8 de mar. de 2011

CRONOGRAMA DA TRIBULAÇÃO



A série de eventos relacionados com a fase de tribulação profetizada na Bíblia para os tempos finais tem sido citada e comentada diversas vezes durante a história do cristianismo. O que fica patente é que, apesar de manterem uma mesma linha central de interpretação, as muitas versões e comentários feitos apresentam algumas diferenças de interpretação no que se refere à ordem cronológica dos últimos acontecimentos. 

Graças ao fato de vivermos no limiar desses acontecimentos, temos certa vantagem sobre pessoas que viveram há dezenas ou até centenas de anos. Hoje, temos uma melhor idéia do que podem significar literalmente as profecias apocalípticas, por estarmos vivendo no tempo do seu cumprimento. Não esqueçamos que João, ao escrever o Apocalipse, expressou as visões e revelações divinas e os fatos surpreendentes que aconteceriam no final dos tempos, com as suas palavras e com a limitação tecnológica própria de quem vivia há 2.000 anos. Hoje, vivendo o avanço tecnológico profetizado no livro de Daniel e já observando o surgimento do sistema político-religioso que servirá como base de atuação para o anticristo, podemos descobrir e entender mais precisamente as maravilhosas revelações apocalípticas e a seqüência de acontecimentos profetizados.

Apesar de muitos atribuírem à tribulação um período mais extenso, somos levados a considerar tecnicamente como período de tribulação os sete anos anteriores à segunda vinda de Jesus e a conseqüente derrota da besta e seu sistema. É claro que atualmente vivemos tempos difíceis, porém é importante não confundi-los com a tribulação final de sete anos, da qual faz parte a “grande tribulação”, um período de três anos e meio, na segunda metade da tribulação. Para considerar o período tribulacional como um período de sete anos, tomamos como base uma interpretação futurista da última semana de Daniel.

               CONDIÇÕES PRÉVIAS

É praticamente impossível traçar uma seqüência totalmente exata de cada evento que está porvir, haja vista que a prioridade na revelação apocalíptica não é narrar fatos seqüenciados de forma metódica e sim revelar a derrota do mal de forma definitiva no universo.

Estamos vivendo o que Jesus em seu sermão profético chamou de “princípio de dores”, ou seja, uma série de conflitos e catástrofes iniciais que vão resultar na instalação do novo sistema de governo mundial e na chegada da tribulação em si. Jesus profetizou que nações se levantariam contra nações, reinos contra reinos, e que haveria pestes, fomes e terremotos. Esse cenário de guerras, fome e morte se encaixa perfeitamente na descrição dos quatro cavaleiros do Apocalipse (Ap. 6:1-18). Essa série de conflitos e catástrofes permitirá que se instale um cenário propício para a Nova Ordem Mundial. Cremos que as forças hegemônicas que hoje “dominam” o mundo serão enfraquecidas e darão lugar a um sistema cada vez mais unificado e aparentemente solidário. Entendemos que, no final deste período de “princípio de dores”, haverá um rápido período de transição, “paz humana” e reordenamento mundial.

As profecias bíblicas, principalmente as de Obadias e Jeremias, nos levam a acreditar que no período de conflitos do “princípio de dores”, alguns povos e grupos religiosos mais radicais e fundamentalistas serão exterminados (Ob.1:1-14). Isso explicaria três questões básicas:

1) O governo do anticristo e do falso profeta terá apoio mundial total, exceto dos cristãos verdadeiros, os quais não aceitarão a marca da besta nem adorarão a sua imagem. Porém, hoje existe uma religião que, mesmo não sendo cristã, se oporia radicalmente ao domínio político e espiritual do anticristo. Estamos falando do islamismo. Por isso, acreditamos que nos conflitos inseridos no “princípio de dores”, os povos muçulmanos poderão ser, de alguma maneira, silenciados, enganados ou destruídos, possivelmente por algum país hegemônico mundial ou por Israel, ou mesmo ambos.

