7 de set. de 2012

Governos Aumentam Cada Vez Mais Seu Controle Sobre a Vida das Pessoas


Profecias Bíblicas Falam de um Governo Mundial no Qual a Vida dos Cidadãos Será Completamente Controlada; Os Preparativos ja Podem Ser Vistos
 
Todo cristão conhecedor das profecias bíblicas relativas ao final dos tempos sabe que haverá - em um futuro, ao que tudo indica, não muito distante - um governo mundial que se caracterizará, entre outras coisas, por controlar completamente a vida das pessoas. O Livro do Apocalipse afirma sobre essa época que sobre "todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos", será "posto um sinal na sua mão direita, ou nas suas testas, para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tiver o sinal, ou o nome da besta, ou o número do seu nome" (Ap 13.16,17). A "besta", mencionada no referido texto, é o Anticristo, que será o líder desse governo.

Ora, para que isso venha a acontecer, é necessária a realização simultânea de dois processos: um processo paulatino de aumento do poder dos Estados sobre a vida de seus respectivos cidadãos e um processo igualmente paulatino de diminuição voluntária da soberania dos países em favor de organismos internacionais de governança regional e mundial. Ambos estão acontecendo já há muito tempo. A questão é que sobre o primeiro muito já tem sido dito, mas sobre o segundo, muito pouco, e a verdade é que os governos de todo o mundo estão aumentando cada vez mais o seu controle sobre a vida dos seus cidadãos. Os preparativos para esse controle já podem ser vistos em nossos dias.


Maior democracia do mundo aumenta controle
Comecemos pelo caso mais gritante: os Estados Unidos, a maior e mais antiga democracia do mundo, está se tornando, cada vez mais, controladora em relação à vida de seus cidadãos. Os exemplos têm se multiplicado nos últimos anos, inclusive em 2012, e com o consentimento da maioria da imprensa norte-americana, que parece anestesiada diante dessas mudanças, como se estas devessem ser consideradas absolutamente naturais pelos seus cidadãos.

Em 16 de Março, foi promulgada uma ordem executiva do governo dos EUA que autoriza o governo a se apoderar de todos os recursos nacionais (inclusive comida), alistar obrigatoriamente civis nas forças armadas, controlar meios de comunicação, prender pessoas sem apresentar justificativa imediata e racionar os serviços de saúde. A justificativa? "Para promover a defesa nacional". Segundo a ordem executiva assinada pelo presidente Barack Hussein Obama, o Congresso norte-americano poderá receber informações sobre essas ações do governo, mas não tem nenhum poder para alterá-las. A ordem executiva do presidente conclui estabelecendo que todos os recursos nacionais estão sob o controle do governo central de Washington.

A ordem executiva "National Defense Resources Preparedness" (Prontidão dos Recursos de Defesa Nacional) de 16 de Março do presidente Barack Obama pode ser encontrada facilmente no site da Casa Branca, e foi promulgada como um conjunto de medidas preventivas de segurança caso os EUA passem por uma situação inesperada na qual o governo norte-americano entenda que tais medidas tenham que ser tomadas. O detalhe é que o conjunto inteiro dessas medidas nunca foi usado pelos EUA, nem mesmo em período de guerra. Em conflitos no século 20, eram usadas parcialmente. Por que, então, usá-las todas agora?

Jim Garrison, do jornal "The Huffington Post", resumiu suas cláusulas em cinco pontos: o ministro da Defesa dos EUA tem poder sobre todos os recursos de água; o ministro do Comércio tem poder sobre todos os serviços e infraestruturas materiais, inclusive materiais de construção; o ministro dos Transportes tem poder sobre todas as formas de transporte civil; o ministro da Agricultura tem poder sobre recursos e infraestruturas de alimentos, recursos e usinas de gado e a distribuição nacional de equipamento agrícola; o ministro da Saúde tem poder sobre todos os recursos de saúde; e o ministro das Energias tem poder sobre todas as formas de energia.

