Há tanto tempo se diz: “O Senhor virá em breve!” Ele realmente está próximo? Ou será que estamos enganados?
Certamente você já se perguntou: “Quando Jesus virá?”. Meu filho
também tinha essa dúvida. Ele chegou às suas próprias conclusões e me
disse: “Sabe, papai, eu penso que Jesus não virá mais”. Eu quis saber
por que ele pensava assim. Ele explicou: “Há tanto tempo você fica
dizendo que Jesus está voltando, eu já tenho oito anos e Ele ainda não
chegou! Acho que Ele não vem mais, porque já espero há tanto tempo!”
Tentei explicar que essa esperança já existe há dois mil anos e o que
significa tê-la sempre no coração.
Com muita frequência recebemos cartas e telefonemas com exatamente a
mesma pergunta: “Você dizem há tanto tempo que Jesus está às portas.
Isso é ou não é verdade?”.
O que a Palavra de Deus tem a nos dizer nessa questão?
O apóstolo Paulo escreveu em 1 Tessalonicenses 4.13-5.4: “Não
queremos, porém, irmãos, que sejais ignorantes com respeito aos que
dormem, para não vos entristecerdes como os demais, que não têm
esperança. Pois, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também
Deus, mediante Jesus, trará, em sua companhia, os que dormem. Ora, ainda
vos declaramos, por palavra do Senhor, isto: nós, os vivos, os que
ficarmos até à vinda do Senhor, de modo algum precederemos os que
dormem. Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a
voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os
mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os vivos, os que
ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o
encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o
Senhor. Consolai-vos, pois, uns aos outros com estas palavras. Irmãos,
relativamente aos tempos e às épocas, não há necessidade de que eu vos
escreva; pois vós mesmos estais inteirados com precisão de que o Dia do
Senhor vem como ladrão de noite. Quando andarem dizendo: Paz e
segurança, eis que lhes sobrevirá repentina destruição, como vêm as
dores de parto à que está para dar à luz; e de nenhum modo escaparão.
Mas vós, irmãos, não estais em trevas, para que esse Dia como ladrão vos
apanhe de surpresa”.
A igreja de Tessalônica era uma igreja jovem. Atos 17 relata sua
fundação. Paulo pregou por três semanas na sinagoga dessa cidade. Talvez
mais tarde tenha passado algum tempo ali, mas não pode ter sido um
tempo longo, já que teve de fugir dali. Judeus e muitos gregos se
converteram a Cristo: “E alguns deles creram, e ajuntaram-se com
Paulo e Silas; e também uma grande multidão de gregos religiosos, e não
poucas mulheres principais” (At 17.4, ACF). Mas houve um levante em
Tessalônica, alguns cristãos foram lançados na prisão e, no final,
Paulo e Silas foram obrigados a deixar a cidade (v.10). Portanto, Paulo
não teve muito tempo para pregar ali, e continuou sua jornada indo para
Bereia. “Ora, estes de Bereia eram mais nobres que os de
Tessalônica; pois receberam a palavra com toda a avidez, examinando as
Escrituras todos os dias para ver se as coisas eram, de fato, assim” (At
17.11).
Apesar da perseguição, uma igreja surgiu em Tessalônica. “Os
judeus, porém, movidos de inveja, trazendo consigo alguns homens maus
dentre a malandragem, ajuntando a turba, alvoroçaram a cidade...” (At
17.5). A cidade toda ficou alvoroçada! Provavelmente muitos nem
sabiam a verdadeira razão dos tumultos. Desde seu princípio, a igreja de
Tessalônica deve ter sofrido perseguição, como podemos ler em 1 e 2
Tessalonicenses. Apesar dessa pressão, a igreja continuou sendo um
exemplo, como Paulo testemunhou: “Com efeito, vos tornastes imitadores nossos e do Senhor, tendo recebido a palavra, posto que por meio de muita tribulação, com alegria do Espírito Santo, de sorte que vos tornastes o modelo para todos os crentes na Macedônia e na Acaia” (1 Ts 1.6-7).
“Depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados
juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares,
e,
assim, estaremos para sempre com o Senhor” (1 Ts 4.17).
Por experiência própria, Paulo sabia o que era perseguição e estava
preocupado com essa igreja tão jovem. Ele estava ciente das
consequências que a perseguição pode acarretar. Paulo desejava visitar
os tessalonicenses, mas Satanás o impediu: “Ora, irmãos, nós,
orfanados, por breve tempo, de vossa presença, não, porém, do coração,
com tanto mais empenho diligenciamos, com grande desejo, ir ver-vos
pessoalmente. Por isso, quisemos ir até vós (pelo menos eu, Paulo, não
somente uma vez, mas duas); contudo, Satanás nos barrou o caminho” (1 Ts
2.17-18). Por isso enviou apressadamente Timóteo a Tessalônica: “e
enviamos nosso irmão Timóteo, ministro de Deus no evangelho de Cristo,
para, em benefício da vossa fé, confirmar-vos e exortar-vos, a fim de
que ninguém se inquiete com estas tribulações. Porque vós mesmos sabeis
que estamos designados para isto” (1 Ts 3.2-3). Hoje em dia, aqui
no mundo livre, nem sabemos mais o que significa ser perseguido por
causa da fé em Jesus Cristo. Mas deveríamos tentar entender a situação
dos tessalonicenses para avaliar corretamente o que Paulo tentava fazer
por eles ao engrandecer tanto a esperança da volta de Jesus diante de
seus olhos espirituais.
Apesar da perseguição e do sofrimento que a igreja teve de passar
desde seu primeiro dia de existência, Timóteo voltou muito animado de
Tessalônica: “Agora, porém, com o regresso de Timóteo, vindo do
vosso meio, trazendo-nos boas notícias da vossa fé e do vosso amor, e,
ainda, que sempre guardais grata lembrança de nós...” (1 Ts 3.6).
Mesmo que Paulo não tenha ficado muito tempo em Tessalônica, essa era
uma igreja muito bem ensinada. Provavelmente tinha fome pela Palavra de
Deus, de forma que Paulo teve condições de passar-lhe muitos
ensinamentos. Os tessalonicenses sabiam acerca do Dia do Senhor. Sabiam
que o Senhor voltaria. E viviam na expectativa desse evento. Em 2
Tessalonicenses, que traz mais informações sobre o Dia do Senhor, Paulo
diz: “Não vos recordais de que, ainda convosco, eu costumava dizer-vos estas coisas?” (2 Ts 2.5).
Portanto, quando Paulo esteve em Tessalônica, já falara sobre o Dia do
Senhor. – Em muitas igrejas nem se fala mais nisso! É um assunto
aparentemente difícil e delicado... Mas para Paulo, falar da volta de
Cristo era parte integrante de sua mensagem, inclusive para uma igreja
em formação. Essa é a grande esperança que todos nós temos: Jesus virá,
Jesus voltará!
Uma questão em aberto
Timóteo levou consigo algumas perguntas que preocupavam os crentes de
Tessalônica. Uma delas era: “O que será dos crentes que já faleceram?”