2) É necessário que o templo judeu seja reconstruído em Jerusalém, para que nele se cumpra a abominação desoladora profetizada por Daniel em Daniel 9:27 e confirmada por Jesus em Mateus 24:15. A abominação desoladora marcará o começo da “grande tribulação”, período de três anos e meio que marca a segunda metade da tribulação, quando o anticristo se sentará no trono do templo e profanará o santo lugar (Daniel 11:30-32, II Tessalonicenses 2:3-4). No lugar em que deve ser reconstruído o templo judaico, hoje existe uma mesquita muçulmana, o que novamente nos leva a acreditar num desfecho radical envolvendo os islamitas (pelo menos aqueles que habitam o Oriente Médio) ou num surpreendente acordo de paz, o qual poderá ser o acordo de que trata Daniel 9:27.

3) Quando Ezequiel descreve a invasão de Gogue e Magogue contra Israel, que muito provavelmente se dará bem próximo ao início do período de tribulação de sete anos, ele nos revela que quando isso acontecer, Israel estará habitando sua terra “em paz” , uma realidade muito diferente da que observamos hoje nos noticiários! Algo radical e transformador deve acontecer no Oriente Médio para que essa profecia se cumpra e traga esse período de relativa tranqüilidade. Após essa fase de transição malignamente pacífica, que deve durar pouco tempo, um evento quebrará subitamente essa realidade. Vindos do “norte”, Gogue, Magogue e seus aliados tentarão invadir Israel. Se em qualquer mapa mundial você traçar uma linha vertical partindo de Jerusalém indo rumo ao norte, a linha passará por Moscou, capital da Rússia... Ezequiel revela que Gogue estará acompanhado de um vasto exército de diferentes nações aliadas.
  
               OS DEZ CHIFRES E A ASCENÇÃO DO ANTICRISTO

Ao analisarmos detalhadamente o sistema político que dará sustentação ao anticristo, notamos que o próprio terá dez chifres. Como já vimos, cada chifre representa uma nação ou bloco de nações. Em Apocalipse 17:12 diz que os dez chifres, em determinado momento, entregarão o seu poder e domínio à besta. Muito provavelmente, isso ocorrerá ainda no período de transição. Porém, Daniel revela que quando o anticristo “surgir” derrubará três dos dez chifres (Daniel 7:8). Os três chifres que cairão e que pertenciam aos dez primeiros, possivelmente serão os derrotados na invasão de Gogue e Magogue (Rússia mais outros dois). A partir deste momento começa o período de sete anos denominado tribulação.

É lógico afirmar que, durante a época de transição que antecederá os sete anos e na qual receberá o poder delegado pelos dez chifres, o anticristo não passará de um político admirável e aclamado por todas as nações (inclusive por Israel), por causa das soluções pragmáticas e populares que trará. Próximo ao começo da tribulação, porém, algo espantoso e sobrenatural acontecerá. Ezequiel afirma que os exércitos de Gogue e seus aliados serão exterminados “sem intervir mão humana”, ou seja milagrosamente, num livramento divino para a nação israelense. É importante estar preparado para a possibilidade de o falso profeta atribuir esse livramento sobrenatural ao anticristo, começando neste instante a adoração mundial para o mesmo e o reconhecimento do povo judaico à besta.

Embora ter começado a surgir antes mesmo dos sete anos tribulacionais, o anticristo só começará sua perseguição implacável e aberta contra o povo judeu e a Igreja cristã a partir da segunda metade da tribulação, denominada “grande tribulação”, um período de três anos e meio (Apocalipse 13:5-7 e Daniel 7:24-25), período que começará com a quebra do acordo feito entre a besta e a nação israelense e com a maligna abominação desoladora em Jerusalém. Antes desse período, o anticristo terá uma atitude de aparente união com Israel, firmando, muito provavelmente após a derrota de Gogue e Magogue, um tratado de paz para “proteger” Israel. Ele será aceito e aclamado pelos judeus, como vimos anteriormente. Por sua vez, antes da “grande tribulação”, os cristãos verdadeiros serão perseguidos apenas a nível policial, político e social, pelo fato de não aceitarem os planos iniciais da Nova Ordem Mundial nem o domínio mundial da besta. Cremos que essa perseguição inicial não será uniforme em todas as nações e não assumirá necessariamente um caráter anticristão específico num primeiro momento. A partir do momento que a “máscara” do anticristo cair, no começo da grande tribulação, é que a perseguição contra a Igreja e Israel assumirá um caráter abertamente espiritual, maligno e implacável.  

