Julio Severo
No Natal passado, o presidente
palestino Mahmoud Abbas disse que Jesus era um mensageiro “palestino.”
Muito embora Jesus nunca tivesse
sido palestino ou defensor de uma causa palestina, Abbas e seus colegas
muçulmanos querem usá-Lo para “ecumenicamente” unificar cristãos e muçulmanos
para garantir sua causa.
Cristo nunca foi um mensageiro palestino,
mas há muitos indivíduos e grupos cristãos se associando com uma mensagem
palestina. Conscientemente ou não, eles têm sido usados como mensageiros palestinos.
CMI e Teologia da Libertação
A organização mais notória é o
Conselho Mundial de Igrejas (CMI), que apoia a Teologia da Liberação, que “retrata
Israel como o opressor colonial e os palestinos como as vítimas do
imperialismo.” Seu encontro ecumênico no Brasil em 2006 “ecumenicamente” reuniu
ativistas gays, palestinos e mães-de-santo.
Reunião ecumênica do CMI em 2006: mães-de-santo e ativistas gays juntos |
O Rev. Walter Altmann, moderador do
Comitê Central do CMI, é um exemplo do radicalismo do CMI. Ele disse:
“Tenho um interesse especial em unir a teologia da Reforma à teologia da
libertação.”
Rev. Walter Altmann no Conselho Mundial de Igrejas |
Altmann, que é brasileiro, é
ex-presidente da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil, o maior
sínodo luterano no Brasil (700.000 membros). Ainda que significativos, seus
números empalidecem em comparação com outros grupos no universo evangélico
brasileiro. De acordo com o “The New International Dictionary of Pentecostal
and Charismatic Movements: Revised and Expanded Edition” (Novo Dicionário
Internacional de Movimentos Pentecostais e Carismáticos, Zondervan 2010), pentecostais
e neopentecostais somam mais de 45 milhões de membros no Brasil.
Reunião ecumênica do CMI em 2006: bandeiras da Palestina |
A Igreja Luterana de Altmann é
majoritariamente ecumênica, pró-Palestina, anti-Israel e esquerdista. Em 2006,
seu seminário mais proeminente teve Luiz
Mott, o pai do movimento homossexual brasileiro, como um dos principais
preletores. Em total contraste, as igrejas pentecostais e neopentecostais
do Brasil, firmemente pró-Israel e geralmente antiecumênicas, têm estado em risco
de serem contaminadas pela influência teológica de denominações protestantes
que promovem a Teologia da Libertação, conforme expõe meu e-book “Teologia da
Libertação X Teologia da Prosperidade,” disponível gratuitamente aqui: http://bit.ly/11zFSqq
Luiz Mott na EST, a maior faculdade teológica da IECLB |
Numa entrevista do CMI, Altmann
comentou “o crescimento das igrejas pentecostais” e lamentou
que “muitas dessas novas igrejas rejeitam o ecumenismo e fazem campanhas contra
iniciativas ecumênicas.” O ecumenismo, que anda de mãos dadas com a causa
palestina, tem sido apoiado pela Esquerda política e teológica. O CMI e seu
ecumenismo têm dependido principalmente do dinheiro das decadentes denominações
protestantes tradicionais esquerdistas da América do Norte e Europa Ocidental.
Altmann celebrou
que a Teologia da Libertação fortemente influenciou o movimento ecumênico e o
CMI durante as décadas de 1970 e 1980.
No Brasil, o pentecostalismo e o
catolicismo romano ortodoxo são hostis à Teologia da Libertação, ao ecumenismo e à
causa palestina. Em contraste, as velhas denominações protestantes grandes,
como a Igreja Evangélica de Confissão Luterana, que era presidida pelo Rev.
Altmann, abraçam a Teologia da Libertação, o ativismo palestino e envolvimentos
políticos esquerdistas.
Quando o ditador cubano Fidel
Castro aclamou
Jesus como um “grande revolucionário social” para Altmann em 1999, o pastor
luterano, que teve vários jantares com Castro, não viu problema. Por que,
então, o CMI veria algum problema com Abbas dizendo que Jesus era um “mensageiro
palestino”?
Sob o ecumenismo, é muito fácil
aceitar Jesus como um “grande revolucionário social” ou “mensageiro palestino.”