Muitos já haviam falecido em Tessalônica, seja por doenças, perseguições
ou de velhice. E agora a igreja ficava se perguntando com uma certa
ansiedade se esses crentes falecidos teriam algum prejuízo por terem
partido desta terra antes dos outros irmãos. Estariam juntos quando
Jesus voltasse? Os tessalonicenses viviam em amor fraternal (1 Ts 4.9), e
por amor se preocupavam com seus irmãos na fé. A segunda questão que os
inquietava era: “O Dia do Senhor já chegou?” Por que eles pensavam
isso? Já que tinham sido ensinados sobre o Dia do Senhor e a volta de
Jesus e enfrentavam angústia, achavam que esse Dia já poderia ter
chegado. Essa era uma das razões. Por outro lado, entrava gente na jovem
igreja propagando falsas doutrinas. Na Segunda Carta aos
Tessalonicenses (escrita logo depois da primeira, sendo na verdade um
complemento dela), Paulo escreve: “Irmãos, no que diz respeito à
vinda de nosso Senhor Jesus Cristo e à nossa reunião com ele, nós vos
exortamos a que não vos demovais da vossa mente, com facilidade, nem vos
perturbeis, quer por espírito, quer por palavra, quer por epístola,
como se procedesse de nós, supondo tenha chegado o Dia do Senhor” (2 Ts
2.1-2). Vemos que havia gente afirmando que o Dia do Senhor já
estava se desenrolando em seus dias. Alguns chegavam a apresentar cartas
falsas para sublinhar essa afirmação. Isso confundia os
tessalonicenses, pois acreditavam que as cartas eram de Paulo. Ele os
havia instruído de uma certa forma, e agora supostas cartas suas diziam o
contrário. A isso somava-se a perseguição, e eles ficaram inquietos e
cheios de questionamentos. São justamente essas perguntas que Paulo
trata de responder ao escrever as duas cartas aos tessalonicenses.
Preocupação de pastor
Paulo escreveu sua primeira carta aos tessalonicenses como pastor preocupado com sua igreja: “Não queremos, porém, irmãos, que sejais ignorantes com respeito aos que dormem, para não vos entristecerdes como os demais, que não têm esperança” (1 Ts 4.13).
Em 1 Tessalonicenses 4.13-18 ele responde à pergunta acerca do
paradeiro dos crentes que já morreram. Essa resposta deveria servir de
alento e fortalecimento aos tessalonicenses: “Consolai-vos, pois, uns aos outros com estas palavras”.
Paulo faz uso – como já fazia Jesus – da expressão “os que dormem” ao
falar dos falecidos em Cristo. Eles não estão mortos da forma que o
mundo entende a morte, mas encontram-se adormecidos. Como podemos
entender esse sono? Atos 7 relata sobre o apedrejamento de Estêvão: “E
apedrejavam Estêvão, que invocava e dizia: Senhor Jesus, recebe o meu
espírito! Então, ajoelhando-se, clamou em alta voz: Senhor, não lhes
imputes este pecado! Com estas palavras, adormeceu” (At 7.59-60). Mais uma vez vemos o uso da palavra “adormecer”. Mas o próprio Estêvão diz: “recebe o meu espírito!” No momento em que o crente morre, está na presença de Deus. O que Jesus prometeu ao malfeitor crucificado a Seu lado? “Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso” (Lc 23.43).
O espírito passa imediatamente à presença de Deus. O corpo não, pois
está morto. A ressurreição do corpo ocorre mais tarde. Quando o crente
morre, seu corpo adormece. Nós, cristãos, temos uma esperança. Qual é
essa esperança?
A esperança dos crentes
“Não queremos, porém, irmãos, que sejais ignorantes com respeito
aos que dormem,
para não vos entristecerdes como os demais, que não têm
esperança” (1 Ts 4.13).
“Se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também Deus,
mediante Jesus, trará, em sua companhia, os que dormem” (1 Ts 4.14). Paulo retorna à base da conversão: “se cremos que Jesus morreu...” Você crê que Jesus morreu em seu lugar? Filipenses 2.7-8 testemunha que Jesus “a
si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em
semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se
esvaziou, tornando-se obediente até à morte, e morte de cruz”.
Muitas vezes a ênfase é colocada nos sofrimentos físicos de Jesus. De
fato, o que Jesus sofreu em Seu corpo foi terrível. Mas quando foi
pregado na cruz, Seu sofrimento ia muito além do mero sofrimento físico.
