome pelo qual se chama é a Palavra de Deus. E seguiam-no os exércitos no céu em cavalos brancos, e vestidos de linho fino, branco e puro. E da sua boca saía uma aguda espada, para ferir com ela as nações; e ele as regerá com vara de ferro; e ele mesmo é o que pisa o lagar do vinho do furor e da ira do Deus Todo-Poderoso. E no manto e na sua coxa tem escrito este nome:
REI DOS REIS, E SENHOR DOS SENHORES (Apo 19.11-16).
Eis o legítimo Homem sobre um Cavalo Branco, não o impostor de Apo 6. As coroas que Ele usa são diademas, as coroas da realeza. A espada afiada é Sua Palavra , como explicado em Heb 4.12, e sua veste está salpicada de sangue como predito em Isa 63.1-6. João dá a Ele o nome do seu evangelho, A Palavra (João 1.1).
“Ele as regerá com vara de ferro” é uma citação direta de Sal 2.9, uma promessa dada por Deus a Seu Filho, e pelo Filho aos vencedores de Tiatira (Apo 2.26-27). Isso significa que Sua Igreja reinará com Ele, e identifica aqueles sobre cavalos brancos e vestidos de linho branco que O acompanham como a Igreja. Apesar de sermos chamados de exércitos do céu, Ele está fazendo toda a luta.
E vi um anjo que estava no sol, e clamou com grande voz, dizendo a todas as aves que voavam pelo meio do céu: “Vinde, e ajuntai-vos à ceia do grande Deus; para que comais a carne dos reis, e a carne dos tribunos, e a carne dos fortes, e a carne dos cavalos e dos que sobre eles se assentam; e a carne de todos os homens, livres e servos, pequenos e grandes” (Apo 19.17-18). O contraste entre a Grande Ceia de Deus e a Ceia das Bodas do Cordeiro é bastante evidente. Eu lhe garanto que os exércitos da terra não se sentirão abençoados por serem convidados. Eles são maldição principal.
E vi a besta, e os reis da terra, e os seus exércitos reunidos, para fazerem guerra àquele que estava assentado sobre o cavalo, e ao seu exército. E a besta foi presa, e com ela o falso profeta, que diante dela fizera os sinais, com que enganou os que receberam o sinal da besta, e adoraram a sua imagem. Estes dois foram lançados vivos no lago de fogo que arde com enxofre. E os demais foram mortos com a espada que saía da boca do que estava assentado sobre o cavalo, e todas as aves se fartaram das suas carnes(Apo 19.19-21). Em cumprimento de Sal 2.1-6 que é inacreditável em sua arrogância, o povo da terra se prepara para atacar o Messias e Seu exército celestial. Mas seus líderes, o anticristo e o Falso Profeta, são imediatamente capturados e atirados vivos no Lago de Fogo. O enorme exército que os havia seguido em sua missão suicida é morto por nada mais que a Palavra da boca do Senhor, seus corpos devorados pelas aves. Eu disse que não demoraria muito.
Apocalipse 20
Os Mil Anos
E VI descer do céu um anjo, que tinha a chave do abismo, e uma grande cadeia na sua mão. Ele prendeu o dragão, a antiga serpente, que é o Diabo e Satanás, e amarrou-o por mil anos. E lançou-o no abismo, e ali o encerrou, e pôs selo sobre ele, para que não mais engane as nações, até que os mil anos se acabem. E depois importa que seja solto por um pouco de tempo (Apo 20.1-3). O propósito do Milênio é agora revelado. Muitos têm imaginado porque Deus colocou Seu período de mil anos entre a 2ª Vinda e a Eternidade. Eu creio que seja para responder às três principais desculpas do homem para sua incapacidade de viver uma vida agradável a Deus.
A primeira desculpa originou-se no Jardim quando a mulher culpou a Serpente por sua desobediência. Desde então a humanidade tem posto a culpa por sua má conduta sobre a influência enganadora do diabo. Agora, então, em resposta a essa desculpa, Deus aprisionou o diabo por mil anos. Nada mais de más influências.
