A série de eventos relacionados com a fase de tribulação profetizada na Bíblia para os tempos finais tem sido citada e comentada diversas vezes durante a história do cristianismo.
O
que fica patente é que,
apesar de manterem uma mesma linha central de interpretação,
as muitas versões e comentários feitos apresentam algumas
diferenças de interpretação no que se refere à ordem
cronológica dos últimos acontecimentos.
Graças ao fato de vivermos no limiar desses acontecimentos, temos
certa vantagem sobre pessoas que viveram há dezenas ou até centenas
de anos. Hoje, temos uma melhor idéia do que podem significar literalmente
as profecias apocalípticas, por estarmos vivendo no tempo do seu
cumprimento.
Não esqueçamos que João, ao escrever
o Apocalipse, expressou as visões e revelações divinas
e os fatos surpreendentes que aconteceriam no final dos tempos, com as
suas palavras e com a limitação tecnológica própria
de quem vivia há 2.000 anos.
Hoje,
vivendo o avanço tecnológico profetizado no livro
de Daniel e já observando o surgimento do sistema político-religioso
que servirá como base de atuação para o anticristo,
podemos descobrir e entender mais precisamente as maravilhosas revelações
apocalípticas e a seqüência de acontecimentos profetizados.
É por
essa razão que este artigo poderá sofrer contínuas
atualizações, pois, paulatinamente, o quadro profético
geral fica mais claro e detalhado.
Apesar
de muitos atribuírem à tribulação
um período mais extenso, somos levados a considerar tecnicamente
como período de tribulação os sete anos anteriores à segunda
vinda de Jesus e a conseqüente derrota da besta e seu sistema.
É claro
que atualmente vivemos tempos difíceis, porém é importante
não confundi-los com a tribulação final de sete anos,
da qual faz parte a grande tribulação, um período
de três anos e meio, na segunda metade da tribulação.
Para
considerar o período tribulacional como um período
de sete anos, tomamos como base uma interpretação futurista
da última semana de Daniel.
CONDIÇÕES PRÉVIAS
É praticamente impossível traçar uma seqüência
totalmente exata de cada evento que está porvir, haja vista que
a prioridade na revelação apocalíptica não é narrar
fatos seqüenciados de forma metódica e sim revelar a derrota
do mal de forma definitiva no universo.
Estamos
vivendo o que Jesus em seu sermão profético chamou
de "princípio de dores", ou seja, uma série de
conflitos e catástrofes iniciais que vão resultar na instalação
do novo sistema de governo mundial e na chegada da tribulação
em si.
Jesus
profetizou que nações se levantariam contra
nações, reinos contra reinos, e que haveria pestes, fomes
e terremotos. Esse cenário de guerras, fome e morte se encaixa
perfeitamente na descrição dos quatro cavaleiros do Apocalipse
(Ap. 6:1-18).
Cremos
que as forças hegemônicas que hoje dominam o mundo
serão enfraquecidas e darão lugar a um sistema cada vez
mais unificado e aparentemente solidário.
Entendemos
que, no final deste período do princípio de dores, haverá um rápido
período de transição, paz humana e reordenamento
mundial.
As
profecias bíblicas, principalmente as de Obadias e Jeremias,
nos levam a acreditar que no período de conflitos do princípio
de dores, alguns povos e grupos religiosos mais radicais e fundamentalistas
serão exterminados (Ob.1:1-14). Isso explicaria três questões
básicas:
1)
O governo do anticristo e do falso profeta terá apoio mundial
total, exceto dos cristãos verdadeiros, os quais não aceitarão
a marca da besta nem adorarão a sua imagem. Porém, hoje
existe uma religião que, mesmo não sendo cristã,
se oporia radicalmente ao domínio político e espiritual
do anticristo.
Estamos
falando do islamismo. Por isso, acreditamos que nos conflitos inseridos
no princípio de dores, os povos muçulmanos
poderão ser, de alguma maneira, silenciados, enganados ou destruídos,
possivelmente por algum país hegemônico mundial ou por Israel,
ou mesmo ambos.
2) É necessário que o templo judeu seja reconstruído
em Jerusalém, para que nele se cumpra a abominação
desoladora profetizada por Daniel em Daniel 9:27 e confirmada por Jesus
em Mateus 24:15.
A
abominação desoladora marcará o começo
da grande tribulação, período de três anos
e meio que marca a segunda metade da tribulação, quando
o anticristo se sentará no trono do templo e profanará o
santo lugar (Daniel 11:30-32, II Tessalonicenses 2:3-4).