Na cruz Ele clamou “em alta voz”: “Eli, Eli, lamá sabactâni? O que quer dizer: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” (Mt 27.46).
Ele estava no lugar mais solitário do mundo. Nesse momento, Jesus tomou
nossos pecados sobre si, de forma que o Pai não podia mais ter comunhão
com Seu Filho. E nesse momento Jesus pagou o que nós merecíamos.
Paulo continua escrevendo em 1 Tessalonicenses 4.14 que Jesus “morreu e ressuscitou”.
Quando viajamos a Israel e visitamos o Sepulcro do Jardim (deixemos de
lado a questão se este é ou não o autêntico túmulo de Jesus), vemos uma
placa onde está escrito: “Ele não está aqui! Ele ressuscitou!” O
sepulcro está vazio! Sem ressurreição Jesus teria sido um grande profeta
ou um bom exemplo para muita gente, mas não seria nosso Salvador. Ele
morreu por nós, Ele ressuscitou por nós. “Sabendo que aquele que ressuscitou o Senhor Jesus também nos ressuscitará com Jesus e nos apresentará convosco” (2 Co 4.14).).
Temos esta segurança: Já que Jesus foi ressuscitado por Deus o Pai,
temos a prova e a garantia de que tudo está pago. Sua ressurreição é a
prova de nossa salvação – e de nossa própria ressurreição!
A importância da ressurreição
Infelizmente, em certas igrejas cristãs a ressurreição de Cristo é
vista como lenda e não como um fato histórico. Paulo, porém, escreve: “Mas,
de fato, Cristo ressuscitou dentre os mortos, sendo ele as primícias
dos que dormem. Visto que a morte veio por um homem, também por um homem
veio a ressurreição dos mortos” (1 Co 15.20-21). E acrescenta o seu próprio testemunho para reforçar a importância da ressurreição: “Se,
como homem, lutei em Éfeso com feras, que me aproveita isso? Se os
mortos não ressuscitam, comamos e bebamos, que amanhã morreremos” (1 Co
15.32). Se Cristo não ressurgiu dentre os mortos, toda a nossa fé é vã.
E o Arrebatamento?
A partir de 1 Tessalonicenses 4.15 Paulo passa a tratar do Arrebatamento da Igreja e diz: “vos declaramos, por palavra do Senhor...”
Ele sublinha de forma muito enfática que o que dirá a seguir será
Palavra do Senhor. Em 1 Coríntios 15.51 ele diz que o Arrebatamento é um
mistério. Mistério é algo não revelado até então. O Arrebatamento é um
mistério. Não sabemos quando ele se dará. É e continuará sendo um
mistério até acontecer.
Infelizmente, em certas igrejas cristãs a ressurreição de Cristo é
vista como lenda e
não como um fato histórico. Paulo, porém, escreve:
“Mas, de fato, Cristo ressuscitou
dentre os mortos, sendo ele as
primícias dos que dormem. Visto que a morte veio por um homem,
também
por um homem veio a ressurreição dos mortos” (1 Co 15.20-21).
“Ora, ainda vos declaramos, por palavra do Senhor, isto: nós, os vivos, os que ficarmos até à vinda do Senhor, de modo algum precederemos os que dormem” (1 Ts 4.15). Prestemos atenção especial às palavras “nós, os vivos, os que ficarmos...”.
Ele não sabia quando se daria o Arrebatamento, mas esperava por ele.
Paulo estabeleceu uma regra geral: Jesus voltará! E todos nós, os vivos,
devemos estar preparados. Paulo inclui a si mesmo na regra. – Todos nós
esperamos que Jesus virá em nosso tempo de vida, o quanto antes melhor!
Mas Deus tem a Sua hora. Não haverá diferença se morrermos hoje e o
Senhor voltar apenas daqui a três anos. Para aqueles que vivem e para
aqueles que já faleceram tudo será igual na ressurreição.
“Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a
voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os
mortos em Cristo ressuscitarão primeiro” (1 Ts 4.16).