A segunda desculpa do homem tem sido a insuportável tentação ao pecado pelo mundo descrente em nosso meio. Então, como o relato do julgamento da Ovelha e do Bode explica, no estabelecimento do Reino todos os sobreviventes descrentes são removidos da terra. Somente os sobreviventes crentes povoarão a terra no princípio do Reino (Mat 25.31-46).
A terceira é a ausência do Senhor do meio do Seu povo por mais de 2000 anos. Não foi justo, diz o homem, nos deixar sozinhos assim por tanto tempo. Então, durante rodo o Milênio, o Planeta Terra será o quartel general do Universo, com o Pai em Israel e o Filho na próxima Nova Jerusalém.
Em poucos versos veremos se as coisas ficam diferentes com a remoção desses obstáculos à justiça. Mas primeiro vejamos a conclusão da Primeira Ressurreição.
E vi tronos; e assentaram-se sobre eles, e foi-lhes dado o poder de julgar; e vi as almas daqueles que foram degolados pelo testemunho de Jesus, e pela palavra de Deus, e que não adoraram a besta, nem a sua imagem, e não receberam o sinal em suas testas nem em suas mãos; e viveram, e reinaram com Cristo durante mil anos. Mas os outros mortos não reviveram, até que os mil anos se acabaram. Esta é a primeira ressurreição. Bem-aventurado e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre estes não tem poder a segunda morte; mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com ele mil anos (Apo 20.4-6). Jesus prometeu a Seus Discípulos que eles se assentariam em julgamento das 12 Tribos de Israel na renovação das coisas (Mat 18.28). Agora chegou o tempo, enquanto os crentes mortos do passado de Israel recebem seus novos corpos para se juntarem aos seus compatriotas em Israel (Dan 12.1-2). E os mártires da Tribulação recebem novos corpos também, completando a Primeira Ressurreição que começou no Jardim do Túmulo 2000 anos antes com o nosso Senhor, as Primícias da Primeira Ressurreição (1 Cor 15.20). E como o julgamento das Ovelhas e dos Bodes explica, os sobreviventes da Tribulação são julgados nesse momento também. Tudo isso é o cumprimento de Joel 3.14-21.
O Destino de Satanás
E, acabando-se os mil anos, Satanás será solto da sua prisão, e sairá a enganar as nações que estão sobre os quatro cantos da terra, Gogue e Magogue, cujo número é como a areia do mar, para as ajuntar em batalha. E subiram sobre a largura da terra, e cercaram o arraial dos santos e a cidade amada; e de Deus desceu fogo, do céu, e os devorou. E o diabo, que os enganava, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde está a besta e o falso profeta; e de dia e de noite serão atormentados para todo o sempre (Apo 20.7-10). Vamos saltar mais para adiante agora, para o fim do Milênio, pra ver quão bem o homem natural se saiu com a ausência de todos os obstáculos à vida reta. Durante os mil anos precedentes a terra terá sido restaurada para um ambiente como o do Jardim. Clima perfeito, paz perfeita, governo perfeito, condições perfeitas. Com o retorno da longevidade (Isa 65.17-25), a população de humanos naturais na terra terá aumentado estrondosamente à medida que crianças nasceram de seus pais crentes. E como toda a humanidade antes delas, essas crianças terão sua oportunidade, obrigação na verdade, de decidir se permitem ou não que a morte do Senhor lhes compre o perdão pelos pecados.
Mesmo com pais crentes, condições idílicas, e um Templo totalmente funcional em Israel, como um memorial para lhes relembrar o que o Senhor fez, muitos O rejeitarão em favor de seus próprios remédios para o pecado. Tantos na verdade, que assim que Satanás for libertado será capaz de arregimentar um enorme exército para outra tentativa de mandar o Senhor para fora do planeta. Mas, é claro, serão derrotados e desta vez Satanás será lançado no Lago de Fogo para sempre para se juntar aos seus capangas derrotados no tormento eterno.
