O renascimento do Império Romano não é uma hipótese.
Se ao término da Segunda Guerra Mundial, parecia ele utopia numa Europa
humilhada e destruída, hoje mostra-se mais real do que nunca. Não
importa o nome que se lhe dê: União Europeia ou Novo Império Romano. O
terrível animal, visto por Daniel, acha-se prestes a pisar e a
despedaçar a quantos se lhe opuserem. Esse reino, que não terá paralelo
na história dos grandes impérios, devido a sua maldade, dará todo o
suporte político, econômico e religioso ao Anticristo, a fim de que este
venha a dominar o mundo todo.
O Senhor Jesus, porém, o abaterá, reduzindo-o a um
monturo. O Rei dos reis e Senhor dos senhores não tolerará a soberba do
inimigo.
A Europa reunificada, por conseguinte, não é um mero
fenômeno político, mas o cumprimento da profecia bíblica. É o que
veremos nesta lição.
I. A ORIGEM DO IMPÉRIO ROMANO
Fundada em 753 a.C, foi a cidade de Roma
estendendo-se até assenhorear-se dos mais distantes e desconhecidos
reinos. Seus domínios iam da Europa à Babilônia, englobando o Norte da
África e o Oriente Médio.
Em 66 a.C, as forças romanas chegaram à Terra Santa.
Comandadas pelo general Pompeu, conquistaram o território israelita e
subjugaram Jerusalém. Mostrando nenhum respeito ao vencido, Pompeu
invade a Casa de Deus, escarnece dos ministros do altar e profana o
Santo dos santos.
O terrível animal começava a exibir suas garras.
II. O IMPÉRIO ROMANO NA BÍBLIA
1. A profecia de Moisés. A Europa era
praticamente desabitada, quando Moisés profetizou a ascensão de Roma
como a grande opressora dos filhos de Israel: “O SENHOR levantará contra
ti uma nação de longe, da extremidade da terra, que voa como a águia,
nação cuja língua não entenderás; nação feroz de rosto, que não atentará
para o rosto do velho, nem se apiedará do moço” (Dt 28.49,50).
Foi exatamente isso o que aconteceu no ano 70 de
nossa era, quando os exércitos romanos, comandados por Tito, destruíram
Jerusalém, derribaram o Santo Templo e dispersaram os poucos judeus que
sobreviveram à ira romana.
2. A profecia de Daniel. Em duas ocasiões
distintas, o profeta Daniel refere-se tipologicamente ao Império Romano.
No capítulo dois, descreve ele a aparência exterior deste; ao passo
que, no capítulo sete, revela sua índole e caráter.
a) Sua aparência exterior. “E o quarto reino
será forte como ferro; pois, como o ferro esmiúça e quebra tudo, como o
ferro quebra todas as coisas, ele esmiuçará e quebrantará” (Dn 2.40).
b) Seu caráter. “Depois disso, eu continuava
olhando nas visões da noite, e eis aqui o quarto animal, terrível e
espantoso e muito forte, o qual tinha dentes grandes de ferro; ele
devorava, e fazia em pedaços, e pisava aos pés o que sobejava; era
diferente de todos os animais que apareceram antes dele e tinha dez
pontas” (Dn 7.7).
No capítulo 13 de Apocalipse, o Império Romano é
mostrado como a base para os dois representantes de Satanás: a Besta e o
Falso Profeta. Veja como as profecias de Daniel acham-se em perfeita
harmonia com as de João.
III. TENTATIVAS DE SE ERGUER O IMPÉRIO ROMANO
Não foram poucas as tentativas de se ressuscitar o
Império Romano. O que dizer do Sacro Império Romano Germânico? Ou das
tentativas da Igreja Católica em ocupar o espaço deixado pelos
imperadores de Roma?
No início do século XIX, o imperador francês,
Napoleão Bonaparte, à frente de um formidável exército, saiu a unificar
uma Europa retalhada por ódios e nacionalismos irreconciliáveis. Ele,
porém, fracassou como haveria de fracassar Adolf Hitler durante a
Segunda Guerra Mundial.
