"Irmãos,
no que diz respeito à vinda de nosso Senhor Jesus Cristo e à nossa
reunião com ele, nós vos exortamos" (2 Ts 2.1).
Em uma revista
cristã alemã encontrei um texto excelente sobre "O Dia de
Jesus Cristo", ou seja, sobre o arrebatamento (1 Ts 4.13-18), e o reproduzo
como introdução a esta mensagem:
Arrebatados!
De
repente, num breve e intenso momento, no instante mais feliz e esperado durante
séculos pela Igreja de Jesus, o próprio Senhor que estará
voltando chamará os Seus: Ele vai chamá-los dos vales silenciosos,
das colinas banhadas de sol, dos cemitérios das aldeias, das profundezas
dos mares, dos cenários de guerra, das selvas da Índia, das terras
pantanosas da África, das ilhas dos mares longínquos. De qualquer
lugar solitário onde Seus filhos tiverem morrido sofrendo a Seu serviço,
eles ressuscitarão glorificados para ir ao encontro do seu Senhor. Os
crentes que ainda estiverem vivos serão arrebatados ao encontro do Senhor
nos ares. Que visão para olhos que choram! Que esperança para
corações que aguardam! Que estímulo para realizar tarefas
que já deveriam ter sido feitas há muito tempo!
Arrebatados!
Quem consegue imaginar isso? Enquanto muitas pessoas estiverem ocupadas com
seus afazeres, os cristãos irão ao encontro do seu Senhor. Talvez,
enquanto estiverem ajoelhados em seu quarto, orando, eles serão arrebatados.
Talvez serão arrebatados quando estiverem meditando em seus corações
justamente sobre a Palavra de Deus que fala sobre a volta de Jesus! Enfermos,
sofrendo pacientemente no leito da enfermidade, serão arrebatados e irão
ao encontro do seu Senhor!
Devemos
permanecer vigilantes, pois não sabemos a hora em que o Filho do Homem
virá! Não sabemos a hora em que o Senhor chegará; mas também
não sabemos de nenhuma hora em que Ele não possa vir! Isso ainda
poderá demorar anos; ou poderá acontecer amanhã – e também
pode acontecer ainda hoje.
Nas mensagens
sobre o arrebatamento procuro mostrar que devemos fazer diferença entre
o "Dia de Jesus Cristo" e o "Dia do Senhor". O "Dia
de Jesus Cristo" é o dia da vinda do Senhor como Noivo para a Sua
Igreja, Sua Noiva. Esse dia começará com o arrebatamento, que
será seguido pelo julgamento diante do tribunal de Cristo e pelas bodas
do Cordeiro. O "Dia do Senhor", ao contrário, será um
tempo de juízos para o mundo ímpio e para Israel, por ter rejeitado
o Filho de Deus (2 Ts 2.9-12). O "Dia do Senhor" começará
depois do arrebatamento, desembocará na Grande Tribulação,
terminando com o estabelecimento do reino de Cristo sobre a terra e com a restauração
do povo judeu.
A seguir
apresentamos uma breve distinção entre o "Dia de Jesus Cristo"
para o arrebatamento e o "Dia do Senhor" para o estabelecimento do
Seu reino:
1.
O terrível juízo sobre os descrentes
Após
o arrebatamento, a eficácia de Satanás, com todo poder, sinais
e prodígios da mentira, atingirá o mundo incrédulo com
todo o seu ímpeto. Então os homens colherão o que semearam.
Todo o engano da injustiça se abaterá sobre os que não
quiseram arrepender-se (Ap 9.20-21; 16.9-11), e eles não terão
mais a chance de voltar atrás. Eles estarão perdidos e continuarão
perdidos: "Ora, o aparecimento do iníquo é segundo a eficácia
de Satanás, com todo poder, e sinais, e prodígios da mentira,
com todo engano de injustiça aos que perecem, porque não acolheram
o amor da verdade para serem salvos" (2 Ts 2.9-10). Eles serão
de tal modo dominados por uma poderosa força do engano, que toda a sua
"segurança" consistirá da mais pura insegurança.