No
lugar em que deve ser reconstruído o templo judaico, hoje existe uma mesquita
muçulmana, o que novamente nos leva a acreditar num desfecho radical
envolvendo os islamitas (pelo menos aqueles que habitam no Oriente Médio)
ou num surpreendente acordo de paz, o qual poderá ser o acordo
de que trata Daniel 9:27.
3)
Quando Ezequiel descreve a invasão de Gogue e Magogue contra
Israel, que muito provavelmente se dará bem próximo ao início
do período de tribulação de sete anos, ele nos revela
que quando isso acontecer, Israel estará habitando sua terra "em
paz", uma realidade muito diferente da que observamos hoje nos noticiários!
Algo
radical e transformador deve acontecer no Oriente Médio para
que essa profecia se cumpra e traga esse período de relativa tranqüilidade.
Após essa fase de transição malignamente pacífica,
que deve durar pouco tempo, um evento quebrará subitamente essa
realidade.
Vindos
do norte, Gogue e seus aliados tentarão
invadir Israel. Se em qualquer mapa mundial você traçar
uma linha vertical partindo de Jerusalém indo rumo ao norte,
a linha passará por Moscou, capital da Rússia...
Ezequiel
revela que Gogue estará acompanhado de um vasto exército
de diferentes nações aliadas.
OS
DEZ CHIFRES E A ASCENSÃO DO ANTICRISTO
Ao
analisarmos detalhadamente o sistema político que dará sustentação
ao anticristo, notamos que o próprio terá dez chifres. Como
já vimos, cada chifre representa uma nação ou bloco
de nações.
Em
Apocalipse 17:12 diz que os dez chifres, em determinado momento, entregarão o seu poder e domínio à besta.
Muito provavelmente, isso ocorrerá ainda no período de transição.
Porém, Daniel revela que quando o anticristo surgir derrubará três
dos dez chifres (Daniel 7:8).
Os
três chifres que cairão
e que pertenciam aos dez primeiros, possivelmente serão os derrotados
na invasão de Gogue e Magogue (Rússia mais outros dois).
A partir deste momento começa o período de sete anos denominado
tribulação.
É lógico afirmar que, durante a época de transição
que antecederá os sete anos e na qual receberá o poder delegado
pelos dez chifres, o anticristo não passará de um político
admirável e aclamado por todas as nações (inclusive
por Israel), por causa das soluções pragmáticas e
populares que trará.
Próximo ao começo da tribulação,
porém, algo espantoso e sobrenatural acontecerá. Ezequiel
afirma que os exércitos de Gogue e seus aliados serão exterminados "sem
intervir mão humana", ou seja milagrosamente, num livramento
divino para a nação israelense.
É importante estar
preparado para a possibilidade de o falso profeta atribuir esse livramento
sobrenatural ao anticristo, começando neste instante a adoração
mundial para o mesmo e o reconhecimento do povo judaico à besta.
Embora
ter começado a surgir antes mesmo dos sete anos tribulacionais,
o anticristo só começará sua perseguição
implacável e aberta contra o povo judeu e a Igreja cristã a
partir da segunda metade da tribulação, denominada "grande
tribulação", um período de três anos e
meio (Apocalipse 13:5-7 e Daniel 7:24-25), período que começará com
a quebra do acordo feito entre a besta e a nação israelense
e com a maligna abominação desoladora em Jerusalém.
Antes
desse período, o anticristo terá uma atitude de aparente
união com Israel, firmando, muito provavelmente após a derrota
de Gogue e Magogue, um tratado de paz para "proteger" Israel.
Ele
será aceito e aclamado pelos judeus, como vimos anteriormente.
Por sua vez, antes da grande tribulação, os cristãos
verdadeiros serão perseguidos apenas a nível policial, político
e social, pelo fato de não aceitarem os planos iniciais da Nova
Ordem Mundial nem o domínio mundial da besta.
Cremos
que essa perseguição
inicial não será uniforme em todas as nações
e não assumirá necessariamente um caráter anticristão
específico num primeiro momento.
A
partir do momento que a máscara
do anticristo cair, no começo da grande tribulação, é que
a perseguição contra a Igreja e Israel assumirá um
caráter abertamente espiritual, maligno e implacável.
CALCULANDO A ÚLTIMA SEMANA
Quando
comparamos as revelações contidas no livro de Daniel
com aquelas registradas no Apocalipse, podemos ter uma visão mais
ampla de como os eventos se darão na 70ª semana de Daniel,
período de 7 anos que, segundo entendemos, marca a tribulação
que antecederá a gloriosa volta do Salvador.