Deus tem um tempo para tudo
Somente Deus sabe quando ocorrerá o Arrebatamento. Ele mesmo dará a
ordem. E então soará a voz do arcanjo. A Bíblia menciona só um arcanjo,
Miguel (Judas 9). Gabriel também é um anjo importante, mas não é chamado
de arcanjo. A trombeta de Deus ressoará. Em 1 Coríntios 15.52 essa
mesma trombeta é chamada de última trombeta. Existem diversas teorias
acerca do que seria essa trombeta. Primeiramente, constatamos que é uma
“trombeta de Deus”. É uma trombeta especial. E é a última trombeta. Isso
pode ser entendido de diversas formas. Mas não creio que tenha relação
com a última das sete trombetas de Apocalipse 11. No tempo em que Paulo
escreveu 1 Tessalonicenses e 1 Coríntios, o Apocalipse ainda não tinha
sido escrito. Paulo já havia falecido há muito tempo quando João
escreveu esse livro. A última trombeta do Apocalipse é uma trombeta de
juízo. 1 Tessalonicenses e 1 Coríntios dizem respeito à Igreja e não à
época de juízo que virá sobre a terra. Podemos entender a última
trombeta em paralelo com Êxodo 19. Ali o povo de Israel estava diante do
monte Sinai. Os israelitas não podiam tocar o monte, que era santo pela
presença de Deus. “Ao amanhecer do terceiro dia, houve trovões, e
relâmpagos, e uma espessa nuvem sobre o monte, e mui forte clangor de
trombeta, de maneira que todo o povo que estava no arraial se
estremeceu. E Moisés levou o povo fora do arraial ao encontro de Deus; e
puseram-se ao pé do monte. Todo o monte Sinai fumegava, porque o Senhor
descera sobre ele em fogo; a sua fumaça subiu como fumaça de uma
fornalha, e todo o monte tremia grandemente. E o clangor da trombeta ia
aumentando cada vez mais; Moisés falava, e Deus lhe respondia no trovão”
(Êx 19.16-19). Essas trombetas conclamavam o povo de Israel a virem a Deus. A última trombeta talvez seja isso: Deus chamando Seu povo.
Deus desce dos céus
O texto bíblico diz: “e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro” (1 Ts 4.16). “depois,
nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com
eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim,
estaremos para sempre com o Senhor” (1 Ts 4.17).
Vejamos a sequência:
- Haverá a palavra de ordem
- a voz do arcanjo se fará ouvir
- a trombeta ressoará
- Deus descerá dos céus
- “os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro”
- depois “nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles” e
- “assim, estaremos para sempre com o Senhor”.
“Consolai-vos, pois, uns aos outros com estas palavras” (v.18)..
Essas palavras deveriam servir de estímulo à igreja em Tessalônica.
Vivendo ou morrendo, todo cristão tem a mesma esperança: Jesus virá, Ele
virá para Sua Igreja.
Sobre tempos e épocas
Os tessalonicenses também queriam saber quando tudo
isso iria acontecer. Paulo escreveu acerca de um mistério, em que ele
mesmo se incluía. Ele partia do princípio de que Jesus poderia voltar já
naquele tempo, em seus dias. Acerca dos “tempos e épocas”, porém, ele
escreveu: “Irmãos, relativamente aos tempos e às épocas, não há necessidade de que eu vos escreva” (1 Ts 5.1). Por que isso não era necessário? Primeiro, porque os tessalonicenses já estavam prevenidos: “Pois vós mesmos estais inteirados com precisão de que o Dia do Senhor vem como ladrão de noite” (v.2).
Se queremos falar sobre o Dia do Senhor precisamos considerar o que
está escrito em 2 Tessalonicenses. Nessa carta Paulo aprofunda mais essa
temática e explica o que precisa acontecer até que venha o Dia do
Senhor.