Colégio Bíblico de Belém e “Christ at the CheckPoint”
Sob o ecumenismo, iniciativas entre
cristãos e muçulmanos têm sido desenvolvidas pelo Conselho Mundial de Igrejas,
o Vaticano e a Aliança Evangélica Mundial (AEM), conforme informa o boletim “WEA
Theological News” (Notícias Teológicas da AEM), de outubro de 2012, volume 41,
número 4. Algumas dessas iniciativas envolvem protestantes palestinos adeptos
da Teologia da Libertação Palestina.
Sob o título “Promovendo a Verdade
Bíblica Interligando Teólogos,” o “WEA Theological News” destaca o Colégio
Bíblico de Belém e seu fundador e presidente, Bishara Awad, numa luz muito
positiva, para propósitos de propaganda.
O Colégio Bíblico de Belém realiza
as conferências “Christ at the CheckPoint” (Cristo no Posto de Controle), em
parte para avançar as relações entre cristãos e muçulmanos. Muitos de seus
palestrantes são proeminentes líderes protestantes esquerdistas e prelados
palestinos adeptos da Teologia da Libertação Palestina.
Em seu artigo “Refutando
o evangelismo anti-Israel,” Mark Tooley escreve:
“Em
anos recentes, evangélicos anti-Israel têm realizado uma conferência chamada ‘Christ
at the Checkpoint’ (Cristo no Posto de Controle) em Belém apresentando alguns
proeminentes evangélicos dos EUA. A conferência do ano passado incluiu o
evangelista Tony Campolo, conselheiro espiritual do presidente Bill Clinton, e
Joel Hunter, pastor de uma mega-igreja na Flórida e conselheiro espiritual do
presidente Barack Obama. A próxima conferência “Christ at the Checkpoint”
apresentará Geoff Tunnicliffe, presidente da Aliança Evangélica Mundial. Haverá
também um pastor de Dallas, dos batistas do Sul dos EUA, apesar de que sua
denominação apoia fortemente Israel. Outro palestrante será Gary Burge da
Faculdade Wheaton, um proeminente escritor que sempre critica Israel. Burge é
professor numa das mais prestigiosas faculdades evangélicas dos EUA. O
sentimento anti-Israel entre as elites evangélicas é mais forte nos meios
acadêmicos e em organizações de assistência e missões.”
Bishara Awad, fundador do Colégio Bíblico de Belém |
O escritor britânico Paul Wilkinson,
que compareceu a essa conferência como observador, comentou:
“Esse
movimento tem desenvolvido um ritmo surpreendente e assustador em anos
recentes. Estive em Belém em março de 2012, numa conferência evangélica chamada
Conferência ‘Christ at the Checkpoint.’ Mais de 700 evangélicos, todos os nomes
que já mencionei, Gary Burge e Stephen Sizer estavam ali; estava também Joel
Hunter, que é um dos conselheiros espirituais de Barack Obama; Tony Campolo, o
presidente da Aliança Evangélica Mundial estava ali, o presidente do Movimento
Lausanne estava ali, todos dando apoio aos palestinos, todos condenando a
ocupação israelense.”
Outro líder da Aliança Evangélica
Mundial envolvido na Conferência “Christ at the Checkpoint” é Thomas
Schirrmacher, que foi palestrante nessa conferência em 2012. Schirrmacher
rejeita a acusação de que “Christ at the Checkpoint” é anti-Israel. Em vez
disso, ele argumenta, é sobre “reconciliação.”
Judeus messiânicos rejeitam “Christ at the Checkpoint”
A opinião dele está muito distante
da opinião oficial de judeus conservadores. Líderes da Aliança de Judeus
Messiânicos dos EUA, da União de Congregações de Judeus Messiânicos, da Aliança
Internacional de Judeus Messiânicos e da Aliança Internacional de Congregações
e Sinagogas Messiânicas, representando o principal movimento de judeus
messiânicos, divulgaram uma declaração conjunta antes da conferência “Christ at
the Checkpoint” de 2012. Eles declararam o seguinte: “A conferência afirma
buscar paz e reconciliação, mas reflete interpretações bíblicas que negam a validade
permanente das alianças de Deus com o povo judeu… Reconhecemos e estamos
profundamente preocupados com a luta dos cristãos palestinos. Nossa objeção é a
uma conferência que é explicitamente pró-Palestina e anti-Israel, a qual busca
se promover como uma conferência sobre paz e reconciliação.”
A declaração deles também disse:
“As
congregações mundiais de judeus messiânicos, assumindo o lugar de nossos
antepassados Abraão, Isaque, Jacó e os profetas e apóstolos que escreveram as
Escrituras, veem o moderno ressurgimento da teologia da substituição como um
grave erro teológico, que tem incitado o antissemitismo em toda a história.