PONTO (A): Começo da tribulação
PONTO (B): Começo do oferecimento de sacrifícios no Templo reconstruído
PONTO (C): Metade da tribulação e começo da grande tribulação
PONTO (D): Final do período tribulacional
PONTO (E): Purificação do santuário
PONTO (F): Descida de Jesus no Monte das Oliveiras, derrota dos exércitos do anticristo e começo do reino eterno de Cristo.
O esquema acima procura
definir a ordem dos acontecimentos que terão
lugar na última semana de Daniel, num período de sete anos
denominado tribulação, e as conseqüências posteriores
desses acontecimentos.
Esse
esquema foi elaborado com base nas profecias de Daniel e do Apocalipse
e nos dados que elas nos oferecem. No entanto,
serve apenas para apresentar-nos uma noção do período
tribulacional, sem chamar para si nenhuma infalibilidade em seus cálculos.
Em relação ao ponto inicial (A), é lógico
supor que o anticristo surgirá num momento anterior a esse ponto,
talvez anos antes. O ponto (A), determina o começo do período
de sete anos.
O
evento que dá lugar ao começo dos sete
anos de tribulação é o pacto de paz feito entre
a besta e Israel (Daniel 9:27).
Do ponto (A até o ponto (B), transcorrem 250 dias. No ponto (B)
começam a ser oferecidos os sacrifícios no Templo de Jerusalém,
devidamente reconstruído meses ou anos antes (Daniel 8:13).
Do ponto (B) até o ponto (C), transcorrem 1010 dias. O ponto
(C) marca a metade exata do período tribulacional e o começo
do período denominado grande tribulação. Neste ponto,
o anticristo profanará o Templo e fará cessar os sacrifícios,
estabelecendo a abominação desoladora (Mateus 24:15-21,
Daniel 9:27).
Parte da
Igreja foge e é preservada nesses três
anos e meio e uma outra parte fica no sistema para testemunhar (Mateus
24:16-20, Apocalipse 12:6-16, Apocalipse 12:17).
Nesse
ponto começa
o ministério das duas testemunhas (Apocalipse 11), que se estende
por toda grande tribulação (42 meses ou 1260 dias). Conseqüentemente,
o período que vai do ponto (C) até o ponto (D) é de
42 meses ou 1260 dias.
No ponto (D) se completa
o período tribulacional de sete anos
ou a última semana de Daniel. Neste ponto, as duas testemunhas
são assassinadas pelo anticristo (Apocalipse 11:3-7). Os corpos
das duas testemunhas ficarão expostos para a população
mundial por três dias e meio.
Conseqüentemente, do ponto (D)
até a ressurreição das duas testemunhas, transcorrem
três dias e meio. Nesse momento, as duas testemunhas são
ressuscitadas pel Altíssimo, para assombro de todos e ascendem
aos céus (Apocalipse 11:11-15).
Da ressurreição das duas testemunhas até o ponto
(E), transcorrerão 26 dias e meio. Cremos que, após o Templo
ter sido purificado pelos judeus no ponto (E), 26 dias e meio após
a ressurreição das 2 testemunhas e 30 dias após
o término da grande tribulação de 42 meses, o anticristo
reunirá seus exércitos no Armagedom para destruir Israel.
Entendemos
que isso se dará imediatamente depois que o sol e a
lua escurecerem, sinais que parecem estar contidos na quinta taça
(Apocalipse 16:10). O sol e a lua escurecendo, sinais que ocorrem logo
após a grande tribulação (Mateus 24:29), são
os sinais que anunciam o DIA DO SENHOR.
A partir desse momento,
inserido entre os pontos (E) e (F), o arrebatamento da Igreja torna-se
iminente. Neste ponto, o sol e a lua escurecerão,
as estrelas "se moverão de lugar", e então aparecerá nos
céus completamente escuros o sinal do Filho do homem, como um
relâmpago, visto por toda a humanidade! (Mateus 24:27-31, Apocalipse
6:12-17).
Neste
momento, ao soar da última trombeta, ocorrerá o
arrebatamento, o momento maravilhoso em que a Igreja se reunirá com
Cristo nas nuvens. Os que estiverem mortos, serão ressuscitados
e glorificados. Os que estiverem vivos, serão transformados e
glorificados (I Coríntios 15:51-52, I Tessalonicenses 4:15-18,
Apocalipse 15:13-16, Apocalipse 19: 7-9).