Então qual é a finalidade dos mil anos? É mostrar que não existem circunstâncias, não importa quão favoráveis, em que o homem infestado pelo pecado possa viver uma vida agradável a Deus. Mesmo após mil anos de vida perfeita, paz perfeita, governo perfeito, ainda há bastante pecado residual no coração do homem natural para que ele se rebele contra Deus na primeira oportunidade. Assim a sétima dispensação termina exatamente como a sexta antes dela, na definitiva falha do homem natural em viver em paz com Deus, requerendo um julgamento. Jeremias estava certo, “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá?” (Jer 17.9).
Os Mortos São Julgados
E vi um grande trono branco, e o que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiu a terra e o céu; e não se achou lugar para eles. E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante de Deus, e abriram-se os livros; e abriu-se outro livro, que é o da vida. E os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras. E deu o mar os mortos que nele havia; e a morte e o inferno deram os mortos que neles havia; e foram julgados cada um segundo as suas obras. E a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo. Esta é a segunda morte. E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo (Apo 20.11-15). Enquanto descreve os eventos no final do Milênio, João volta agora sua atenção para a ressurreição dos mortos, que também acontece então. Parece que esse julgamento acontecerá em algum lugar das Trevas Exteriores, já que a terra e sua atmosfera imediata, na qual a Nova Jerusalém existe, estão ausentes.
Todos os perdidos mortos de todas as eras voltarão repentinamente à vida para estar diante do Grande Trono Branco de Deus. Cada um verá os eventos de sua vida se desdobrarem novamente enquanto aqueles que escolheram ser julgados por suas próprias obras finalmente recebem sua chance. Eles verão novamente os tempos em que ouviram o Evangelho e o rejeitaram, e como até mesmo falharam em viver suas vidas em seus próprios padrões, para não falar nos de Deus.
Alguns entendem a frase cada um segundo as suas obras como evidência de que Deus determinará a punição de cada pessoa por falhar aceitar Seu perdão com base na qualidade de suas vidas. Aqueles que viveram vidas “boas” receberão comparativamente menos punição e aqueles cujas vidas foram piores receberão mais. De acordo com essa visão, uma vez que alguém tenha recebido a medida total de sua punição, essa pessoa é destruída e deixa de existir em qualquer forma. Somente Satanás, o anticristo e o Falso Profeta, eles dizem, estão destinados ao tormento eterno. Essa visão é chamada Inferno Condicional e chegou ao pensamento corrente bem recentemente.
Outros mantêm a posição tradicional de que o julgamento dos perdidos traz tormento eterno para todos. Mas não importa que visão você defenda, esse julgamento não é lugar para se estar, mesmo por um tempo, especialmente quando um pequeno estudo para confirmar a existência óbvia de Deus, seguido por uma decisão de receber Seu perdão, pode mudar tudo.
O Lago de Fogo
O Lago de Fogo é um lugar de tormento em algum lugar desconhecido para nós, mas o nome tem um interessante paralelo na história que nos dá um aterrorizantemente claro modelo do tormento que os perdidos sofrerão. O Mar Morto é cheio de água tão rica em sal e outros minerais que suporta o corpo humano. Em outras palavras você não consegue afundar quando está dentro dele (sobre ele). Em tempos antigos, óleo cru periodicamente brotava até a superfície e se solidificava em um material como o piche que os catadores quebravam em blocos e rebocavam até a praia para vender. Quando derretido novamente, ele fazia um bom adesivo para cimentar os blocos de construção, e os egípcios também o usavam em seus procedimentos de mumificação. Ele era tão comum na superfície da água que os Romanos chamavam o Mar Morto de “Lago Asphaltus” usando a palavra da qual nós tiramos asfalto. De tempos em tempos, durante uma tempestade magnética, um relâmpago atingia a superfície ateando fogo ao óleo. Quando isso acontecia, eles o chamavam de “O Lago de Fogo”.