             CALCULANDO A ÚLTIMA SEMANA

Quando comparamos as revelações contidas no livro de Daniel com aquelas registradas no Apocalipse, podemos ter uma visão mais ampla de como os eventos se darão na 70ª semana de Daniel, período de 7 anos que, segundo entendemos, marca a tribulação que antecederá a gloriosa volta do Senhor. Se possível, faça você mesmo um gráfico com os dados que exporemos aqui:


PONTO (1): Começo da tribulação

PONTO (a): Começo do oferecimento de sacrifícios no Templo reconstruído

PONTO (2): Metade da tribulação e começo da grande tribulação

PONTO (3): Final do período tribulacional

PONTO (b): Ressurreição das duas testemunhas

PONTO (c): Purificação do santuário

PONTO (?): Aparição no céu do sinal de Jesus e arrebatamento da Igreja

PONTO (d): Descida de Jesus no Monte das Oliveiras, derrota dos exércitos do anticristo e começo do reino eterno de Cristo. 

O esquema acima procura definir a ordem dos acontecimentos que terão lugar na última semana de Daniel, num período de sete anos denominado tribulação, e as conseqüências posteriores desses acontecimentos. Esse esquema foi elaborado com base nas profecias de Daniel e do Apocalipse e nos dados que elas nos oferecem. No entanto, serve apenas para apresentar-nos uma noção do período tribulacional, sem chamar para si nenhuma infalibilidade em seus cálculos.

Em relação ao ponto inicial (1), é lógico supor que o anticristo surgirá num momento anterior a esse ponto, talvez anos antes. O ponto (1), determina o começo do período de sete anos. O evento que dá lugar ao começo dos sete anos de tribulação é o pacto de paz feito entre a besta e Israel (Daniel 9:27).

Do ponto (1) até o ponto (a), transcorrem 250 dias. No ponto (a) começam a ser oferecidos os sacrifícios no Templo de Jerusalém, devidamente reconstruído meses ou anos antes (Daniel 8:13).

Do ponto (a) até o ponto (2), transcorrem 1010 dias. O ponto (2) marca a metade exata do período tribulacional e o começo do período denominado grande tribulação. Neste ponto, o anticristo profanará o Templo e fará cessar os sacrifícios, estabelecendo a abominação desoladora (Mateus 24:15-21, Daniel 9:27). Parte da Igreja foge e é preservada nesses três anos e meio e uma outra parte fica no sistema para testemunhar (Mateus 24:16-20, Apocalipse 12:6-16, Apocalipse 12:17). Nesse ponto começa o ministério das duas testemunhas (Apocalipse 11), que se estende por toda grande tribulação (42 meses ou 1260 dias). Conseqüentemente, o período que vai do ponto (2) até o ponto (3) é de 42 meses ou 1260 dias.

No ponto (3) se completa o período tribulacional de sete anos ou a última semana de Daniel. Neste ponto, as duas testemunhas são assassinadas pelo anticristo (Apocalipse 11:3-7). Os corpos das duas testemunhas ficarão expostos para a população mundial por três dias e meio. Conseqüentemente, do ponto (3) até o ponto (b), transcorrem três dias e meio. Nesse momento (b), as duas testemunhas são ressuscitadas por Deus, para assombro de todos e ascendem aos céus! (Apocalipse 11:11-15).

Do ponto (b) até o ponto (c), transcorrerão 26 dias e meio. Cremos que, após o Templo ter sido purificado pelos judeus no ponto (c), 26 dias e meio após a ressurreição das 2 testemunhas e 30 dias após o término da grande tribulação de 42 meses, o anticristo reunirá seus exércitos no Armagedom para destruir Israel. Entendemos que isso se dará imediatamente depois que o sol e a lua escurecerem, sinais que parecem estar contidos na quinta taça (Apocalipse 16:10). O sol e a lua escurecendo, sinais que ocorrem logo após a grande tribulação (Mateus 24:29), são os sinais que anunciam o DIA DO SENHOR. A partir desse momento, inserido entre os pontos (c) e (d), o arrebatamento da Igreja torna-se iminente. Neste ponto, o sol e a lua escurecerão, as estrelas “se moverão de lugar”, e então aparecerá nos céus completamente escuros o sinal do Filho do homem, como um relâmpago, visto por toda a humanidade! (Mateus 24:27-31, Apocalipse 6:12-17). Neste momento (?), ao soar da última trombeta, ocorrerá o arrebatamento, o momento maravilhoso em que a Igreja se reunirá com Cristo nas nuvens. Os que estiverem mortos, serão ressuscitados e glorificados. Os que estiverem vivos, serão transformados e glorificados (I Coríntios 15:51-52, I Tessalonicenses 4:15-18, Apocalipse 15:13-16, Apocalipse 19: 7-9).