Todos esses eventos
gloriosos gerarão a conversão de Israel
e o reconhecimento do Messias prometido (Romanos 11:26-27, Zacarias 12:10).
Também, de acordo com as profecias de Daniel, do ponto (E), que é a
purificação do Templo, até (F), que é a descida
de Jesus no Monte das Oliveiras, para derrotar os exércitos do
anticristo e instaurar seu reino eterno, transcorrerão 45 dias.
Os cálculos acima foram feitos de acordo com os seguintes parâmetros:
1. De acordo com
Daniel 9:27, podemos saber que do ponto (A) até o
ponto (C) transcorrem 1260 dias (três anos e meio ou metade de
uma semana). Então, a outra metade terá também 1260
dias, o que confirma as revelações apocalípticas
da atuação principal do anticristo.
Então, do ponto
(C) até o ponto (D), transcorrem 1260 dias. Somando as duas metades,
nós termos 2520 dias de tribulação (sete anos).
2. De acordo com
Daniel 8:13-14, podemos saber que, desde o começo
dos oferecimentos de sacrifícios até a purificação
do Templo, transcorrerão 2300 dias. Ou seja, do ponto (B) até o
ponto (E) transcorrerão 2300 dias.
3. De acordo com
Daniel 12:11, fica claro que entre a profanação
do Templo (abominação desoladora) até a purificação
do mesmo, transcorrerão 1290 dias. Ou seja, do ponto (C) até o
ponto (E) transcorrem 1290 dias.
4. De acordo com
Daniel 12:12, ficamos sabendo que, desde a profanação
do santuário (ponto 2) até a vitória final do Ungido
sobre o anticristo (ponto d), transcorrerão 1335 dias.
Os dados obtidos
com as revelações bíblicas citadas
acima, permitem situar-nos dentro dos últimos acontecimentos.
Nossos cálculos não são infalíveis e são
passíveis de erros.
Porém,
a revelação pormenorizada
de tantos detalhes proféticos nos mostra, mais uma vez, o cuidado
do Criador em nos revelar aquilo que precisamos saber, para que não
estejamos em trevas.
Como membros
do corpo de Cristo, devemos estar preparados para viver esses dias
que se aproximam, sejamos protegidos da tribulação
ou inseridos nela para testemunho e martírio. Que em nossos corações
haja um crescente anelo pela volta gloriosa de Jesus, como Rei e Senhor!
AS
SUBDIVISÕES
DO APOCALIPSE
O Apocalipse engloba
os fatos que acontecerão no período
tribulacional e até mesmo pré-tribulacional, em selos,
trombetas e taças, determinando um desenrolar lógico dos
acontecimentos.
Nesta página
somente mencionaremos os fatos num aspecto explicativo, sem deter-nos
muito numa análise mais global.
Deixamos
claro que a concepção
que adotamos em relação ao livro de Apocalipse se esforça
para chegar o mais próximo possível da concepção
literal e futurista que nossos irmãos primitivos adotavam para
relacionar-se com as profecias escatológicas.
Cremos que há uma estreita relação entre trombetas
e taças, sendo estas últimas a descrição
das conseqüências finais do toque das 7 trombetas.
Já os
selos, em nosso entendimento, descrevem um período de tempo maior,
que vai do princípio de dores (selos 1 a 4), até a vinda
de Cristo (selo 7), passando pela perseguição aos servos
do Senhor (selo 5) e pelos sinais que antecedem o grande dia do Senhor
(selo 6).
Tudo
indica que os eventos relacionados às 7 trombetas
ocorrerão a partir do início da grande tribulação
de 3 anos e meio e que os eventos resultantes das 7 taças terão
lugar nos momentos finais desse período, abrangendo até mesmo
os sinais que antecedem o Dia do Senhor, dia esse que é colocado
como um evento que ocorrerá imediatamente após a grande
tribulação. (Mateus 24:29).
OS SELOS
São descritos a partir do capítulo 6 do Apocalipse. Estando
certa a nossa posição, os sete selos abrangeriam não
somente os sete anos tribulacionais mas também uma parte do período
pré-tribulacional, denominada de "princípio de dores" (comparar
Mateus 24:7-10 e Apocalipse 6:1-11) e até mesmo parte de acontecimentos
pós-tribulacionais, como os sinais cósmicos que antecedem
o Dia do Senhor (comparar Mateus 24:29 e Apocalipse 6:12-17).