Imagine isso. Você está em águas profundas. Enquanto conseguir manter sua cabeça para fora, você consegue respirar. Mas a superfície está em chamas, então você prende o fôlego para mergulhar abaixo da superfície e escapar das chamas. Mas a água empurra você de volta para cima, como uma rolha, para dentro do fogo. E isso prossegue dia e noite. Você se contorce e vira e retorce na superfície procurando por algum tipo de alívio, ainda que breve. Você adoraria morrer e anseia por isso, mas não pode morrer porque não há fuga da punição. Dá pra ter uma idéia?
Não deixe isso acontecer a você. Pegue sua Bíblia e releia passagens como João 3.16João 6.28-29Romanos 10.9-10Efésios 2.8-9 Tito 3.4-7. Assegure-se de estar salvo. Nenhum ataque contra a autoridade da Bíblia jamais se sustentou, exceto nas mentes daqueles que teimosamente se recusam a acreditar a despeito de todas as evidências. O mais rico e mais privilegiado homem do mundo trocaria alegremente de lugar com o mais severamente mental e fisicamente incapacitado pedinte como alternativa a passar um tempo no Lago de Fogo. Só é preciso uma decisão. Esteja absolutamente certo de que você a tomou, enquanto há tempo.

Apocalipse 21 – 22

Tendo levado seus pensamentos a respeito do destino de Satanás e da ressurreição dos perdidos à sua conclusão no capítulo 20, João agora retorna ao começo do Milênio para descrever o novo lar da Igreja no capítulo 21 e a nova terra no capítulo 22. Sabemos disso porque a frase “novos céus e nova terra” também aparece em Isaías 65.17 no começo da passagem descrevendo Israel durante o Milênio.

Apocalipse 21
A Nova Jerusalém
E VI um novo céu, e uma nova terra. Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe (Apo 21.1). Em Mat 19.28, Jesus chamou isso de “regeneração”. De acordo com Rom 8.19-22, toda a criação geme e está em dores de parto, esperando que os Filhos de Deus sejam revelados para poder finalmente se libertar das amarras da corrupção. Os juízos da Grande Tribulação serviram em parte para preparar a terra para sua restauração. Com toda probabilidade, seu órbita e eixos terão retornado à sua configuração original, trazendo novamente o ambiente subtropical mundial possivelmente desfrutado por nossos primeiros pais. Os vastos oceanos, testemunhas silenciosas da enormidade do Dilúvio de Noé, serão elevados de volta à atmosfera exterior, restaurando a cúpula de água que protegia os primeiros homens e permitindo o retorno da longevidade que eles experimentaram (Isa 65.20). O fundo do mar será elevado e as montanhas abaixadas, a terra novamente se parecerá com o Planeta Jardim que era quando Adão entrou em cena. Sua atmosfera não mais será lugar de demônios, e os céus terão sido purificados da servidão rebelde de Satanás para sempre.
E eu, João, vi a santa cidade, a nova Jerusalém, que de Deus descia do céu, adereçada como uma esposa ataviada para o seu marido. E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles, e será o seu Deus. E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas. E o que estava assentado sobre o trono disse: Eis que faço novas todas as coisas. E disse-me: Escreve; porque estas palavras são verdadeiras e fiéis (Apo 21.2-5). Note que enquanto João observava a Nova Jerusalém descendo do Céu, ele não a descreveu como pousando em lugar algum. Apesar de estar perto o suficiente da terra para que ele a descrevesse com precisão, ela não está na terra.
E não seja levado a pensar que a frase “adereçada como uma esposa” signifique que a Nova Jerusalém é a Noiva. Não, a palavra “como” nos diz que João está comparando a Nova Jerusalém com a noiva no dia do seu casamento. Assim como não se economiza para fazer uma noiva parecer tão bela quanto possível para seu casamento, assim também nada da criatividade de Deus foi economizada ao fazer do lar dos remidos Sua definitiva expressão de beleza.