Todos esses eventos gloriosos gerarão a conversão de Israel e o reconhecimento do Messias prometido (Romanos 11:26-27, Zacarias 12:10). Também, de acordo com as profecias de Daniel, do ponto (c), que é a purificação do Templo, até (d), que é a descida de Jesus no Monte das Oliveiras, para derrotar os exércitos do anticristo e instaurar seu reino eterno, transcorrerão 45 dias.

Os cálculos acima foram feitos de acordo com os seguintes parâmetros: 

1. De acordo com Daniel 9:27, podemos saber que do ponto (1) até o ponto (2) transcorrem 1260 dias (três anos e meio ou metade de uma semana). Então, a outra metade terá também 1260 dias, o que confirma as revelações apocalípticas da atuação principal do anticristo. Então, do ponto (2) até o ponto (3), transcorrem 1260 dias. Somando as duas metades, nós termos 2520 dias de tribulação (sete anos).

2. De acordo com Daniel 8:13-14, podemos saber que, desde o começo dos oferecimentos de sacrifícios até a purificação do Templo, transcorrerão 2300 dias. Ou seja, do ponto (a) até o ponto (c) transcorrerão 2300 dias.

3. De acordo com Daniel 12:11, fica claro que entre a profanação do Templo (abominação desoladora) até a purificação do mesmo, transcorrerão 1290 dias. Ou seja, do ponto (2) até o ponto (c) transcorrem 1290 dias.

4. De acordo com Daniel 12:12, ficamos sabendo que, desde a profanação do santuário (ponto 2) até a vitória final do Ungido sobre o anticristo (ponto d), transcorrerão 1335 dias.

Os dados obtidos com as revelações bíblicas citadas acima, permitem situar-nos dentro dos últimos acontecimentos. Nossos cálculos não são infalíveis e são passíveis de erros. Porém, a revelação pormenorizada de tantos detalhes proféticos nos mostra, mais uma vez, o cuidado de Deus em nos revelar aquilo que precisamos saber, para que estejamos em trevas. Comomembros do corpo de Cristo, devemos estar preparados para viver esses dias que se aproximam, sejamos protegidos da tribulação ou inseridos nela para testemunho e martírio. Que em nossos corações haja um crescente anelo pela volta gloriosa de Jesus, como Rei e Senhor!

                AS SUBDIVISÕES DO APOCALIPSE

O Apocalipse engloba os fatos que acontecerão no período tribulacional e até mesmo pré-tribulacional, em selos, trombetas e taças, determinando um desenrolar lógico dos acontecimentos. Deixamos claro que a concepção que adotamos em relação ao livro de Apocalipse se esforça para chegar o mais próximo possível da concepção literal e futurista que nossos irmãos primitivos adotavam para relacionar-se com as profecias escatológicas.

Cremos que há uma estreita relação entre trombetas e taças, sendo estas últimas a descrição das conseqüências finais do toque das 7 trombetas. Já os selos, em nosso entendimento, descrevem um período de tempo maior, que vai do princípio de dores (selos 1 a 4), até a vinda de Cristo (selo 7), passando pela perseguição aos servos do Senhor (selo 5) e pelos sinais que antecedem o grande dia do Senhor (selo 6). Tudo indica que os eventos relacionados às 7 trombetas ocorrerão a partir do início da grande tribulação de 3 anos e meio e que os eventos resultantes das 7 taças terão lugar nos momentos finais desse período, abrangendo até mesmo os sinais que antecedem o Dia do Senhor, dia esse que é colocado como um evento que ocorrerá imediatamente após a grande tribulação. (Mateus 24:29).