Cremos
firmemente que há uma estreita relação entre o sermão
profético do Senhor Jesus e os sete selos do Apocalipse, abrangendo
assim todos os principais sinais que ocorrem imediatamente antes, durante
e logo após a tribulação, apontando para a gloriosa
volta do Mestre.
Os quatro primeiros
selos referem-se aos quatro cavaleiros do Apocalipse (Apocalipse 6:1-8).
Acreditamos já estar começando a viver
essa realidade, com o aumento progressivo das guerras, fomes e mortes.
Esses primeiros quatro selos parecem estar intimamente ligados aos sinais
do princípio de dores detalhados pelo Ungido, os quais irão
se aprofundando.
O
resultado final da concretização desses
quatro primeiros selos será a morte de ¼ da população
mundial.
O quinto selo (Apocalipse
6:9-11), descreve a súplica de cristãos
que foram martirizados no decorrer da história por causa de seu
posicionamento espiritual. Eles devem esperar um pouco mais de tempo,
até que se complete o número daqueles que serão
martirizados até o fim dos tempos, incluindo nesse contexto a
Igreja nos últimos tempos.
Esse
selo aponta claramente para a perseguição histórica sobre a verdadeira Igreja,
perseguição essa que se aprofundará no período
tribulacional e começará mundialmente a partir da abominação
desoladora ou começo dos 42 meses do poderio da besta (Mateus
24:15, Apocalipse 13).
O sexto selo (Apocalipse
6: 12-17), descreve uma grande comoção
na Terra e no universo. Neste momento muitos despertarão para
a realidade final. Fica implícita nesta passagem a manifestação
de cataclismos surpreendentes, provavelmente gerados por deslocamentos
orbitais e gravitacionais dentro do sistema solar.
Fica
muito clara a relação desse selo com os sinais que antecederão
o Dia do Senhor (Mateus 24:29-30). Logo, esse selo abrange também
acontecimentos que ocorrerão imediatamente após a tribulação
de 7 anos.
O sétimo selo (Apocalipse 8:1-5), se subdivide em sete trombetas.
No entanto, cremos que a cronologia tribulacional indica que a sétima
trombeta e as sete taças finais são englobadas no sexto
selo, cuja extensão, como já vimos, vai até o Dia
do Senhor.
Aqui,
o sétimo selo parece não indicar uma ordem
cronológica em relação aos primeiros seis selos,
mas sim explicativa. O sétimo selo é caracterizado por
um "silêncio" e, pela simbologia do número, parece
aplicar-se ao próprio reino do Pai sobre a Terra. Entendemos que é um
selo exclusivo do Eterno.
AS TROMBETAS
Cremos que as trombetas
se referem a eventos que ocorrerão durante
a grande tribulação de 3 anos e meio, a partir do momento
em que ocorrer a abominação desoladora (Mateus 24:15).
A primeira trombeta
(Apocalipse 8:7), sugere um conflito nuclear, que destruirá a terça
parte da Terra.
A segunda trombeta
(Apocalipse 8:8-9), parece ser conseqüência
direta da primeira, gerando danos proporcionais às fontes aquáticas
do planeta. No entanto, pode referir-se também a um vulcão
ou tremor gerando o lançamento no oceano de uma enorme massa
de terra, como pode ocorrer, por exemplo, no vulcão "La Cumbre
Vieja", nas Ilhas Canárias [1].
Um evento
desse porte atingiria grande parte do Oceano Atlantico, causando mortandade
tanto no próprio
mar como nas zonas costeiras das Américas.
A terceira trombeta
(Apocalipse 8:10-11), descreve "uma estrela" ardente
caindo do céu como uma tocha. Acreditamos que possa tratar-se
de um asteróide de pequeno porte colidindo com a Terra. De acordo
com recentes descobertas astronômicas, existem atualmente alguns
asteróides em rota de colisão com o nosso planeta.
Apesar
da probabilidade de colisão ser atualmente pequena, de acordo
com a maior parte dos astrônomos, nos parece, à luz da palavra
apocalíptica, que esse desastre possa acontecer, levando em consideração
os profundos desequilíbrios que ocorrerão não somente
no planeta Terra, mas também em todo o universo.
Neste caso, da terceira
trombeta, é narrado que os rios e as
fontes de aguas, ou seja, agua apta para o consumo humano, serão
atingidos em 1/3. Se considerarmos a grande possibilidade que se tratar
da queda de um asteróide de grande porte com elementos nocivos, é coerente
pensar que se trata de uma queda num local específico.
Atualmente,
com a notória escasez de agua potável no mundo, a única
localidade que se encaxaria nesse contexto é a América
do Sul, que detém 27% das reservas de água potável
do mundo [2].