E o pior será que eles nem o perceberão, porque estarão
totalmente cegos e entregues à própria sorte: "É
por este motivo, pois, que Deus lhes manda a operação do erro,
para darem crédito à mentira" (v.11). Eles serão
julgados, e sua condenação consistirá em serem dominados
pelo diabo na pessoa do anticristo. Por terem se deleitado com a injustiça
e a mentira, eles serão entregues a essa mesma mentira e crerão
nela: "a fim de serem julgados todos quantos não deram crédito
à verdade; antes, pelo contrário, deleitaram-se com a injustiça"
(v.12).
2.
A segurança eterna dos crentes
A seguir,
o apóstolo Paulo, inspirado pelo Espírito Santo, dirige-se aos
crentes em 2 Tessalonicenses 2. Ele fala de uma maneira totalmente diferente
e com outra entonação, fazendo com que os cristãos se sintam
aliviados: "Entretanto, devemos sempre dar graças a Deus por
vós, irmãos amados pelo Senhor, porque Deus vos escolheu desde
o princípio para a salvação, pela santificação
do Espírito e fé na verdade" (v.13). Aqui temos certeza
em lugar de incerteza, garantia ao invés de dúvida, consolo em
lugar de desesperança. Paulo diz
– que ele
pode dar graças pelos crentes;
– que eles
são amados pelo Senhor;
– que eles
são escolhidos por Deus, salvos e santificados pelo Espírito Santo;
– que eles
creram na verdade em Jesus Cristo, e por isso não terão que passar
pelo tempo da Tribulação como aqueles (vv. 9-12) que não
aceitaram a verdade para serem salvos e que não creram na verdade.
Como Paulo
podia ter tanta certeza e escrever de maneira tão positiva à igreja
em Tessalônica? Porque ele sabia que Jesus tornou-se tudo para aqueles
que crêem nEle. Paulo conhecia muito bem a verdade da Primeira Epístola
aos Coríntios: "Mas vós sois dele, em Cristo Jesus, o
qual se nos tornou, da parte de Deus, sabedoria, e justiça, e santificação,
e redenção" (1 Co 1.30). E ele também sabia da
verdade expressa em Hebreus 10: "então, acrescentou: Eis aqui
estou para fazer, ó Deus, a tua vontade. Remove o primeiro para estabelecer
o segundo. Nessa vontade é que temos sido santificados, mediante a oferta
do corpo de Jesus Cristo, uma vez por todas. Porque, com uma única oferta,
aperfeiçoou para sempre quantos estão sendo santificados"
(Hb 10.9-10,14).
À
Igreja aguarda a inimaginável glória de Jesus Cristo, o cumprimento
da oração de Jesus: "Pai, a minha vontade é que
onde eu estou, estejam também comigo os que me deste, para que vejam
a minha glória que me conferiste, porque me amaste antes da fundação
do mundo" (Jo 17.24). Isso será realizado no dia do arrebatamento,
quando Jesus voltar conforme Sua promessa: "...voltarei e vos receberei
para mim mesmo, para que, onde eu estou, estejais vós também"
(Jo 14.3).
Continuamos
lendo em 2 Tessalonicenses 2.15-17: "Assim, pois, irmãos, permanecei
firmes e guardai as tradições que vos foram ensinadas, seja por
palavra, seja por epístola nossa. Ora, nosso Senhor Jesus Cristo mesmo
e Deus, o nosso Pai, que nos amou e nos deu eterna consolação
e boa esperança, pela graça, consolem o vosso coração
e vos confirmem em toda boa obra e boa palavra." Aqui aparecem novamente
as palavras que sempre são usadas em conexão com o arrebatamento:
firmeza, consolação e esperança (veja Jo 14.1; 1 Ts 4.13-18;
1 Co 15.58; 2 Ts 2.2). E tudo isso porque a Igreja creu nAquele que é
o Único que pode salvar. O Senhor Jesus expressa da seguinte maneira
o Seu consolo para aqueles que crêem nEle: "Porque o próprio
Pai vos ama, visto que me tendes amado e tendes crido que eu vim da parte de
Deus" (Jo 16.27).
3.
Jesus Cristo conduz Sua Igreja para o alvo
Paulo escreve
em Filipenses 1.6-7: "Estou plenamente certo de que aquele que começou
boa obra em vós há de completá-la até ao Dia de
Cristo Jesus. Aliás, é justo que eu assim pense de todos vós..."