               OS SELOS


São descritos a partir do capítulo 6 do Apocalipse. Estando certa a nossa posição, os sete selos abrangeriam não somente os sete anos tribulacionais más também uma parte do períodopré-tribulacional, denominada de “princípio de dores” (comparar Mateus 24:7-10 e Apocalipse 6:1-11) e até mesmo parte de acontecimentos pós-tribulacionais, como os sinais cósmicos que antecedem o Dia do Senhor (comparar Mateus 24:29 e Apocalipse 6:12-17). Cremos firmemente que há uma estreita relação entre o sermão profético do Senhor Jesus e os sete selos do Apocalipse, abrangendo assim todos os principais sinais que ocorrem imediatamente antes, durante e logo após a tribulação, apontando para a gloriosa volta do Mestre.

Os quatro primeiros selos referem-se aos quatro cavaleiros do Apocalipse (Apocalipse 6:1-8). Acreditamos já estar vivendo essa realidade, com o aumento progressivo das guerras, fomes e mortes. Esses primeiros quatro selos parecem estar intimamente ligados aos sinais do princípio de dores detalhados pelo Senhor, os quais irão se aprofundando. O resultado final da concretização desses quatro primeiros selos será a morte de ¼ da população mundial. 

O quinto selo (Apocalipse 6:9-11), descreve a súplica de cristãos que foram martirizados no decorrer da história por causa de seu posicionamento espiritual. Eles devem esperar um pouco mais de tempo, até que se complete o número daqueles que serão martirizados até o fim dos tempos, incluindo nesse contexto a Igreja nos últimos tempos. Esse selo aponta claramente para a perseguição histórica sobre a verdadeira Igreja, perseguição essa que se aprofundará no período tribulacional.

O sexto selo (Apocalipse 6: 12-17), descreve uma grande comoção na Terra e no universo. Neste momento muitos despertarão para a realidade final. Fica implícita nesta passagem a manifestação de cataclismos surpreendentes, provavelmente gerados por deslocamentos orbitais e gravitacionais dentro do sistema solar. Fica muito clara a relação desse selo com os sinais que antecederão o Dia do Senhor (Mateus 24:29-30). Logo, esse selo abrange também acontecimentos que ocorrerão imediatamente após a tribulação de 7 anos.

O sétimo selo (Apocalipse 8:1-5), se subdivide em sete trombetas. Aqui, o sétimo selo parece não indicar uma ordem cronológica em relação aos primeiros seis selos, mas sim explicativa. As trombetas descrevem eventos de forma mais detalhada. É como se, ao ser aberto o sétimo selo, se descortinassem as trombetas, o que ocorre também quando a sétima trombeta é tocada.

               AS TROMBETAS



Cremos que as trombetas se referem a eventos que ocorrerão durante a grande tribulação de 3 anos e meio, a partir do momento em que ocorrer a abominação desoladora (Mateus 24:15).

A primeira trombeta (Apocalipse 8:7), sugere um conflito nuclear, que destruirá a terça parte da Terra. 

A segunda trombeta (Apocalipse 8:8-9), parece ser conseqüência direta da primeira, gerando danos proporcionais às fontes aquáticas do planeta. 

A terceira trombeta (Apocalipse 8:10-11), descreve “uma estrela” ardente caindo do céu como uma tocha. Acreditamos que possa tratar-se de um asteróide de pequeno porte colidindo com a Terra. De acordo com recentes descobertas astronômicas, existem atualmente alguns asteróides em rota de colisão com a Terra. Apesar da probabilidade de colisão ser atualmente pequena, de acordo com a maior parte dos astrônomos, nos parece, à luz da palavra apocalíptica, que esse desastre possa acontecer, levando em consideração os profundos desequilíbrios que ocorrerão não somente no planeta Terra, mas também em todo o universo. 

A quarta trombeta (Apocalipse 8:12), à semelhança da segunda, é possivelmente uma conseqüência direta da trombeta anterior. Com a queda do asteróide ou meteorito, uma densa camada de poeira subiria, “escurecendo” o sol, a lua e as estrelas. 

A quinta trombeta (Apocalipse 9:1-12) parece descrever a atuação de espíritos malignos, assumindo formas físicas bizarras, destruindo e matando aqueles que não tiverem o selo de Deus. 

Na sexta trombeta (Apocalipse 9:13-21), continua a onda de destruição humana, agora encabeçada por quatro anjos, que possuem essa missão específica. 