Uma
contaminação generalizada dos rios da
América do Sul, muitos deles interligados, e das bacias hidrográficas,
poderia causar o que descreve a terceira trombeta.
A quarta trombeta
(Apocalipse 8:12), à semelhança da segunda, é possivelmente
uma conseqüência direta da trombeta anterior. Com a queda
do asteróide ou meteorito, uma densa camada de poeira subiria, "escurecendo" o
sol, a lua e as estrelas.
A quinta trombeta
(Apocalipse 9:1-12) parece descrever a atuação
de anjos que estavam presos no abismo, assumindo formas físicas
bizarras, destruindo e matando aqueles que não tiverem o selo
do Eterno.
Provavelmente,
trata-se dos anjos descritos em Judas 1:6. Um grupo específico de anjos que, numa época remota,
não guardaram o seu principado e deixaram sua própria habitação.
Na sexta trombeta
(Apocalipse 9:13-21), continua a onda de destruição
humana, agora encabeçada por quatro anjos, que possuem essa missão
específica.
Essa trombeta mostra a morte de 1/3 da população
mundial, principalmente como resultado da atuação de um
exército de 200 milhões de combatentes, vindos de além
do Rio Eufrates. Provavelmente, trata-se do começo da invasão
chinesa rumo ao Oriente Médio.
A sétima trombeta (Apocalipse 11:15-19), se subdivide em sete
taças ou pragas.
AS
TAÇAS
Cremos que o derramamento
das taças se dará logo após
a grande tribulação, nos dias que separam o fim da grande
tribulação e o retorno glorioso do Senhor Jesus. Será o
clímax da ira do Altíssimo sobre os ímpios e o pecado.
A primeira taça (Apocalipse 16:2), descreve o aparecimento de
uma chaga maligna que se manifestará naqueles que tenham a marca
da besta.
A segunda taça (Apocalipse 16:3), descreve a contaminação
total dos oceanos, num possível aprofundamento das conseqüências
da segunda trombeta.
Cremos que a terceira
taça (Apocalipse 16:4), é uma continuação
do efeito anterior, com a destruição definitiva (até o
começo do Milênio) dos rios e fontes de águas potáveis.
A quarta taça (Apocalipse 16:8-9), sugere uma aproximação
da Terra ao Sol, possivelmente causada por uma mudança em seu
eixo ou mesmo em sua massa, decorrente dos cataclismos anteriores, aumentando
assustadoramente a temperatura média do planeta.
A quinta taça (Apocalipse 16:10-11), é um castigo específico
contra o anticristo e seus auxiliares mais próximos, possivelmente
abrangente à cidade que ele escolherá como capital mundial.
A sexta taça (Apocalipse 16:12-16), descreve os preparativos
satânicos para a batalha final do Armagedom. É muito provável
que o exército oriental descrito em Apocalipse 16:12 seja o chinês
que, juntamente com as outras nações, será convencido
pela besta a marchar contra Israel.
Recentemente,
foi noticiado que o governo chinês, caso seja necessário, poderá alistar
grande parte de sua população ativa, com centenas de milhões
de soldados.
Como já explicamos nas páginas anteriores,
acreditamos que o anticristo atribuirá à nação
israelense a culpa por todos os males e maldições que estarão
acontecendo na grande tribulação, convencendo essas nações
através do engano espiritual de 3 espíritos malignos. Essas
nações se reunirão no Armagedom.
A sétima taça (Apocalipse 16:17-21), descreve o começo
da destruição definitiva das forças do anticristo.
Elas serão derrotadas no Armagedom por Cristo em sua segunda vinda
em glória (Zacarias 14:1-21). Todo o sistema político-religioso
do anticristo ruirá.
A
besta e o falso profeta serão lançados
no lago de fogo e Satanás será amarrado por mil anos. A
partir desse momento começa o reino milenar de Cristo em nosso
planeta (Apocalipse, capítulos 19 a 22).
SEQUÊNCIA
GERAL DE EVENTOS
Observamos que muitas
tentativas humanas de datar e determinar com absoluta precisão histórica como e quando ocorreriam os principais
eventos escatológicos profetizados nas Escrituras, terminaram
em fracassos. Entendemos que isso ocorre em função da finalidade
das profecias bíblicas.
As profecias
visam fornecer, àqueles
que obedecem ao Pai, uma idéia geral de como e quando ocorrerão
esses eventos, para que a geração que os vivenciar possa,
no momento certo, identificá-los e saber com exatidão o
que está para ocorrer.