Essa teologia precisa ser desmascarada e rejeitada pelos cristãos no mundo
inteiro. Se não for contestada, essa teologia acabará trazendo como
consequência o constante sofrimento e perseguição de nosso povo judeu, quer
dentro ou fora de Israel. Qualquer iniciativa de paz e reconciliação entre
judeus e gentios, mesmo dentro da comunidade que crê em Yeshua, precisa
reconhecer que os dons e o chamado de Deus para nosso povo judeu são
irrevogáveis e ainda em vigor hoje.”
Stephen Sizer: igrejas que apoiam Israel são “abominação”
Muito embora Schirrmacher
escolhesse não dar atenção a esses judeus conservadores, havia outros sinais de
perigo. O jornal Jerusalem Post noticiou:
“Entre os palestrantes está o pastor britânico Rev. Stephen Sizer, que tem
falado duramente contra Israel e teve um encontro com o xeique Nabil,
comandante militar do [grupo terrorista anti-Israel] Hezbollah.” Sizer não está
sozinho na defesa da causa da teologia da libertação palestina em todo o mundo
muçulmano. Dois de seus amigos e colegas mais íntimos dentro do movimento
ecumênico anti-Israel são Gary Burge e Donald Wagner, um dos quais foi também
palestrante na Conferência “Christ at the CheckPoint.” Burge e Wagner são
pastores ordenados dentro da Igreja Presbiteriana dos EUA (PCUSA), a maior
denominação presbiteriana pró-aborto e pró-homossexualismo do mundo. Essa
denominação tem pedido boicotes contra Israel e tem sido muito ativa no Diálogo
Ecumênico entre Cristãos e Muçulmanos.
Yasser Arafat e Stephen Sizer |
Em seu blog pessoal, Sizer assinou
e publicou um documento intitulado “Declaração
Conjunta de Líderes Cristãos sobre o Aniversário de 60 Anos de Israel.” A
declaração denuncia a situação dos palestinos, então apela para um tipo de
reconciliação:
“Vamos
nos empenhar em palavra profética e ações práticas num acordo corajoso cujos
detalhes honrarão o amor comum de ambos os povos pela terra, e protegerão os
direitos individuais e coletivos dos judeus e palestinos na Terra Santa.”
A suprema e original Declaração
sobre Israel, a Bíblia, não estabelece nenhuma norma para posse conjunta da
Terra Santa por judeus e romanos, judeus e cananeus, judeus e palestinos, etc.
Tal posse conjunta viola a única e original intenção do Criador de Israel. Pelo
contrário, Suas promessas para Israel em toda a Bíblia, até mesmo no Novo
Testamento, não têm nenhum espaço para um empreendimento conjunto entre judeus
e muçulmanos árabes palestinos ou cristãos da Teologia da Libertação.
Mesmo assim, a Declaração de Sizer
foi assinada por muitos calvinistas e outros protestantes tradicionais,
inclusive Geoff Tunnicliffe, secretário-geral da Aliança Evangélica Mundial.
Ainda que a Declaração e Sizer pareçam defender iniciativas de “reconciliação,”
há outras motivações. O Projeto Rosh Pina disse,
“Se você é um judeu messiânico ou cristão árabe israelense que apoia o governo
de Israel, que é inerentemente sionista por sua própria história e natureza,”
Sizer diz:
“Há
certamente igrejas em Israel e na Palestina que ficam do lado da ocupação
[israelense], que ficam do lado do sionismo. Uma de minhas obrigações é contestá-las
teologicamente e mostrar que elas repudiaram Jesus, elas repudiaram a Bíblia, e
elas são uma abominação.”
De acordo como o Projeto Rosh Pina,
num debate via telefone em novembro de 2013 entre o
especialista acadêmico Michael Brown, que é judeu messiânico e líder
pentecostal nos EUA, e Stephen Sizer realizado pela Rádio Moody perguntando se
o sionismo cristão é cristão, Brown aos 50:20 minutos desafia Sizer acerca da
afirmação dele de que os seguidores judeus e árabes de Jesus que apoiam seu país,
Israel, são uma abominação. Inicialmente Sizer negou na maior cara-de-pau que tivesse
chegado a dizer isso. Brown apresentou a citação que o Projeto Rosh Pina revelou
com exclusividade em 2011, Sizer reconheceu o que disse, mas acrescentou que
estava “à vontade” com o fato de que essa era uma declaração verdadeira.