A sétima trombeta (Apocalipse 11:15-19), se subdivide em sete taças ou pragas.

                   AS TAÇAS

 

Cremos que o derramamento das taças se dará logo após a grande tribulação, nos dias que separam o fim da grande tribulação e o retorno glorioso do Senhor Jesus. Será o clímax da ira de Deus sobre os ímpios e o pecado.



A primeira taça (Apocalipse 16:2), descreve o aparecimento de uma chaga maligna que se manifestará naqueles que tenham a marca da besta.

A segunda taça (Apocalipse 16:3), descreve a contaminação total dos oceanos, num possível aprofundamento das conseqüências da segunda trombeta.

Cremos que a terceira taça (Apocalipse 16:4), é uma continuação do efeito anterior, com a destruição definitiva (até o começo do Milênio) dos rios e fontes de águas potáveis. 

A quarta taça (Apocalipse 16:8-9), sugere uma aproximação da Terra ao Sol, possivelmente causada por uma mudança em seu eixo ou mesmo em sua massa, decorrente dos cataclismos anteriores, aumentando assustadoramente a temperatura média do planeta. 

A quinta taça (Apocalipse 16:10-11), é um castigo específico contra o anticristo e seus auxiliares mais próximos, possivelmente abrangente à cidade que ele escolherá como capital mundial.

A sexta taça (Apocalipse 16:12-16), descreve os preparativos satânicos para a batalha final do Armagedom. É muito provável que o exército oriental descrito em Apocalipse 16:12 seja o chinês que, juntamente com as outras nações, será convencido pela besta a marchar contra Israel. Recentemente, foi noticiado que o governo chinês, caso seja necessário, poderá alistar grande parte de sua população ativa, com centenas de milhões de soldados. Como já explicamos nas páginas anteriores, acreditamos que o anticristo atribuirá à nação israelense a culpa por todos os males e maldições que estarão acontecendo na grande tribulação, convencendo essas nações através do engano espiritual de 3 espíritos malignos. Essas nações se reunirão no Armagedom. 

A sétima taça (Apocalipse 16:17-21), descreve o começo da destruição definitiva das forças do anticristo. Elas serão derrotadas no Armagedom por Cristo em sua segunda vinda em glória (Zacarias 14:1-21). Todo o sistema político-religioso do anticristo ruirá. A besta e o falso profeta serão lançados no lago de fogo e Satanás será amarrado por mil anos. A partir desse momento começa o reino milenar de Cristo em nosso planeta (Apocalipse, capítulos 19 a 22).
                
              SEQUÊNCIA GERAL DE EVENTOS  

Observamos que muitas tentativas humanas de datar e determinar com absoluta precisão histórica como e quando ocorreriam os principais eventos escatológicos profetizados na Palavra, terminaram em fracassos. Entendemos que isso ocorre em função da finalidade das profecias bíblicas. As profecias visam fornecer àqueles que obedecem a Palavra uma idéia geral de como e quando ocorrerão esses eventos, para que a geração que os vivenciar possa, no momento certo, identificá-los e saber com exatidão o que está para ocorrer. As profecias bíblicas não são uma “agenda” de acontecimentos futuros pré-datados, mas uma revelação para que os servos do Senhor não sejam surpreendidos.

Não obstante esse princípio, percebemos que existe uma seqüência lógica de acontecimentos. Cremos que é dever de todo servo do Senhor ter uma noção da ordem ou seqüência dos eventos profetizados, os quais foram revelados precisamente com essa finalidade: servir de esclarecimento e fonte de conhecimento para nós.  Por exemplo, em Apocalipse 17:13 está revelado que, num determinado momento, os 10 chifres entregarão sua soberania à besta. Já em Apocalipse 13:5, está revelado que a besta terá autoridade mundial durante 42 meses. Então, é lógico afirmar que antes desses 42 meses, é necessário que os 10 chifres já estejam consolidados, pois serão eles que entregarão a soberania política mundial à besta, sob influência direta de satanás (Apocalipse 13:2).