Finalmente, por causa daquela morte em um monte fora de Jerusalém, Deus e o homem foram reconciliados (Col 1.19-20) e o desejo do Seu coração de habitar com Sua criação foi satisfeito. Pois na Igreja Ele fez nada menos do que criar uma nova raça de humanos, tão puros quanto Ele, aptos a habitar em Sua Presença.
E assim o Criador do Universo fez tudo novo, um Novo Céu, uma Nova Terra, e uma Nova Raça de Humanos. O dano causado no Jardim pela Serpente foi reparado.
E disse-me mais: Está cumprido. Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim. A quem quer que tiver sede, de graça lhe darei da fonte da água da vida. Quem vencer, herdará todas as coisas; e eu serei seu Deus, e ele será meu filho. Mas, quanto aos tímidos, e aos incrédulos, e aos abomináveis, e aos homicidas, e aos fornicários, e aos feiticeiros, e aos idólatras e a todos os mentirosos, a sua parte será no lago que arde com fogo e enxofre; o que é a segunda morte (Apo 21.6-8). Antes João havia feito a pergunta retórica: “Quem é que vence o mundo?” E sua resposta: “aquele que crê que Jesus é o Filho de Deus” (1 João 5.5). Mais uma vez Deus deixa claras as alternativas. Jesus disse: “Se alguém tem sede, venha a mim, e beba” (João 7.37). Venha até Aquele que dá a Água da Vida e beba dEle sem nenhum custo, ou permaneça em seus pecados e morra para sempre.
E veio a mim um dos sete anjos que tinham as sete taças cheias das últimas sete pragas, e falou comigo, dizendo: Vem, mostrar-te-ei a esposa, a mulher do Cordeiro. E levou-me em espírito a um grande e alto monte, e mostrou-me a grande cidade, a santa Jerusalém, que de Deus descia do céu. E tinha a glória de Deus; e a sua luz era semelhante a uma pedra preciosíssima, como a pedra de jaspe, como o cristal resplandecente. E tinha um grande e alto muro com doze portas, e nas portas doze anjos, e nomes escritos sobre elas, que são os nomes das doze tribos dos filhos de Israel. Do lado do levante tinha três portas, do lado do norte, três portas, do lado do sul, três portas, do lado do poente, três portas. E o muro da cidade tinha doze fundamentos, e neles os nomes dos doze apóstolos do Cordeiro (Apo 21.9-14). Quando Judas Iscariotes traiu o Senhor e se matou, os 12 eram Discípulos, ou alunos. Mais tarde os 11 restantes, agora Apóstolos (enviados), votaram e escolheram Matias para substituir Judas. Nada mais foi escrito sobre ele, e não sabemos por que. Obviamente, a Escolha de Deus foi Paulo, de longe o mais prolífico dos autores do Novo Testamento. Eu acho que será o seu nome que veremos na fundação.