Muitos já se perguntaram acerca dos “tempos e épocas”. A questão não é nova. “Então,
os que estavam reunidos lhe perguntaram: Senhor, será este o tempo em
que restaures o reino a Israel? Respondeu-lhes: Não vos compete conhecer
tempos ou épocas que o Pai reservou para sua exclusiva autoridade” (At
1.6-7). Conhecer “tempos e épocas” não é assunto nosso. Uma coisa é
bem certa: ninguém sabe a data. Quem estipula dia e hora contradiz o
Senhor Jesus.
Conhecer “tempos e épocas” não é assunto nosso.
Uma coisa é bem certa: ninguém sabe a data.
Seitas cristãs já surgiram baseadas em especulações acerca das coisas
futuras. Por exemplo, a volta de Jesus foi anunciada para um dia de
março de 1844. Muitos se prepararam. Quanto mais a data se aproximava,
mais gente vendia ou doava seus bens – o Senhor viria com certeza,
pensavam eles. Mas o Senhor não veio. Aí foi preciso fabricar
rapidamente uma solução para o impasse. A data foi transferida para 22
de outubro de 1844. Mas nem nessa segunda vez Jesus Cristo voltou, e
muitos cristãos perderam sua fé. Isso deu origem a mais outras seitas
cristãs, como os adventistas. Eles explicaram que Jesus não teria vindo
porque o sábado não estava sendo celebrado. Outra idéia foi que o Senhor
veio apenas em espírito.
Imagine por um momento que eu poderia afirmar com certeza quando o
Senhor virá. Imagine se eu pudesse fixar a data certa e ainda comprovar o
que digo. O que você faria com essa informação? Provavelmente mudaria
completamente a sua vida. Deixaria de fazer muitas coisas que pratica.
Pararia de gastar seu tempo em coisas inúteis...
Se soubéssemos
Se de fato soubéssemos que o Senhor virá, por exemplo, daqui a um
ano, tentaríamos resolver todas as desavenças que existem entre nós.
Evangelizaríamos rapidamente nossos vizinhos. Pois se Jesus virá, tanto
faz o que eles vão pensar de nós. Se temos em mente que o Senhor virá
podemos direcionar nossa vida para esse evento e muitas coisas mudam na
nossa vida.
Coloque suas coisas em ordem como se o Senhor viesse ainda hoje.
Ele pode vir logo, hoje ou amanhã. Toda a sua vida deveria estar
voltada para esse grande acontecimento: o Senhor virá! Providenciemos
para que não seja tarde demais para muitas coisas que ainda devemos
fazer ou deixar de lado. Uma coisa é certa: não sabemos o dia nem a
hora. Mas a Bíblia nos fornece a grande moldura onde se encaixa esse
grandioso evento: o palco está sendo preparado diante dos nossos olhos. A
vinda de Jesus está hoje mais próxima do que nunca.
Pedro testifica: “Temos, assim, tanto mais confirmada a palavra
profética, e fazeis bem em atendê-la, como a uma candeia que brilha em
lugar tenebroso, até que o dia clareie e a estrela da alva nasça em
vosso coração” (2 Pe 1.19). Fazemos bem em atentar à palavra
profética. Precisamos reconhecer o tempo em que vivemos. A profecia
bíblica se cumpre diante dos nossos olhos. E é justamente esse
cumprimento que deveria nos acordar. O povo de Israel está voltando para
sua terra, um povo que esteve ausente de sua pátria por dois mil anos.
Deus retoma Seu plano com Israel. Isso significa que Seu plano com a
Igreja em breve estará encerrado. Rico ou pobre, saudável ou doente,
tenha um bom testemunho diante dos homens. Mantenha somente Jesus diante
dos olhos do seu coração, pois Ele certamente virá. Ele virá em breve!
FONTE:
(Nathanael Winkler - http://www.chamada.com.br)
Revista Chamada da Meia-Noite, setembro de 2012
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