Daremos a seguir uma seqüência de eventos em ordem cronológica, abrangendo não somente o período tribulacional, mas também o período imediatamente anterior à tribulação. Novamente, alertamos que o nosso objetivo não é o de apresentar uma seqüência infalível e perfeita de como os acontecimentos se darão, e sim o de fornecer a você uma base de comparação entre as profecias e os acontecimentos globais, oferecendo um cenário geral. Esperamos que este artigo seja, de alguma forma, útil para aqueles que estudam as profecias e levam a sério o que está expresso na Palavra de Deus. Anelamos que, quando esses eventos ocorram, você possa relacioná-los apropriadamente ao momento profético que estiver vivendo. No presente momento, cremos que já estamos vivendo aquilo que Jesus denominou de “princípio de dores” (Mateus 24:8), com a ocorrência cada vez mais profunda e sistemática de conflitos, terremotos e fomes em todo o mundo, o que está em perfeita relação com os 4 primeiros selos do Apocalipse (Apocalipse 6:1-8). O “princípio de dores” se prolongará até a grande tribulação.

1. PREGAÇÃO DO EVANGELHO A TODAS AS NAÇÕES (Mateus 24:14)  

A pregação das boas novas começou na Judéia, Samaria e se estendeu até os confins da Terra. Essas boas novas, de acordo com o Senhor, serão pregadas em todo o mundo, em testemunho a todas as nações, e então virá o fim. Colocamos, então, a pregação do Evangelho como o primeiro item dessa ordem seqüencial de eventos, indicando que, quando o Evangelho houver sido pregado a todas as nações, então já estaremos no fim do atual sistema e nos dias que antecedem a gloriosa volta do Senhor. Lembramos que o Evangelho será pregado até mesmo nos dias tribulacionais (Apocalipse 14:6). Então, o sinal da pregação do Evangelho deve ser entendido nessa dualidade. Ao mesmo tempo em que nos indica quando estaremos entrando nos dias que antecedem a volta de Cristo, esse sinal da pregação se estenderá literalmente até o fim, que será o dia da gloriosa vinda do Senhor.

2. COLAPSO INTERNACIONAL  (I Tessalonicenses 5:2-3)

Entendemos que, para que haja uma reestruturação que permita o domínio mundial por parte de um único sistema, é necessário que a atual supremacia dos EEUU se enfraqueça ou seja extinta. Ataques terroristas de grandes proporções, cataclismos, crises financeiras globais e outros fatores podem ocorrer de forma devastadora em qualquer país e estes fatores, aliados ou não à extinção hegemônica dos EEUU, poderão gerar um colapso político-financeiro sem precedentes no mundo moderno. Uma coisa é certa: é necessário que toda posição hegemônica e toda superpotência perca sua supremacia em função do futuro sistema global que será instaurado quando os 10 chifres entregarem seu domínio à besta.

3. FORMAÇÃO DOS 10 CHIFRES (Apocalipse 17:12-17)

Cremos que estamos às portas da consolidação dos 10 chifres. Trabalhamos com 3 hipóteses possíveis: A transformação do G-8 em G-10, a reestruturação do Conselho de Segurança da ONU ou o reordenamento global em 10 grandes blocos de países. Talvez, a configuração dos 10 chifres ocorra num cenário de colapso mundial sem precedentes.  

4. O SURGIMENTO DO ANTICRISTO (Daniel 11:21-23)

Não devemos confundir a revelação do anticristo, ocasião na qual esse ser se revelará em toda sua expressão maligna, com o surgimento do anticristo, o qual se dará num período anterior. Não faz sentido um líder surgir num dia e governar o mundo imediatamente no outro. Entendemos que, mesmo antes do período tribulacional de 7 anos, o anticristo surgirá no cenário internacional, como uma "excelente" opção de liderança para a necessidade global de paz e segurança.

Cremos que, em seu surgimento inicial, o anticristo está envolvido em “alianças” (muito provavelmente um pacto envolvendo Israel e Autoridade Palestina ou entre a União Européia e países árabes produtores de petróleo) e em “lisonjas”, mostrando uma grande aptidão de negociação, diplomacia e convencimento. Muito provavelmente o Templo judeu será reconstruído nessa época e o anticristo terá um papel importante nas negociações. A aliança revelada em Daniel 9:27 se encaixa nesse contexto e será o clímax da capacidade negociadora da besta. A máscara só cairá depois, em plena tribulação, como veremos mais adiante. Por isso, é importante estar alerta diante desses acontecimentos prévios. 