Será que Thomas Schirrmacher está “à
vontade” com essa gangue de esquerdistas? Schirrmacher é um calvinista e
diretor do Seminário Teológico Martin Bucer na Europa. Entretanto, só porque Burge
e Wagner são também calvinistas, será que ele deveria fechar os olhos para
estar com eles como palestrante numa evento palestino dominado por adeptos da
Teologia da Libertação Palestina?
Walid Shoebat, palestino ex-membro da Irmandade Muçulmana
O cristão palestino Walid Shoebat,
num artigo no WorldNetDaily intitulado “Evangélicos
pró-Hamas!,” também denunciou “Christ at the CheckPoint,” cujo lema é
“resistência à ocupação sionista israelense.” Ele denunciou especificamente o
relacionamento dessa conferência com o Hamas. De acordo
com a entidade International Christian Concern (ICC), “O Hamas, em associação
com a Irmandade Muçulmana, está controlando a Faixa de Gaza pela força das
armas, e está reprimindo energicamente os cristãos e restringindo sua liberdade
de culto. Está também tentando forçá-los a abandonar o Cristianismo e
convertê-los ao islamismo.” O ICC também explica que “há ataques constantes
contra igrejas e cristãos na Faixa de Gaza porque o Hamas considera os cristãos
como ‘infiéis.’”
“O
número dos cristão está diminuindo nas áreas controladas pelos palestinos.
Belém era 80 por cento cristã e hoje é menos de 1 por cento. No entanto, culpam
Israel, ainda que a diminuição não tenha afetado os muçulmanos, enquanto a
população cristã em Israel não tem diminuído um único ponto de percentagem. A
emigração cristã é consequência da perseguição realizada pelo Hamas islâmico e
pela Autoridade Palestina que começaram seu programa de intimidação e
apropriação de terras à força, inclusive centros cristãos que foram
transformados em sede de terroristas e criminosos. Em Gaza, a única livraria
cristã foi fechada e seu dono, Rami Ayyad, foi morto com um tiro na cabeça por
um fanático do Hamas. A terra natal de Cristo, o Túmulo de José e o túmulo de
Josué foram todos profanados por terroristas muçulmanos.”
Os cristãos e até os muçulmanos em
Israel não estão imigrando para a “Palestina.” Mas, se lhes fosse oferecida a
oportunidade, os cristãos (e até os muçulmanos) nas terras ocupadas pela
Autoridade Palestina imigrariam para Israel.
Shoebat diz:
“Historica
e biblicamente, nunca existiu uma civilização ou cultura palestina. Contudo,
esse é o coração da doutrina do Colégio Bíblico de Belém. O palestinianismo,
inclusive a versão torcida de Cristianismo que ele incorpora, foi planejado
para erradicar a presença judaica e nada mais. Essa teologia apoia um solução
de estado dividido para Israel e até apoia o reconhecimento da organização
terrorista Hamas como ‘representante legítimo do povo palestino.’ O Hamas é um
grupo terrorista que busca a destruição de Israel. De acordo com o governo dos
Estados Unidos, o Hamas é considerado um grupo terrorista.”
Shoebat também explica o que os
estudantes aprendem no Colégio Bíblico de Belém, fundado por Bishara Awad:
“Então,
como é que os Awads veem o sionismo? Yousef Ijha, que recebeu seu diploma do Colégio
Bíblico de Belém (Awad e Ijha podem ser vistos [aqui]), apresentou sua tese de doutorado intitulada Estudo
sobre o Sionismo Cristão que foi aceita para sua graduação. Ele escreveu em sua
tese: ‘Herzl estabeleceu o primeiro Congresso Sionista em 1897, e teve êxito em
ajuntar os judeus do mundo ao redor de si, inclusive os judeus mais astutos,
para empreender o plano mais perigoso da história do mundo, Os Protocolos dos
Sábios de Sião, produzido a partir dos ensinos sagrados dos judeus.’ Tudo isso
enquanto ignorando que Os Protocolos dos Sábios de Sião é um documento
fraudulento.”
Não só fraudulento, mas
provavelmente a principal ferramenta usada pela KGB para espalhar ódio
anti-Israel em nações muçulmanas. De acordo com o jornal britânico Daily
Mail:
“O
livro dos Os Protocolos dos Sábios de Sião, afirma Pacepa, se tornou ‘a base
para boa parte da filosofia antissemítica de Hitler.’ A KGB, escreve ele,
disseminou ‘milhares de exemplares’ em países muçulmanos durante a década de
1970.”