E aquele que falava comigo tinha uma cana de ouro, para medir a cidade, e as suas portas, e o seu muro. E a cidade estava situada em quadrado; e o seu comprimento era tanto como a sua largura. E mediu a cidade com a cana até doze mil estádios; e o seu comprimento, largura e altura eram iguais. E mediu o seu muro, de cento e quarenta e quatro côvados, conforme à medida de homem, que é a de um anjo. E a construção do seu muro era de jaspe, e a cidade de ouro puro, semelhante a vidro puro. E os fundamentos do muro da cidade estavam adornados de toda a pedra preciosa. O primeiro fundamento era jaspe; o segundo, safira; o terceiro, calcedônia; o quarto, esmeralda; o quinto, sardônica; o sexto, sárdio; o sétimo, crisólito; o oitavo, berilo; o nono, topázio; o décimo, crisópraso; o undécimo, jacinto; o duodécimo, ametista. E as doze portas eram doze pérolas; cada uma das portas era uma pérola; e a praça da cidade de ouro puro, como vidro transparente (Apo 21.15-21). 12000 estádios eram iguais a cerca de 2240 quilômetros, o que significa que, se a cidade viesse a pousar na Europa, cobriria tudo desde a Escandinávia até Gibraltar e da costa da Espanha até o calcanhar da Itália. Alternativamente, ela esconderia todo o Oriente Médio, ou todo o leste dos Estados Unidos do Maine até a Flórida e do Atlântico até o Mississipi. E com 2240 quilômetros de altura ela seria mais que 4000 vezes mais alta que o maior edifício da terra. Mais provavelmente ela é um pequeno planeta ou um satélite de órbita baixa, seu comprimento é cerca de 1/5 do diâmetro da terra. Alguns a vêem como um cubo e outros como uma pirâmide, e nós poderemos viver sobre ela ou dentro dela ou ambos. O que sabemos é que ela é estabelecida como uma cidade enorme, com ruas pavimentadas com mais puro ouro, tão puro que é quase transparente e, de acordo com João 14.2,cheia de muitas mansões.
Conquanto os nomes dessas pedras preciosas não se movam facilmente entre as línguas, é provável que sejam as mesmas pedras do peitoral do Sumo Sacerdote.
E nela não vi templo, porque o seu templo é o Senhor Deus Todo-Poderoso, e o Cordeiro. E a cidade não necessita de sol nem de lua, para que nela resplandeçam, porque a glória de Deus a tem iluminado, e o Cordeiro é a sua lâmpada. E as nações dos salvos andarão à sua luz; e os reis da terra trarão para ela a sua glória e honra. E as suas portas não se fecharão de dia, porque ali não haverá noite. E a ela trarão a glória e honra das nações. E não entrará nela coisa alguma que contamine, e cometa abominação e mentira; mas só os que estão inscritos no livro da vida do Cordeiro (Apo 21.22-27). Não somente o lar dos Remidos não precisa do sol, mas de fato ele é a fonte de luz para as nações na terra. Seus reis trazem o melhor da produção da terra para dentro dela para o nosso uso, apesar de que como humanos naturais eles mesmos não podem entrar. Tendo sido o Templo do Senhor por toda a Era da Igreja, nós agora descobrimos que Ele se tornou nosso para a Eternidade.

Apocalipse 22

O Rio da Vida
E MOSTROU-ME o rio puro da água da vida, claro como cristal, que procedia do trono de Deus e do Cordeiro. No meio da sua praça, e de um e de outro lado do rio, estava a árvore da vida, que produz doze frutos, dando seu fruto de mês em mês; e as folhas da árvore são para a saúde das nações. E ali nunca mais haverá maldição contra alguém; e nela estará o trono de Deus e do Cordeiro, e os seus servos o servirão. E verão o seu rosto, e nas suas testas estará o seu nome. E ali não haverá mais noite, e não necessitarão de lâmpada nem de luz do sol, porque o Senhor Deus os ilumina; e reinarão para todo o sempre. E disse-me: Estas palavras são fiéis e verdadeiras; e o Senhor, o Deus dos santos profetas, enviou o seu anjo, para mostrar aos seus servos as coisas que em breve hão de acontecer (Apo 22.1-6). Esse mesmo rio, com suas árvores produzindo um fruto diferente a cada mês e folhas com poder curativo, é descrita em Eze 47.1 e 12como correndo de debaixo do lado sul do Templo na Cidade Santa, agora chamada de Jehovah Shammah, em Israel. Isso nos diz que estamos de volta à terra, admirando o rio cristalino que corre através da Cidade Santa.