Cada poder tem todas as suas partes componentes. Por exemplo: "Os transportes civis incluem movimento de pessoas e propriedade mediante todos os meios de transportes interestaduais e intraestaduais, ou comércio estrangeiro dentro dos Estados Unidos, seus territórios e possessões, e o Distrito de Colúmbia, e locais públicos de armazenamento relacionados, portos, serviços, equipamento e infraestrutura". Semelhantemente, "recursos de alimentos significam mercadorias e produtos (simples, misturados ou compostos), ou complementos para tais mercadorias e produtos, que podem ser ingeridos por seres humanos ou animais".

Se a situação nos EUA está assim, imagine, então, como pode chegar nas demais nações do mundo, que historicamente não têm cultivado muito uma visão de aversão ou antipatia à ideia de o Estado estar mais presente na vida das pessoas, como fazem os norte-americanos.

A cultura do controle está na moda, e as pessoas a aceitam muito mais hoje do que no passado sob a justificativa de que medidas mais controladoras proporcionam mais segurança, tornam mais fácil a vida das pessoas e moralizam mais a sociedade. Porém, a sociedade se esquece que as grandes mudanças do passado que foram inicialmente bem aceitas pelas pessoas para só depois serem percebidas como maléficas nunca foram implantadas abruptamente ou sem empunhar a bandeira de boas intenções. Elas sempre foram implantadas sutilmente, paulatinamente, e sob argumentos de melhoria da vida das pessoas. Até mesmo muitos dos grandes regimes totalitários da história nasceram sendo bem aceitos popularmente por essas razões. Para citarmos exemplos mais radicais, Adolf Hitler assumiu o poder na antiga Alemanha com mais de 90% de popularidade nacional e Mussolini, na Itália, subiu ao poder também com grandíssimos índices de popularidade. Todos tiveram essa aceitação inicial enorme em razão de sua pregação revolucionária, de promessas de melhoria do mundo. O final do governo deles nós ja sabemos.

À luz das profecias bíblicas, muitas das mudanças que estamos vendo hoje são sutis preparativos para o futuro apocalíptico. São inevitáveis. Ou seja, as peças do tabuleiro da história estão em movimento.


O caso europeu
O terrorismo, sem sombra de dúvida, principalmente depois dos atentados de 11 de Setembro de 2001, é um dos principais fatores para que os governos do Ocidente, sob a aquiescência da maioria de seus cidadãos, invadam ainda mais a privacidade das pessoas.

Na Europa, após os atentados na Espanha, em 2004, e na Inglaterra, em 2005, o Conselho da União Européia elaborou a Convenção Européia de Prevenção ao Terrorismo. Formulada em 2006, ela só não foi sancionada até agora por Alemanha, Itália e Holanda. O texto traz regras bastante vagas sobre até onde as autoridades podem invadir a vida privada da população em nome da proteção contra o terrorismo. Pela Convenção, as informações telefônicas e de internet trocadas pelas pessoas são preservadas por no mínimo seis meses e máximo de dois anos, o que fere as leis nacionais de alguns países, como a Alemanha. Mesmo sem uma política comum de prevenção a ataques, os membros da União Européia trabalham de forma integrada, com compartilhamento de arquivos e informações sobre grupos e pessoas considerados suspeitos.

Além de a maioria dos países da União Européia seguir a polêmica Convenção Européia de Prevenção ao Terrorismo, alguns vão além dela. França e Bélgica, por exemplo, alargaram as formas de monitoramento de ações terroristas e proibiram até mesmo, em nome da laicidade, os símbolos religiosos de escolas e repartições públicas.

Desde os atentados de 11 de Setembro de 2001, câmeras públicas de segurança podem ser vistas em profusão e por todos os lados nas grandes metrópoles da Europa, como Londres e Paris. Além do mais, um investigador francês ou britânico tem permissão legal para, sem dar explicações, obrigar as companhias telefônicas, bancárias e de transporte a darem detalhes sobre as atividades e movimentações de alguém que está sendo monitorado.