5. CONTROLE PAULATINO E GRADUAL    

Cremos que, antes da instauração oficial e institucional da marca da besta, a qual se dará no começo da grande tribulação de 3 anos e meio (Apocalipse 13:11-18), o controle sobre as pessoas, tanto no aspecto de identificação, como de movimentação financeira e rastreamento, será adotado gradualmente por várias nações ou até mesmo por grupos de nações.

Em muitos países já existem projetos pilotos para uma reestruturação dos métodos de identificação e monitoramento dos cidadãos, utilizando diversas tecnologias, como o microchip, a biometria, etc. Cremos que há um condicionamento paulatino e gradual da população para que, em determinado momento, as pessoas aceitem sem maiores questionamentos métodos de identificação e monitoramento invasivos. Atualmente, muitos já estão abertos á idéia de abrir mão de algumas liberdades individuais e da privacidade, para viver em paz e segurança.

Deixamos claro que essa adoção paulatina de mecanismos e tecnologias de controle sobre a população não é a “marca da besta” em si. A marca ou sinal da besta só será adotado no começo da grande tribulação de 3 anos e meio e virá acompanhado de uma aceitação e adoração espiritual intrínseca, muito provavelmente envolvida em assombrosas aparições e engano espiritual mundial. Mesmo assim, conclamamos a nossos leitores a não usarem nem aceitarem nenhum método de identificação ou controle que permita a localização instantânea daquele que o possui, principalmente se estivermos diante da adoção de algum mecanismo que tenha que ser colocado em nosso corpo (!)... A razão é simples: Mesmo não sendo ainda o momento da marca da besta, a possibilidade de rastreamento de qualquer pessoa que esteja decidida a não adotar a marca da besta nem a adorá-la, ficará dificultada se, desde já, não aceitarmos em nosso corpo qualquer mecanismo de rastreamento. Aqueles que aceitarem esses mecanismos, correm o alto risco de se tornarem, num futuro muito próximo, alvos fáceis do sistema maligno da besta.
  
6. INVASÃO DE GOG (Ezequiel 38 e 39)

Cremos que, logo no início do período tribulacional de 7 anos, ocorrerá uma invasão contra Israel, promovida pelo “rei do norte”, juntamente a vários países aliados. Há fortes indícios proféticos para sustentar que a invasão de Gog profetizada por Ezequiel é diferente daquela descrita em Apocalipse 20, e se refere à Rússia e aliados. Entendemos que, diante da queda da supremacia americana e dos acordos feitos entre a besta (ainda não revelada como tal) e os países do Oriente Médio (grandes produtores de petróleo), a Rússia decidirá atacar Israel de surpresa. O profeta Ezequiel nos mostra que Gog e seus exércitos serão sobrenaturalmente derrotados. 
                 
7. A REVELAÇÃO DO ANTICRISTO (II Tessalonicenses 2:3, Apocalipse 13:5) 

O anticristo só será revelado como tal a partir do começo da grande tribulação, a qual durará 3 anos e meio e, afinal da qual, Jesus voltará para encontrar-se com a Sua Igreja, derrotar a besta e seu sistema e instaurar o Milênio.

A partir do momento de sua revelação plena, o anticristo perseguirá frontalmente a Igreja, exigirá ser adorado, instituirá a marca da besta, tudo isso com o apoio e a colaboração nefasta do falso profeta. Cremos que o evento que dará início à grande tribulação será a abominação desoladora, profetizada por Daniel e ratificada por Jesus (Daniel 11:31, Mateus 24:15).   

Jesiel Rodrigues
                
           Saiba que o Senhor está no controle de tudo e de todos. Mesmo nos momentos mais difíceis, Ele estará conosco. A nossa salvação em Cristo é eterna. Nele, somos novas criaturas. Ele já venceu a morte. O Senhor é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na tribulação. Se você leu este artigo e ainda não tem a certeza da salvação eterna em Jesus, faça agora mesmo um compromisso com Ele! Convide-o para entrar em seu coração e mostrar-lhe a verdade que liberta. Veja porque você precisa ser regenerado e justificado, para viver a boa, perfeita e agradável vontade eterna do Criador e estar firme Nele diante de qualquer circunstância. 

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