De acordo com Zac 14.4-8, esse rio repentinamente começa a correr no dia do retorno do Senhor. Ele corre em direção ao vale formado pelo terremoto gigantesco que dividiu o Monte das Oliveiras de leste a oeste. Uma vez lá, ele enche o vale, correndo para o Mediterrâneo no oeste e para o Mar Morto no leste. Suas águas curativas purificam o Mar Morto e peixes do Mediterrâneo agora nadam lá em abundância (Eze 47.9-10).
Onde o rio se divide para correr a leste e a oeste, o que sobrou da cidade de Jerusalém delineia suas margens. Mas o antigo Monte do Templo juntamente com o Domo da Rocha e a Mesquita de Al Aksa estão em ruínas sob as profundas águas, para nunca mais serem vistos. Eles estavam bem no caminho do terremoto, e o rio os engoliu, pondo fim a séculos de contendas sobre o lugar que Deus uma vez chamou de a menina dos Seus olhos (Zac 2.8). (Nós cobrimos isso com grande detalhe em nosso estudo de Apocalipse 11.15 – 12.17.)
Jesus Está Voltando
“Eis que presto venho: Bem-aventurado aquele que guarda as palavras da profecia deste livro.”
E eu, João, sou aquele que vi e ouvi estas coisas. E, havendo-as ouvido e visto, prostrei-me aos pés do anjo que mas mostrava para o adorar. E disse-me: “Olha, não faças tal; porque eu sou conservo teu e de teus irmãos, os profetas, e dos que guardam as palavras deste livro. Adora a Deus”.
E disse-me: “Não seles as palavras da profecia deste livro; porque próximo está o tempo. Quem é injusto, faça injustiça ainda; e quem está sujo, suje-se ainda; e quem é justo, faça justiça ainda; e quem é santo, seja santificado ainda” (Apo 22.7-11). Ser uma testemunha ocular da culminação da história humana é demais para João e ele cai aos pés do anjo que o guia em um ato de adoração. Mas diferentemente daquele outro anjo, o que começou todo o problema por causa de sua ânsia por adoração, este repreende João, admoestando-o a adorar Aquele que é digno.
João foi chamado de o discípulo que Jesus amava e recebeu a mais clara descrição do Fim dos Tempos. Antes dele, Daniel, chamado de o profeta amado (Dan 10.11), também tinha recebido descrições detalhadas do mesmo período. Quando Daniel pediu esclarecimento foi-lhe dito que as palavras estavam fechadas e seladas até o tempo do fim (Dan 12.9). Aqui é dito a João que não sele o que lhe foi dito por que o tempo está próximo. Por toda a Era da Igreja as profecias de Deus dos dias finais da terra estariam disponíveis para todos lerem. Aqueles que assim quisessem poderiam ignorá-la e continuar a ser desobedientes e aqueles que a lessem e aplicassem poderiam fazer o certo e ser Santos, mas o Fim viria exatamente como João o viu, independentemente da resposta do homem.
“E, eis que cedo venho, e o meu galardão está comigo, para dar a cada um segundo a sua obra. Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, o primeiro e o derradeiro” (Apo 22.12-13). Esta passagem faz três conjuntos de declarações sobre O Senhor. Ele é o Alfa e o Ômega, O Princípio e o Fim, e o Primeiro e o Último. Esses não são pensamentos repetitivos.
Variações da frase Alfa e Ômega autografaram as maiores obras de Deus desde o início. A primeira letra do alfabeto grego é Alfa e a última é Ômega. É como dizer “de A até Z” em português. Os equivalentes em hebraico são Aleph e Tau. Essas duas letras aparecem não traduzidas em alguns lugares interessantes nas Escrituras Hebraicas. Uma está emGen 1.1 logo depois da frase “No princípio Deus…”, fazendo com que a versão hebraica seja “No princípio Deus, o Aleph e o Tau, criou os Céus e a Terra”. Você precisa de uma Bíblia Interlinear Hebraica para descobrir isso, mas está lá.
O outro lugar é em Zac 12.10 onde o hebraico é: “… e olharão para mim, o Aleph e o Tau, a quem traspassaram…” Esta é uma profecia sobre o reconhecimento final de Israel da verdadeira identidade do Messias no Fim dos Tempos.