As profecias
bíblicas não
são uma "agenda" de acontecimentos futuros pré-datados,
mas uma revelação para que os servos do Senhor não
sejam surpreendidos.
Não obstante esse princípio, percebemos que existe uma
seqüência lógica de acontecimentos. Cremos que é dever
de todo servo do Pai ter uma noção da ordem ou seqüência
dos eventos profetizados, os quais foram revelados precisamente com essa
finalidade: servir de esclarecimento e fonte de conhecimento para nós.
Por
exemplo, em Apocalipse 17:13 está revelado que, num determinado
momento, os 10 chifres entregarão sua soberania à besta.
Já em Apocalipse 13:5, está revelado que a besta terá autoridade
mundial durante 42 meses.
Então, é lógico afirmar
que antes desses 42 meses, é necessário que os 10 chifres
já estejam consolidados, pois serão eles que entregarão
a soberania política mundial à besta, sob influência
direta de satanás (Apocalipse 13:2).
Daremos a seguir
uma seqüência de eventos em ordem cronológica,
abrangendo não somente o período tribulacional, mas também
o período imediatamente anterior à tribulação.
Novamente,
alertamos que o nosso objetivo não é o de apresentar
uma seqüência infalível e perfeita de como os acontecimentos
se darão, e sim o de fornecer a você uma base de comparação
entre as profecias e os acontecimentos globais, oferecendo um cenário
geral.
Esperamos que este
artigo seja, de alguma forma, útil para aqueles
que estudam as profecias e levam a sério o que está expresso
na Palavra do Pai. Anelamos que, quando esses eventos ocorram, você possa
relacioná-los apropriadamente ao momento profético que
estiver vivendo.
No
presente momento, cremos que já estamos vivendo
aquilo que Jesus denominou de "princípio de dores" (Mateus
24:8), com a ocorrência cada vez mais profunda e sistemática
de conflitos, terremotos e fomes em todo o mundo, o que está em
perfeita relação com os 4 primeiros selos do Apocalipse
(Apocalipse 6:1-8). O princípio de dores se prolongará até a
grande tribulação.
A pregação das boas novas começou na Judéia,
Samaria e se estendeu até os confins da Terra. Essas boas novas,
de acordo com o Mestre, serão pregadas em todo o mundo, em testemunho
a todas as nações, e então virá o fim.
Colocamos,
então, a pregação do Evangelho como o primeiro item
dessa ordem seqüencial de eventos, indicando que, quando o Evangelho
houver sido pregado a todas as nações, então já estaremos
no fim do atual sistema e nos dias que antecedem a gloriosa volta do
Salvador.
Lembramos
que o Evangelho será pregado até mesmo
nos dias tribulacionais (Apocalipse 14:6). Então, o sinal da pregação
do Evangelho deve ser entendido nessa dualidade.
Ao mesmo
tempo em que nos indica quando estaremos entrando nos dias que antecedem
a volta de
Cristo, esse sinal da pregação se estenderá literalmente
até o fim, que será o dia da gloriosa vinda do Senhor.
Entendemos que, para
que haja uma reestruturação que permita
o domínio mundial por parte de um único sistema, é necessário
que a atual supremacia dos EEUU se enfraqueça ou seja extinta.
Ataques
terroristas de grandes proporções, cataclismos,
crises financeiras globais e outros fatores podem ocorrer de forma devastadora
em qualquer país e estes fatores, aliados ou não à extinção
hegemônica dos EEUU, poderão gerar um colapso político-financeiro
sem precedentes no mundo moderno.
Uma coisa é certa: é necessário
que toda posição hegemônica e toda superpotência
perca sua supremacia em função do futuro sistema global
que será instaurado quando os 10 chifres entregarem seu domínio à besta.
Isso se refere também ao atual sistema financeiro que reje o mundo.
Cremos que estamos às portas da consolidação dos
10 chifres. Trabalhamos com 3 hipóteses possíveis: A transformação
do G-8 em G-10, a reestruturação do Conselho de Segurança
da ONU ou o reordenamento global em 10 grandes blocos de países.
Talvez, a configuração dos 10 chifres ocorra num cenário
de colapso mundial sem precedentes.
Não devemos confundir a revelação do anticristo,
ocasião na qual esse ser se revelará em toda sua expressão
maligna, com o surgimento do anticristo, o qual se dará num período
anterior.