“Christ at the CheckPoint” e sua propaganda contra o muro de Israel
Obviamente, sua disseminação não
foi planejada para trazer “reconciliação” entre Israel e os palestinos. Então
por que o Colégio Bíblico de Belém jamais repudiou isso? Aliás, por que o
Colégio Bíblico de Belém retrata o Muro Israelense, até mesmo em sua propaganda
de “Christ at the CheckPoint,” como um “muro de apartheid”?
Um relatório do
Instituto Gatestone demole a propaganda falsa dizendo:
“Em
2005, uma jovem palestina chamada Wafa al-Biss sofreu queimaduras horríveis num
incêndio doméstico, foi levada ao Hospital Soroka em Israel e tratada durante
meses ali. Quando recebeu alta, ela teve permissão de retornar como paciente.
Algum tempo depois, ela foi ao hospital vestindo um cinto cheio de explosivos
com o objetivo de explodir tudo entre os médicos e enfermeiras que a tinham
tratado, assim como muitas crianças que ela pudesse encontrar. Ela foi pega num
posto de controle e presa. No começo deste ano, [sob pressão dos EUA] ela foi
liberta como parte de um acordo de libertação de prisioneiros. Depois de
algumas horas, ela já estava falando com crianças palestinas, incentivando-as a
vestir explosivos e matar tantos judeus quanto fosse possível. E algumas pessoas
ficam imaginando por que os israelenses precisam de uma barreira de segurança.”
O relatório do Instituto Gatestone
também diz:
“É
mentira dizer que Israel é um estado de apartheid e que o muro é um muro de
apartheid. É uma barreira de segurança, exatamente como dezenas de outras no
mundo inteiro, nenhuma das quais jamais foi chamada de ‘muro de apartheid.’”
Entretanto, o Colégio Bíblico de
Belém e seu fundador, Bishara Awad, insistem em retratar os postos de controle
israelenses, não os palestinos muçulmanos radicais, como o problema real.
Thomas Schirrmacher e confusão no Brasil
Se Thomas Schirrmacher acredita que
a “reconciliação” é um componente principal das conferências “Christ at the CheckPoint,”
e seus esforços para derrubar o muro de Israel, como é que ele conseguirá
contestar as orientações liberais, marxistas e anti-Israel no movimento
ecumênico? Como é que ele conseguirá ver sentimentos anti-Israel em Burge e
Wagner, que eram seus camaradas e palestrantes em “Christ at the CheckPoint”?
Seu site pessoal tem uma página
ecumênica exclusiva e tem também uma página
dedicada a “Christ at the CheckPoint,” e Paul Wilkinson, em seu livreto “The Church
at Christ’s CheckPoint” (A Igreja no Posto de Controle de Cristo), desmascara a
agenda real por trás dessa conferência. Ele cita Schirrmacher dizendo:
“A
AEM [Aliança Evangélica Mundial] está ‘disposta a tudo,’ inclusive cooperar com
a Autoridade Palestina.”
Schirrmacher tem agenda marcada como palestrante principal no
primeiro Congresso Internacional sobre Liberdades Civis Fundamentais no Brasil.
O congresso será realizado em março pela ANAJURE. O que ele trará à ANAJURE?
Mais de suas experiências ecumênicas? Essas experiências incluirão iniciativas
de “reconciliação”?
A ANAJURE já tem problemas
suficientes. Aliás, o teste mais importante para a ANAJURE, fundada em 2012,
e seu interesse de defender as liberdades civis fundamentais foi quando o
deputado federal Marco Feliciano, que é também pastor pentecostal oposto ao
aborto e à agenda gay, foi brutalmente atacado pela poderosa Esquerda
brasileira porque ele havia sido nomeado para presidir a Comissão de Direitos
Humanos da Câmara dos Deputados em março de 2013. Num comunicado à imprensa, o
presidente da ANAJURE não o defendeu, mas questionou sua nomeação e motivações
pessoais. Numa entrevista
exclusiva, o Dep. Feliciano explicou que foi traído pela ANAJURE.
A ANAJURE já tem problemas
suficientes. Seu evento com Schirrmacher vem sendo propagandeado pela Ultimato, uma velha revista da Teologia
da Libertação protestante fundada por presbiterianos. Suas posturas sobre
Israel são semelhantes às opiniões de Sizer, focando na “reconciliação.”