(veja também Fp 3.20-21). Certamente o apóstolo Paulo também
sabia das fraquezas dos filipenses. Mesmo assim, ele estava plenamente convicto
de que o Senhor haveria de completar a obra começada também em
suas vidas, e não excluiu ninguém dessa expectativa. Ele sabia
que no dia do arrebatamento Deus não deixaria para trás nenhum
de Seus filhos, mas alcançaria o alvo com todos eles. Certa vez o reformador
Martim Lutero disse:
Por
minha maldade e fraqueza inatas, tem sido impossível para mim satisfazer
as exigências de Deus.
Se
não pudesse crer que Deus me perdoa, por amor a Jesus, se não
conseguisse acreditar que Ele apaga todas as minhas falhas e toda a minha incapacidade
de alcançar Seu padrão, o que me faz chorar e lamentar todos os
dias, tudo estaria acabado para mim!
Eu
teria que desesperar, mas não o faço. Não me dependuro
numa árvore, como Judas. Eu me enlaço nos pés de Cristo,
como fez a pecadora. Embora eu seja pior do que ela, agarro-me ao meu Senhor.
Então
Jesus dirá ao Pai: "Este pobre desesperado também terá
que passar. Ele não cumpriu os Teus mandamentos, mas se agarra a mim,
Pai! Eu morri também por ele. Deixe-o entrar!"
Esta
é a minha fé!
Da nossa
parte, não temos nenhuma capacidade natural que nos deixe perfeitamente
preparados para o dia da volta de Jesus. Mas o apóstolo Paulo expressa
com as seguintes palavras o que podemos e devemos fazer:
– "...de
maneira que não vos falte nenhum dom, aguardando vós a revelação
de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual também vos confirmará
até ao fim, para serdes irrepreensíveis no Dia de nosso Senhor
Jesus Cristo" (1 Co 1.7-8).
– "...olhando
firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual,
em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo
caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de
Deus" (Hb 12.2; veja também 1 Ts 3.12-13).
Esse "olhar
para o alto" é extremamente importante para um cristão. Pois,
o pior que alguém pode fazer quando a água lhe chega ao pescoço
é desanimar. Como exemplo vou contar um acontecimento verdadeiro com
uma aplicação espiritual:
Olhar
para cima
Certa vez
um jovem marinheiro teve que subir ao mastro durante uma tempestade. As ondas
levantavam o barco para alturas estonteantes e logo em seguida jogavam-no para
profundezas abismais. O jovem marujo começou a sentir vertigens e estava
quase caindo. O capitão gritou para ele: "Moço, olhe para
cima!" De maneira decidida, o marinheiro desviou seu olhar das ondas ameaçadoras
e olhou para cima. E esse olhar para o céu o salvou. Ele conseguiu subir
com segurança e executar a sua tarefa.
Quando os
dias de tribulação revolvem a nossa vida, quando as tempestades
da vida nos confundem e os horrores do abismo se abrem diante de nós,
nosso coração começa a tremer, e a alma sofre vertigens
de medo e horror. Perdemos o equilíbrio e somos ameaçados de despencar.
Entretanto, se desviarmos nosso olhar dos perigos e olharmos para o Ajudador,
se buscarmos a face do Senhor em oração e agarrarmos a Sua poderosa
mão, nosso coração se aquietará, receberemos força
e paz para podermos executar as nossas tarefas em meio às tempestades
e finalmente seremos vitoriosos.
4.
A transformação na Sua imagem
Filipenses
3.20-21 fala dessa transformação: "Pois a nossa pátria
está nos céus, de onde também aguardamos o Salvador, o
Senhor Jesus Cristo, o qual transformará o nosso corpo de humilhação,
para ser igual ao corpo da sua glória, segundo a eficácia do poder
que ele tem de até subordinar a si todas as coisas" (veja também
Cl 3.3-4). A Bíblia dá aos filhos de Deus a garantia de que
eles têm direito de cidadania no céu desde agora, enquanto ainda
vivem sobre a terra. O céu não é um país estrangeiro,
ele é nosso lar, nossa pátria. Ali os cristãos verdadeiros
têm direito de habitar, ali estão inscritos os seus nomes (Lc 10.20).
Todo filho de Deus é selado com o Espírito Santo e assim tem passagem
livre e acesso à cidade edificada por Deus.