A palavra grega traduzida como princípio é “arche” e denota uma ordem de tempo, lugar ou cargo. Fim vem de “telos”, que significa o resultado ou propósito final; o limite superior. E assim Jesus é o primeiro em ordem de tempo, lugar ou cargo (Col 1.18), e representa o resultado ou propósito final do homem; ser um com Deus (João 17.20-23).
A palavra traduzida como primeiro é “protos” e significa principal ou melhor. Desta palavra nós tiramos protótipo. E último vem de “escathos” um superlativo significando o mais distante ou último. O termo escatologia (o estudo dos tempos do fim) se origina aqui. Ele é o protótipo, contra o qual tudo será comparado (Rom 8.29), o definitivo ou perfeito exemplo da raça (Heb 1.3), o único que já nasceu.
E assim Ele estava lá antes do começo e estará lá depois do final. Ele representa o definitivo propósito do homem e é nosso exemplo perfeito.
“Bem-aventurados aqueles que guardam os seus mandamentos, para que tenham direito à árvore da vida, e possam entrar na cidade pelas portas. Ficarão de fora os cães e os feiticeiros, e os que se prostituem, e os homicidas, e os idólatras, e qualquer que ama e comete a mentira”.
“Eu, Jesus, enviei o meu anjo, para vos testificar estas coisas nas igrejas. Eu sou a raiz e a geração de Davi, a resplandecente estrela da manhã” (Apo 22.14-16). A última das sete bênçãos do Apocalipse. As outras seis são encontradas em 1.314.1316.1519.920.6 22.7. Há também sete glórias no livro. A maldição finalmente se foi, Deus está em Seu Trono, os Seus servos O servem, nós temos a eterna visão de Sua face, Seu nome está escrito em nossas frontes, haverá dia eternamente e não mais noites, e reinaremos para sempre.
Uma última vez nos é lembrado de que, ainda que não sejamos judeus, o Deus que adoramos é. A frase “raiz e geração de Davi” relembra a profecia Messiânica de Isa 11.1-3.
Algumas versões modernas incorretamente traduzem o hebraico em Isa 14.12 dando a Satanás o título de Estrela da Manhã. Quando primeiramente traduzida para o latim, a palavra hebraica “heylel” se tornou Lúcifer, ou portador de luz, e foi assim que o nome se originou. Heylel literalmente significa “o brilhante”, mas sua intenção é de presunçoso ou orgulhoso, chamando atenção para si mesmo. A frase hebraica inteira em Isa 14.12 é Heylel ben Shachar e significa “O Brilhante, Filho da Alva”. Nosso Senhor Jesus é a única “Resplandecente Estrela da Manhã”.
E o Espírito e a esposa dizem: “Vem”. E quem ouve, diga: ”Vem”. E quem tem sede, venha; e quem quiser, tome de graça da água da vida (Apo 22.17). Um lembrete final de que o preço por nossa salvação já foi pago.
Porque eu testifico a todo aquele que ouvir as palavras da profecia deste livro que, se alguém lhes acrescentar alguma coisa, Deus fará vir sobre ele as pragas que estão escritas neste livro; e, se alguém tirar quaisquer palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte do livro da vida, e da cidade santa, e das coisas que estão escritas neste livro (Apo 22.18-19). A despeito deste claro aviso, tem havido muitas tentativas de alegorizar ou espiritualizar este livro em algo a que ele jamais se propôs. Ele não é história, nem alegoria, nem fantasia, mas profecia. E ela se cumprirá exatamente como Deus prometeu, todos os nossos esforços de negação serão malogrados.
Aquele que testifica estas coisas diz: “Certamente cedo venho”.
Amém. MARANATA! Ora vem Senhor Jesus.
A graça de nosso Senhor Jesus Cristo seja com todos vós. Amém (Apo 22.20-21).

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