Não faz sentido um líder surgir num dia e governar
o mundo imediatamente no outro. Entendemos que, mesmo antes do período
tribulacional de 7 anos, o anticristo surgirá no cenário
internacional, como uma "excelente" opção de
liderança para a necessidade global de paz e segurança.
Cremos que, em seu
surgimento inicial, o anticristo está envolvido
em alianças (muito provavelmente um pacto envolvendo Israel e
Autoridade Palestina ou entre a União Européia e países árabes
produtores de petróleo) e em lisonjas, mostrando uma grande aptidão
de negociação, diplomacia e convencimento.
Muito
provavelmente o Templo judeu será reconstruído nessa época e o
anticristo terá um papel importante nas negociações.
A aliança revelada em Daniel 9:27 se encaixa nesse contexto e
será o clímax da capacidade negociadora da besta.
A máscara
só cairá depois, em plena tribulação, como
veremos mais adiante. Por isso, é importante estar alerta diante
desses acontecimentos prévios.
Cremos que, antes
da instauração oficial e institucional
da marca da besta, a qual se dará no começo da grande tribulação
de 3 anos e meio (Apocalipse 13:11-18), o controle sobre as pessoas,
tanto no aspecto de identificação, como de movimentação
financeira e rastreamento, será adotado gradualmente por várias
nações ou até mesmo por grupos de nações.
Em muitos países já existem projetos pilotos para uma
reestruturação dos métodos de identificação
e monitoramento dos cidadãos, utilizando diversas tecnologias,
como o microchip, a biometria, etc.
Cremos
que há um condicionamento
paulatino e gradual da população para que, em determinado
momento, as pessoas aceitem sem maiores questionamentos métodos
de identificação e monitoramento invasivos.
Atualmente,
muitos já estão abertos á idéia de abrir
mão de algumas liberdades individuais e da privacidade, para viver
em paz e segurança.
Deixamos claro que
essa adoção paulatina de mecanismos
e tecnologias de controle sobre a população não é a
marca da besta em si.
A
marca ou sinal da besta só será adotado
no começo da grande tribulação de 3 anos e meio
e virá acompanhado de uma aceitação e adoração
espiritual intrínseca, muito provavelmente envolvida em assombrosas
aparições e engano espiritual mundial.
Mesmo
assim, conclamamos a nossos leitores a não usarem nem aceitarem nenhum método
de identificação ou controle que permita a localização
instantânea daquele que o possui, principalmente se estivermos
diante da adoção de algum mecanismo que tenha que ser colocado
em nosso corpo (!)...
A razão é simples: Mesmo não sendo ainda o momento
da marca da besta, a possibilidade de rastreamento de qualquer pessoa
que esteja decidida a não adotar a marca da besta nem a adorá-la,
ficará dificultada se, desde já, não aceitarmos
em nosso corpo qualquer mecanismo de rastreamento.
Aqueles
que aceitarem esses mecanismos, correm o alto risco de se tornarem,
num futuro muito
próximo, alvos fáceis do sistema maligno da besta.
Cremos que, logo
no início do período tribulacional de
7 anos, ocorrerá uma invasão contra Israel, promovida pelo "rei
do norte", juntamente a vários países aliados.
Há fortes
indícios proféticos para sustentar que a invasão
de Gog profetizada por Ezequiel é diferente daquela descrita em
Apocalipse 20, e se refere à Rússia e aliados.
Entendemos
que, diante da queda da supremacia americana e dos acordos feitos entre
a besta (ainda não revelada como tal) e os países do Oriente
Médio (grandes produtores de petróleo), a Rússia
decidirá atacar Israel de surpresa. O profeta Ezequiel nos mostra
que Gog e seus exércitos serão sobrenaturalmente derrotados.
O anticristo só será revelado como tal a partir do começo
da grande tribulação, a qual durará 3 anos e meio
e, afinal da qual, o Mestre voltará para encontrar-se com a Sua
Igreja, derrotar a besta e seu sistema e instaurar o Milênio.
A partir do momento
de sua revelação plena, o anticristo
perseguirá frontalmente a Igreja, exigirá ser adorado,
instituirá a marca da besta, tudo isso com o apoio e a colaboração
nefasta do falso profeta.
Cremos
que o evento que dará início à grande
tribulação será a abominação desoladora,
profetizada por Daniel e ratificada por Jesus (Daniel 11:31, Mateus 24:15).
Em Cristo,
Jesiel Rodrigues
FONTES
[1] http://super.abril.com.br/ecologia/se-tsunami-atingisse-brasil-445468.shtml
[2]
http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=1445
http://www.projetoomega.com/estudo10.htm
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