A Igreja
de Jesus busca esse lar e anseia por essa morada celestial, esperando que seu
Senhor volte de lá. A palavra grega "apekdechometha",
que se encontra em Filipenses 3.20 e é traduzida por "aguardamos",
no texto original expressa um forte anseio e uma intensa expectativa. Trata-se
de um ardente anseio por um acontecimento que se crê ser iminente. O significado
é "espichar o pescoço aguardando temerosamente para não
perder o que se espera". Será que não nos tornamos muito
negligentes em relação à nossa espera pela volta de Jesus?
Quando o
Senhor Jesus voltar, Deus transformará nosso corpo humilde, fraco e débil,
não em um corpo angelical, não em qualquer corpo de glória,
mas "...para sermos conformes à imagem de seu Filho" (Rm
8.29). Se isso não estivesse escrito exatamente assim, não
ousaríamos dizê-lo, nem teríamos coragem de pensar a respeito.
Mas também em 1 João 3.2 é apresentada essa grandiosa verdade:
"Amados, agora, somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou
o que haveremos de ser. Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes
a ele, porque haveremos de vê-lo como ele é" (veja também
2 Ts 2.14; 1 Co 15.43; 1 Ts 4.17).
5.
Uma última exortação
É
notável que Paulo diz primeiro em completa confiança: "Estou
plenamente certo de que aquele que começou boa obra em vós há
de completá-la até ao Dia de Cristo Jesus" (Fp 1.6),
mas depois continua como se temesse alguma coisa: "...preservando a
palavra da vida, para que, no Dia de Cristo, eu me glorie de que não
corri em vão, nem me esforcei inutilmente" (Fp 2.16). Será
que, em relação à eternidade, pode realmente haver algo
que seja "em vão"? Ora, a salvação eterna nos
está garantida, pois Jesus consumou a obra da reconciliação
para todos os que crêem nEle. Mas em relação ao galardão
ou à herança, e à posição que ocuparemos
no céu, pode haver coisas que tenham sido "em vão".
Paulo quer dizer com isso: se vocês não perseverarem na palavra
da vida, se vocês não se preocuparem seriamente com o discipulado,
com a maneira com que seguem ao Senhor, se Jesus não for sempre a mais
alta prioridade em suas vidas – então todo o meu trabalho, todas as minhas
instruções, minhas cartas, minhas exortações e minhas
orações terão sido em vão. Para todos os filhos
de Deus que não querem levar a sério o discipulado de Jesus haverá
um amargo "em vão!"
Como será
esse "em vão"? Sabemos que após o arrebatamento teremos
de comparecer diante do tribunal de Cristo. Ali tudo virá à luz,
e ali a nossa vida será avaliada. Está escrito em 2 Coríntios
5.10: "Porque importa que todos nós compareçamos perante
o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o bem ou o mal que tiver
feito por meio do corpo" (veja também 1 Co 4.5). A Bíblia
nos adverte claramente acerca da possibilidade de ficarmos envergonhados: "Filhinhos,
agora, pois, permanecei nele, para que, quando ele se manifestar, tenhamos confiança
e dele não nos afastemos envergonhados na sua vinda" (1 Jo 2.28).
Como será
ficar "envergonhados na sua vinda" para aqueles que não seguiram
a santificação? Penso que a respeito existe um exemplo muito interessante
e admoestador no Antigo Testamento: Deus havia prometido ao Seu povo uma terra
que "mana leite e mel", uma terra em que Israel haveria de ter paz
e onde Deus sempre estaria com Seu povo. Mas os israelitas daquele tempo deixaram-se
influenciar pelos relatos negativos dos dez espias, que falaram mal da Terra
Prometida e começaram a murmurar terrivelmente. Então eles não
quiseram ocupar a terra, preferindo voltar para a escravidão no Egito
– o que, no Novo Testamento, significa voltar para o mundo. Em conseqüência
disso apareceu a glória do Senhor. Ele os repreendeu por sua incredulidade.