Se por um lado, ostenta a Europa a dureza do ferro;
por outro, mostra ser tão frágil quanto o barro. Além do mais, como pode
o ferro unir-se ao barro?
IV. O IMPÉRIO ROMANO NA ERA ESCATOLÓGICA
Que ninguém se engane! A era escatológica já chegou.
E uma de suas maiores evidências é o ressurgimento do Império Romano
que, desta feita, terá as seguintes características:
1. Apesar das aparências, estará cronicamente dividido.
“E, como os artelhos eram em parte de ferro e em parte de barro, assim
por uma parte o reino será forte e por outra será frágil. Quanto ao que
viste do ferro misturado com barro de lodo, misturar-se-ão com semente
humana, mas não se ligarão um ao outro, assim como o ferro se não
mistura com o barro” (Dn 2.42,43).
Houve um tempo na Europa que, não obstante o
parentesco de seus monarcas, estavam estes sempre em guerra. Foram-se
quase todos os reis, e veio a União Europeia; a situação, porém, em nada
foi alterada. Os ingleses continuam a não aturar os franceses, que
desconfiam dos alemães, que não se dão com os italianos, que não aturam
os espanhóis...
É justamente sobre bases tão frágeis que está sendo construído o Novo Império Romano.
2. A formação administrativa do Novo Império Romano.
Tanto Daniel como João mostram o Novo Império Romano constituído a
partir de dez unidades (Dn 2.41,42; Ap 13.1). Pensava-se, de início, que
seria ele formado por apenas dez nações. Hoje, porém, já são 25 os
países que formam a União Europeia. Como entender esta aparente
contradição?
Na verdade, não são dez países; e, sim, dez regiões
administrativas que abrangerão um território maior do que o Antigo
Império Romano. Logo, o Novo Império Romano ocupará não somente a
Europa, mas também o Norte da África e o Oriente Médio. Por conseguinte,
cada região administrativa será composta por mais de um país.
3. O objetivo do Novo Império Romano. Terá o
Novo Império Romano, por objetivo, sustentar o governo que Satanás,
através da Besta e do Falso Profeta, implantará no mundo logo após o
arrebatamento da Igreja. De acordo com Apocalipse 13, o domínio do
Anticristo abrangerá tanto a economia e a política como a religião.
Todavia, este reino não subsistirá; Cristo fará dele um monturo.
4. A destruição do Novo Império Romano. Ainda
que o Império Romano se reerga, Cristo o destruirá. Nosso Senhor é
aquela pedra que, sem esforço humano, abateu-se sobre a estátua vista
por Nabucodonosor (Dn 2.34,35,44).
Daniel continua a descrever a ruína do Novo Império
Romano, agora mostrado como aquele animal terrível: “Estive olhando até
que o animal foi morto, e o seu corpo, desfeito e entregue para ser
queimado pelo fogo” (Dn 7.11). Por quem foi o animal morto? Pelo Filho
de Deus! E. assim, recebe o Senhor Jesus o poder, a glória e a
majestade.
CONCLUSÃO
Por mais poderosos que se mostrem os reinos deste
mundo, não subsistirão ante a soberania divina. Roma dominou nações e
reinos; pisou os mais aguerridos povos e humilhou os mais altivos
soberanos. Mas nada poderá fazer contra o Senhor Jesus. Ele é o Rei dos
reis e o Senhor dos senhores.
Não tarda o dia em que o Império Romano, base do
governo do Anticristo, haverá de prestar contas a Deus por todos os seus
pecados e iniquidades. Ainda que renascido, não subsistirá.
Senhor Jesus, quem poderá subsistir ante o teu poder? Que a honra, a força e a glória sejam-te tributadas para todo o sempre.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
ALMEIDA, A. Israel, Gogue e o Anticristo. CPAD, 1999.
http://www.estudantesdabiblia.com.br
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