A cultura do controle
Até mesmo essa febre por "reality shows" parece preparar as pessoas culturamente para aceitarem mais a ideia de que certo nível de invasão de privacidade pode ser considerada normal. Por meio desses tipos de entretenimento, e do alto grau de exposição das pessoas hoje através dos vários canais da Internet, a sociedade vai se acostumando cada vez mais à idéia de que é natural certo nível de bisbilhotagem da vida alheia e de exposição da nossa vida às outras pessoas.

Alguns anos atrás, as pessoas e as instituições eram muito mais críticas quanto à invasão de privacidade, hoje, porém, elas parecem mais "à vontade" com essa idéia. Não é à toa que os governos e as empresas em nossos dias não têm encontrado muita dificuldade ao tentarem controlar mais as informações sobre a vida das pessoas, pois têm encontrado cada vez menos resistência a essas invasões. As pessoas têm reclamado menos desse tipo de controle, porque estão culturalmente mais acostumadas, preparadas para aceitar como normal.

Outro fator é que o século 21 começou sob o impacto do terrorismo internacional, que levou governos de vários países a aumentarem seus sistemas de fiscalização e controle de informações sobre a população, bem como a incrementar o intercâmbio dessas informações entre países. Em nome da segurança, para evitar ou diminuir a incidência de atentados, as pessoas se permitiram ter suas vidas mais controladas pelos governos. Some-se a isso o enorme banco de dados que os governos já tinham sobre seus cidadãos e empresas, e que se tornou ainda mais preciso nos últimos anos com novas tecnologias e medidas criadas, sobretudo para evitar sonegação de impostos, e o que temos hoje no mundo é a maior rede de informações que qualquer governo já obteve sobre seus cidadãos na história da humanidade.

Bancos, inclusive no Brasil, já utilizam métodos de identificação biométrica, via palma da mão e, futuramente, como já tem sido anunciado, também pela íris dos olhos. Chips subcutâneos para soldados em guerra, no uso particular de famílias para segurança e para levantamento de histórico médico de paciêntes em hospitais já são comuns nos Estados Unidos e na Europa. E quando quiserem aperfeiçoar esses mecanismos para usá-los na facilitação da vida das pessoas? Por exemplo: Alguém duvida que seria dos benefícios extraordinários que adviriam de cada cidadão deixar de andar com uma pilha de documentos para usar, em seu lugar, um único e minúsculo chip subcutâneo contendo todos os dados de CPF, identidade, título de eleitor, passaporte, cartão de crédito, histórico médico e sinal de GPS para evitar sequestros? Alguém duvida que seria uma medida sensacional? E se, por medida de segurança, seu uso se tornasse obrigatório algum dia, para que se tivesse um maior controle sobre a vida das pessoas?

Em Abril, a Google anunciou a criação dos chamados "óculos de ampliação de realidade", com os quais a pessoa pode comunicar-se via sinal de internet com qualquer pessoa em vídeo e áudio, ter informações de agenda, clima, jornais e de tudo à sua volta; GPS, fotografar, gravar imagens e informações, tudo em um simples óculos e sob o comando da voz. Onde essa tecnologia nos levará nos próximos anos? E que tipo de relação isso pode ter com as previsões bíblicas acerca da conjuntura sócio-político-econômico-cultural do fim dos tempos?

Perceba que as causas desse controle são, na maioria esmagadora das vezes, boas, e, aliás, justamente por isso, o nosso objetivo aqui não é criticar todas essas medidas e avanços. Não estamos nos opondo aqui ao uso que se faz hoje de todos esses recursos facilitadores, mas apenas apontando para o fato de que o mundo está, por razões circunstanciais, e irresistíveis, caminhando inevitavelmente para a formação do cenário descrito nas Sagradas Escrituras para o final dos tempos. É inexorável. O fim se aproxima. Jesus vem. Você está preparado?



Fonte: Mensageiro da Paz, Maio 2012.
http://protestantismo.ieadcg.com.br/noticias

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