23 de abr. de 2014

A besta que sobe da terra



BESTA QUE SOBE DA TERRA, A [Em gr. therion anabainon ek tês g] Conhecida também como a Segunda Besta e o Falso Profeta, será o preposto religioso de Satanás.
Pelas características que João apresenta deste personagem, concluímos: esta besta apresentar-se-á como a grande (e falsa) alternativa messiânica da humanidade (Ap 13.11- 18).

Sua missão primacial constituir-se- á em dar sustentação mística à plataforma de governo da Besta que sobe do mar.

E para lograr seus objetivos, agirá da seguinte forma:
 
1) Apresentar-se-á como o Messias de Israel.

Esta sua pretensão será plenamente aceita pelos israelitas: “Eu (disse Jesus) vim em nome de meu Pai, e não me recebeis; se outro vier em seu próprio nome, a esse recebereis” (Jo 5.43).

Esta aliança, porém, terá efêmera duração: “ele fará um pacto firme com muitos por uma semana; e na metade da semana fará cessar o sacrifício e a oblação; e sobre a asa das abominações virá o assolador; e até a destruição de- terminada, a qual será derramada sobre o assolador” (Dn 9.27).

2) Reivindicará adoração divina tanto a si quanto à primeira besta.

Ela apresentar-se-á aos gentios como o próprio Deus: “Ora, quanto à vinda de nosso Senhor Jesus Cristo e à nossa reunião com ele, rogamo-vos, irmãos, que não vos movais facilmente do vosso modo de pensar, nem vos perturbeis, quer por espírito, quer por palavra, quer por epístola como enviada de nós, como se o dia do Senhor estivesse já perto. Ninguém de modo algum vos engane; por- que isto não sucederá sem que venha primeiro a apostasia e seja revelado o homem do pecado, o filho da perdição, aquele que se opõe e se levanta contra tudo o que se chama Deus ou é objeto de adoração, de sorte que se assenta no santuário de Deus, apresentando-se como Deus” (2 Ts 2.1-4).

3) Fará sinais e maravilhas.

Em sua gana por enganar os moradores da terra, a segunda besta fará sinais, maravilhas e estupendos prodígios: ''Também exercia toda a autoridade da primeira besta na sua presença: e fazia que a terra e os que nela habitavam adorassem a primeira besta, cuja ferida mortal fora curada. E operava grandes sinais, de maneira que fazia até descer fogo do céu à terra, à vista dos homens; e. por meio dos sinais que lhe foi permitido fazer na presença da besta, enganava os que habitavam sobre a terra e lhes dizia que fizessem uma imagem à besta que recebera a ferida da espada e vivia’' (Ap 13.12-14).

4) Sustentará misticamente o Anticristo.

O sistema a ser implantado por Satanás representará a união perfeita entre o Estado e a Religião. Se esta designação não fosse tão imprópria, diríamos que o governo do Anticristo será um estado teocrático sem quaisquer precedentes na história político-religiosa das nações.

A religião dará à Primeira Besta toda a sustentação de que esta necessita para governar a humanidade: "Foi-lhe concedido também dar fôlego à imagem da besta, para que a imagem da besta falas- se, e fizesse que fossem mortos todos os que não adorassem a imagem da besta. E fez que a todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e escravos, lhes fosse posto um sinal na mão direita, ou na fronte, para que ninguém pudesse comprar ou vender, senão aquele que tivesse o sinal, ou o nome da besta, ou o número do seu nome” (Ap 13.15-17).

Enfim, a Besta que sobe da terra será um perfeito falso profeta: falará por Satanás, doutrinará a terra, realizará convincentes milagres para referendar o erro e a mentira, mostrar-se-á aos judeus como se fora o profeta anunciado por Moisés, e tentará, durante a sua curta, mas perigosa gestão, corromper os conceitos teológicos já consagrados pelas mais diversas culturas que, de uma for-' ma ou de outra, corroboram a existência do Deus Único e Verdadeiro.

A segunda besta será a essência e a base da antiteologia. 
 
Como identificá-la? Os que aqui estiverem durante a Septuagésima Semana de Daniel não terão muita dificuldade em distinguir-lhe o caráter, pois ela se parece com um cordeiro, mas não é o Cordeiro: “E vi subir da terra outra besta, e tinha dois chifres semelhantes aos de um cordeiro; e falava como dragão” (Ap 13.11).
 

Dicionário Teológico /
Instituto Bíblico Abba
 

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