Deus estava a ponto de destruir todo o povo, mas Moisés intercedeu por
Israel, orando: "Agora, pois, rogo-te que a força do meu Senhor
se engrandeça, como tens falado, dizendo: O Senhor é longânimo
e grande em misericórdia, que perdoa a iniqüidade e a transgressão,
ainda que não inocenta o culpado, e visita a iniqüidade dos pais
nos filhos até à terceira e quarta gerações. Perdoa,
pois, a iniqüidade deste povo, segundo a grandeza da tua misericórdia
e como também tens perdoado a este povo desde a terra do Egito até
aqui" (Nm 14.17-19). E o Senhor lhe respondeu: "Tornou-lhe
o Senhor: Segundo a tua palavra, eu lhe perdoei. Porém, tão certo
como eu vivo, e como toda a terra se encherá da glória do Senhor,
nenhum dos homens que, tendo visto a minha glória e os prodígios
que fiz no Egito e no deserto, todavia, me puseram à prova já
dez vezes e não obedeceram à minha voz, nenhum deles verá
a terra que, com juramento, prometi a seus pais, sim, nenhum daqueles que me
desprezaram a verá" (vv.20-23). O povo recebeu o perdão
e não foi destruído, mas perdeu a recompensa; perdeu tudo aquilo
que Deus queria dar-lhe de presente (veja Js 5.6; 14.8-10,14).
Sofrer danos
na glória eterna, ficar "envergonhados" diante do tribunal
de Cristo, consiste em sermos salvos, mas perdermos a herança (o galardão).
É disso que fala 1 Coríntios 3.15: "se a obra de alguém
se queimar, sofrerá ele dano; mas esse mesmo será salvo, todavia,
como que através do fogo." A Bíblia Viva diz nessa passagem:
"Entretanto, se a casa que ele edificou queimar-se, ele terá
um grande prejuízo. Ele mesmo será salvo, mas como um homem fugindo
através duma barreira de chamas." Esse também foi o caso
de Ló, que foi salvo de Sodoma, cidade madura para o juízo, mas
perdeu sua mulher e todos os seus bens (Gn 19.1ss). Por essa razão o
Senhor Jesus ressurreto advertiu: "Venho sem demora. Conserva o que
tens, para que ninguém tome a tua coroa" (Ap 3.11).
Pelo fato
desse assunto ser tão sério, vamos exortar-nos e também
animar-nos mutuamente com as palavras de Romanos 13.11-14: "E digo isto
a vós outros que conheceis o tempo: já é hora de vos despertardes
do sono; porque a nossa salvação está, agora, mais perto
do que quando no princípio cremos. Vai alta a noite, e vem chegando o
dia. Deixemos, pois, as obras das trevas e revistamo-nos das armas da luz. Andemos
dignamente, como em pleno dia, não em orgias e bebedices, não
em impudicícias e dissoluções, não em contendas
e ciúmes; mas revesti-vos do Senhor Jesus Cristo e nada disponhais para
a carne no tocante às suas concupiscências."
Para que
possamos fazer tudo de maneira correta, precisamos colocar conscientemente a
Jesus em primeiro lugar em nossas vidas, dando todo o espaço a Ele. O
seguinte episódio ilustra o que quero dizer:
Mudança
de lugar
O
organista de uma igreja em certa aldeia estava tocando um trecho de uma composição
de Mendelssohn. Mas ele tocava muito mal. Um estranho que ia passando pela rua
ouviu os acordes, entrou na igreja e esperou o final da música. Então
ele pediu ao organista que o deixasse tocar. Este se opôs energicamente:
"Além de mim, ninguém toca nesse órgão!"
Por várias vezes o estranho teve que pedir e implorar, até que
finalmente o organista cedeu. O estranho se assentou diante do órgão,
acertou os registros e começou a tocar a mesma música. Mas que
diferença! A pequena igreja encheu-se de música celestial. O organista
escutava extasiado e perguntou: "Quem é o senhor?" O visitante
respondeu: "Eu sou Mendelssohn!’ "O quê?", disse o organista,
"e eu não quis deixá-lo tocar o órgão!?"
Jesus
salvou a nossa vida de maneira maravilhosa e nos comprou por alto preço.
Somos obra Sua. Permitamos que Ele toque os acordes da música de nossa
vida! Então Ele tomará nossa existência em Suas mãos
e fará dela uma melodia celestial.
Eu gostaria
de enfatizar e sublinhar ao máximo esse apelo tão simples! Pois,
se você permitir essa mudança de lugar e entregar ao Senhor Jesus
Cristo o domínio sobre sua vida através de uma decisão
consciente, Ele a transformará maravilhosamente! Então você
será algo para louvor da Sua glória e terá a certeza de
que não será envergonhado na Sua vinda!
(Norbert Lieth - www.chamada.com.br)
Extraído do livro A Esperança do Arrebatamento
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