Como então as opiniões de “reconciliação”
de Schirrmacher ajudariam a ANAJURE e o Brasil? Como suas experiências
ecumênicas pró-palestinos-árabes-muçulmanos ajudariam a ANAJURE e o Brasil?
O Brasil já está cansado do sentimento
pró-palestinos-árabes-muçulmanos e anti-Israel em seu governo socialista e
muitos de seus líderes protestantes, inclusive Walter Altmann.
Espero que a participação de Schirrmacher
num congresso da ANAJURE não mine a importante resistência pentecostal à
abertura dos protestantes esquerdistas à Teologia da Libertação, inclusive sua
versão árabe palestina, e ao sentimento anti-Israel, alegadamente no nome da “reconciliação.”
Schirrmacher tem estado envolvido
em campanhas ecumênicas de alto nível entre cristãos e muçulmanos juntamente
com o Vaticano e o Conselho Mundial de Igrejas. Aliás, ele tem sido um
palestrante em eventos do CMI.
Sob a bandeira do ecumenismo, é
muito fácil abraçar a teologia da substituição, que diz que Israel foi substituído
pela Igreja e todas as promessas de Deus para os descendentes de Abraão, Isaque
e Jacó são agora inválidas para Israel. Alguns teólogos de alta patente na
ANAJURE apoiam essa posição. Esses teólogos são da Universidade Presbiteriana
Mackenzie. Aliás, o principal patrocinador do evento da ANAJURE é o Mackenzie.
As grandes denominações
protestantes e seus membros são as principais vítimas do ecumenismo e suas
apostasias. Em 2008, a secretária de Estado dos EUA Condoleezza Rice, a famosa
filha de um pastor presbiteriano americano, visitou o Brasil. Suas
políticas palestino-israelenses eram guiadas por sua teologia da substituição
calvinista. Ela veio ao Brasil para fortalecer as raízes das religiões
afro-brasileiras, que são consideradas “feitiçaria” pela Bíblia.
Mãe-de-santo e Condoleezza Rice |
Não há contradição para a
calvinista Rice e outros protestantes liberais fortalecerem a bruxaria, o
ativismo gay e a Palestina e, ao mesmo tempo, enfraquecerem Israel. O CMI é
apenas um exemplo de tal apostasia.
O ecumenismo ajuda a causa palestina
O ecumenismo tem sido um
estimulante para a causa palestina. A Igreja Luterana de Altmann e outras
grandes denominações protestantes desempenharam um papel importante no “Fórum
Social Mundial — Palestina Livre” em 2012. Esse evento, realizado no Brasil,
foi o maior
evento socialista pró-Palestina do mundo.
Adeptos da Teologia da Libertação
Palestina e protestantes e católicos da Teologia da Libertação da América
Latina se reuniram, em sua comum fé esquerdista, para defender sua comum causa
palestina.
Em maio de 2013, Bishara
Awad, o ativista palestino por trás de “Christ at the CheckPoint,” visitou o
Brasil e algumas de suas igrejas. Ele foi o palestrante principal em Portas
Abertas e numa grande conferência de pastores, sob a capa de “reconciliação.”
O governo socialista do Brasil vê
as pretensões socialistas e palestinas como legítimas, inclusive qualquer referência
a Jesus como um “grande revolucionário social” ou “mensageiro palestino.” O “Fórum
Social Mundial — Palestina Livre” tinha a mesma visão. É claro que Awad e seus
colegas no “Christ at the CheckPoint” estariam de pleno acordo também. Quanto a
Schirrmacher, ele vê apenas “reconciliação” em tudo isso?
Com exceção de Altmann e seus
camaradas protestantes (que se tornaram mensageiros socialistas e palestinos),
os evangélicos brasileiros, que são majoritariamente pentecostais e
neopentecostais, têm resistido às iniciativas ecumênicas de se alinharem à
visão política socialista e a visão da Teologia da Libertação de Jesus como
sendo um “grande revolucionário social” ou “mensageiro palestino.”
Sou
grato a três artigos do Dr. Mark Tooley como fontes para meu artigo. Agradeço
também a Paul Wilkinson, James Sundquist, Don Hank, Ingo Haake e a Walid
Shoebat pela documentação que cada um deles me enviou.
Versão em inglês deste artigo: “Palestinian Messengers”: How Christ and Christians Are Used for the Palestinian Cause
Fonte: www.juliosevero.com
Fonte: www.juliosevero.com
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